As dezenove medalhas de Poseidon, o verdadeiro

Poseidon

Heróis, mitos, deuses.

Moldados através de façanhas. Escritas e reescritas. Contadas e recontadas.

Assistir ao surgimento de um deles requer paciência. No esporte, não basta um recorde, uma conquista. É preciso uma história marcante, insuperável. Ou quase insuperável…

Na Olimpíada da antiguidade, criada na Grécia em 776 a.C, o campeão ganhava uma guirlanda e tinha honra de ver uma estátua sua na mítica cidade de Olímpia.

Gigantes eternizados pela arte através da glória.

Dos primeiros Jogos Olímpico até hoje, 2.788 anos. O simbolismo da guirlanda foi incorporado pela medalha. Provas como corrida de bigas caíram no esquecimento.

Outras tantas, do badminton ao judô, entraram no programa olímpico. Em todas, nomes históricos. Os maiores em suas modalidades. Como mensurar o maior de todos?

Com técnica, incontáveis recordes, vitórias e mais vitórias.

No presente, o maior nome olímpico da história.

Sem busto algum. A história escrita diante de quase um bilhão de pessoas. Ao vivo.

A Ilíada de Michael Phelps começou em águas australianas, em 2000. Ainda garoto, com apenas 15 anos, chegou à final dos 200 metros borboleta.

Era o nadador mais jovem dos Estados Unidos presente numa Olimpíada em 68 anos. Surpreendeu, mas não alcançou o pódio. Precisou esperar mais um ciclo. Na verdade, o mundo é que esperou, para ver o potencial daquele jovem em seu grau máximo.

Em Atenas, foi o herói norte-americano, com seis ouros e dois bronzes. Em Beijing, o recorde absoluto em uma edição dos Jogos Olímpicos, com oito ouros em oito provas.

Não é a questão de ter superado o topo de medalhas douradas, que era de nove, dividido por quatro monstros sagrados da histórica olímpica.

Aos 23 anos, o nadador de 1,93m vivia o seu auge nas braçadas, extenuadas de treinamentos. Phelps aniquilou a marca. Chegou a cartorze. Virou mito.

Em Londres, já sem o mesmo afinco na preparação, o atleta viajou disposto a “se divertir”, como afirmara. Uma forma de tirar a responsabilidade, de parte dela.

Na primeira prova, no sábado, ficou fora do pódio. Ainda na piscina, um olhar perdido, com aquela sensação estranha, vivida só aos 15 anos.

A diferença é que na adolescência a presença na prova já foi uma vitória. Assim, o campeão tinha na Inglaterra o seu primeiro insucesso. Focado por todas as câmeras.

No dia seguinte, outro cenário incomum, com a prata no revezamento 4 x 100 livre. Phelps não era mais o mesmo. Mas, acredite, havia a aura de campeão.

Dois dias depois, nova chance para ouro, em sua especialidade, aqueles mesmos 200 metros nado borboleta. Por cinco centésimos, outra prata. Indignação e pódio.

Os resultados, mesmo “adversos”, o deixaram a uma medalha de elevar ainda mais o seu patamar. Neste 31 de julho de 2012 ele fechou o revezamento 4 x 200m livre.

Pelo menos dois corpos de vantagem sobre o segundo lugar e mais um ouro, o 15º na carreira, superior a 170 das 204 nações filiadas ao Comitê Olímpico Internacional.

Para os livros, mais uma vez reescritos, Phelps transformou-se em sinônimo de pódio. Colecionando metais, ouro, prata e bronze, conquistou 19 medalhas, superando uma escrita de 48 anos no maior evento esportivo do planeta.

O maior medalhista de ouro, o maior medalhista em uma edição, o maior medalhista em toda a história, incluindo os Jogos Olímpicos da Antiguidade.

Poseidon, pode se levantar do trono. Ele já tem um novo dono. Um novo deus.

Estátua de Poseidon

Sul-americana, eterna candidata à sombra da Libertadores

Troféus da Taça Libertadores da América e da Copa Sul-americana

Há muito tempo a Conmebol tenta emplacar uma segunda competição de clubes, abaixo da consolidada Taça Libertadores da América.

Em 1988, a confederação criou a Supercopa, reunindo apenas os campeões da Libertadores. A ideia com clubes tradicionais vingou no início.

