Hexagonal da permanência puxa para baixo a média de público do Estadual

Pernambucano 2015, 8ª rodada: Santa Cruz 1x0 Central, Serra Talhada 0x2 Náutico e Sport 3x1 Salgueiro. Imagens: TV Globo/reprodução (Arruda), FPF/divulgação (Pereirão) e twitter.com/jonathantutim (Arena)

O hexagonal da permanência terminou, com Ypiranga e Vera Cruz rebaixados à segundona estadual de 2016. Com 30 jogos, sendo três de portões fechados, a fase puxou muito para baixo os índices de público e renda do Campeonato Pernambucano de 2015, com vários borderôs com menos de 500 presentes. A média absoluta nesta disputa paralela à briga pelo título foi de apenas 1.242 torcedores, com uma arrecadação de R$ 9.358 a cada partida.

No geral, o índice da competição voltou a cair, agora para 3.377, que seria a pior na era do subsídio do governo do estado, desde 1998. Nem o campeonato das multidões consegue empolgar o público na arquibancada. No fim de semana, que correspondeu à 8ª rodada do hexagonal do título, Santa Cruz e Sport não atraíram nem dez mil espectadores ao Arruda e à Arena. Na disputa particular, 14 mil x 10 mil, restando ainda um clássico para os rubro-negros.

Em relação à arrecadação, a bilheteria após os 98 jogos “abertos” foi de R$ 4,13 milhões. A FPF, como se sabe, fica com 8% da renda bruta. Logo, a federação já abocanhou R$ 330.775.

Confira abaixo os dados de público e renda atualizados após cinco rodadas dos hexagonais do título e do rebaixamento, de acordo com o borderô oficial da FPF. Confira todas as médias de 1990 a 2014 clicando aqui.

1º) Santa Cruz (4 jogos como mandante, 3 no Arruda e 1 na Arena)
Total: 57.389 pessoas
Média: 14.347
Taxa de ocupação: 25,35%
Renda: R$ 1.045.157
Média: R$ 261.289
Presença contra intermediários (2): T: 18.532 / M: 9.266

2º) Sport (4 jogos como mandante, 2 na Arena e 2 na Ilha)
Total: 40.450 pessoas
Média: 10.112
Taxa de ocupação: 25,53%
Renda: R$ 727.882
Média: R$ 181.970
Presença contra intermediários (3):T: 26.931 / M: 8.977

3º) Salgueiro (4 jogos como mandante, no Cornélio)
Total: 25.392 pessoas
Média: 6.348
Taxa de ocupação: 64,01%
Renda: R$ 191.365
Média: R$ 47.841

4º) Central (11 jogos mandante, no Lacerdão)
Total: 56.990 pessoas
Média: 5.180
Taxa de ocupação: 26,59%
Renda: R$ 568.025
Média: R$ 51.638

5º) Náutico (4 jogos como mandante, na Arena)
Total: 17.019 pessoas
Média: 4.254
Taxa de ocupação: 9,20%
Renda: R$ 347.845
Média: R$ 86.961
Presença contra intermediários (3): T: 12.393 / M: 4.131

6º) Serra Talhada (11 jogos como mandante, no Nildo Pereira)
Total: 43.577 pessoas
Média: 3.961
Taxa de ocupação: 79,23%
Renda: R$ 335.676
Média: R$ 30.56

As capacidades (oficiais) dos estádios usadas para calcular a taxa de ocupação: Arruda (60.044), Arena Pernambuco (46.214), Ilha do Retiro (32.983), Lacerdão (19.478), Cornélio de Barros (9.916) e Nildo Pereira (5.000).

Geral – 107 jogos (1ª fase, hexagonais do título e da permanência e mata-mata)*
Público total: 361.440
Média: 3.377 pessoas
TCN: 281.562 (77,90% da torcida)
Média: 2.631 bilhetes
Arrecadação: R$ 4.134.698
Média: R$ 38.642
* Foram realizadas 110 partidas, mas 3 jogos ocorreram de portões fechados.

Fase principal – 24 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 190.588
Média: 7.941 pessoas
TCN: 121.363 (63,67% da torcida)
Média: 5.056 bilhetes
Arrecadação total: R$ 2.821.524
Média: R$ 117.563

One Reply to “Hexagonal da permanência puxa para baixo a média de público do Estadual”

  1. Cássio, isso me leva a uma pergunta.

    O campeonato que vale para o título, ou hexagonal do título, atualmente precisa de 14 datas. Se fizéssemos um campeonato ao estilo do atual campeonato paulista, desta vez com três grupos, que jogam em turno único, encarando apenas adversários das outras chaves e classificando-se o melhor de cada grupo, fazendo as semi e as finais em 2 jogos, teríamos aí, 12 datas.

    Sendo que levaríamos em consideração que cada time do interior faria, ao menos, dois jogos com os grandes da capital, garantindo ao menos 1 em sua casa. Ou seja, teria a oportunidade de casa cheia, coisa que o Pesqueira não tem a algum tempo, o Atlético-PE estreou na primeira mas jamais enfrentou os grandes…

    Será que não seria melhor para os times pequenos não? Essa grande quantidade de jogos é bom para quem? Para os times ou para a FPF? Será que ela visa se beneficiar pelos públicos “fantasmas” do 1º turno???

    Afinal, quantidade nem sempre é qualidade, não é?

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