Antes tarde do que nunca, o bom jornalismo

Jornal da Tarde: capas de 1982 e 2012

Alguns jornais foram forçados à transição.

Começou no exterior, mas não demorou a acontecer no país.

Os diários deixaram as folhas de papel para assumir uma versão completamente online.

Outros, em situação mais difícil, simplesmente deixaram de circular.

Fizeram história. Viraram história.

A mudança no comportamento da sociedade, a evolução tecnológica da informação, a qualidade da notícia, a crise econômica. São inúmeros os motivos apontados.

Certeza mesmo, só de que vivemos uma era de mudanças no jornalismo.

Um grande exemplo disso está nas bancas de São Paulo nesta terça-feira.

Na verdade, “não” está nas bancas. Após 46 anos, chegou ao fim o periódico Jornal da Tarde. O exemplar paulistano encerrou as suas atividades após um histórico criativo.

Entre as suas capas, destaque absoluto para a eliminação do Brasil na Copa de 1982.

Era uma terça-feira, dia 6 de julho, manhã seguinte à dolorosa eliminação de um dos times mais técnicos que a Seleção Brasileira já teve.

Quase todos os jornais brasileiros trouxeram imagens do time de Zico e Falcão desolado no gramado do Sarriá, simbolizando o fim do futebol-arte.

O Jornal da Tarde virou a câmera e focou a torcida. Surpreendeu (veja aqui).

Estabeleceu um modelo de jornalismo esportivo, além do factual, chapado.

No papel, na televisão, na tela do computador, do tablet, do smartphone ou simplesmente nas ondas do rádio, não importa o transmissor da notícia.

Importa o conteúdo. O JT fez a sua parte…

2 Replies to “Antes tarde do que nunca, o bom jornalismo”

  1. ou a imprensa Brasileira acorda pra vida,ou vai seguir o caminho desse jornal(aliás,está”bem encaminhado”).o nível da nossa imprensa é muito baixo!

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