Da Seleção, a reaproximação entre a torcida coral e sua pátria particular

Série B 2014, 9ª rodada: Santa Cruz 2 x 0 Joinville. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O processo de evolução do Santa Cruz na segunda divisão nacional passa (passará) pela reaproximação entre time e torcida. A distância surgiu a partir das eliminações no estadual e no regional e da tragédia no Arruda, com esta forçando uma separação literal.

Ao recorrer na justiça desportiva e conseguir um efeito suspensivo, o Tricolor pôde receber novamente o abraço de seu povo, inclusive com camisa nova. Ainda não foi em sua casa, mas nos Aflitos. Mesmo em reduto rival, a festa foi em três cores, com 9.884 presentes.

Teve gente que comprou mais de um ingresso só para ajudar o clube, consciente do mau momento, sem bilheteria – que no Santa representa a principal receita.

Tudo isso se perpetua (perpetuará) por algo básico no futebol: resultado. Após a largada com incríveis sete empates, os corais chegaram à segunda vitória seguida, novamente por 2 x 0. O adversário, o Joinville, buscava a liderança. Está em melhor momento, mas foi dominado. Modificada, a equipe de Sérgio Guedes marcou um gol de cada tempo, Memo e Betinho.

Em uma noite na qual o time entrou em campo com o uniforme a la Seleção, a torcida voltou a vibrar com a sua pátria particular…

Série B 2014, 9ª rodada: Santa Cruz 2 x 0 Joinville. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Itália 1934/1990 e Alemanha 1974/2006 os exemplos para o Brasil 1950/2014

Coletiva na Granja Comary em 30/05/2014. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Teresópolis – Itália, campeã mundial em 1934 e semifinalista em 1990. Foi a sede nas duas edições. Alemanha, campeã em 1974 e semi em 2006. Também anfitriã nos dois torneios. Brasil, vice em 1950… E mais uma vez país-sede em 2014.

A partir deste breve histórico, vamos à declaração de David Luiz, que trouxe este contexto ao ser indagado sobre o fantasma do Maracanazo, algo recorrente na cobertura da Seleção para este Mundial – e com respostas devidamente orientadas pelas três psicólogas a serviço do time brasileiro.

“Grandes seleções ganharam e perderam Copas em casa, como Itália e Alemanha. O Brasil só perdeu. Então, chegou a hora de ganhar.”

A frase foi dita durante a entrevista coletiva ao lado do meia Willian, com 51 minutos de duração. Na maior parte do tempo, respostas esbanjando confiança no hexa. Os questionamentos variaram de Paris até corte de cabelo. No fim, quebrando o script, David Luiz e Willian, companheiros no Chelsea na última temporada, posaram para fotos, num cenário de irreverência.

E assim se mantém um ambiente de confiança elevada. Pela lógica do novo jogador do PSG – foi negociado por R$ 188 milhões, tornando-se o zagueiro mais caro da história -, uma hora ganha.

Apesar de não citada, a França seria o exemplo perfeito à Canarinha. Sede 1938 e 1998. Só ganhou na segunda oportunidade.

Já México foi sede 1970 e 1986… Melhor nem lembrar mesmo.

A primeira loja oficial da Copa no Recife

Loja oficial da Copa do Mundo no Aerporto Internacional dos Guararapes. Foto: Carlo Zirpoli/cortesia

Aberta a primeira loja oficial da Copa do Mundo no estado. O empreendimento, de aproximadamente 50 metros quadrados, está localizado no Aeroporto Internacional dos Guararapes, no primeiro piso, em frente aos portões de embarque.

Não são poucos o produtos licenciados pela entidade para o Mundial de 2014. São mais de 1.500, fabricados por 34 empresas. A venda foi iniciada ainda na Copa das Confederações, mas já com a marca do Mundial, diga-se.

Uma novidade este ano é a venda das miniaturas dos 12 estádios. No ano passado, apenas os seis do evento-teste foram às prateleiras. Além disso, as camisas das seleções também estão no pacote.

Loja oficial da Copa do Mundo no Aerporto Internacional dos Guararapes. Foto: Carlo Zirpoli/cortesia

Curiosamente, o aeroporto também recebeu a loja oficial da Copa das Confederações no Recife. A localização, contudo, foi diferente – hoje, a loja de 2013 ainda encontra-se decorada, mas fechada. Outra loja oficial da Copa do Mundo no estado será inaugurada ao lado da Arena Pernambuco, mas com funcionamento esporádico, mais focado nos cinco jogos marcados para o estádio, em junho.

