Gol e teatro

TeatroNada como usar a criatividade na hora de comemorar um gol… O ponto máximo do futebol.

Pode até ser proibido no Brasil comemorar de forma menos conservadora, como acontecia nos anos 1990. É quase chato hoje em dia, na verdade. Mas na Europa ainda vale o “velho estilo”.

E com certo exagero, até! 😈

Abaixo, a ” guerra civil” idealizada pelo atacante Bajram Fetai, no terceiro gol do Nordsjaelland na goleada por 4 x 1 sobre o Silkeborg, pela última rodada da liga dinamarquesa, em 18 de abril.

Fetai enfrentava o seu ex-clube e decidiu usar uma bizarra forma para “tirar uma onda”. E aí já viu, né…

Era uma vez a Era Dunga

* Por Lucas Fitipaldi

O dia 11 de maio de 2010 foi um marco na retomada do futebol brasileiro. Às 13h, o Brasil digeriu desconfiado os 23 nomes escolhidos para vestir o manto canarinho na África. Nada de Ganso, Neymar ou Ronaldinho Gaúcho. Fim da esperança.

De volta para o futuroA convocação da Seleção para a Copa de 2010 foi um claro recado do comandante Dunga, submerso em jargões prontos para justificar suas escolhas. Lemas como coerência, comprometimento e lealdade foram usados como escudo. Para proteger um grupo desprovido de talento, mas até então vencedor. Campeão da Copa América e da Copa das Confederações. Primeiro lugar nas eliminatórias, carrasco da Argentina. A Copa, no entanto, pedia mais…

Na África do Sul, o Mundial clamou pelo talento do futebol brasileiro. Em falta. Naquele trágico anúncio no hotel Windsor, Dunga escancarou seu alto apreço pelo tal comprometimento. E desapego à arte. A arte de improvisar.

Faltou a alma pura dos meninos Neymar e Ganso na África. O futebol bem jogado, a habilidade, a magia verde e amarela. Nossa principal matéria prima fez falta. Diferentemente de 94, quando Parreira se viu sem alternativa, a safra 2010 tinha talento a oferecer A derrota na África era assim uma morte anunciada. Era e foi. Uma lição aos pragmáticos, ferrenhos críticos da geração Telê Santana.

Ficou provado que futebol força sustentado na marcação não é condição de triunfo, como imaginavam alguns. A arte da Espanha sobrepôs o esquema previsível de Dunga nas oitavas-de-final. O Brasil voltou pra casa mais cedo. E a genuína arte, a brasileira, exigiu passagem no alto comando da Seleção.

No dia primeiro de julho de 2010, Dorival Júnior foi anunciado como novo comandante. Sua missão? Resgatar o verdadeiro futebol brasileiro. O projeto 2014 tinha um único objetivo: dar o troco na Argentina de Messi, campeã com beleza e justiça na África do Sul. De imediato, novas caras na primeira convocação. Com a chegada de Neymar, Ganso e Alexandre Pato, o apelo popular enfim foi atendido. Começava, na prática, a retomada. E como fez gosto acompanhá-la.

Pra encurtar a história neste chuvoso 11 de maio de 2054, o último ato, a redenção do nosso autêntico futebol havia mesmo de ser daquela maneira. Naquele exato palco, diante daquele exato adversário: 4 x 1 incontestável em cima da Argentina de Messi. Gols de Neymar e Ganso, dois pra cada. Era o adeus ao sonhado tetra hermano. Sonhado por eles, é claro. O gol de Messi logo no início foi o único consolo. Chegou a aterrorizar a massa com a possibilidade de outro Maracanazo.

Cutucou os fantasmas de 50 e incitou os pragmáticos de plantão. Mas era dia de fazer as pazes com a justiça. O ousado, paciente e educado Dorival Júnior fora enfim coroado. Ciente da responsabilidade, teve todo mérito naquela retomada. O mérito de saber escalar. Hoje, tenho certeza: a sexta taça foi um marco. A confirmação da nossa identidade. Sem ela, não teríamos chegado ao deca de maneira tão bela. Faz 40 anos. Mas parece que foi ontem.

* Lucas Fitipaldi é repórter do Diario e colaborador do blog

Pragmatismo a serviço do hexa

Diario de Pernambuco: 12/05/2010

Dunga preza pelo pragmatismo dos resultados. Preza por comprometimento, coerência e lealdade. Despreza a arte. O Brasil digeriu desconfiado os 23 nomes que vão vestir o manto verde e amarelo na África do Sul. Nada de Ganso, Neymar ou Ronaldinho. A Seleção vai à Copa com a cara do comandante. Fracassada em 90, glorificada em 94.

