2011, uma edição entre as maiores

Santa Cruz, campeão pernambucano de 2011. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

De 13 de janeiro a 15 de maio. Começo, meio e fim.

Foi um campeonato emocionante, além do que se esperava. Teve de tudo…

Começou com apagão, que se repetiu na última rodada, diga-se. Haja polêmica. Também teve tapetão, pagamento de dívida de “boi”, denúncia de suborno, briga insana pelo hexacampeonato, redenção de um clube popular e muita gente nas arquibancadas.

No desfecho, o maior público do ano no país. Com os 62.243 torcedores no decisivo Clássico das Multidões, o total chegou a 1.230.993 pessoas.

Número mais que expressivo. É, na verdade, um recorde na história do futebol pernambucano. Em 144 partidas, média de 8.548 torcedores, a maior do Brasil.

A arrecadação apenas com o borderô chegou a R$ 12.542.408. Outras receitas entraram na conta, como verba de televisão (Globo) e patrocínio oficial (Coca-Cola).

O campeonato pernambucano, tido como deficitário, se mostrou rentável, vivo, atrativo.

A qualidade técnica ainda não foi a desejada. Afinal, não temos representante algum na elite nacional. Porém, a organização mostrou que é possível voltar a sonhar com isso.

A edição de 2011 já está na história como uma das mais acirradas, desejadas, brigadas.

Ao campeão Santa Cruz, o mérito de derrubar os rivais com folhas milionárias. Juntos, rubro-negros e alvirrubros gastaram R$ 8 milhões com salários nesses quatros meses.

A modesta folha coral, de R$ 350 mil e bem montada com a prata da casa, garantiu um troféu que jamais será esquecido. Sorte de quem acompanhou de perto, in loco.

No campeonato do “hexa”, ganhou o povo. De todas as cores…

Torcedor, qual foi a melhor edição do Pernambucano que você já viu?

Pernambucano 2011, final: Santa Cruz 0x1 Sport. Foto: Gil Vicente/Diario de Pernambuco

Durvality 9x

Durval, zagueiro do Santos, campeão paulista de 2011. Foto: Santos/divulgaçãoFilho de Cruz do Espírito Santo, cidade paraibana de apenas 15 mil habitantes, Durval realmente não esquece as raízes…

Campeão paulista mais uma vez pelo Santos, o zagueiro de 30 anos alcançou uma marca impressionante no futebol brasileiro.

Foi o 9º título estadual consecutivo do ídolo e ex-capitão do Sport.

A saga começou em 2003, pelo Botafogo de João Pessoa. Depois, em 2004, a conquista no Distrito Federal, pelo Brasiliense. Veio 2005 e a taça no Paraná, com o Atlético.

Entre 2006 e 2009, um tetracampeonato pernambucano como xerife da zaga rubro-negra. Nos últimos dois anos, o Paulistão com o Peixe. Titular absoluto.

Sem falar muito, mas com muita seriedade em campo, Durval segue fazendo história.

Sem esquecer de Cruz do Espírito Santo, é claro. Nem na volta olímpica na Vila Belmiro…

Em Pernambuco, o lateral-direito Gena foi 11 vezes campeão estadual de forma consecutiva. Hexa pelo Náutico, de 1963 a 1968, e penta pelo Santa, de 1969 a 1973.

Compacto de um campeão em HD

Confira um compacto do Clássico das Multidões realizado no Arruda, neste domingo, em um vídeo de 12 minutos com imagens da Rede Globo com qualidade HD.

O resumo do jogão Santa Cruz 0 x 1 Sport, que garantiu o título pernambucano de 2011 à Cobra Coral, foi postado no Youtube pelo internauta Leonardo26PE, que já elaborou outros vídeos dos jogos mais importantes do Estadual de 2011 (veja AQUI).

Parabéns ao Tricolor, 25 vezes campeão!

Cenas de cinema, de um campeão de bilheteria

Exclusivo! Por dentro da festa coral, dos campeões de 2011.

Assista ao vídeo com a comemoração dos jogadores do Santa Cruz dentro vestiário do Arruda, após a festa com a taça no gramado. Antes das entrevistas coletivas, a união do “time de guerreiros”, o novo campeão pernambucano.

O luxo de ser o melhor, de ser o campeão

Santa Cruz, campeão pernambucano de 2011. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Fim do sofrimento. Reinício da felicidade.

