Para combater o público fantasma, uma velha novidade: catraca

Público fantasma. Arte: Greg/DP/D.A Press

Eis a solução para os públicos distorcidos no jogos no interior do estado.

A Federação Pernambucana de Futebol irá instalar catracas nos setores destinados aos bilhetes promocionais do Todos com a Nota.

Acredite, não havia controle. Ou se havia catraca, não havia fiscalização.

Acredite, com a troca efetuada no dia anterior à partida, bastava ao clube mandante uma lotação supostamente cheia para lançar no borderô a carga máxima de entradas da campanha governamental.

Ou seja, cinco mil ingressos promocionais resultam em cinco mil presentes.

Eventualmente, alguém pode faltar, perder o ingresso ou “boiar” na mão de um cambista. Um tanto surreal que o índice seja sempre 100%.

Daí, a distorção nos números.

Em contato com o blog, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, informou que afastou o delegado da partida nos jogos do Pesqueira neste Estadual.

Nas partidas com mando de campo do time, em Belo Jardim, os públicos passaram de seis mil pessoas, mesmo com o estádio às moscas (veja aqui).

Agora, segundo o mandatário, teremos a catraca como velha novidade nos estádios. Uma medida que, obviamente, já poderia ter sido tomada antes.

Porém, antes tarde do que nunca…

Que o público do Campeonato Pernambucano volte à realidade.

Sem fantasmas.

O impacto político e econômico da arena do Sport na Prefeitura do Recife

Projeto para o complexo da arena do Sport. Crédito: Sport/divulgação

Inegavelmente, é um projeto de grande impacto para a cidade. O Conselho de Desenvolvimento Urbano do Recife (CDU) avalia projetos de grande relevância tendo como ponto de partida terrenos de 10 mil metros quadrados. Uma reavaliação na Ilha do Retiro expôs uma área de 110 mil metros quadrados, distribuídos entre estádio, campo auxiliar, sede, parque aquático e estacionamento. Onze vezes maior.

Na mesa da Prefeitura do Recife encontra-se uma pilha de páginas com o projeto de remodelagem do complexo, transformando a estrutura atual em arena, centro comercial e empresariais. Neste ponto, o impasse entre Sport e poder público, encabeçado por Geraldo Júlio. O documento segue estagnado.

O secretário de mobilidade e controle urbano da capital, João Braga, alega precisar de mais tempo para avaliar o projeto, hoje orçado em R$ 750 milhões. Sem dúvida alguma, é preciso uma minuciosa análise técnica. A pressa em tirar a nova Ilha do papel acabou gerando uma ansiedade entre os rubro-negros.

A ponto de aumentar a discussão sobre possíveis articulações políticas contrárias ao projeto. Há quem enxergue a demora no fato de a arena leonina ser um entrave para a plena operação da Arena Pernambuco, a parceria público-privada entre governo do estado e Odebrecht. Por enquanto, só o Náutico tem contrato assinado com o estádio em São Lourenço, por trinta anos.

Projeto para o complexo da arena do Sport. Crédito: Jorge Peixoto/Instagram

Contudo, o Sport já tem uma negociação pronta para também mandar os seus jogos no estádio da Copa 2014, mas por cinco temporadas, justamente o prazo máximo de construção de seu novo estádio. Seria do interesse do governo estado, da mesma base partidária da PCR, inviabilizar um novo palco na cidade, particular, para priorizar o “seu” projeto?

Economicamente, o estádio seria (será) um concorrente. Mas focar apenas nisso, na opinião do blog, resulta em uma leitura, a princípio, rasa, até porque deveria ser de interesse ainda maior a revitalização completa de um bairro em uma área central do Recife, com capital privado, sem mexer em nada no não menos milionário empreendimento em andamento visando o Mundial.

Portanto, teoria da conspiração à parte, o projeto do Sport, devidamente elaborado, revisado e com as medidas mitigadoras para espaços públicos, segue tramitando no CDU em um curso normal. Até segunda ordem.