Depois, com a mesmice, o critério de vaga automática acabou esvaziando o torneio, com muitos campeões desnivelados. Foi extinto em 1997.

No ano seguinte veio a Copa Mercosul, com os grandes times da época, mas com um critério ainda mais discutível: convite. Durou apenas quatro temporadas.

Em 2002, nova tentativa, com a Copa Sul-americana, semelhante à Copa Conmebol, terceira força entre 1992 e 1999. Os melhores do país, exceto o campeão nacional.

Desinteressados, os clubes brasileiros sequer participaram da primeira edição. Este ano celebra a 11ª, o que torna a competição a segunda mais longa da história do continente envolvendo clubes de futebol. Ainda assim, não há muito o que comemorar.

Falta maturação à Sul-americana, que à procura disso vai sendo inchada ano a ano. Desta vez serão 47 participantes, sendo oito times do Brasil (veja aqui).

Os contratos de naming rights e televisionamento existem, assim como as verbas a cada fase, como na Libertadores, mas o interesse do público é bem menor.

Os estádios seguem vazios, com jogos de qualidade duvidosa e emoção só a partir das quartas de final. Como incentivo, o campeão disputa a Recopa, desde 2002, a Copa Suruga , desde 2007, e ainda garante vaga na própria Libertadores, desde 2010.

Esses prêmios gradativos são uma clara tentativa da Conmebol para fortalecer o torneio. O que falta? Um calendário melhor? Segue muito distante da principal taça.

A participação brasileira, com quatro chaves nacionais, começa mais uma vez começa sem empolgação alguma, com times mistos. Instigação pontual, só.

A tal “zona da Sul-americana” na Série A é um prêmio de consolação para os grandes clubes e a meta para os médios. Até aí, ok. No entanto, após a vaga, o interesse desaparece, inclusive nos times medianos. Incoerente, não?

Não por acaso, o histórico brasileiro é pífio. Em dez anos, apenas um título e três finais. Na Libertadores, neste período, cinco conquistas e nove decisões…

De fato, a própria CBF encampa o pouco comprometimento. Basta dizer que pretende mudar o critério de classificação para uma fórmula incompreensível, literalmente, misturando o desempenho na Série A e na Copa do Brasil.

A entidade encontrou resistência da Conmebol e da Fox, detentora dos direitos de transmissão. Resultado? O Brasileirão está com treze rodadas e começará a participação do país no torneio de 2012, mas não há definição sobre a classificação para 2013…

Não surpreende o fato de a Copa Sul-americana sequer fazer sombra à Libertadores.

Um segundo torneio continental é importante. É preciso torná-lo um objetivo real.

Terceirona 2012 – 5ª rodada

Classificação da Série C 2012 após 5 rodadas

Como de costume, a rodada no grupo A da Série C acabou somente na noite de terça.

O Santa Cruz somou o 4º empate em 5 jogos. Ficou no empate em 0 x 0 com o penúltimo colocado da chave, o Cuiabá. Jogo na capital do Moto Grosso, no domingo.

Se o Tricolor não conseguiu balançar as redes, o Salgueiro foi à forra. Que o diga o atacante Marciano, autor de quatro gols no chocolate de 6 x 2 sobre o Luverdense.

A 6ª rodada para os pernambucanos:

04/08 (16h00) – Santa Cruz x Icasa
04/08 (16h00) – Águia/PA x Salgueiro

A resposta russa para o bom-humor sérvio no tênis

Novak Djokovic e Maria Sharapova. Foto: Head/divulgação

Conhecido no circuito do tênis pelo bom humor, além da qualidade técnica, o sérvio Novak Djokovic agora viu o outro lado da moeda nas tiradas de onda

O seu alvo preferido, de muitos, aliás, é a russa Maria Sharapova, com uma hilária imitação da bela campeã de Wimbledon (veja aqui).

Agora, em mais um viral, Sharapova parece ter descontado a brincadeira durante um treinamento para os Jogos Olímpicos de Londres. Confira no vídeo.

O objetivo era acertar a garrafa. Era.

Overdose televisiva e tecnológica nos Jogos, via mosaicos

TV Led nas Olimpíadas

As primeiras imagens ao vivo de uma transmissão olímpica para o Brasil, com uma equipe in loco, foram exibidas em 1972, nos Jogos Olímpicos de Munique.