Foram mais de cinco anos em um calvário que nenhum outro clube do país jamais viveu.

O Santa sobreviveu a tudo, por mais que a frustração que a cada competição mostrasse o contrário. Da Série A até a D, de desolação, desespero, desgosto…

Neste domingo, diante de 62 mil pessoas no Arruda, o Santa Cruz perdeu do Sport no último segundo, com um gol de pênalti de Marcelinho Paraíba aos 48 do 2º tempo.

E daí? Esse 0 x 1 no placar foi a derrota foi mais comemorada da história coral.

Há quem compare a campanha com o inesquecível supercampeonato de 1983, quando os rivais também eram favoritos.

Agora, a torcida que nunca desistiu teve a sua merecida redenção. O time do povo, tido como coadjuvante no início do Estadual, acaba como grande protagonista.

O Santa Cruz Futebol Clube é o campeão pernambucano de 2011!

Poucas vezes o futebol do estado viu um campeão com tanta justiça e brilho, como essa equipe comandada por Zé Teodoro. Um time misturou empenho, dedicação, raça, amor e, finalmente, glória.

Pode chorar, torcedor coral. Não é mais de tristeza.

Você, mais do que ninguém, sabe como foi a provação para continuar fazendo parte da autointitulada Torcida mais apaixonada do Brasil.

Agora, o país inteiro acredita…

Torcedor, deixe o seu comentário sobre a 25ª conquista da Cobra Coral!

Santa Cruz, campeão pernambucano de 2011. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Borderô mais robusto da história

Real

Clássico das Multidões com lotação esgotada no Arruda e renda recorde.

Pela primeira vez desde a implantação do Plano Real, em 27 de fevereiro de 1994, um jogo de futebol no Recife, envolvendo clubes locais, arrecadou mais de R$ 1 milhão.

A final do Pernambucano de 2011, cuja venda dos 55.000 ingressos acabou ainda manhã de sábado, teve um borderô de R$ 1.177.140. Ao todo, 62 mil pessoas.

Quebrou o recorde que pertencia ao jogo Sport 1 x 0 Palmeiras, na Ilha do Retiro, pela Taça Libertadores, em 12 de maio de 2009. Na ocasião, a renda foi de R$ 946.690.

Este ano, o próprio Santa chegou pertinho, quando os 46 mil torcedores presentes no Arruda diante do São Paulo, pela Copa do Brasil, geraram R$ 943.070.

Sobre a observação logo no início do post (“envolvendo clubes locais”), a explicação: a maior renda da história do futebol no estado ainda está bem distante…

Em 10 de junho de 2009, na vitória do Brasil sobre o Paraguai, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, o público pagante de 55.252 pessoas, no Arruda, proporcionou uma receita de R$ 4.322.555, uma das maiores do futebol brasileiro.

Bem aplicado, esse dinheiro deixaria o futebol pernambucano em um patamar melhor.

Jogo de palavras das multidões

Capas do Superesportes: 15/05/2011

Como ocorreu no primeiro jogo da final do Pernambucano, uma capa dupla no caderno Superesportes. No lado A, o mandante. No lado B, o vistante.

No jogo de palavras, o objetivo de cada uum neste domingo das multidões…

Palavras cruzadas com os nomes que vão fazer a diferença, de um jeito ou de outro. A história será “reescrita” a partir deste 15 de maio de 2011.

O renascimento ou a soberania? Essa resposta estará no campo.

Fotos de Helder Tavares, com a sincronia de um lance que não existe… Um gol ao mesmo tempo para cada um.

Mercado no embalo da volta olímpica

Comércio do Recife com produtos de Sport e Santa Cruz antes da final do Estadual de 2011. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Mercado aquecido, esportivamente falando. Motivo? A final do Estadual de 2011.

Além dos ambulantes, que vão fazer a festa com produtos piratas no entorno do Arruda, com ofertas para torcedores de Santa Cruz e Sport, o comércio também se mexe.

A foto acima foi no Shopping Center Recife. Nos outros grandes centros de compra, a mesma expectativa de vendas…

As vitrines das lojas de material esportivo já estão preparada para o volume de torcedores eufóricos após o desfecho do Campeonato Pernambucano.

De fato, a torcida campeã deverá esgotar os estoques na cidade nesta semana, gerando uma receita extra – e merecida – para o clube.

Lotto e Penalty também agradecem bastante.