Sobretudo porque uma suposta inviabilização desta arena não levaria o Sport, necessariamente, a assinar um contrato de trinta anos. Poderia ser até um tiro no pé dos gestores públicos, com o clube negando inclusive o contrato de cinco anos com o Consórcio Arena Pernambuco. Até porque, francamente, a Ilha do Retiro ainda está de pé. E o clube poderia recorrrer da decisão na justiça.

Tempo ao tempo. Um projeto dessa magnitude não seria aprovado do dia para a noite. E nem o estado seria tão ingênuo de bater de frente com uma massa humana passando por cima de todas as licenças. Poderia ser irreversível.

Projeto para o complexo da arena do Sport. Crédito: Virtualize/divulgação

Maracanã como fonte de inspiração para projetos da bola da Copa 2014

Projeto para a bola da Copa do Mundo de 2014. Crédito: http://denisedelcarmen.carbonmade.com/

Um dos maiores símbolos de uma Copa do Mundo é a bola oficial. Desde 1970 a pelota passou a ter um exemplar único a cada edição. Relembre aqui.

No Brasil, em 2014, a bola será chamada de Brazuca, após a enquete popular da Fifa definida na temporada passada.

O projeto desenvolvido pela Adidas segue guardado a sete chaves. O modelo divulgado no anúncio oficial do nome foi apenas conceitual.

Com a indefinição sobre a bola do próximo Mundial de futebol, designers vêm divulgando as suas ideias pela internet. Até mesmo com o desejo de ver a criação incorporada, quem sabe, pela Adidas, a fabricante nos últimos 40 anos.

Neste post, a bola idealizada por Denise del Carmen, formada em design na Elisava School of Design and Engineering (veja aqui).

A inspiração, claríssima, é no estádio do Maracanã, considerando a cobertura de concreto original de 1950, época da primeira Copa no país. Remodelado, o estádio carioca terá uma cobertura semelhante, mas metálica.

Nunca um estádio teve seus traços reproduzidos em uma bola da Copa.

Brazuca será lançada em dezembro deste ano. Na sua opinião, quais detalhes não poderiam faltar no futuro produto?

Projeto para a bola da Copa do Mundo de 2014. Crédito: http://denisedelcarmen.carbonmade.com/

Start nos produtos oficiais da Copa 2014, com reflexo no Recife

Camisa oficial da Copa do Mundo 2014. Crédito: Adidas/divulgaçãoDe quatro em quatro anos o faturamento da Fifa é turbinado.

Apesar de bilionária, a entidade conta os dias para uma nova Copa do Mundo. É o período no qual o seu lucro sobe à estratosfera.

Em 2010, na África do Sul, o saldo líquido foi de US$ 202 milhões, entre ingressos, direitos de transmissão, patrocinadores e produtos oficiais. Um ano depois, sem eliminatórias, produtos oficiais do novo torneio ou algo do tipo, o lucro foi de “apenas ” 36 milhões de dólares (veja aqui).

Com o Mundial do Brasil batendo na porta, a Fifa irá reacelerar a sua engenharia financeira. A partir de março chegam ao mercado brasileiro as primeiras peças oficiais da Copa do Mundo.

Ao todo, serão aproximadamente 1.500 produtos, fabricados por 34 empresas licenciadas. Veja a lista de produtos confirmados aqui.

Na gama de produtos relacionados ao torneio estão mascotes, peças de vestuário, bolas, cadernos, bonés, mochilas, canecas, brinquedos etc.

A ação já deve refletir em Pernambuco de forma imediata.

O planejamento na distribuição de lojas oficiais em 2014 é contar no mínimo com dois quiosques, no aeroporto e no estádio, além de uma megaloja em algum ponto na cidade, numa operação da rede Dufry Sports, que fez o mesmo nos Jogos Pan-americanos de 2007.

No Recife, portanto, Aeroporto Internacional dos Guararapes, Arena Pernambuco e mais algum centro de compras a definir.

Será possível encontrar nas lojas até uma miniatura do estádio…

Entre ingressos e produtos, o torcedor deverá ser bastante guiado pelo mundo publicitário coordenado pela Fifa à gastança.