Robston reescreve a história coral

Robston, atacante do Atlético-GOCarlos Robston Ludgero Júnior.

Ou simplesmente Robston.

Meia de 28 anos. Nasceu na cidade-satélite do Gama, no Distrito Federal. Ele começou a sua carreira no time do Gama, diga-se.

E nem tão cedo os torcedores do Santa Cruz vão esquecer este nome incomum.

O jogador praticamente definiu o confronto das oitavas de final a favor do Atlético-GO.

No Arruda, comandou a virada por 2 x 1, marcando dois gols. Na noite desta quinta-feira, abriu o placar aos 29 minutos do 2º tempo.

Ali, cobrando uma falta do meio da rua, Robston praticamente selou o destino coral em Goiânia.

Com apenas 4.805 torcedores no Serra Dourada (o time goiano será mais um clube sem torcida na Série A), o Santa foi eliminado pela 7ª vez nas oitavas de final da Copa do Brasil. No fim, o Dragão ainda ampliou para 2 x 0. Lá e lô.

A classificação às quartas de final ainda continua sendo uma barreira para o clube pernambucano. Desta vez, com um “culpado”: Robston.

De certa forma, porém, Robston reescreveu a história da Copa do Brasil. Com a classificação do clube goiano, a Copa do Brasil terá apenas times da Série A entre os 8 melhores. A última vez havia sido em 2000.

Se na Copa do Brasil a história não pôde ter um novo capítulo, a Cobra Coral volta voando para o Recife para mirar o Timbu. O Pernambucano ainda é um livro aberto.

Invencível

Maradona, Pelé e Zidane numa campanha da Louis Vuitton

A foto acima foi tirada neste ano, no Café Maravillas, em Madri.

Três gênios do futebol. Três gerações distintas. Três nações.

Maradona e a sua estupenda Copa do Mundo de 1986, Pelé e o seu reinado eterno e Zidane com a mística de ter derrubado a Seleção Brasileira duas vezes no Mundial.

Todos eles reunidos em uma mesa de totó… 😯

Dá pra imaginar que não foi fácil reunir esse trio. Deu bastante trabalho. A Copa do Mundo – a “casa” deles – ajudou, e a Louis Vuitton conseguiu.

Após muitos telefonemas, a luxuosa marca francesa estampa Pelé, Maradona e Zidane em sua nova campanha publicitária (saiba mais AQUI).

O nome da campanha? Valores essenciais.

Uma foto inquietante. Esse time seria invencível.

Mas vale uma ressalva… A foto aconteceu no mesmo dia, mas não teria sido ao mesmo tempo (veja AQUI)! Especula-se que Maradona se atrasou (“apenas” 4 horas) e que a fotógrafa Annie Leibovitz teve que se virar para montar essa cena espetacular. Será?!

De fato, um time que ficou na imaginação. De qualquer apaixonado pelo bom futebol!

Pernambucano mais enxuto da história

SportNáutico96 dias de disputa com 12 times.

132 partidas.

387 gols (média de 2,93 por jogo).

70 pênaltis marcados (14 desperdiçados).

9 árbitros na “geladeira” após tantos erros.

10 técnicos demitidos. Nenhum gramado reprovado…

CentralSanta Cruz887.414 torcedores presentes na arquibancada (média de 6.722).

R$ 5.057.690 de renda líquida nas bilheterias para ser mal dividida entre os clubes (média de R$ 38.315 por partida). E vale dizer que o valor inclui o Todos com a Nota!

Um desperdício de tempo e paciência!

Esqueça isso tudo. Não valeu nada. Nada…

Eram 12 clubes inscritos, mas alguém duvidava que Sport, Santa Cruz e Náutico não se classificariam entre os 4 melhores? Uma competição inteira apenas para definir uma vaga (a 4ª vaga) e a ordem dos jogos de ida volta.

Vantagem? Nenhuma. E olhe que o Leão fez 51 pontos, 17 a mais que a Patativ.

Por isso, eu sempre disse: o verdadeiro Campeonato Pernambucano de futebol começa neste fim de semana, com as semifinais. Até aqui, foi realizado apenas o torneio classificatório. Ao todo, são 138 partidas, mas, de fato, o Estadual tem apenas 6 jogos.