A ideia é abrir, também, alguns quiosques nos shoppings da cidade. Contudo, até pelo espaço reduzido, a oferta de produtos tende a ser menor, contando basicamente com camisas, brinquedos, bolas, fuleco e quinquilharias.

O mesmo cenário será repetido as doze subsedes, fora o comércio online. Não por acaso, o faturamento com produtos oficiais é um vetor que costuma encorpar a receita da Fifa a cada quatro anos.

Loja oficial da Copa do Mundo no Aerporto Internacional dos Guararapes. Foto: Carlo Zirpoli/cortesia

As disputas virtuais no Fifa, a 100 metros da Seleção real

Videogame no centro de imprensa da Granja Comary. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Teresópolis – A menos de 100 metros do campo principal da Granja Comary, os jogos de futebol duram o dia inteiro. No mundo virtual, ao alcance de qualquer um. A organização da estrutura da Seleção Brasileira, com o apoio do patrocinador – algo de praxe -, colocou à disposição dois videogames com jogos oficiais da Fifa.

O Fifa 2014, do playstation 4, e o Fifa World Cup 2014, do playstation 3. Acredite, há concorrência para pegar nos joysticks, entre uma matéria e outra, entre uma entrevista e outra. Não por acaso é comum uma câmera, um caderninho, uma agenda… tudo o chão, na cadeira em frente ao monitor.

Apesar da possibilidade de escolha com todas as seleções filiadas – e são mais de 2009 -, no PS4 a preferência é jogar com clubes, segundo observou o blog. Flamengo e Corinthians entre os mais selecionados, sem surpresa.

Observação: apesar de gostar bastante, eu não joguei (ainda).

Videogame no centro de imprensa da Granja Comary. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

A megaestrutura armada na granja para difundir apenas um conteúdo

Cobertura da Seleção Brasileira na Granja Comary na preparação para o Mundial de 2014. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Teresópolis – Estúdios de televisão, estações de rádio, caminhões de transmissões e redações de jornal. Tudo em grande número, tudo reunido no mesmo estande e com apenas uma pauta: Seleção Brasileira.

A rotina diária na preparação dos convocados é quase sempre a mesma.

Treino às 9h30, coletiva às 12h30 e treino às 15h30.

Não há zona mista com os jogadores. A quebra de protocolo é mínima.

Cobertura da Seleção Brasileira na Granja Comary na preparação para o Mundial de 2014. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

A agenda só muda em casos excepcionais, como Felipão fugindo da chuva e aparecendo um dia no centro de imprensa, Neymar e Fred jogando videogame ou um torcedor que tenha conseguido um raro acesso ao campo.

Fora isso, apresentadores e humoristas chegando a todo instante, tentando tirar uma casquinha da Canarinha.

Cobrindo tudo isso, 1.632 profissionais credenciados pela CBF.

Cobertura da Seleção Brasileira na Granja Comary na preparação para o Mundial de 2014. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Boa parte do público autorizado à Granja Comary é formada por integrantes da Rede Globo, com boletins dia e noite. Os estrangeiros também marcam presença – há, inclusive, um centro de tradução das coletivas.

Só da Inglaterra vieram 32. Do Catar, sede do Mundial de 2022, 4 estão por aqui. Do Japão há Kyomi Nakamura, que já cobre a Canarinha há 13 anos. A estrutura oferecida conta até com uma arquibancada improvisada de “mirante” para as câmeras de foto e tevê

Tudo pela única pauta que interessa no futebol até o dia 13 de julho…

Cobertura da Seleção Brasileira na Granja Comary na preparação para o Mundial de 2014. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Um título sul-americano para o Leão com cesta a 1 segundo do fim

O Sport conquistou o título sul-americano de basquete feminino.

Vitória por 83 x 82 sobre o La Estancia, da Colômbia.

Detalhe: a virada veio faltando 1,3 segundo!

Foi a segunda conquista continental do clube em uma modalidade coletiva.

Antes, somente o hóquei masculino havia sido campeão, em 2012.

O título das meninas em 2013 ocorre justamente num momento de crise entre o técnico Roberto Dornelas, idealizador do projeto, e o clube.

À parte dos bastidores, vamos à emoção na quadra.

Veja a narração, em espanhol, dos instantes finais da decisão em Quito.