Salgueiro cresce no Arruda e cai a última invencibilidade do Estadual

Pernambucano 2013, 2º turno: Santa Cruz 0x1 Salgueiro. Crédito: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Havia duas certezas sobre o duelo entre Santa Cruz e Salgueiro.

A primeira, óbvia, é de que a partida no Arruda, na tarde de domingo, registraria o maior público do Estadual até aqui. Fato consumado com 17.256 pessoas.

A segunda, não menos óbvia, é de que seria uma partida equilibrada, reunindo duas equipes que estiveram na disputa da Copa do Nordeste.

Ao Tricolor, a chance de manter os 100% da campanha neste turno decisivo do Pernambucano. Após o apito final, o percentual caiu para 66%.

Sem inspiração no primeiro tempo, com Natan isolado na criação de jogadas, o bicampeão estadual pouco fez.

No segundo tempo, o bote letal do Carcará, logo aos nove minutos. Presente na jornada coral na última Série C do Brasileiro, o centroavante Fabrício Ceará voltou a balançar as redes do Arruda.

Peri entrou livre pelo lado esquerdo e rolou para o centroavante, que bateu firme.

Foi o suficiente para a vitória do Salgueiro, por 1 x 0, embolando de vez o campeonato, tirando a última invecibilidade em jogo…

Pernambucano 2013, 2º turno: Santa Cruz 0x1 Salgueiro. Crédito: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Leão mantém a maior freguesia de Pernambuco e vence no Lacerdão

Pernambucano 2013, 2º turno: Central 0x1 Sport. Crédito: Helder Tavares/DP/D.A Press

A maior freguesia do futebol pernambucano continua. No Lacerdão, há mais de uma década, quem manda é o Sport. São dez vitórias e apenas um empate. O Central não vence desde o dia 2 de junho de 2002, quando fez 2 x 1. Faz tempo.

Neste domingo, mesmo vivendo uma duradoura rusga entre time e torcida, o visitante leonino venceu a Patativa por 1 x 0, diante de 9.362 torcedores.

O bom público em Caruaru viu praticamente o mesmo cenário desde 2003. O time da casa pressiona, cria boas chances, cansa de desperdiçar oportunidades e termina vencido pela eficiência do Rubro-negro, nesta tarde de todo branco.

Com Sandrinho no lugar de Gilsinho e produzindo mais no lado esquerdo do ataque do Sport, o time de Vadão perdeu algumas chances no primeiro tempo, com Marcos Aurélio, com o gol vazio, e Felipe Azevedo, acertando a trave.

O Alvinegro, com uma chuva de escanteios, também mandou uma na trave, é verdade. Na etapa complementar, no entanto, a equipe do Central cansou. Travado em campo, cedeu espaços. E o Sport marcou o seu gol.

Se bem que o atacante Roger teve uma baita colaboração do zagueiro Ítalo, que se atrapalhou todo com o quique da bola. Foi mais um a falhar nesse longo jejum. Mesmo em crise, o Sport volta para a Ilha no G4.

Pernambucano 2013, 2º turno: Central 0x1 Sport. Crédito: Helder Tavares/DP/D.A Press

Lampions League, a versão nordestina da Champions

Lampions League. Crédito: Esporte Interativo/Facebook

A Liga dos Campeões da Uefa é o torneio de clubes mais rico do mundo. As suas marcas têm forte apelo na mídia, como o logotipo oficial, a música-tema, a taça etc. Naturalmente, acabou inspirando outros torneios. Inclusive continentais, repetindo o nome. Mas também há espaço para as paródias…

Na Copa do Nordeste surgiu a “Lampions League”, incorporando a denominação do campeonato europeu em inglês, Uefa Champions League. Já tem até camisa circulando na web. E o mais importante: caiu no gosto da galera (veja aqui).

Brincadeira à parte, que o Nordestão realmente se inspire na principal copa do velho mundo, com organização, receita, infraestrutura e bons jogos.

Produção ofensiva, tensão defensiva. Esse é o Timbu em busca de equilíbrio

Pernambucano 2013, 2º turno: Náutico 5x3 Chã Grande. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

No mais ingrato dos horários no futebol pernambucano, com a partida iniciando às 20h de sábado, o Náutico voltou a mostrar uma instabilidade no seu sistema defensivo. Como ocorreu contra o Pesqueira, o Timbu sofreu novamente três gols de um estreante no Estadual. Agora foi diante do Chã Grande, nos Aflitos.