Na ocasião, a Rede Globo enviou sete jornalistas, com a ajuda de uma emissora espanhola para a produção do conteúdo. Basquete e futebol passaram ao vivo.

À medida em que crescia o interesse do público e a cobertura da mídia brasileira, passando de uma centena de profissionais na cidade-sede, houve o avanço tecnológico.

Do preto e branco para a transmissão em cores no país. Seguida com a inserção do replay nos eventos, slow motion, várias câmeras numa mesma prova etc.

Em 1996, a primeira cobertura de um canal de TV por assinatura nos Jogos, o Sportv.

O advento do 3D, ainda nos cinemas, aos poucos começa a aparecer em sinal aberto nos aparelhos de televisão, além dos primeiros testes com a tecnologia Super Hi-Vision, 16 vezes superior ao HD. No caso, uma apresentação fechada, em Londres e Tóquio.

Mas isso é para o futuro, não muito distante. O presente é o high definition.

Em 2012, enfim, a primeira transmissão com esse recurso no Recife, através da Record.

Paralelamente a isso, a internet entrou de vez na briga. Em vez da notícia lance a lance, fomentada por texto e estatísticas, agora é uma exibição normal, áudio e vídeo.

Com banda larga, em 3G, o streaming vem com mosaicos de até 15 transmissões simultâneas. Na TV, entre sinal aberto e por assinatura, um total de 16 canais, também com os mosaicos de até quatro telas, uma febre para os torcedores mais fanáticos.

A meta nesta é edição é superar as 61.700 horas transmitidas de Beijing para todo o mundo, sem contar a internet. E olhe que as 302 competições geram “só” 2.500 horas.

Se acompanhar a Olimpíada já era bacana, agora virou overdose…

E não entenda isso como uma crítica!

Os mais novos e mais velhos do Jogos Olímpicos

Criança e velho

Ruta Meilutyte nasceu em 19 de março 1997, na cidade lituana de Kaunes. Qual era a sua idade na época? De lá para cá, tempo suficiente para formar um atleta olímpico?

Pois neste 30 de julho de 2012, com apenas 15 anos, a prodígio conquistou a medalha de ouro na prova olímpica dos 100 metros nado peito.

Um resultado surpreendente para a adolescente de 1,72m, que atualmente treina em piscinas britânicas. Teria sido a mais jovem campeã dos Jogos? Acredite, não foi.

O recorde também pertence a uma menina, a americana Marjorie Gestring, que ganhou ouro nos saltos ornamentais em Berlim, em 1936, com apenas 12 anos e 141 dias.

Já o mais jovem atleta da história, pásmem, tinha apenas sete anos! O fato, que não é mais possível no regulamento atual, aconteceu na Olimpíada de Paris, em 1900.

O francesinho Marcel Depaillé participou do remo, uma prova de grande desgaste físico.

No embalo, vamos aos recordes da terceira idade. O sueco Oscar Swahn foi o medalhista dourado mais idoso, com 72 anos e 280 dias na curiosa prova “tiro duplo ao veado”, em Antuérpia, em 1920. Também o competidor mais velho.

Por pouco a marca não foi quebrada em Londres, pois o japonês Hiroshi Hoketsu, integrante da equipe de equitação, tem 71 anos.

Hoketsu, que competiu em sua primeira Olimpíada em 1964, curiosamente em Tóquio, poderá quebrar a marca no Rio de Janeiro. Lá, a sua égua terá 19 anos. Experiência.

De 7 a 72 anos, as idades olímpicas. Há quem aponte 28 como o auge esportivo…

Novos uniformes dos maiores campeões da Europa

Uniformes de Real Madrid e Milan para a temporada 2012/2013. Crédito: Adidas/divulgação

Os dois maiores campeões da Champions League apresentaram os seus uniformes para a temporada 2012/2013, produzidos novamente pela Adidas.

Buscam retomar a tradição, com o “peso” da camisa.

Real Madrid, 9 títulos europeus. Eliminado na semifinal em 2012.

O clube espanhol abandonou os detalhes dourados, o grande destaque lançamento da última camisa, para voltar ao tom usado no fim da década de 1990, quando iniciou uma série de três títulos da Liga dos Campeões da Uefa em cinco anos

Milan, 7 títulos europeus. Despachado nas quartas de final em 2012.

