Dois gols marcados, um validado e vitória da Máquina

Pernambucano 2012: Ypiranga 1x0 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Em Santa Cruz do Capibaribe, um jogo fraco tecnicamente.

Mas a análise, desta vez, não será voltada aos passes errados, finalizações sem direção alguma, marcação frouxa e times mal escalados. Nada disso.

O post começa no fim da noite, exatamente aos 47 minutos do segundo tempo.

O Ypiranga vencia o Santa Cruz por 1 x 0, na partida que encerraria a rodada na noite desta quarta, no Limeirão. Penalidade mal cobrada por Danilo Lins, mas a bola entrou…

Mesmo sem jogar bem, os tricolores continuaram buscando o empate.

Lutaram bastante. Chegaram a marcar…

Após cruzamento da esquerda, Geilson desviou de cabeça. Geday se esticou todo e espalmou. Atento, o atacante Dênis Marques pegou o rebote e mandou para as redes.

Lance em frente aos torcedores corais, presentes em bom número no estádio.

O camisa 9 partiu para comemoração e…

Ubirajara Ferraz levantou a bandeira. O assistente havia visto algo no lance.

Impedimento? Na visão dele, sim. Com o lastro do assistente, bem na linha da jogada, o árbitro Sebastião Rufino Filho invalidou o gol.

Havia um jogador da Máquina de Costura matreiramente pisando fora do campo, numa tentativa de “sair” do jogo, mesmo em pé.

No entanto, a regra não confere tal embasamento à defesa.

Vitória do Ypiranga, por 1 x 0.

O lance era difícil? Era. Mas nada do outro mundo que pudesse apagar o erro bizarro da arbitragem. Apenas mais um num campeonato marcado pelo apito mandrake.

Pernambucano 2012: Ypiranga 1x0 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Aniversário de Mazola, parabéns para Willians

Pernambucano 2012: Sport 3x2 Belo Jardim. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Aniversário de 47 anos do técnico Mazola.

O pedido ele não fez a menor questão de esconder dos seus jogadores.

Queria uma atuação convincente contra o Belo Jardim, na Ilha do Retiro.

Presente à parte, o treinador sabia que era preciso convencer a torcida, impaciente com a irregularidade da equipe, alternando domínio no clássico e apatia no interior.

Cobrado ou não, polêmico ou não, a verdade é que Marcelinho Paraíba vai jogando bola para pleitear o rótulo de craque do campeonato.

Vai ajudando bastante o treinador rubro-negro. Articula e finaliza.

Aos 6 minutos, cobrança de falta na gaveta do camisa 10. O primeiro gol.

Com inúmeras chances desperdiçadas, o placar só foi dilatado aos 6 da etapa complementar, incluindo aí uma queda de energia no estádio, diante de 15 mil pessoas.

Apagão nos refletores e nas finalizações, um calo do Sport…

Trata-se de um setor que precisa acertar o pé. Treino específico, coletivos etc. Mesmo em um torneio de nível técnico duvidoso, o Leão não vem num nível satisfatório.

E olhe que foram 25 gols marcados em 13 partidas, o mais positivo do torneio.

Voltando ao jogo desta quarta-feira, o 2 x 0, através de Tobi em cruzamento de Marcelinho, acabou sendo vítima de uma implosão, com uma defesa sem firmeza.

Em três minutos, dos 10 aos 12, o Belo Jardim empatou. Laércio aproveitou um rebote após bola alçada na área e Fernandinho acertou um chute cruzado.

Mazola, pronto para apagar as velas, viu o “parabéns para você” silenciar. O Calango apertou o jogo, não recuou. Pelo contrário. Tentou uma virada incrível na Ilha.

Apareceu, então, um personagem improvável. Quase um penetra na festa.

Com um futebol abaixo da crítica há um bom tempo, o meia Willians vinha sem confiança, pressionado. A preguiça em campo não ajudava a mudar a sua imagem.

Resolveu jogar bola. Participou das jogadas e contou com a ajuda de Marcelinho, claro.

O meia cruzou e Willians cabeceou para as redes. A vitória de Mazola, 3 x 2. Sem show.

Willians tirou a camisa e extravasou. Ganhou de presente um pouco de apoio…

Pernambucano 2012: Sport 3x2 Belo Jardim. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

O Robin Hood de Paulista

Pernambucano 2012: América 2 x 2 Náutico. Foto: Paulo Paiva/Diario de Pernambuco

Um resultado improvável no estádio Ademir Cunha.

Que não deve mudar o futuro dos dois times ao fim da primeira fase do Estadual.

Um deles firme no G4 e o outro afundado na zona de rebaixamento. Mas, certamente, causa estrago moral em um e aplica uma injeção de ânimo no outro.

Acredite, o Náutico ficou no 2 x 2 com o América. E o resultado foi, sim, justo.

Mesmo sem jogadores para compor um simples 4-4-2, em crise, o América conseguiu segurar o Náutico no primeiro tempo, na noite desta quarta-feira.

Com apenas um meia, um zagueiro e lotado de improvisações, o Mequinha se aproveitou dos inúmeros passes errados do Alvirrubro para equilibrar as ações.