Gilberto Silva, Josué, Felipe Melo, Ramires, Kléberson, Elano, Júlio Baptista e Kaká preenchem as oito vagas do meio-campo. Quatro volantes, três quase volantes e um único meia criativo. No ataque, Grafite foi o escolhido para substituir Adriano. A única surpresa de fato. O técnico resolveu apostar na sua tropa fiel. Vencedora. Campeã da Copa América e da Copa das Confederações.

Acima, o texto escrito pelo repórter Lucas Fitipaldi e que está na capa do Diario de Pernambuco desta quarta-feira

A edição traz toda a repercussão da polêmica convocação da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2010 (veja AQUI). No DP, um posicionamento crítico sobre o time, tentando compreender as razões do treinador e o sentimento da torcida.

De fato, vale ressaltar que o elenco é fiel ao perfil do treinador, que prioriza o grupo acima de tudo. Mas esse pensamento ultrapassou todos os limites. Inclusive aquele que é primordial em uma Copa. A técnica…

Deixar Ronaldinho Gaúcho e Paulo Henrique Ganso fora da lista foi demais. Principalmente com 7 volantes entre os 8 meio-campistas anunciados por Dunga.

Mas a torcida vai existir, sempre. Com esses 23 nomes, o sonho do do hexa.

Arte: Bosco/DP

Produção pré-convocação

Copa do Mundo de 2010: Nilmar, Robinho, Maicon e Luís FabianoEm questão de minutos, logo após a divulgação nesta terça-feira da lista com os 23 nomes convocados por Dunga para a Seleção Brasileira, a Nike postou um vídeo na internet com o depoimento de quatro jogadores que estarão na África do Sul.

Coincidentemente, os quatro craques presentes no vídeo são patrocinados pela empresa de material esportivo: Nilmar, Robinho, Maicon e Luís Fabiano.

Na Copa do Mundo, até os atletas patrocinados por outras marcas (Adidas, Puma, Lotto, Diadora etc) terão que usar, obviamente, o uniforme da Nike. Apenas a chuteira (o material de “trabalho”) é de livre escolha. Ou contrato…

No fim do vídeo, o quarteto manda o recado para a torcida: “Tamo junto”.

A confiança dos atletas sobre a presença na lista do técnico Dunga para o Mundial de 2010 era realmente grande. Produção caprichada!

Veja mais sobre o Nike Futebol AQUI.

11 dias de pressão

Série B-2010: Sport 1 x 1 Guaratinguetá

Péssima largada. Dois jogos na Segundona e apenas 1 ponto.

Para quem era o “carro-chefe” da Série B, frustração pura.

Na estreia, no Distrito Federal, a inoperância do ataque. Resultado? Brasiliense 2 x 1. Na noite desta terça-feira, em plena Ilha do Retiro (bem vazia), novo tropeço do Sport, agora diante do novato Guaratinguetá.

Gols perdidos… Marcação frouxa… Pressão dentro de casa. Como se sabe, a torcida rubro-negra não é muito paciente. Aos 28 minutos do 2º tempo, Lúcio Flávio fez 1 x 0 para o time visitante. O cenário era ainda pior. Com o gol, vaias intermináveis na Ilha.

No fim, Zé Antônio arriscou de muito longe e acertou o ângulo, empatando o jogo. Um pouco de alívio. Mas o 1 x 1 não agradou mesmo. Como consequência do mau aproveitamento neste início do Brasileiro, a pressão até a próxima rodada.

Quando? Daqui a 11 dias… Só para piorar o clima do time que acabou de ser pentacampeão pernambucano. Título que já ficou no passado!

O grupo leonino alega desgaste físico. Então, que o elenco tenha uma boa preparação nesses dias, pois “faltam” 36 jogos para acabar a Série B.

Até Arapiraca, Sport. 😕

Foto: Cecília Sá/DP

9º pernambucano na Copa do Mundo

Lista revelada. Entre os 23 jogadores convocados para a Seleção Brasileira está o volante Josué, do Wolfsburg, da Alemanha (veja a lista completa AQUI).

Assim, o jogador de 30 anos, nascido em Vitória de Santo Antão e revelado pelo Porto de Caruaru, tornou-se o 9º pernambucano convocado para uma Copa do Mundo. José, que já ganhou a Copa das Confederações, em 2009, vai representar o estado em 2010.

Josué já jogou 26 vezes pela Canarinha. Marcou 1 gol. 😎

Abaixo, a lista completa dos pernambucanos, por ordem cronológica, com a copa disputada e o clube de origem. Nenhum deles foi para o Mundial atuando no estado.

Josué, na Seleção1-Ademir Menezes, 1950 (atacante, Sport)
2-Vavá, 1958/1962 (atacante, Sport)
3-Zequinha, 1962 (volante, Santa Cruz)
4-Rildo, 1966 (lateral-esquerdo, Sport)
5-Manga, 1966 (goleiro, Sport)
6-Ricardo Rocha, 90/94 (zagueiro, Santa)
7-Rivaldo, 1998/2002 (meia, Santa Cruz)
8-Juninho PE, 2006 (meia, Sport)
9-Josué, 2010 (volante, Porto)

Campeões mundiais: Vavá, Zequinha, Ricardo Rocha e Rivaldo. Boa sorte, Josué!