O time italiano mudou drasticamente o tamanho das listras verticais, além da presença de detalhes brancos na camisa rossoneri, como na linha fina e na gola.

O Milan não conquista o troféu máximo do Velho Mundo desde 2007, enquanto o Real não ergue a taça desde 2002. Algum desses uniformes entrará para a história?

Uniformes de Real Madrid e Milan para a temporada 2012/2013. Crédito: Adidas/divulgação

O churrasco de Anderson Silva

Anderson Silva e o churrasco

Indiretamente, Chael Sonnen acabou fazendo Anderson Silva faturar um pouco mais…

Além da bolsa pela luta no UFC 148 e o prêmio pela vitória sobre o lutador norte-americano, o astro brasileiro do MMA firmou um contrato de patrocínio para protagonizar uma campanha tendo como inspiração uma das polêmicas do combate.

Durantes os meses de contratempos que antecederam a disputa no octógono, alimentando uma rivalidade com disparidade técnica, Sonnen chegou a falar que daria um “tapinha” na esposa do Spider e que pediria que ela fizesse um churrasco. Fanfarrão.

Após o nocaute que manteve o cinturão, Anderson tirou uma onda do adversário, convidando Sonnen para o churrasco. Agora, reforça o convite…

A 13ª classificação do Brasileirão 2012

Classificação da Série A de 2012 após 13 rodadas. Crédito: Superesportes

Fim da décima terceira rodada na divisão de elite do Brasileirão.

Os rivais centenários jogaram no domingo. À tarde, o Sport frustrou os 14.171 torcedores na Ilha com um empate em 0 x 0 com o Atlético-GO, afundado no Z4.

À noite, o Náutico começou bem diante da Portuguesa, no Canindé. Kieza marcou o seu 4º gol em 4 jogos. Porém, a Lusa dançou o vira e fez 3 x 1, com novas falhas da zaga.

A 14ª rodada da Série A para os pernambucanos:

05/08 (16h00) – São Paulo x Sport

Em São Paulo: 14 vitórias do Tricolor em 14 jogos

05/08 (16h00) – Náutico x Santos

No Recife: 5 vitórias do Timbu, 8 do Peixe e 2 empates

Abaixo da crítica, defesa timbu não colabora na elite

Série A 2012: Portuguesa 3x1 Náutico. Foto: BARRILARI/FRAME/AE

Aplicação, o Náutico teve. A apatia escancarada na passagem anterior em São Paulo, na goleada sofrida diante do Palmeiras, não se fez presente desta vez.

Contudo, faltou ao Timbu preencher os espaços no campo para voltar a somar pontos.

Neste domingo, faltou, sobretudo, um melhor desempenho defensivo.

Posicionamento, desarme e atenção na bola aérea, tão criticada na última partida, contra o Coxa. Sem nada disso, o Alvirrubro saiu derrotado pela terceira vez seguida.

Levou dez gols nesta sequência indigesta na Série A.

No plano geral, a situação é ainda pior. São 27 gols sofridos em 13 jogos, o que gera um índice superior a dois tentos por partida. É o pior rendimento ao lado do Coritiba.

Também é a equipe que mais perdeu, com oito, empatado com o Atlético-GO.

No Canindé, diante da Portuguesa, a equipe comandada por Alexandre Gallo falhou três vezes em cruzamentos. Lances fatais no 3 x 1 a favor da Lusa, na noite deste domingo.

Em todos os casos, o adversário concluiu tranquilamente para as redes de Felipe.

Após a dispensa do zagueiro Márcio Rosário, o time teria após dois meses uma formação com sua dupla principal, formada por Ronaldo Alves e Marlon.

O entrosamento visto na Série B deu lugar à falta de ritmo, à lentidão.

O Náutico até abriu o placar com Kieza, num golaço logo aos oito minutos, controlando a posse de bola. Mas sofreu a virada, através de Moisés, Ananias e Diego Viana.

Ameaçado como o rival leonino, hoje o Timbu está apenas um pontinho acima do Z4.

Trata-se de um reflexo direto da qualidade na “cozinha”. É preciso se reforçar, logo.

Série A 2012: Portuguesa 3x1 Náutico. Foto: MARCOS BEZERRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/AE