10 ou 9.5? Tanto faz, Marcelinho…

Série B-2010: Sport 4 x 1 São Caetano. Marcelinho Paraíba marcou um gol e deu três assistências. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

Era o primeiro jogo de Marcelinho Paraíba na Ilha do Retiro.

A estreia havia sido no sábado, em Bragança Paulista. Discreta. 

Em casa, uma expectativa enorme sobre a contratação mais cara do Sport na temporada. Entre luvas e salários, um custo mensal de R$ 110 mil.

Meia-atacante. Qualidade no passe, velocidade, bom finalizador. Era a prova dos 9 do jogador. Na verdade, a prova do camisa 10.

O adversário não era qualquer um não. Enfrentar o São Caetano, 3º lugar no Brasileiro da Série B, tinha deixado a torcida bem desconfiada. Vai ou não vai? Uma dúvida que já se arrasta há várias rodadas no clube.

Mas ele correspondeu.

Pode até ser exagero das letras de alguém que estava no estádio, mas a verdade é que Marcelinho Paraíba teve uma das melhores estreias no Leão considerando os jogadores renomados dos últimos anos.

A vitória foi convincente. Uma goleada, aliás: 4 x 1.

Um scout rápido de Marcelinho: um golaço de falta e três assistências, sendo duas delas para o artilheiro Ciro, agora como 11 gols. Esse, por sinal, arrumou um bom companheiro no ataque.

Os números de Marcelinho realmente foram de um “meia-atacante”, que buscou a bola a todo instante, tabelou e mostrou uma visão de jogo diferenciada.  Fim da partida, e os repórteres que o cercaram perguntaram qual nota ele daria para si mesmo.

“Dez”.

Com as devidas proporções que a Segundona exige, o craque teve uma atuação digna desta nota. Se foi 10, 9 ou 8,5… De fato, é bem subjetivo. Tanto faz a nota publicada nos jornais ou num blog. A grande atuação de Marcelinho foi percebida pela torcida.

No fim, ele ainda mandou o recado… Quer pintar o cabelo de vermelho e preto.  Aí, só vai faltar mesmo o acesso à Série A. O mais importante, diga-se…

360 graus de Libertadores

Estádio Beira-Rio, no 360º

O título da Libertadores será decidido em Porto Alegre pela 3ª vez nos últimos cinco anos. Em 2006, o Internacional conquistou o título numa decisão contra o São Paulo, no Beira-Rio. No ano seguinte, o Grêmio viu a festa do Boca Juniors em pleno Olímpico.

Nesta quarta, o Beira-Rio será palco da finalíssima mais uma vez. O Colorado joga por um empate contra o Chivas para ficar com o bi.

O jornal gaúcho Zero Hora desenvolveu um excelente infográfico com uma volta em 360º no estádio do Inter. São ângulos em vários setores. Para ver a partir do centro do gramado, clique AQUI.

Números e mais números

Pesquisa de torcidas Ibope/Lance de 2010 sobre Pernambuco

Os números absolutos da 4ª pesquisa Lance!/Ibope foram divulgados em 31 de maio de deste ano (veja AQUI). Depois, o instuto foi mostrando outros dados do estudo, como torcidas mais jovens, mais velhas, mais ricas, mais pobres, por região…

Nesta terça-feira, chegou a vez de Pernambuco, como mostra o print screen acima. O Sport tem 33% da torcida do estado, seguido pelo Santa Cruz (12,8%) e Náutico (9%). Só depois do Trio de Ferro é que aparece algum “forasteiro”. O clube de fora mais bem colocado é o Corinthians, com 8,1%. É a segunda vez que o Timão aparece com um bom índice em pesquisa de torcidas por aqui…

Fora do Nordeste, o Náutico é o clube pernambucano com mais torcida, com 79.091. Depois, vem o Sport, com 50.156, e em 3º lugar, o Santa Cruz, com 40.510.

Leia a reportagem completa do Lance! AQUI.

A noite superou a pressão

Eduardo Ramos

Talentoso e dono de arrancadas que conduziam o time às vitórias. O meia Eduardo Ramos rapidamente foi apontado como a “melhor contratação do Sport em 2010″.

E era verdade. Uma grata surpresa.

Começou jogou como segundo volante. Marcava e municiava Ricardinho, que havia sido o escolhido em janeiro para armar o time.

O tempo mostrou que Eduardo Ramos jogava bem mais que a posição que ocupava e que Ricardinho estava “cansado”, longe de ser um camisa 10 da Ilha do Retiro.

Mesmo atuando um pouco mais atrás, Eduardo Ramos foi mostrando a sua qualidade no passe e, sobretudo, nas passadas largas com a bola dominada.

Em 24 de janeiro, fui até Caruaru para fazer a cobertura do jogo Central x Sport para o jornal. O editor do Diario, Fred Figueiroa, também foi. Ainda no primeiro tempo, Fred comentou, lá do alto da cabine do Lacerdão:

“Esse cara joga bola. Sai para o jogo, é forte e chega no ataque. Pode jogar mais.”

Olhei para o lado e falei: “Tá bom, velho… Vai virar auxiliar de Givanildo Oliveira, é?”.

Brincadeira à parte, o jogador teve a segunda nota mais alta da vitória leonina por 2 x 1, com um 7,5. Abaixo apenas de Wilson, autor dos gols, com 9 (veja AQUI).

De fato, Eduardo Ramos rapidamente se transformou no principal articulador da equipe. Armou, deu assistências e marcou gols.

Foram muitos. Dez ao todo. O próprio meia chegou a dizer que nunca tinha tido uma fase “ofensiva” tão boa na carreira. Acabou como vice-artilheiro do time no Estadual.

Campeão e eleito o melhor jogador do Pernambucano, diga-se.

O status de ídolo já estava bem encaminhado.

Sucesso paralelo aos problemas particulares, um extracampo que comprometeu a sua passagem no clube. Goiano de Caçu, Eduardo passou a morar no Recife. Um jovem de 24 anos que conheceu a generosa noite da cidade. Em sua essência.

Em campo, uma displicência irritante para a torcida. Finalizações longe do padrão de outrora. O nível dos adversários havia melhorado? Sim. Mas não a ponto de fazer com que o jogador se tornasse opaco. As críticas foram inevitáveis.

Eis que na véspera do jogo contra o São Caetano, na Ilha, onde as vaias já eram algo comum para o camisa 8, o jogador pediu dispensa do clube. Problemas pessoais.

A pressão superou o talento. A noite superou a pressão. E não será fácil acordar.

A montagem que ilustra o post já circula há alguns dias na web. Marcou o jogador, segundo ele mesmo em entrevista ao repórter Celso Ishigami (veja AQUI).