Com o estádio quase às moscas, com menos de seis mil torcedores, o Alvirrubro empatava com a Raposa até os 37 minutos do segundo tempo. Um movimentado 3 x 3, recheado de reviravoltas. Foi quando o volante Marcos Paulo aproveitou um rebote. No embalo, o atacante e agora artilheiro Elton completou o seu hat-trick, definindo o 5 x 3 a favor do Alvirrubro.

Vitória suada, mantendo em alta o rendimento ofensivo. São 15 gols em três partidas neste turno, com uma incrível média de cinco tentos. Ainda assim, o técnico Vágner Mancini admite a dor de cabeça com a estrutura defensiva, mesmo mudando a dupla de zaga, reposicionando os volantes e instruindo os alas. A marcação segue frouxa, longe da contundência na reta final do Brasileiro.

O seis gols sofridos nos últimos 180 minutos de bola rolando, diante de adversários bem inferiores tecnicamente, acenderam a luz amarela, ainda que em uma intensidade baixa. Mas deve servir para deixar o time mais alerta em campo. Ao Náutico, segue a busca pelo equilíbrio para mirar a taça.

Pernambucano 2013, 2º turno: Náutico 5x3 Chã Grande. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Jérôme Valcke volta a Pernambuco para sair novamente do discurso padrão

Jérôme Valcke em visita na Arena Pernambuco em 26 de junho de 2012. Foto: Teresa Maia/DP/D.A Press

Principal figura da Fifa em relação à preparação brasileira para a Copa das Confederações de 2013 e, sobretudo, a Copa do Mundo de 2014, o francês Jérôme Valcke é disparado o tom mais crítico em relação às obras no país.

Ao contrário dos gestores brasileiros, que sem surpresa alguma focam sempre o otimismo máximo, o secretário-geral da entidade que comanda o futebol não costuma economizar nos comentários.

No próximo dia 5 de março de 2013, o executivo visitará a Arena Pernambuco pela segunda vez. Na primeira, em 26 de junho de 2012, encontrou o canteiro com 43% de avanço. Na época, o temor era de que o Recife virasse uma nova Port Elizabeth, a cidade sul-africana cortada da última Copa das Confederações.

A esta altura, com milhares de ingressos do Festival de Campeões vendidos para os três jogos no estado, essa possibilidade tornou-se irreal. O que não significa que esteja tudo perfeito. Não está, mas a correria para a alcançar o prazo de conclusão agendado para abril elevou o panorama atual para 90%.

Na nova visita, o mesmo script, com Ronaldo e Bebeto atraindo as atenções, o governador de Pernambuco reforçando a parceria com o Comitê Organizador Local e, no fim, Valcke listando as verdadeiras prioridades.

Há oito meses, falou do estádio, da rede hoteleira, do aeroporto e da mobilidade urbana da capital. A sua última declaração expõe a situação (veja aqui).

“Não adianta fazer o estádio mais bonito do mundo, no meio do nada.”

Agora fica a expectativa sobre o que ele tem a dizer sobre a inauguração do estádio, uma vez que o Castelão e o Mineirão abriram os portões sob críticas.

Jérôme Valcke em visita na Arena Pernambuco em 26 de junho de 2012. Foto: Odebrecht/divulgação

A imagem deixada pela reedição do Nordestão

Copa do Nordeste. Crédito: CBF

A edição desta temporada do campeonato regional não viu sequer um clube pernambucano entre os quatro primeiros colocados. Na verdade, nem mesmo os três grandes clubes do estado estiveram presentes na disputa. Apenas dois.

Na pauta, alguns campos surrados e jogos de nível técnico duvidoso. Ainda assim, a média de público do torneio ficou acima de 7 mil torcedores, mesmo antes da realização das finais. Ao futuro campeão, um prêmio de R$ 1 milhão. Vaga internacional, na Copa Sul-americana, só no ano que vem.

Por sinal, a Copa do Nordeste está garantida por pelo menos dez anos, no papel. A execução da edição de 2013 deixou uma boa imagem para a sua continuidade, entre mídia, interesse e receitas? Este é o tema da enquete.

Após a realização da Copa do Nordeste 2013, qual é a sua opinião sobre a continuidade do torneio regional no calendário?

