O Brasil viu. Será que gostou?

Série B-2010: Náutico 1 x 1 Sport. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Foi um Clássico dos Clássicos de ataque contra defesa, só de um lado. Jogo pra lá de disputado em um gramado encharcado nos Aflitos, num sábado chuvoso no Recife.

Com o Náutico pressionando o Sport durante quase toda a partida.

Mas isso não quer dizer que o setor ofensivo do Timbu foi eficiente.

Longe disso. Os atacantes alvirrubros finalizaram muito mal. Foi um festival de passes errados, de jogadas mal articuladas. E de algumas boas chances perdidas também.

E, acima de tudo, com um paredão chamado Magrão na meta do rival.

Apesar disso, ainda veio o gol de Elton, que foi, na verdade, o tento de empate.

Logo no início, o Sport já havia inaugurado o placar com o atacante Ciro, em seu primeiro gol contra o Timbu. Lance aos 4 minutos. Foi o seu 8º na Série B.

Depois, foram praticamente 11 rubro-negros atrás da linha bola.

Durante 54 minutos. Depois, com a expulsão do estreante Da Silva, foram mais 36 minutos com apenas dez. Uma pressão quase insuportável.

Mas a bola não entrou mais. Por uma boa dose de sorte (dos leoninos). E por causa do goleiro Magrão, já citado, em sua 269ª partida pelo Sport.

No instante final, foi a vez de Glédson salvar o Náutico em um contra-ataque.

E o clássico centenário terminou em 1 x 1. Partida que foi transmitida ao vivo pela TV para todo o Brasil, em sinal aberto. Inclusive para o Recife, com dois canais.

Nos Aflitos, 12 mil torcedores. Misto de vaias e aplausos nos dois lados. Mas e fora dali, nas milhares de televisões espalhadas pelo Brasil que sintonizaram no clássico…?

Será que a audiência foi boa? Será que os telespectadores ficaram satisfeitos?

Emoção, não faltou. Qualidade, sim. Que não tenha sido “traço” na audiência…

Salários em dia, por favor

Cash no futebol

O salário no futebol é uma questão delicada.

Não só no futebol como em qualquer função profissional, diga-se.

E o assunto não é o valor do contracheque mensal, pois isso cabe a cada trabalhador, independentemente de sua função.

De R$ 510 a R$ 1,3 milhão por mês, como ocorre no futebol brasileiro.

O post é centrado, na verdade, sobre o pagamento em dia, que é algo necessário (e obrigatório) em cada empresa/empregador. E em cada clube.

No esporte, um atraso de salário pode ser atrelado ao desempenho do time em campo. Uma suspeita antiga, muitas vezes infundada.

Outras, não. Como, por exemplo, mostra a célebre frase do ex-volante Vampeta, durante a sua passagem no Flamengo:

“Eles fingem que me pagam, e eu finjo que jogo.”

Se o time vence com salários atrasados, o resultado é tido como “superação” da equipe. Mas se a equipe sai derrotada na partida com os vencimentos atrasados, o grupo fica sob a suspeita de corpo mole, desatenção, descaso…

Foi o que aconteceu com o Náutico, na última semana, em Curitiba.

Se o clube vai jogar sob essa condição de atraso, aí a situação fica ainda pior, com a expectativa sobre o desempenho de cada atleta.

De fato, jogar com qualquer preocupação deve atrapalhar.

É nesse cenário que está o Santa Cruz, na Série D.

E há também o outro lado da moeda. Com salários rigorosamete em dia e um desempenho muito além do que espera qualquer torcida.

Aí, entra o Sport. Há anos com a folha quitada, mas irregular na tabela.

Dinheiro e futebol. Equação difícil… Mas a primeira soma é clara: tem que pagar.

Confira os 50 maiores salários do mundo do futebol AQUI.

Os milhões secretos da Arena

Cidade da Copa

O Diario de Pernambuco teve acesso exclusivo ao estudo encomendado pelo governo do estado junto à consultoria inglesa Comperio Research para saber a viabilidade econômica da arena pernambucana para o Mundial de 2014. O relatório, de 66 páginas, foi incluído no edital de licitação. Veja a reportagem completa AQUI.

Abaixo, as receitas do primeiro ano nos oito cenários possíveis no estádio. Os valores agregam as receitas dos clubes e do consórcio liderado pela Odebrecht, que vem erguendo a arena com 46 mil lugares. Na opção sem clube algum, apesar do baixo valor, a receita não deixaria a arena inviável segundo a pesquisa.

Os valores vão de R$ 5,7 milhões a R$ 86,2 milhões, número 15 vezes maior…

O estádio da Cidade da Copa começou a ser erguido no último dia 30 de julho, mas, até o momento, nenhum clube assinou o contrato para jogar lá. Porém, as negociações seguem sob o “contrato de confidencialidade” de todas as partes envolvidas.

Árvore de dinheiroR$ 86,2 milhões – Sport, Santa e Náutico
R$ 64,4 milhões – Sport e Santa Cruz
R$ 60,4 milhões – Santa Cruz e Náutico
R$ 60,1 milhões – Sport e Náutico
R$ 31,6 milhões – Sport
R$ 30,1 milhões – Santa Cruz
R$ 27,3 milhões – Náutico
R$ 5,7 milhões – Nenhum clube

Todas as possibilidades acima levam em conta a possibilidade da realização a cada dois anos de cinco grandes shows e um jogo da Seleção Brasileira.

Anualmente, segundo o próprio estudo, o número dessa projeção seria “2,5” e “0,5” eventos, respectivamente.

Curiosidade: apesar do Sport ter a maior receita jogando sozinho, o conjunto entre Santa Cruz e Náutico seria maior que a concessão com rubro-negros e alvirrubros.

Enquete: Você gostaria que o seu clube mandasse os seus jogos na arena?