Em tempo: parabéns ao atacante Grafite, que despontou mesmo no futebol em 2001, no Santa Cruz. A ligação do jogador com o estado é grande, tanto que ele casou com uma recifense, tem filhos pernambucanos e passa as férias na capital.

Perigo aéreo em alto mar

Pirata

Fim da etapa carioca do circuito Red Bull Air Race. O campeonato mundial de corrida aérea foi disputado no fim de semana, no Rio de Janeiro, mas as chuvas atrapalharam o evento no domingo. Agora, chegou a hora de desmontar toda a parafernália. Inclusive os aviões, que são divididos em três partes.

Ao todo, contabilizando as 15 equipes, são 400 toneladas de equipamento. Cada avião, que chega a uma velocidade de 426 km/h, vale cerca de R$ 919 mil.

O transporte disso tudo é feito em navios. E aí vem o temor… De piratas!

Isso mesmo. Todas as rotas de transporte visando as 8 etapas espalhadas por 5 continentes são meticulosamente planejadas, para evitar ataques de navios piratas em alto mar. Nada de navios antigos, espadas e gente com tapa-olho, mas metralhadoras de calibre altíssimo, devidamente contrabandeadas. 😯

A maioria dos ataques está concentrada no Oceano Índico.

Mas é bom prestar atenção também na navegação no Oceano Atlântico também. A próxima etapa será no Canadá, em Windsor, em 5 de junho.

Prancheta do céu

Red Bull Air Race

No sábado, durante a viagem ao Rio de Janeiro para acompanhar o Red Bull Air Race, eu pude entrar no hangar especial do circuito montado no Aeroporto Santos Dumont. Cada uma das 15 equipes teve direito a um “box”. Lá, apenas 3 pessoas presentes: piloto, coordenador de voo e mecânico.

Equipe enxuta, mas eficiente. E também criativa…

No box do piloto russo Sergey Rakhmanin, o coordenador Philipp Kalitin teve uma ideia curiosa para omitizar o tempo de prova. da equipe Ele “desenhou” o circuito carioca (que foi montado na Baía de Guanabara) no chão do hangar, usando 15 latinhas do energético que patrocina a competição.

“A gente faz isso em todas as corridas, para estudar o traçado, as condições do vento e da força G sobre os aviões. Além disso, é mais barato montar esse mapa”, explicou Philipp, em inglês com o sotaque “soviético”.

Durante a passagem do blogueiro no aeroporto, o box russo foi o único com o “campo de batalha” formado por latinhas.  Nada como a velha prancheta de Joel Santana…

Primeiro passo na paixão clubística

A paixão pelo futebol, e, consequentemente, clubística, acontece logo cedo… Como tem escrito na minha descrição no blog, comecei a gostar de futebol de verdade entre 5 e 6 anos. No vídeo abaixo, uma menina que já é fanática há bem mais tempo… Mais: além de cantar o hino do Atlético-MG, ela já desperta certa “rivalidade”. 😯

A pequena Gabi tem apenas 2 anos…

Copa do Brasil… ou Libertadores?

Peñarol do AmazonasRiver Plate de SergipeA Copa do Brasil de 2010 está na fase semifinal.

O Vitória tenta colocar o Nordeste na final pela 4ª vez na história. O Rubro-negro baiano vai enfrentrar o Atlético-GO, que pode colocar o seu estado numa decisão nacional depois de 20 anos. Na outra chave, o tetracampeão Grêmio contra o Santástico.

Mas confesso… Eu estou ansioso mesmo é para o sorteio da edição de 2011.  😯

Sport, Náutico e Santa Cruz? Nada disso. Eu quero ver é o confronto entre Penarol x River Plate. Em plena Copa do Brasil! Acredite, é verdade.

Mapa da América do SulO homônimo do time uruguaio sagrou-se campeão amazonense pela primeira vez na sua história no domingo. O clube sediado em Itacoatiara bateu o Fast por 1 x 0. Assim, o Penarol virou um possível adversário da Sociedade Esportiva River Plate, de Carmópolis, que ganhou o campeonato sergipano pela primeira vez nesta temporada.

Ao contrário do River, que usa as mesmas cores do gigante de Buenos Aires, o Penarol usa o azul, em vez do tradicional amarelo e preto do clube de Montevidéu, pentacampeão da Libertadores.

Além disso, o nome não tem acento mesmo, enquanto o original é escrito como “Peñarol”. A pronúncia, porém, é a mesma…

Em tempo: o Colo Colo de Ilhéus (imitação do chileno campeão continental em 1991) ganhou o campeonato baiano de 2006!

Você conhece mais exemplos no país? Comente no blog!