Rivaldo, quarentão e craque

Copa do Mundo 2002: Brasil 2 x 0 Alemanha. Foto: Rivaldo/arquivo pessoal

Agora, quarentão. O pernambucano Rivaldo completou 40 anos nesta quinta-feira, 19 de abril. Apesar da idade, o melhor do mundo em 1999, eleito pela Fifa, segue em atividade.

O meia revelado pelo Tricolor está em seu 13º clube, o Kabuscorp, de Angola.

Antes, ele passou por Santa Cruz, Mogi Mirim, Corinthians, Palmeiras, Deportivo La Coruña, Barcelona, Milan, Cruzeiro, Olympiakos, AEK, Bunyodkor e São Paulo.

Dono de um talento impressionante, na mesma proporção de sua timidez, Rivaldo está marcado na história do futebol brasileiro para sempre. É um dos protagonistas do título mundial da Seleção em 2002. Em Mundiais, aliás, foram oito gols…

Nas imagens do post, o ponto do alto carreira, na decisão da Copa do Mundo, há dez anos, e a passagem no infantil da Cobra Coral, em 1983. Dezenove anos de evolução.

Em seu site oficial, o craque agradeceu aos parabéns pela emblemática idade.

Hoje sou uma pessoa realizada, tanto profissional como pessoal.

O futebol me proporcionou muitas coisas, conheci varios lugares, diversas culturas, milhares de pessoas. Realmente tenho que agradecer a Deus pelo dom que Ele me deu, e acredito que não desperdicei este dom, e é por isso que até hoje estou jogando.

Feliz por ter sido convidado a fazer parte do elenco do Kabuscorp do Palanca, agradeço em especial ao Presidente do clube Bento Kangamba que é uma grande pessoa, com um grande coração.

De presente pelos meus 40 anos, somente quero fazer história neste país, sei que teve um propósito para eu ter vindo para a Angola e vou cumpri-lo.

A unica coisa que me deixa triste é estar neste dia longe de dois filhos, Rivaldo Junior e Thamirys, da minha mãe e dos meus irmãos. Mas é por uma boa causa.

Enfim obrigado a todos vcs que de certa forma fazem parte da minha história.

Rivaldo Vitor Borba Ferreira

Rivaldo no time infantil do Santa Cruz, em 1983, com 11 anos

Beatles e a paixão secreta pelo futebol

Desenho de John Lennon aos 11 anos de idade, sobre a final da Copa da Inglaterra de 1952

Futebol e rock, uma simbiose puramente inglesa. Destrinchar os Beatles neste assunto resulta em uma trilha de inúmeras notas e interpretações…

O ponto de partida é a apresentação de Paul McCartney no Recife neste fim de semana, cinco meses após o show de Ringo Starr. Astros da maior banda de todos os tempos.

Considerando o quarteto, com John Lennon e George Harrison, qual é seria a relação dos meninos de Liverpool com o futebol? O show business deixou espaço para isso?

Até hoje, a resposta é cercada de incertezas, mesmo com a cidade natal da turma do ié-ié-ié sendo uma das mais tradicionais no esporte em toda a Inglaterra.

Entre 1960 e 1970, período do Fab Four, os dois clubes da cidade, Liverpool e Everton, conquistaram quatro títulos nacionais, numa época de domínio esportivo e cultural.

De acordo com o Liverpool Daily Post, Paul McCartney sempre se mostrou bem reservado sobre o assunto, mas teria sido “flagrado” em 1968 na multidão do Everton no estádio de Wembley, em plena final da tradicional Copa da Inglaterra.

O time azul acabou derrotado pelo West Bromwich Albion por 1 x 0. Há pouco tempo, Sir Paul revelou, admitindo ir contra as “regras” das arquibancadas, que gostava tanto do Everton, por causa dos seus pais, quanto do Liverpool, devido ao tom vermelho…

Também é curiosa a linha futebolística de Ringo, que torce pelo londrino Arsenal por causa do padrasto, natural da capital inglesa. Apesar disso, ele também tem simpatia pelo Liverpool. Os seus filhos sempre vão a todos os jogos dos Reds.

Já George e John não eram muito ligados em futebol. O filho de George Harrison, falecido em 2001, é fã do Liverpool, na única dica sobre o pai famoso.

Lennon e o futebol seguem como um mistério, tudo por causa de um desenho do gênio, aos 11 anos. A imagem foi utilizada em 1974 no álbum solo do cantor, Walls and Bridges.

Era um retrato de Arsenal x Newcastle, sobre a final da Copa da Inglaterra de 1952. O desenho foi feito um mês após a partida, vencida pelo Newcastle por 1 x 0.