Essa foi a principal queixa do técnico Waldemar Lemos, que, assim como Charles Muniz, vem se desdobrando para montar a equipe, com as devidas proporções, obviamente.

Acertando o passe e forçando um pouco mais a marcação, o Timbu passou a sufocar a flácida defesa alviverde na etapa final. Mas também cedeu espaços ao lanterna…

E os gols acabaram saindo, dos dois lados. Souza marcou de cabeça, o que parecia o início da vitória timbu. Apesar da pressão do Náutico, Ricardo Mineiro empatou.

De pênalti, o insistente Souza colocou o Náutico novamente em vantagem. O zagueiro David empatou mais uma vez. Esgotados, os times não conseguiram mais agredir.

Foi apenas o terceiro ponto do Mequinha em 13 rodadas. Dois deles contra os grandes, numa situação inexplicável. Daquelas que só faz sentido no futebol mesmo.

Ao Náutico, talvez tenha sido um ponto bem importante.

O ponto de partida para reconhecer que o elenco precisa de peças… A Série A vem aí.

Pernambucano 2012: América 2 x 2 Náutico. Foto: Paulo Paiva/Diario de Pernambuco

Sentado à mesa do poder, com o bônus e o ônus

Assembleia da CBF em 2012. Foto: CBF/divulgaçãAssembleia da CBF em 2012. Foto: Ricardo Stuckert/CBFo

Uma assembleia geral convocada às pressas pela Confederação Brasileira de Futebol sacudiu o esporte no país neste bissexto 29 de fevereiro.

Os 27 presidentes das federações estaduais atenderam ao convite (ordem?) de Ricardo Teixeira, além dos cinco vice-presidentes da própria CBF (veja aqui).

Na verdade, o encontro cujo objetivo era discutir o estatuto da entidade esteve mais para um ato de apoio unânime ao mandatário, bombardeado nas últimas semanas.

Sentado à mesa, Evandro Carvalho, presidente da FPF…

Nas últimas semanas, Evandro não escondeu de ninguém o apoio ao dirigente. Passou bastante tempo ao telefone com outros cartolas costurando apoio…

Ao blog, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol afirmou em dezembro:

“Eu só aparecia aqui (FPF) para resolver crise, de todos os tipos. Na CBF, foi importante a tarefa de reaproximar duas bandeiras tão importantes, quanto a de Pernambuco (Carlos Alberto) e a do Brasil (Ricardo Teixeira). Aquilo me fortaleceu.”

Carlos Alberto e Teixeira haviam ficado sem se falar falar entre 1995 e 2009.

Ao mesmo tempo em que mostra força política no contexto nacional, Evandro também acaba associando a sua imagem, ainda em construção para o torcedor pernambucano, a um ícone bem desgastado do futebol nacional, mas que não vai sair do topo.

O bônus e ônus da cadeira na mesa principal…

Assembleia da CBF em 2012. Foto: CBF/divulgaçãAssembleia da CBF em 2012. Foto: Ricardo Stuckert/CBFo

Mascotes e a briga por uma cadeira cativa no G4

Carcará, Timbu, Leão, Fera Sertaneja e Cobra Coral, mascotes na briga pelo G4. Arte: Silvino/Diario de Pernambuco

Faltam dez rodadas para o fim da fase classificatória do Estadual.

Atualmente, cinco clubes brigam pelas quatro vagas na fase semifinal.

Salgueiro (28 pontos), Náutico (25), Sport (24), Petrolina (21) e Santa Cruz (20).

Vale lembrar que desde que o sistema foi implantado no estado, em 2010, os três grandes clubes sempre alcançaram a classificação…

Os representantes do interior nos anos anteriores foram Central (2010) e Porto (2011.

Confira a tabela completa do Pernambucano aqui.

Entre os cinco, qual equipe ficará sem a “cadeira cativa” do mata-mata?

O Salgueiro vai conseguir permanecer na liderança até a 22ª rodada?

Algum outro time ainda poderá entrar nesta disputa pelo G4?

Controle remoto da TV por assinatura na pauta esportiva

Nome sugestivo: Refém do seu controle remoto.

Este é o nome da campanha de atletas brasileiros, fora do futebol profissional, sobre a lei 12.485/11, voltada para a TV por assinatura.

O tema principal do protesto é a cota obrigatória para a produção de conteúdo regional, nacional e independente na programação da TV paga.

Participaram do vídeo Giba, Gustavo e Bruninho, do vôlei, e Marquinhos, Paulinho, Olivinha e o técnico Cláudio Mortari, um quarteto do basquete.

São esportes inseridos em canais como Sportv, ESPN e Bandsports, mas fora da principais emissoras de sinal aberto. Daí, a ação conjunta desportistas/canais…

Apesar do engajamento dos atletas, o telespectador pode conferir uma discussão mais aprofundada sobre o assunto clicando aqui e aqui.

A menos de 100 dias da resposta da Copa das Confederações

Arena Pernambuco. Foto: Eduardo Martino/Odebrecht

Preparação estrutural vista do céu.

