A primeira classificação da elite nacional em 2013

Classificação da Série A 2013, na 1ª rodada. Crédito: Superesportes

O Brasileirão desta temporada terá sete arenas abertas. Caso o Grêmio não tivesse sido punido, o Náutico teria jogado neste domingo no novo estádio azul em Porto Alegre. Acabou no Alfredo Jaconi, no cimentão. Como ocorreu no ano passado, o Alvirrubro foi derrotado e já aparece nesta 1ª rodada no Z4.

Agora, o Timbu volta para dois jogos no Recife. E ainda não será desta vez que atuará na Arena Pernambuco. O estádio já está sob operação da Fifa. Portanto, as duas partidas serão nos Aflitos, que terá os seus últimos jogos oficiais. Serão 180 minutos de despedidas, mas com a necessidade de buscar seis pontos…

A 2ª rodada do representante pernambucano
29/05 – Náutico x Vitória (21h)

Confrontos no Recife pela Série A: 6 vitórias alvirrubras, 3 empates e 1 derrota.

Alvirrubro larga no Brasileirão repetindo o pífio rendimento como visitante de 2012

Série A 2013, 1ª rodada: Grêmio x Náutico. Foto: EDU ANDRADE/FATOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

A vida alvirrubra sempre foi difícil no Rio Grande do Sul diante do Grêmio. No Olímpico, com confrontos desde 1968, nunca venceu. No domingo, em sua estreia na grande competição do ano, continuou a sina em solo gaúcho.

Jogando em Caxias do Sul, uma vez que o Tricolor precisava cumprir a perda de um mano de campo, no 16º duelo, o Timbu saiu derrotado por 2 x 0.

Em campo, o time de Silas estava armado com quatro volantes. Josa, Elicarlos, Rodrigo Souto e Martinez, esse último um pouco mais adiantando, tentando municiar os dois atacantes, isolados na frente. Era o material humano à disposição, deixando claro que o colegiado terá que investir o quanto antes.

Apesar dos inúmeros cabeças de área, a marcação pernambucana fraquejou. Do posicionamento ao combate. Os gols de Zé Roberto (15/1T) e Elano (25/2T) saíram com os experientes gremistas livres na área. O time gaúcho jogou melhor, criou outras oportunidades e poderia ter goleado.

O representante pernambucano, que teve bastante tempo para se preparar após a eliminação na semifinal estadual, começa o Brasileirão repetindo o seu pífio desempenho como visitante. Em 2012 o Náutico somou apenas sete pontos fora dos Aflitos – onde foi implacável. Fora de casa foi apenas uma vitória.

Compactar a equipe nesta arrancada do Nacional é uma meta urgente…

Série A 2013, 1ª rodada: Grêmio 2x0 Náutico. Foto:Lucas Uebel/Grêmio

Todos os congestionados caminhos até a Arena

Metrô do Recife na noite da abertura da Arena Pernambuco, em 22 de maio de 2013. Foto: Brenno Costa/DP/D.A Press

Quando o metrô foi anunciado como a principal via de acesso à Arena Pernambuco foi imediata a dúvida sobre o sucesso do esquema.

Foram quase 27 mil torcedores, com 57% do público se deslocando pela rede metroviária e desembarcando na nova e pequena estação Cosme e Damião. Isso corresponde a 15.200 pessoas, num cálculo do próprio governo do estado.

O aperto na ida no amistoso Náutico x Sporting foi enorme. Na volta idem. O Diario de Pernambuco preparou um esquema especial de cobertura naquela noite, com repórteres saindo de pontos estratégicos, todos às 18h. Além do metrô, a reportagem saiu de carro do Marco Zero, Derby, Rosarinho, Iputinga e até de Caruaru. O resultado é o vídeo abaixo.

Para a Copa das Confederações são esperados públicos entre 30 mil e 44 mil pessoas nos jogos locais. A Secopa adianta que a frota de trens será ampliada e de que as vias arteriais da capital estarão desobstruídas.

Nota-se, porém, que a preocupação ainda não vai além dos torneios da Fifa, sem um planejamento para os grandes jogos do Náutico na Série A, sem feriado algum, e, sobretudo, os clássicos em 2014.

Questionado sobre como seria o percurso das torcidas no metrô (Um vagão para cada uma? Um trem para cada uma? Todos juntos?), o secretário admitiu que isso não foi discutido…

Energia da final da Champions League no Recife, num case promocional

The Champions Experience Recife, em 2013. Foto: Rodolfo Bourbon/DP/D.A Press

“É impressionante ver uma mobilização desse tamanho aqui no Recife sobre um jogo com dois times da Alemanha em Londres. Ninguém torce pelo Bayern ou pelo Borussia e não está fazendo a menor diferença”.

Um amigo, também jornalista esportivo, fez esse comentário durante a final da Liga dos Campeões da Uefa, no sábado. A conversa aconteceu no salão nobre do Instituto Ricardo Brennand, na Várzea, onde mais de 300 convidados assistiam à decisão europeia num telão. Tudo regado a cerveja.

A bebida, no caso a Heineken, é a patrocinadora oficial da Liga dos Campeões, o que tornava o customizado cenário ainda mais incomum, por se tratar de um evento de promocional oficial da marca, tradicionalmente atrelada ao torneio.

The Champions Experience Recife, em 2013. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Pelo segundo ano seguido, a capital pernambucana recebeu a The Champions Experience, que involuntariamente se tornou num case para eventos esportivos, da interação em redes sociais ao entretenimento gerado em um dia de eventos.

O supracitado comentário foi feito no momento em que os rivais germânicos empatavam em 1 x 1, com a torcida local dividida, completamente integrada ao clima da partida. A impressão era de que se a final tivesse sido entre Paris Saint-Germain e Galatasaray o ambiente teria sido o mesmo, corroborando com a tese de que uma final da Champions League é diferenciada e ponto.

Agregar oportunidades e negócios é uma consequência dessa marca consolidada, seja em Londres ou no Recife. Não por acaso, vale pelo menos imaginar cenas do tipo, também articuladas por patrocinadores oficiais, com os três grandes clubes locais em ação…

The Champions Experience Recife, em 2013. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press