No frio gaúcho, o tricampeão pernambucano fica pelo caminho

Copa do Brasil 2013, 2ª fase: Internacional x Santa Cruz. Foto: Alexandre Lops/Internacional

O termômetro indicava o clima pesado no interior gaúcho. Apenas 11 graus.

A sensação térmica era ainda pior em Caxias do Sul, com chuva e vento forte. Não seria mesmo uma noite fácil para o tricampeão pernambucano.

Embalado pela conquista na Ilha do Retiro e cansado pela longa viagem.

O Santa Cruz jogava por “um gol” no estádio Centenário diante do Internacional, também comemorando o tri estadual. O empate sem gols no Arruda não havia sido um mau negócio. Mas para essa leitura, o ataque precisaria funcionar.

Com o desfalque do artilheiror Dênis Marques, a missão estava nos pés de Flávio Caça-Rato. O atacante, que balançou as redes na decisão do Pernambucano, até se esforçou, mas isolado pouco criou.

A Cobra Coral chegou a ficar com um a mais em campo, após a merecida expulsão de Fabrício. Contudo, no segundo tempo, o Colorado buscou os espaços no equilibrado duelo e marcou os gols, com o argentino D’Alessandro, num belo chute de primeira, e Caio, numa falha de Tiago Cardoso, que no domingo havia tido a melhor atuação da carreira, segundo o próprio goleiro.

Não havia mais tempo para uma reação e o Tricolor amargou a sua oitava eliminação nos 32 avos de final em vinte participações da Copa do Brasil.

Apesar da derrota por 2 x 0 nesta quarta, a personalidade mostrada no confronto mostra que o time não deve se abalar para a caminhada para o próximo (e maior) objetivo, mirando o acesso à Série B do Brasileiro.

Copa do Brasil 2013, 2ª fase: Internacional x Santa Cruz. Foto: Alexandre Lops/Internacional

Cacareco para a Copa do Mundo

Projeto para camisa da seleção pernambucana, via FPF. Crédito: Quimera

Um tradicional exercício de futurologia… E se?

Em tempos de Copa do Mundo, com equipes sendo escaladas pelos torcedores a todo momento, vai aqui um desafio. E se Pernambucano fosse um país à parte, como foi de fato durante 75 dias na revolução em 1817, quais equipes o estado/nação teria formado nos últimos três Mundiais? E qual seria a base para a próxima Copa do Mundo, em 2014?

Através do twitter, o blog interagiu com torcedores de Náutico, Santa Cruz, Sport e aficionados por futebol de uma forma geral. Sugestões aliadas à boa memória dos internautas, relembrando atletas nascidos no estado, mas nem sempre com passagens marcantes nos clubes locais.

A Cacareco, apelido tradicional da seleção pernambucana, já enfrentou a Seleção Brasileira em quatro oportunidades: 1934, 1956, 1969 e 1978, com três derrotas e um empate sem gols no último jogo.

Como destaque, o ano de 1959, com o vice-campeonato brasileiro de seleções e a honra de ter representado o país na Copa América, acabando em 3º lugar.

Abaixo, as “convocações da Copa”, todas elas com times no esquema 4-4-2. No caso, cada atleta vem com o clube e a idade na época, além da cidade de origem. Espaço também para técnicos locais.

Alguma mudança nas equipes? Participe e ajude a escalar os quatro times.

2002 – Japão/Coreia do Sul  (21 jogadores)
Time: Bosco; Russo, Sandro, Nem e Marquinhos: Josué, Cléber Santana, Juninho Pernambucano e Rivaldo; Catanha e Araújo