O tal jogador com a camisa alvinegra de número 9 – o número preferido de Lennon – é Jackie Milburn, autor de 177 gols pelo Newcastle entre 1943 e 1957. Lennon jamais falou sobre a preferência, entre Arsenal ou Newcastle, apesar da obviedade da pintura…

Os supostos uniformes beatlemaníacos: Liverpool, Everton, Newcastle e Arsenal.

Apesar da rivalidade entre os quatro times acima, o mesmo não ocorria nos Beatles, em relação ao esporte bretão. O forte, em todos os aspectos, era mesmo a música.

Falando nisso, o grupo estava no auge, em 1966, quando tentou visitar um tal de Pelé na concentração da Seleção, então bicampeã, no Mundial da Inglaterra.

E não é que os relatos dão conta de que o chefe da delegação brasileira vetou os Beatles? Teria dito ao empresário da banda: “Isso aqui é futebol, não uma festa”.

No mesmo ano, o futebol “quase” fez o quarteto aumentar. No caso, o não menos carismático George Best, craque do Manchester United, também numa era de sucesso.

A cada passo do boêmio, a mesma histeria coletiva. A imprensa inglesa, agitada desde sempre, acabou dando o apelido de “O Quinto Beatle” ao norte-irlandês, após os três gols marcados no 5 x 1 sobre o Benfica, na Copa dos Campeões. Haja popularidade.

Por mais que os Beatles tenham uma relação discreta com o football, fica claro o convite à banda para um show a cada arquibancada lotada. Não só em Liverpool…

Enquete: Você é a favor das torcidas organizadas em PE?

Torcidas Organizadas de Santa Cruz(Inferno Coral), Sport (Jovem) e Náutico (Fanáutico)

Você é a favor ou contra as torcidas organizadas em Pernambuco?

Uma pergunta simples, apesar do tema complexo.

Por sinal, esta é a segunda enquete do blog focando esse problema que já saiu há bastante tempo da esfera esportiva. A primeira foi em novembro do ano passado, também separada entre tricolores, rubro-negros e alvirrubros.

Dos 1.300 votos na ocasião, a grande maioria, 64%, foi a favor das torcidas organizadas. Confira o resultado completo clicando aqui.

Após novos incidentes no Recife, com um grau de violência ainda maior, o blog lança uma nova versão da enquete, até mesmo para comparar os dados. Participe.

Você é a favor da presença das torcidas organizadas nos estádios pernambucanos?

  • Sport - Sim (33%, 361 Votes)
  • Sport - Não (24%, 268 Votes)
  • Santa Cruz - Sim (17%, 184 Votes)
  • Náutico - Sim (10%, 105 Votes)
  • Santa Cruz - Não (9%, 103 Votes)
  • Náutico - Não (7%, 77 Votes)

Total Voters: 1.098

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Fortaleza alvirrubra para Gallo

Técnico Alexandre Gallo no Náutico em 2010. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Alexandre Gallo, o técnico alvirrubro para o retorno à Série A.

Um nome que sabe extrair de um elenco mediano uma formação compacta, tudo o que o Náutico precisa para a arrancada no Brasileirão, além da reta final do Estadual.

A primeira versão de Alexandre Gallo em Rosa e Silva, em 2010, durou 44 partidas, com 21 vitórias, 8 empates e 15 derrotas, gerando um aproveitamento de 53,78%.

Vice-campeão pernambucano, Gallo foi demitido na 25ª rodada do Brasileiro da Série B, após o revés por 2 x 1 para o São Caetano, nos Aflitos. Da liderança ao 11º lugar.

A decisão foi comunicada em 29 de setembro pelo então presidente em exercício, Paulo Wanderley. Agora efetivo na função, o mandatário recontratou o treinador.

Vale replicar um trecho do post sobre a saída do treinador há dois anos, bem semelhante ao desfecho da passagem de Waldemar Lemos nesta temporada (veja aqui).

“Demitido do Náutico nesta quarta-feira, após longas e cansativas reuniões, o técnico acabou se dando conta que a equipe não rendia mais sob o seu comando.

A qualidade técnica do elenco Timbu não contribui muito para uma mudança drástica no desempenho da equipe no restante da Série B. Um exemplo claro está no ataque, o 4º pior da competição, com apenas 28 gols em 25 jogos.

Enérgico, Gallo deixou o Timbu sem receber uma dinheirama, cerca de R$ 1 milhão. Como em inúmeros casos no futebol nacional, o imbróglio foi parar na Justiça.

Agora, um acordo foi costurado. O próximo passo, não menos trabalhoso, será organizar a equipe vermelha e branca ainda no Estadual. Depois, terá que formar um novo elenco.

Técnico Alexandre Gallo no Náutico em 2010. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press