Evolução sob a ótica aérea da Arena Pernambuco (acima) e da Fonte Nova (abaixo).

Visão a menos de cem dias da resposta definitiva da Fifa sobre a presença dos estádios na Copa das Confederações do ano que vem. É o torneio-teste do Mundial.

Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza e Brasília têm presença assegurada.

As duas maiores cidades do Nordeste, no entanto, correm contra o tempo. As duas obras estão sendo desenvolvidas pela construtora Odebrecht.

Em Salvador, 51% das ações executadas, segundo dados oficiais. No Recife, 32%.

Confira a foto do estádio pernambucano numa resolução maior clicando aqui.

A expectativa local é chegar em junho próximo aos 70%…

Qual é a sua opinião sobre as arenas de Pernambuco e da Bahia em 2013?

Arena Fonte Nova. Foto: Odebrecht/divulgação

Ninho do Carcará, o CT do Sertão

Centro de treinamento do Salgueiro. Foto: Héliton/Laborart/Salgueiro

Como se não bastasse um estádio novinho em folha, com dez mil lugares, o Salgueiro começou a construção de um novo projeto, vital para qualquer clube de futebol.

O Carcará iniciou as obras de um Centro de Treinamento, o primeiro do Sertão.

O “CT do Carcará” está sendo construído em uma área de 56 hectares, enorme. Para se ter uma ideia, o CT do Náutico, na Guabiraba, tem 49 hectares.

O novo espaço do Salgueiro, próximo à região do Serrote do Cruzeiro, terá três campos de tamanho oficial, infraestrutura para os atletas, restaurante e área de lazer.

A primeira etapa, com os três campos, está na fase de implantação da irrigação dos gramados, com sistema eletrônico.

Confira mais fotos do futuro CT do Carcará clicando aqui.

No Recife, alvirrubros e rubro-negros vêm realizando obras milionárias nos respectivos centros. Já o Santa Cruz ainda irá lançar a pedra fundamental, em março…

Centro de treinamento do Salgueiro. Foto: Héliton/Laborart/Salgueiro

Os direitos dos Mundiais do futuro, da TV ao celular

TV da Fifa. Foto: Fifa/divulgação

Os direitos de transmissão dos Mundiais de 2018 (Rússia) e 2022 (Catar) para o Brasil foram adquiridos pela Rede Globo, em diversas mídias.

A informação foi repassada pela própria Fifa, após a licitação internacional. O acordo integra transmissão via cabo, satélite, móvel e por internet de banda larga (veja aqui).

Com isso, a emissora chegará à 14ª transmissão seguida desde 1970. Com os direitos da edição do Brasil, em 2014, a Globo poderá repartir a transmissão com outras redes.

Sobre o anúncio desta terça, vale destacar a importância das mídias móveis no pacote.

A federação trata como prioridade no Brasil o avanço nas telecomunicações, com a criação da internet 4G para celulares. O governo federal espera implantar em 2013.

Nesta conexão, é possível alcançar um download de banda larga móvel de 2,6 mbps, megabit por segundo. A transmissão atual no país, 3G, chega a 676 kbps.

O Ministério das Comunicações quer “concentrar um volume expressivo de equipamentos e garantir tráfego de alta velocidade para milhares de pessoas.”

Em 2014, é o que todos desejam. Em 2018 e 2022, certamente…

O poder de consumo e o tamanho das torcidas brasileiras

A Pluri Consultoria acaba de produzir um detalhado estudo sobre o potencial de consumo dos torcedores brasileiros. Mostra que o mercado está realmente aquecido…

Somadas, as três torcidas pernambucanas têm, atualmente, um potencial de consumo mensal de R$ 43 milhões. A dupla Coritiba e Atlético-PR soma R$ 45 milhões.

A explicação? As torcidas estão concentradas nas capitais e as duas têm uma diferença econômica enorme. Segundo o último dado, Curitiba tem um PIB de R$ 43 bilhões, em 4º lugar no país. O produto interno bruto recifense é de R$ 22 bilhões, em 20º.

Apesar do maior volume rubro-negro (R$ 21 milhões), os alvirrubros têm o maior potencial médio, de R$ 12,16. Já o Santa, mesmo na Série C, está entre os 20 maiores.

Além do valor de consumo de cada torcedor, o levantamento acabou desencadeando em uma pesquisa de torcidas. Abaixo, uma infografia da Gazeta do Povo (saiba mais aqui).

Os três grandes clubes do Recife somaram 4,4 milhões de torcedores, ou 50% de toda a população do estado. Segundo a Pluri, eis as torcidas pernambucanas:

2,2 milhões de rubro-negros, 1,4 milhão de tricolores e 800 mil alvirrubros.

O estudo ocorreu entre os dias 23 e 27 de janeiro. Ao todo, 10.545 pessoas foram entrevistadas em 144 cidades, mensurando os dados com o censo de 2010 do IBGE.

Sobre o censo, vale comparar os dados com a pesquisa Lance!/Ibope (veja aqui).

A ressalva é a de sempre… Que o IBGE um dia faça uma pesquisa sobre torcidas.

Potencial de consumo das torcidas brasileiras. Infografia: Gazeta do Povo