Goleiro: Bosco (Cruzeiro, 28, Escada), Gilberto (Náutico, 34, Recife) e Rodolpho (Náutico, 21, Recife)
Laterais: Russo (Vasco, 26, Recife), Gilberto Matuto (Náutico, 21, Goiana), Marquinhos (Goiás, 25, Caruaru) e Edson Miolo (Atlético-MG, 25, Recife)
Zagueiros: Sandro (Botafogo, 29, Recife), Nem (Atlético-PR, 29, Recife) e Valença (Santa Cruz, 20, Caruaru)
Meias: Josué (Goiás, 23, Vitória), Marquinhos Paraná (Figueirense, 25, Recife), Cléber Santana (Sport, 21, Recife), Nildo (Sport, 27, Caruaru), Iranildo (Flamengo, 26, Igarassu), Juninho Pernambucano (Lyon-FRA, 27, Recife) e Rivaldo (Barcelona-ESP, 30, Paulista)
Atacantes: Catanha (Celta-ESP, 30, Recife), Carlinhos Bala (Beira-Mar-POR, 23, Recife), Jailson (Santa Cruz, 21, Caruaru) e Araújo (Goiás, 25, Caruaru)
Técnico: Givanildo Oliveira (54, Olinda)

2006 – Alemanha (23 jogadores)
Time: Bosco; Marcos Tamandaré, Nem, Valença e Lúcio; Josué, Cléber Santana, Juninho Pernambucano e Rivaldo; Araújo e Carlinhos Bala

Goleiro: Bosco (São Paulo, 32, Escada) e Rodolpho (Náutico, 25, Recife) e Danilo (ASA, 24, Caruaru)
Laterais: Marcos Tamandaré (Sport, 25, Barreiros), Russo (Sport, 30, Recife), Lúcio (São Paulo, 27, Olinda) e Xavier (Vitória, 26, Garanhuns)
Zagueiros: Nem (Braga-POR, 33, Recife), Valença (Santa Cruz, 24, Caruaru), Breno (Náutico, 20, Recife) e Rovérsio (Gil Vicente-POR, 22, Igarassu)
Meias: Josué (São Paulo, 27, Vitória), Everton (Sport, 23, Recife), Marquinhos Paraná (Figueirense, 29, Recife), Cléber Santana (Santos, 25, Recife), Nildo (Náutico, 31, Caruaru), Rosembrick (Santa Cruz, 27, São Lourenço), Juninho Pernambucano (Lyon-FRA, 31, Recife) e Rivaldo (Olympiacos-GRE, 34, Paulista)
Atacantes: Araújo (Cruzeiro, 29, Caruaru), Carlinhos Bala (Santa Cruz, 27, Recife), João Neto (Central, 22, Correntes) e Jailson (Sport, 25, Caruaru)
Técnico: Givanildo Oliveira (58, Olinda)

2010 – África do Sul (18 jogadores)
Time: Bosco; Mariano, Édson Henrique, Rovérsio e Diego Renan; Josué, Cléber Santana, Hernanes e Juninho Pernambucano; Ciro e Araújo

Goleiro: Bosco (São Paulo, 36, Escada), Rodolpho (América-RN, 29, Recife) e Danilo (Araripina, 28, Caruaru)
Laterais: Mariano (Fluminense, 24, São João), Moacir (Corinthians, 24, Recife) e Diego Renan (Cruzeiro, 20, Surubim)
Zagueiros: Édson Henrique (Figueirense, 23, Itaquetinga), Rovérsio (Osasuna-ESP, 26, Igarassu) e Kaká (Hertha Berlim-ALE, 29, São José)
Meias: Josué (Wolfsburg-ALE, 31, Vitória), Marquinhos Paraná (Cruzeiro, 33, Recife), Cléber Santana (São Paulo, 29, Recife), Hernanes (São Paulo, 25, Recife) e Juninho Pernambucano (Al-Gharafa-QAT, 35, Recife)
Atacantes: Ciro (Sport, 21, Salgueiro), Carlinhos Bala (Náutico, 31, Náutico) Anderson Lessa (Náutico, 21, Recife) e Araújo (Al-Gharafa-QAT, 33, Caruaru)
Técnico: Roberto Fernandes (39, Recife)

2014 – Brasil* (19 jogadores)
Time: Rodolpho; Mariano, Édson Silva, Kaká e Diego Renan; Josué, João Victor, Cléber Santana e Hernanes; Walter e Bobô

