Os estádios pernambucanos em preto e branco

Em tempos de Arena Pernambuco, com o já famoso Padrão Fifa, os demais estádios do futebol local ficaram alguns degraus abaixo. Entretanto, os quatro maiores palcos têm muita história para contar. Nos jogos realizados, claro, e nas várias caras que Ilha do Retiro, Aflitos, Arruda e Lacerdão já tiveram.

Sim, pois se a arena em São Lourenço da Mata foi inagurada com a sua versão definitiva, os demais estádios receberam inúmeras ampliações até os formatos atuais.

Ilha do Retiro – 1955

Inaugurado em 1937, o estádio do Sport recebeu seus primeiros degraus no ano seguinte. Para o primeiro Mundial no Brasil, em 1950, a reforma foi completa, ampliando a capacidade para 20 mil pessoas. Cinco anos depois, no cinquentenário do clube, mais dois lances de arquibancada foram erguidos.

Ilha do Retiro em 1950, antes da Copa do Mundo. Foto: Arquivo

Aflitos – 1968

O estádio alvirrubro, em atividade desde 1917, recebeu a sua grande reforma na década de 1960, quando todos os setores da arquibancada foram erguidos. No ano do hexa, o Eládio apresentava um formato que duraria até 1996, quando passou por uma remodelação, até 2002.

Estádio dos Aflitos em 1968. Foto: Arquivo/DP/D.A Press

Arruda – 1970

Os primeiros jogos do Santa Cruz em seu estádio, que sucedeu o velho alçapão coral, no mesmo terreno, aconteceram em 1965. Até em 1972, o José do Rego Maciel ganharia o seu primeiro anel completo. Foram etapas paulatinas até a Copa da Independência. Dois anos antes da Minicopa a capacidade já era de 20 mil pessoas.

Estádio do Arruda, ainda em obras, em 1970. Foto: Diario de Pernambuco/arquivo

Lacerdão – 1977

Antes da denominação “Luiz Lacerda”, o estádio do Central foi chamado de Pedro Victor de Albuquerque. Nada de tobogã ou arquibancada superior de cadeiras alvingeras. O palco caruaruense era bem acanhado, mas já era, naquela época a maior do interior.

Estádio Lacerdão, em Caruaru, em 1977. Foto: Sérgio Pepeu/arquivo pessoal

Os Pernambuquinhos de Miguel Arraes e Jarbas Vasconcelos

Ex-governadores de Pernambuco: Miguel Arraes e Jarbas Vasconcelos. Fotos: Arquivo/Diario de Pernambuco

Em 2002, o futebol pernambucano passou por uma transformação estrutural.

Com o sucesso da Copa do Nordeste, no formato com turno único com 16 clubes e fase final, as datas para a competição local foram bem reduzidas.

A fórmula encontrada pela FPF foi realizar um torneio à parte, antes do campeonato estadual, sem a participação dos três grandes clubes recifenses, envolvidos e focados no Nordestão.

Sete clubes disputaram entre fevereiro e março a Copa Jarbas Vasconcelos, numa homenagem ao então governador. Na final, o Central superou o Petrolina.

A receita para os interioranos foi escassa. Cada clube teve uma cota de R$ 1,5 mil por jogo. Na premiação, R$ 20 mil para o campeão e R$ 10 mil para o vice.

Em 2014, o cenário paralelo ao Nordestão será semelhante.

Santa Cruz, Sport e Náutico estarão mais uma vez no regional. Os nove clubes restantes terão mais uma competição paralela para evitar a falta de atividade.

Neste ano, na volta do regional, o regulamento apontou de forma seca o “primeiro turno”, sem distinções. Agora, uma cara independente – apesar da ligação ainda umbilical.

Também no sistema todos contra todos, mas desta vez sem final. Começa ainda neste ano, em 8 de dezembro, com 18 rodadas até 9 de fevereiro.

Ao campeão, o Troféu Miguel Arraes, numa homenagem ao avô do atual chefe do executivo estadual e govenador de Pernambuco em três mandatos.

O campeão do “Pernambuquinho”, apelido surgido em 2002, terá direito também a 50 medalhas de ouro. Ao vice, 50 medalhas prateadas.

A grande diferença está na ligação com o Estadual. Os três primeiros colocados disputarão o hexagonal decisivo, enquanto o campeão ainda ganhará vaga na Série D. Em 2002 não houve qualquer benefício técnico ao vencedor.

Como curiosidade, vale citar que já houve o Troféu Eduardo Campos, em 2009, entregue ao campeão pernambucano…

Recife passa dos 40 mil sócios-torcedores

Ranking de sócios-torcedores da Ambev para clubes brasileiros em 24 de outubro de 2013

A campanha de sócios-torcedores passou dos 40 mil membros em dia nos grandes clubes pernambucanos. Desde a entrada de rubro-negros, tricolores e alvirrubros no programa nacional de descontos para associados em clubes de futebol, mais de 12 mil pessoas se credenciaram no estado. Obviamente, isso resultou em um aumento considerável na receita dos times locais.

No entanto, essa análise é direcionada à Ilha do Retiro (20 mil sócios) e ao Arruda (16 mil). Desde a atualização do blog no dia em que o trio foi inserido no levantamento da Ambev, em 21 de maio deste ano, o Alvirrubro só fez cair. Eram quatro mil. Agora, não mais de 2,5 mil sócios rigorosamente em dia.

Os sócios cadastrados no torcedômetro têm direito a benefícios em mais de 600 produtos e serviços de 37 marcas. Saiba mais no Por um futebol melhor.

Quadro agregado dos três grandes clubes do Recife.
21/05: 27.880 sócios
31/07: 31.803 sócios (+3.923)
20/09: 37.101 sócios (+5.298)
24/10: 40.008 sócios (+2.907)
Variação: +12.128

Campanha de sócios do Sport. Crédito: Sport/divulgação

Nome oficial: Sport de Verdade

O projeto do Sport é voltado para quatro categorias de sócio, com vantagens diferenciadas, de R$ 18 a R$ 87, os mesmos valores há dois anos.

21/05: 10.673 sócios (12º)
31/07: 15.271 sócios (11º) +4.598
20/09: 20.613 sócios (10º) +5.342
24/10: 20.752 sócios (11º) +139
Variação: +10.079

Campanha de sócios do Santa Cruz. Crédito: Santa Cruz/divulgação

Nome oficial: Guerreiro Fiel

O projeto do Santa é voltado para quatro categorias de sócio, de R$ 20 a R$ 100, os mesmo valores há dois anos. Há pacote com acesso integral aos jogos.

21/05: 13.174 sócios (10º)
31/07: 13.379 sócios (13º) +205
20/09: 13.648 sócios (13º) +269
24/10: 16.671 sócios (12º) +3.023
Variação: +3.497

Campanha de sócios do Náutico. Crédito: Náutico/divulgação

Nome oficial: Por um Timbu melhor

O projeto do Náutico tem uma categoria, com valores distintos entre homens (R$ 30) e mulheres (R$ 25). Descontos na arena e lugar reservado nos jogos.

21/05: 4.033 sócios (20º)
31/07: 3.153 sócios (23º) -880
20/09: 2.840 sócios (25º) -313
24/10: 2.585 sócios (25º) -255
Variação: -1.448