A tradição pernambucana no hóquei sobre patins

Equipes de hóquei de Pernambuco: Sport, Portugues e Náutico. Fotos: Diario de Pernambuco e Sport/Twitter

Há uma modalidade esportiva que não cansa de orgulhar os pernambucanos. Na base da rivalidade, o hóquei sobre patins é uma tradição com mais de 50 anos no Recife. O campeonato pernambucano é disputado desde 1959. Até hoje foram três campeões, sendo 28 títulos do Sport, 25 do Clube Português e 2 do Náutico. Confira a lista completa de vencedores aqui.

A maior luta desse esporte é, curiosamente, motivar a renovação de praticantes nos quadros dos clubes locais. O investimento, como na imensa maioria dos esportes amadores, é escasso. A paixão clubística pesa bastante no rendimento dos atletas, quase sempre torcedores dos clubes.

Sport, tetracampeão brasileiro de hóquei adulto masculino em 2013. Crédito: twitter.com/sportrecifeCom essa dedicação, o centro pernambucano foi buscando o seu espaço no cenário nacional, com várias conquistas infantis e juvenis, tanto no masculino quanto no feminino. Na principal categoria, o adulto masculino, o domínio histórico é do Sertãozinho, com 19 conquistas desde a primeira edição, em 1972. Porém, o eixo parece estar mudando.

O formato do Campeonato Brasileiro, com a disputa em uma ou no máximo duas semanas numa sede fixa, se mantém há anos. O Recife, claro, tornou-se uma das cidades mais procuradas para a organização da competição nacional. Foi além. A capital chegou a ser sede dos Mundiais de seleções em 1995, masculino, e 2012, feminino.

Nos últimas três décadas os troféus foram surgindo, sobretudo nas quadras da Ilha do Retiro e do Português. Já são oito títulos, incluindo a conquista avassaladora do Leão neste ano, com sete vitórias em sete jogos.

Sport – 1993, 1997, 2010 e 2013
Clube Português – 1980, 1981, 1998 e 2000

O Náutico, presente de forma regular na modalidade há dez anos, também já saiu da fronteira estadual, com a vitória na Copa do Nordeste de 2013

Para completar esse azeitado cenário, o maior triunfo do hóquei pernambucano, com o título sul-americano do Sport em 2012. Em plena Buenos Aires, na quadra do Huracán, então campeão continental, o Leão venceu o San Lorenzo por 5 x 4, destronando os hermanos, eternos favoritos na América.

Agora, imagine se houvesse um pouco mais de investimento nesta modalidade…

Equipes de hóquei de Pernambuco: Sport, Portugues e Náutico. Fotos: Diario de Pernambuco

Uma atuação alvirrubra sem honra

Série A 2013: Náutico x Santos. Foto: Bernardo Dantas/DP/D.A Press

O Náutico foi goleado pela 10ª vez na Série A. Nesta campanha pífia, o Timbu vem sendo goleado a cada três rodadas, sem deixar tempo para o torcedor parar de sofrer. Na Arena Pernambuco, na noite deste sábado, outra atuação decepcionante, para ser esquecida – ou no mínimo servir para encampar mudanças. Pior. O adversário nem precisou forçar. Só precisou esperar os erros dos alvirrubros para marcar 5 x 1, marcando quatro vezes em 26 minutos.

A meta era jogar pela honra. Mas é preciso ao menos jogar futebol, ter atenção e dedicação tática para tentar driblar o abismo técnico. No momento em que Alison sai jogando de forma bisonha e entrega a bola nos pés de Thiago Ribeiro, com este chutando rápido, para o gol, fica claro que o desejo não é tão simples.

Durou apenas 40 segundos a igualdade. Após o gol, o Alvirrubro até se lançou ao ataque, de maneira pouco concatenada. Não por acaso, não levou perigo real. Dando espaço, foi vazado mais uma vez aos 21 minutos, com Cícero, com enorme espaço, chutando do mesmo local do primeiro tento. Só mudou o endereço, acertando agora o cantinho esquerdo de Ricardo Berna.

Virou goleada quatro minutos depois, numa falha clamorosa de Berna, que mesmo podendo usar os braços, foi incapaz de alcançar Everton Costa. O que já era trágico virou vergonha aos 26, com outro gol santista, de Cicinho. A partir, apenas protestos, daqueles torcedores que permaneceram no estádio já vazio, pois vários tomaram a decisão de voltar para a casa. Nem o gol de Maikon Leite no segundo tempo diminuiu a revolta, até porque aos 44 Cícero ampliou de novo.

Série A 2013: Náutico x Santos. Foto: Bernardo dantas/DP/D.A Press

Empate em Chapecó e a moral leonina para os jogos no Recife

Série B 2013: Chapecoense 0 x 0 Sport. Foto: Aguante Comunicação/Chapecoense

O primeiro empate sem gols do Sport em toda a Série B veio num momento importantíssimo. Em 31 rodadas, esta foi apenas a segunda igualdade do oscilante time rubro-negro. Diante da surpreendente vice-líder Chapecoense, o disputado 0 x 0 na tarde deste sábado ajudou sobretudo a moral da equipe.

A explicação é simples, com a manutenção do clube na zona de classificação à elite. Vale a ressalva de que o Avaí tem um jogo a menos, mas até lá o G4 segue composto. Por isso, a postura precisava ser diferente em Santa Catarina, com a obrigação de somar pontos. Precisava e foi diferente.

O primeiro tempo foi de muita pegada, com o Leão apertando a marcação. Como de costume, infelizmente não contou com a ajuda dos laterais. Mas buscou o jogo. Não ficou preso lá atrás, como em outras jornadas, nas quais passou sufoco. Para evitar a pressão, nada como tentar pressionar.

O Sport só não foi mais eficiente porque Neto Baiano parecia mais interessado em discutir com o seu marcador. Na etapa final, o time, já desgastado com a maratona, foi sendo modificado. Saíram Rafael Pereira e Marcos Aurélio, dando lugar a Camilo e Jonathan Balotelli, uma surpresa de última hora.

O Leão até mandou uma na trave, numa cabeçada de Ailson, mas também se viu pressionado, nas bolas áreas. O zero no placar se manteve do outro lado porque Magrão fez duas boas defesas. Garantiu a volta para o Recife com um alento, desde que aqui seja cumprido o papel contra ASA e São Caetano…

Série B 2013: Chapecoense 0 x 0 Sport. Foto: Aguante Comunicação/Chapecoense