Goleiro: Rodolpho (Chapecoense, 32, Recife) e Geday (Pesqueira, 25, Santa Cruz)
Laterais: Mariano (Bordeaux-FRA, 27, São João), Suelinton (Criciúma, 27, Vitória) e Diego Renan (Criciúma, 23, Surubim)
Zagueiros: Édson Silva (São Paulo, 27, Palmares), Kaká (La Coruña-ESP, 32, São José), Everton Sena (Santa Cruz, 22, Recife) e Rovérsio (Orduspor-TUR, 29, Igarassu)
Meias: Josué (Atlético-MG, 34, Vitória), João Victor (Mallorca-ESP, 25, Olinda), Cléber Santana (Flamengo, 32, Recife), Hernanes (Lazio, 28, Recife) e Renatinho (Santa Cruz, 22, Serra Talhada)
Atacantes: Walter (Goiás, 24, Recife), Ciro (Atlético-PR, 24, Salgueiro), Anderson Lessa (XV de Piracicaba, 24, Recife), Rogério (Náutico, 23, Pesqueira) e Bobô (Kayserispor-TUR, 28, Gravatá)
Técnico: Dado Cavcalcanti (31, Arcoverde)

* Foi considerada a idade dos atletas em 2013.

Confira as supostas seleções estaduais país afora clicando aqui.

Chelsea “unifica” títulos da Liga Europa e Champions League, por uma semana

Liga Europa 2013, final: Chelsea 2x1 Benfica. Crédito: Uefa/divulgação

Os torneios interclubes começaram na Europa em 1956. Na Holanda foi a disputada nesta quarta a 215ª final de uma competição oficial com clubes do Velho Mundo, considerando as chancelas da Uefa e da Fifa. O troféu da Liga Europa erguido pelo Chelsea no Amsterdam Arena, após vencer os portugueses do Benfica por 2 x 1 com um gol nos acréscimos, foi o 40º da história da Inglaterra, que detém o maior número de campeões, 13.

Até a final alemã da Liga dos Campeões em Londres, em 25 de maio, o Chelsea terá um status inédito no Velho Mundo. Nada menos que o atual campeão da Champions League e da Liga Europa. Por uma semana, a unificação improvável, ainda mais com o troféu de menor importância na sequência.

Ao todo, 62 times de 19 países europeus já ganharam algum torneio internacional no futebol. Nesta conta entram todas as denominações das competições históricas, apesar da estrutura mantida entre elas.

1) Mundial Interclubes (1960-2004) / Mundial da Fifa (2000-2012)
2) Copa dos Campeões (1956-1992) / Liga dos Campeões (1993-2012)
3) Copa das Feiras (1958-1971) / Copa da Uefa (1972-2009) / Liga Europa (2010-2013)
4) Recopa (1961-1999, extinta)
5) Supercopa (1972-2012)

Espanha – 6 clubes, 49 títulos
17 Barcelona
15 Real Madrid
6 Valencia e Atlético de Madri
3 Sevilla
2 Zaragoza

Itália – 9 clubes, 47 títulos
18 Milan
10 Juventus
9 Internazionale
4 Parma
2 Lazio
1 Fiorentina, Sampdoria, Napoli e Roma

Inglaterra – 13 clubes – 40 títulos
11 Liverpool
7 Manchester United
5 Chelsea
3 Nottingham Forest e Tottenham Hotspur
2 Aston Villa, Arsenal e Leeds United
1 West Ham, Manchester City, Everton, Ipswich Twon e Newcastle

Alemanha – 9 clubes, 21 títulos*
8 Bayern de Munique*
3 Borussia Dortmund*
2 Hamburgo e Borussia Monchengladbach
1 Magdeburgo, Werder Bremen, Bayer Leverkusen, Eintracht Frankfurt e Schalke 04

* Bayern e Borussia decidirão a Champions, mas o título já foi contabilizado.

Liga Europa 2013, final: Chelsea 2x1 Benfica. Crédito: Uefa/divulgação