  • Sport - A favor (42%, 443 Votes)
  • Náutico - A favor (25%, 265 Votes)
  • Santa Cruz - A favor (25%, 263 Votes)
  • Náutico - Contra (4%, 38 Votes)
  • Sport - Contra (3%, 33 Votes)
  • Santa Cruz - Contra (2%, 18 Votes)

Total Voters: 1.060

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Proibição das organizadas com apoio popular

Torcidas Organizadas de Santa Cruz(Inferno Coral), Sport (Jovem) e Náutico (Fanáutico)

Os primeiros jogos no Arruda, Aflitos e Ilha do Retiro no segundo turno do Estadual foram realizados sem a presença das torcidas organizadas, barradas de forma preventiva por pelo menos sessenta dias. Na semana em que os estádios não viram as camisas e faixas das respectivas uniformizadas, o poder público se mexeu com a Operação Jogo da Paz, cumprindo mandados de busca e apreensão nas sedes das três facções.

Enquanto o cerco se fecha, reforçando a necessidade de executar o cadastramento dos milhares de integrantes da Inferno Coral, Torcida Jovem e Fanáutico, o público segue a favor da proibição. Pelo menos é o que atesta a enquete no blog, com a participação de 1.190. No geral, o apoio de 68,5%.

Você concorda com a proibição das principais torcidas organizadas nos jogos de Náutico, Santa e Sport?

SportSport – 585 votos
Sim – 72,64%, 425 votos
Não – 27,35%, 160 votos

Santa CruzSanta Cruz – 312 votos
Sim – 61,85%, 193 votos
Não – 38,14%, 119 votos

NáuticoNáutico – 293 votos
Sim – 67,57%, 198 votos
Não – 32,42%, 95 votos

 

O novo capítulo da longa tradição de colunistas do Diario de Pernambuco

Máquina de escrever e computador

No início, há mais de cem anos, eram apenas notinhas no rodapé dos jornais. Em seguida evoluiu para pequenos textos sobre remo e turfe. Nas primeiras décadas do século passado surgiu o futebol no jornalismo local. O aumento da popularidade do futebol foi tanto que em 1936 o Diario de Pernambuco lançou um suplemento diário apenas sobre o mundo esportivo.

Nos anos 50, com o caderno esportivo consolidado, o futebol já era a prioridade na cobertura, com fotos e até manchetes. A evolução na cobertura deu um novo passo na década seguinte, com o surgimento das colunas. Inicialmente sem críticas. Era uma coluna de pequenas notas, rápidas, exclusivas.

Por vinte anos a coluna Por dentro e Fora das Quatro Linhas foi assinada por Adonias de Moura, ex-editor de esportes do Diario, falecido em 1996. No início da década 1990 foi a vez de Claudemir Gomes assumir o posto principal, com o Diário Esportivo. A titularidade mudou em 1999, com Stênio José, presente durante catorze anos. Outros nomes também escreveram, interinamente.

Agora, uma nova mudança. Histórica, a coluna Diário Esportivo passa a ser assinada por Fred Figueiroa, de 33 anos, presente há doze no Diario de Pernambuco, com boa parte desse tempo enfurnado em Esportes. Além disso, foi o editor da primeira página do periódico nos últimos anos. Fred assume a base crítica da editoria, dando sequência a cinquenta anos de colunas no Diario.

Leia a primeira coluna do novo titular clicando aqui.

A história dos games de futebol em três décadas de evolução tecnológica

Jogos de futebol de 1978 a 2013. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Quantos games de futebol você já jogou na vida? Quantos jogos deste esporte já foram lançados no mercado, independentemente do videogame?

Não é incomum a resposta passar de uma dezena, nas duas questões.

Os jogos de futebol nos videogames completaram 35 anos de história. Vivemos neste ano a iminência de uma nova geração de plataformas, com a evolução do Playstation da Sony, do Xbox da Microsoft e do Wii da Nintendo.

Antes das futuras versões Fifa Football 2014 e Pro Evolution Soccer 2014, vale voltar ao passado e conferir o passo a passo dos gráficos, da jogabilidade.

Quem tem mais de vinte anos deve conhecer “Allejo”, tido como o “melhor” jogador de futebol da história dos videogames. É um brasileiro que nunca existiu.

E o que dizer das versões anteriores ao Master System? Do Atari…

Bem antes do 3D, da inteligência artificial. A uma época na qual os times sequer contavam com onze jogadores. Em alguns casos, apenas três bonecos quadriculados, com pixels gigantecos.

Abaixo, um vídeo de 34 minutos com essa história, numa compilação pra lá de saudosista para os gamemaníacos. Como o blogueiro aqui, diga-se.