Canapé com Mariposa

Canapé

Numa conversa por telefone, na manhã de quarta-feira, a decisão de assistir in loco.

Uma ligação entre os celulares de Gustavo Dubeux e Luciano Bivar.

A 515 quilômetros de distância do Recife e faltando poucas horas para a partida, a única solução era viajar pelo céu.

Dito e feito. Sem muita programação e com alguns cheques, os dois foram até o Aeroclube de Pernambuco, no Pina, e decolaram num jatinho até Salgueiro.

Após o pouso na simplória pista no Sertão, eles seguiram direto ao vestiário do Sport. Participaram da preleção do time antes do duelo contra o Carcará.

Apoio e pressão no mesmo discurso. De ambos.

Depois, foram até a enxuta ala de camarotes do estádio Cornélio de Barros.

São menos de 20 cabines, sem divisórias. Mas com elevador, é verdade.

Para Dubeux e Bivar, o setor foi isolado numa cortesia da diretoria rival, com direito a serviço de bar. Contrataram até um garçom conhecido na cidade. De gravata…

Enquanto as mariposas tomavam conta do campo e da arquibancada, no camorte da cúpula leonina o cardápio contava com sucos, refrigerantes e canapés. Sim, canapés.

Com o seu sotaque quase carioca, Bivar até ofereceu a saborosa iguaria a um jornalista sentado na cabine ao lado.

“Você vai fazer uma desfeita dessa? Está gostoso. Aceite o canapé.”

O gaiato respondeu “Muito obrigado, Luciano” num carioquês mandrake.

Fim da partida, 0 x 0… E minutos depois o jantinho decolou de volta ao Recife.

Há quem diga que o canapé de Salgueiro seja o melhor do estado… Sem mariposa.

3 Replies to “Canapé com Mariposa”

  1. enquanto Náutico e Santa Cruz,estão voando(muitos são abaixo de 30 anos),o Sport,mais parece um time de masters.mas,segunda,vence esse fraco vitória!

  2. Rodrigo,

    Acho que você captou um viés completamente diferente do texto… Em nenhum momento o objetivo foi o “deboche” ao sotaque carioca. Longe disso. Foi um fato apenas porque os dois personagens falaram assim, em tom de brincadeira na curta conversa no estádio.

    Talvez você não sabia, mas Luciano Bivar tem esse sotaque, que já foi alvo de brincadeiras no Recife, tanto que ele mesmo ri disso. O nome dele, que o repórter falou na hora, foi “LuciÁno”, assim, carregando no “a” mesmo.

    O repórter falou apenas tentando imitar Bivar – por isso, o “mandrake”, já que o repórter é recifense e tem um sotaque carregadíssimo.  Portanto, não tente levar isso para raízes históricas, pois realmente não foi foi o foco. Nunca seria, diga-se.

    Meu primo, e vizinho de apartamento, é carioca e flamenguista…

    Ps.Se eu tivesse dinheiro para ir a jato, iria a jato. Daí, o post.

  3. Quem tem “blog” e boca fala o que quer não é verdade?
    Mas me responde uma coisa…por que tanta brincadeira com o sotaque carioca? Você como amapaense, residente em Recife-PE, deveria respeitar mais o pessoal do Sul. Ou você é daqueles que acha engraçado quando um carioca “esculacha” o sotaque nordestino?
    Eu quase ri desse teu texto. Você até escreve bem, mas peca pela ironia preconceituosa!
    Saudações de um carioca residente na capital Recife (com orgulho)
    ps. Ah uma outra pergunta: se vc tivesse dinheiro pra ir de jato, vc iria de Itapemirim?

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