Basquete em Londres, em estado absoluto

Pre-Olímpico de basquete: Brasil 83 x 76 República Dominicana. Foto: Fiba/divulgação

Dois títulos mundiais, em 1959 e 1963.

Três medalhas de bronze nas Olimpíadas, em 1948, 1960 e 1964.

Com um retrospecto assim, ficar de fora dos Jogos Olímpicos em três edições consecutivas foi o maior martírio que a seleção brasileira masculina de basquete já passou em toda a sua história.

A última campanha foi com a geração de Oscar, em Atlanta 1996. Depois, o vazio em Sidney 2000, Atenas 2004 e Beijing 2008. Tempo demais…

Uma história sem a participação brasileira, de um país que pratica e gosta de basquete.

Enfim, uma nova geração olímpica surge nas quadras.

Poderia ser a geração de Nenê e Leandrinho, mas os astros da NBA nunca demonstraram muito interesse assim em vestir a camisa do país.

A geração, vencedora mesmo assim, é de Marcelinho Huertas, Tiago Splitter, Alex, Rafael Hettsheimer, Giovannoni e outros novos ídolos…

Um time muito bem treinado pelo campeoníssimo argentino Rubén Magnano. Gracias.

Em uma campanha sensacional no Pré-Olímpico de Mar del Plata, incluindo uma vitória sobre o timaço da Argentina, dona da casa, o Brasil chegou ao epílogo.

Venceu a República Dominicana, na noite deste sábado, em um jogão que chegou a estar empatado em 45 x 45, tamanho o equilíbrio. No fim, triunfo brazuca por 83 x 76.

Valeu demais a torcida por um time tão desacreditado, tão vibrante!

O primeiro feito mundial foi em 1948, com o bronze olímpico. Onde? Em Londres. O quinteto foi formado por Bráz, Algodão, Alfredo da Motta, Nilton e Ruy Freitas.

Agora, é a hora de reescrever essa gloriosa história em ginásios britânicos…

#OBrasilVoltou

Nenê e Leandrinho ficarão na torcida pela TV ou ainda podem ir para Londres?

Pre-Olímpico de basquete: Brasil 83 x 76 República Dominicana. Foto: Fiba/divulgação

A canoa mais resistente dos Aflitos

Série B 2011: Náutico 2 x 1 Criciúma. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

Historicamente, 65 pontos é o número mágico na Série B para garantir o acesso.

O agora vice-líder Náutico chegou neste sábado aos 41 pontos em 22 rodadas. Após a 11ª vitória na Segundona, com o 2 x 1 sobre o Criciúma, faltam 24 pontos.

Faltam 8 vitórias, em contagem regressiva, uma vez que dos 16 jogos restantes, oito serão nos Aflitos. Lá, o Náutico se mantém como único invicto desta equilibrada Série B.

Portanto, numa conta sem mistério algum, basta vencer todos os jogos em casa e o Alvirrubro estará de volta à elite nacional.

Motivo para gerar confiança, como neste sábado, quando 16.325 torcedores pagaram ingresso para apoiar o Timbu diante do Criciúma, mais preocupado em “marcar” (elogio para a pancadaria) do que jogar futebol.

Com os empates de Portuguesa e Ponte, bastava uma vitória simples para o Náutico não só alcançar a 2ª posição como ficar a apenas dois pontos da liderança.

A ausência de Eduardo Ramos foi sentida na partida, sem um homem de criação de qualidade. Elton, escalado para a missão, logo se machucou, aumentando o problema.

Então, foi na base da superação, na pressão e com uma dose incrível de regularidade. Paralelamente a isso, Kieza recebia uma duríssima marcação individual.

Em 20 minutos de jogo, o Criciúma cometeu nada menos que 13 faltas!

O duelo seguia encardido. Veio a bola parada, vital em qualquer partida na qual a bola para de rolar no gramado. No finzinho do primeiro tempo, Peter cobrou uma falta pelo lado esquerdo e o caçado Kieza desviou de cabeça.

Foi uma festa daquelas nos Aflitos (o início, na verdade). Foi o 13º gol do artilheiro timbu, agora também artilheiro da Série B. Náutico 1×0 Criciúma.

Peter foi recompensando pela assistência com a autoria do segundo tento, aos 25 minutos da etapa final. Desta vez, a assistência foi o ala Airton, substituindo Jeff Silva.

O Criciúma ainda diminuiu nos descontos. Nada que impedisse a torcida alvirrubra de começar a cantar nos Aflitos “se a canoa não virar…”

O time está remando demais. A praia começa a surgir no horizonte.

Série B 2011: Náutico 2 x 1 Criciúma. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

Uma letra em Barueri: A?

Série B 2011: Barueri 2 x 3 Sport. Foto: Marcos Bezerra/Futura Press

Em 90 minutos, o Sport teve 47% de posse de bola. No contexto geral, parece até que o time foi dominado pelo Barueri, neste sábado…

No entanto, basta dividir a história em dois tempos, algo concreto de fato, segundo as regras do futebol, que ficará visível o domínio flutuante.

No primeiro tempo, um Leão bem superior ao adversário, em um campo excelente.

Bem postado na defesa e sem esquecer do ataque, com um trio de peso, formado por Willians, Marcelinho Paraíba  Bruno Mineiro, o início foi fulminante.

Com apenas 10 minutos, a “primeira” vantagem.  O volante Rithely – substituindo Naldinho – deu uma arrancada impressionante e deixou Willians livre para marcar.

O atacante bateu colocado. A bola bateu na trave, mas o atento atacante contou com a sorte, pegou o rebote e balançou as redes pela sexta vez na Série B.

Cinco desses gols foram nos últimos seis jogos, estabelecendo uma regularidade ofensiva no Sport. Animador, não fosse uma lesão muscular na mesma partida…

Antes disso, o primeiro aperreio, numa falha grave de posicionamento. Após bola na área, Marcelinho, o do Barueri, apareceu livre para cabecear e empatar.

Apesar do baque natural, o Sport se reestruturou e buscou o gol, agredindo.

Aos 40, Marcelinho Paraíba se aproveitou de uma bobeira do adversário, roubou a bola, avançou em velocidade, mesmo sendo puxado, e tocou no cantinho

Leão 2 x 1. Os rubro-negros já se perdiam nas projeções quando, um minutinho depois, Alex Maranhão empatou. Toque de bola rápido e zaga olhando, deu nisso.

No segundo tempo, outra equipe. A apatia foi recorrente. Depois que Willians saiu, o poder de fogo praticamente sumiu. Magrão passou a ser bastante exigindo.

Bola na área, chute do meio da rua, arrancadas… O Sport já começava a ser sufocado, deixando o empate como o resultado possível. Mas aí veio a qualidade.

De letra, aos 39 minutos, Bruno Mineiro escorou um cruzamento rasteiro e deu a vitória ao Sport: 3 x 2. Já são cinco jogos sem derrota no Brasileiro da Série B.

O G4, a um ponto de distância, é questão de tempo?

Série B 2011: Barueri 2 x 3 Sport. Foto: Marcos Bezerra/Futura Press