Seis partidas, no estilo “Copa do Brasil”, com as semifinais e a decisão. Simples.

1º (Sport) x 4º (Central)
2º (Náutico) x 3º (Santa Cruz)

Será o Pernambucano mais enxuto da história. Desde 1915 mesmo. 😯

Que pelo menos seja emocionante nesses próximos 540 minutos de bola rolando.

Rádio desvenda segredo coral

RadialistaJogo secreto em Goiânia.

O único das oitavas de final que não será transmitido pela TV para nehuma cidade.

Uma noite de mistério visual.

Qualquer informação, só via rádio. Só confabulando com a imaginação.

Certamente, uma partida repleta de lances espetaculares, mesmo que a bola ainda esteja no centro o gramado! O chute mais perigoso de todos, ainda que a bola tenha saído torta, sem tanta vontade assim…

A emoção via locução. Via bordões.

Um jogo para matar o torcedor. A ansiedade de esperar aqueles dois ou três segundos até o grito que desvenda o lance: “GOOOOL!” ou “UHHHHH!”.

Assim será a saga coral na Copa do Brasil. A última cruzada pernambucana em 2010, diga-se. É o Santinha.

Atlético-GO x Santa Cruz, direto do Serra Dourada. Mas não na sua TV.

A partir das 21h, hora de voltar no tempo. Até a Era de Ouro das rádios. Os vozeirões, pela AM ou FM, comandam as jogadas de Jackson, Brasão e companhia.

Se o Tricolor conseguir o feito inédito de avançar até as quartas de final do mata-mata, novamente fora de casa e mais uma vez revertendo uma derrota no Arruda, sintonize bem no velho “radinho”. A emoção está lá.

Irreversível

Copa do Brasil-2010: Sport 0 x 2 Atlético-MG

Fim da caminhada do Sport na Copa do Brasil.

Diante do primeiro adversário com nível de Série A, o Rubro-negro sucumbiu na competição que o consagrou em 2008. O limite chegou.

Vitória tranquila do Atlético Mineiro. No placar eletrônico: 0 x 2. Sem apelação.

O time rubro-negro, aliás, tentou impor o mesmo ritmo de 2008, quando os gols saíam logo no início dos confrontos. Mesmo contra os gigantes. Deu certo, ali.

Na noite desta quarta-feira, na Ilha do Retiro, a mesma empolgação, com a Ilha em Chamas. A qualidade do time, porém, esteve distante.

Se há 2 anos o lateral-direito Luizinho Netto cansou de cruzar com veneno para os gols de Romerito e cia, desta vez o time fraquejou na bola parada.

Somando os jogos em Belo Horizonte e no Recife, o Leão teve 24 escanteios. Um a cada 7 minutos e 30 segundos. Um número altíssimo, certo? Ok…

Mas os rubro-negros não conseguiram mandar uma bola na meta de Aranha após essas 24 cobranças de escanteio. O goleiro atleticano não fez uma defesa sequer. Pior, lá atrás o time não soube conter os contra-ataque.

Na frente, Ciro não chutou uma vez. O artilheiro do time não finalizou!

A Ilha se apagou ainda no primeiro tempo.

Há uma semana, o título do post sobre o revés por 1 x 0 no Mineirão havia sido “Reversível?” (veja AQUI). A resposta está clara: não. Abaixo, o trailer do filme com o mesmo nome deste novo post, sobre mais um triunfo mineiro…

Vale o registro fora das quatro linhas. Na arquibancada, um misto de tristeza (pelo resultado), apreensão (pelo futuro) e nostalgia (pelo passado). Foram 28.002 torcedores lotando o estádio, com uma festa como nos velhos tempos. É curioso saber, no entanto, que o número foi exatamente a metade do recorde de público. Como?! 😯

Sobre a eliminação: o Sport deixou de arrecadar R$ 700 mil nas quartas de final (premiação e bilheteria). Com um cofre tão enxuto, fica difícil tocar o restante do ano.

2008 realmente passou, Sport.

Foto: Ricardo Fernandes/DP