A experiência de Sherlock como ideal na escola dos novos árbitros do estado

Argemiro Félix, o Sherlock, árbitro do futebol pernambucano nas décadas de 1940, 1950 e 1960. Fotos: Arquivo/DP/D.A Press

Reconhecido pela qualidade técnica, Argemiro Félix de Sena foi o árbitro que mais apitou na história do futebol pernambucano. Em 28 anos de carreira, foram 353 jogos no estado, segundo os dados do pesquisador Carlos Celso Cordeiro.

Argemiro foi o primeiro juiz de Pernambuco no quadro da Fifa. Com um uniforme todo preto, costumava gritar “É a lei!” ao ser interpelado pelos jogadores. E olhe que era comum mandar uns dois pra fora a cada noventa minutos…

Figura emblemática nos gramados recifenses, ele era conhecido como Sherlock, num apelido oriundo desde a juventude devido à fixação nos livros de Sherlock Holmes, o investigador criado pelo escritor escocês Conan Doyle.

Após pendurar o apito, também trabalhou no departamento de árbitros da FPF. Sherlock faleceu em 1991, aos 81 anos. Por todo este histórico, acabou homenageado em uma ideia que pretende requalificar a categoria no estado.

A FPF acaba de criar a Escola de Formação de Árbitros Sherlock, com o objetivo de renovar o (conturbado) quadro. São sete diretrizes, segundo a resolução, incluindo a formação inicial e continuada de árbitros, especialização, intercâmbios etc. O primeiro diretor-presidente será Salmo Valentim.

Na sua opinião, em quantos anos a Ceaf terá um quadro de formandos decente?

Árbitros que mais apitaram em Pernambuco
353 – Argemiro Félix
320 – Sebastião Rufino
261 – Manoel Amaro
253 – Gilson Cordeiro
214 – Wilson Souza

1º jogo de Sherlock: 12/05/1935 – Sport 5 x 4 Náutico (Estadual)
353º jogo de Sherlock: 02/06/1963 – Igarassu 1 x 1 Pesqueira (Copa do Interior)

A Copa do Nordeste deve se estender na televisão até 2032

Futebol nordestino. Crédito: Esporte Interativo/facebook

A Copa do Nordeste veio mesmo para ficar.

Após a longa batalha judicial entre a Liga do Nordeste e a CBF, cuja indenização estava na casa dos R$ 25 milhões, o impasse terminou num acordo.

Inicialmente, a liga dos clubes e o canal detentor dos direitos de transmissão na televisão por assinatura, o Esporte Interativo, garantiram a realização do Nordestão no calendário brasileiro por dez temporadas, de 2013 a 2022.

No entanto, com a organização da Confederação Brasileira de Futebol, o torneio teria quanto tempo de “vida útil”? É bom lembrar que a própria entidade esvaziou o regional em 2003, quando o Brasileirão passou a ser pontos corridos.

Desta vez, parece haver mesmo uma parceria, já com a inclusão assegurada dos estados do Maranhão e do Piauí em 2015. Ampliação de 16 para 20 clubes (ou até 24) e vaga garantida ao atual campeão também estão na futura pauta.

Mas a grande sacada disso tudo está mesmo no viés comercial. Além do longo contrato em vigor, um novo acordo por mais dez anos já está sendo costurado, segundo o presidente da FPF, Evandro Carvalho, em entrevista ao blog.

A preferência parte como renovação. Porém, outras emissoras e empresas já demonstram interesse, mesmo num produto a longo prazo.

Assim, o troféu dourado ainda será erguido durante muito anos… Até 2032.