Vice-campeonato estadual, torneio seletivo, ranking nacional e a confusão das vagas na Copa do Brasil

Copa do Brasil. Foto: Rafael Ribeiro / CBF

Pernambuco terá apenas três representantes na Copa do Brasil de 2015.

Sport (campeão), Náutico (vice) e Salgueiro (3º lugar) se classificaram através do campeonato estadual de 2014.

Havia a expectativa de que o Santa também conseguisse a sua vaga, mas através do ranking da CBF. O Tricolor seria o último dos dez times agraciados pela lista. Para isso, o Vitória teria que entrar como vice-campeão baiano.

Mas acabou não sendo o caso…

Espertamente, a federação baiana distribuiu as duas vagas obrigatórias na competição local usando o próprio ranking da CBF a seu favor. Vamos explicar.

Com Bahia e Vitória bem colocados no novo ranking, a necessidade de entrar via Estadual é baixa. Então, não haveria motivo, em tese, para a FBF dar uma vaga ao vice – só o lugar do campeão é obrigatório, enxerga a entidade.

Assim, a federação da Boa Terra deu uma vaga ao melhor time da primeira fase, a Jacuipense, valorizando a disputa sem os grandes. Um detalhe polêmico: o regulamento da Copa do Brasil aponta que os estados com duas ou mais vagas precisam classificar os campeões e vices-campeões (!!!).

Segue o caso com a terceira vaga baiana, sequer utilizada no estadual. Foi para um torneio seletivo, fato que também ocorre no Ceará. Por aqui, seria algo como a Copa Pernambuco valer um lugar na Copa do Brasil, o que nunca ocorreu.

Assim, o estado da Bahia conseguiu emplacar quatro clubes entre os 86 participantes do mata-mata nacional, sendo um deles pelo ranking.

E a FPF seguiu com três, também porque o Tricolor está numa colocação ruim no ranking nacional. Afinal, ficou atrás até do ASA…

As participações dos times pernambucanos na Copa do Brasil (1989/2015):

Santa Cruz e Sport – 21
Náutico – 20
Central e Salgueiro  – 2
Porto – 1

Cerveja deve ser liberada no estado, com cervejaria assumindo o naming rights do Pernambucano

Cervejas oficiais de Sport, Náutico e Santa Cruz (Ambev/Brahma)

A cerveja deverá ser liberada no futebol pernambucano em 2015.

Até o dia 17 de dezembro o projeto para autorizar a comercialização e o consumo de cerveja nos estádios locais deverá ser votado no plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco, a Alepe.

A possibilidade já havia sido informada pelo blog em setembro.

A cerva está vetada nas arquibancadas desde a publicação da lei estadual em 24 de março de 2009, de autoria do deputado Alberto Feitosa.

Dois anos depois do veto – sem uma mudança de fato na violência – foi criado um novo projeto, com uma alteração na redação. De autoria de Antônio Moraes, o projeto de lei ordinária nº 584/2011 visava a liberação apenas da cerveja, excluindo outras bebidas alcoólicas, como vodca, uísque, cachaça etc.

Ou seja, não se pretendia revogar a lei vigente, mas derrogá-la, mudando só um artigo. Contudo, a proposta estava parada desde 22 de maio de 2012.

Após muita discussão, o projeto foi desengavetado e já foi considerado legal pela Comissão de Constituição, Legislação e Justiça da casa.

Agora, terá na sequência as comissões de saúde, finanças e esporte. Na assembleia não se espera objeção nessas análises. No entanto, a bancada evangélica deverá ser uma ferrenha opositora.

A articulação está de tal forma que uma cervejaria já mostrou interesse em adquirir o naming rights do Estadual pelos próximos quatro anos. O acordo está condicionado à liberação, como revelou o presidente da FPF, Evandro Carvalho.

Em 2009, a Ambev voltou atrás no acordo com a federação justamente por causa da lei. Na ocasião, foi desfeito um contrato de R$ 800 mil.

Não por acaso, o Campeonato Pernambucano de 2015 começou sem um nome patrocinado, como ocorria há quatro anos. Por enquanto…