Em noite sofrível, Sport cai em Chapecó e aumenta a preocupação para a Série A

Copa do Brasil 2015, 2ª fase: Chapecoense x Sport. Crédito: Chapecoense/Flickr/divulgação

A Copa Sul-Americana é um objetivo no Sport, que, por causa do regulamento estapafúrdio da CBF, precisa ser eliminado precocemente na Copa do Brasil para obter a vaga internacional. Porém, esta desculpa não serve para o rendimenento em Chapecó, em confronto pela 2ª fase. Sem qualquer volume ofensivo, sem criar uma chance real sequer, o Rubro-negro tentou controlar a partida, mas acabou vendo o time da casa avançar duas vezes pelo lado direito, com Hyoran e Maranhão mandando no cantinho de Magrão, 2 x 0.

Paradoxalmente ao fato de ter ficado “perto” da vaga na Sula, o time pernambucano deixou a torcida preocupada com a sequência de mau futebol, com o Brasileirão a seguir, já no próximo domingo. O que torna esse jogo contra a Chapecoense mais emblemático é o fato de ter sido o primeiro adversário da Série A nesta temporada, isso na 27ª apresentação oficial.

Samuel, Elber, Joelinton, Mike. Peças (acionadas) que não vem correspondendo no ataque só aumentam o questionamento sobre o trabalho do técnico Eduardo Batista – ou da diretoria, que parece negligenciar o setor, à parte de Hernane, que deve demorar a estrear. Os dois times voltam a se enfrentar dentro de uma semana, na Ilha do Retiro. Antes disso, e obviamente bem antes da Sula, o Sport terá o Figueirense pela frente. A postura na Arena Condá foi uma aula do que não fazer para ser competitivo. E olhe que esse contexto é repetitivo.

Copa do Brasil 2015, 2ª fase: Chapecoense x Sport. Crédito: Chapecoense/Flickr/divulgação

A elevada projeção de faturamento, sem sentido, e a realidade econômica da Arena

Receita real sobre a receita projetada da Arena Pernambuco. Crédito: divulgação

Com cerca de três mil páginas, o relatório sobre o faturamento e a projeção de receita da Arena Pernambuco apresenta números alarmantes sobre a operação do estádio em São Lourenço da Mata. O quadro, com dados até outubro de 2014, mostra um percentual ínfimo sobre a previsão, superestimada. O documento foi solicitado pelo deputado estadual Edilson Silva (Psol) ao governo do estado e apresentado no plenário da Assembleia Legislativa (Alepe).

Vale lembrar que antes da licitação foi feito um estudo de viabilidade com oito opções de mercado, da versão mínima, sem time algum, à máixma, com os três grandes clubes – hoje, apenas o Náutico faz parte efetivamente. Do pior ao melhor cenário, a previsão de faturamento anual iria de R$ 5,7 mi a R$ 86,2 milhões. Com jogos esporádicos de Sport e Santa, o cenário 5 sofreu um ajuste. Insuficiente para alcançar sequer 1/3 da previsão geral, de R$ 9 milhões/mês.

Quadro de viabilidade da Arena Pernambuco. Crédito: divulgação

Um dos problemas para a receita ser tão baixa em relação à previsão é a própria “previsão”, bastante elevada. De forma regular, cada temporada teria 56 jogos, com público médio de 23.360 pessoas (50,54% de taxa de ocupação). Apenas cinco jogos teriam públicos reduzidos. E o tal dado inferior seria de 9.684 torcedores – lembremos que algumas partidas, no futebol real, tiveram menos de mil espectadores. Ainda segundo o quadro, 46 jogos (82% do calendário) teriam uma assistência de 22.747 torcedores. No ponto alto, com cinco partidas, 42 mil! Até hoje, o maior público em jogos de clubes foi de 37 mil.

Projeção de público da Arena Pernambuco

O documento repassado à equipe do parlamentar respondeu 13 dos 17 tópicos questionados. O próximo passo deve ser questionar a parceria público-privada entre governo e Odebrecht no Ministério Público e na Justiça. Saiba mais aqui.

Aos poucos, a caixa-preta da arena vai sendo aberta…

Receita real sobre a receita projetada da Arena Pernambuco. Crédito: divulgação

Podcast 45 (127º) – Prévia das Série A e B

O início das duas principais divisões do Campeonato Brasileiro foi amplamente discutido no 45 minutos, com a gravação de dois programas de uma só vez, sendo um sobre a Série A e outro sobre a B. Cada edição com 1h30! Haja tempo para falando de futebol, analisando todos os 40 clubes participantes das competições de 2015, com o viés pernambucano, naturalmente.

Neste 127º podcast, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, Kauê Diniz (convidado) e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Série A (Sport)

Série B (Náutico e Santa Cruz)

Os logotipos oficiais do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil de 2015

Logotipo do Brasileirão de 2015. Imagem: CBF/divulgação

Pela 9ª vez, o Campeonato Brasileiro terá um nome atrelado a uma empresa, através de um contrato de naming rights. A diretoria de marketing da CBF apresentou o logotipo da Série A de 2015, com traços do novo troféu, instituído na edição anterior, e com o nome da montadora responsável pelo patrocínio da competição, a Chevrolet. O contrato, aliás, tem duração de quatro anos.

A marca da empresa estará presente nos 380 jogos da competição, incluindo os 19 do Sport como mandante, sendo 12 na Ilha e 7 na Arena Pernambuco.

O contrato anterior, com a Petrobrás, era de R$ 18 milhões/ano. Agora, o acordo subiu para R$ 21 milhões por temporada. O outro torneio nacional de elite organizado pela CBF, a Copa do Brasil, teve o seu nome foi negociado pela 7ª edição seguida. Nos dois casos, os nomes ainda não têm tanto apelo junto às torcidas do país. Nem na imprensa. Há chance de reverter o quadro?

Enquanto isso, na Inglaterra, o Barclays Bank patrocina cada edição da Premier League por 50 milhões de euros (R$ 172 mil), com direito à imagem da empresa nos vídeos de abertura das transmissões oficiais dos jogos.

Campeonato Brasileiro
Visa (2002)
Nestlé (2005)
Petrobrás (2009-2013)
Chevrolet (2014-2017)

Copa do Brasil
Kia (2009-2012)
Perdigão (2013)
Sadia (2014-2015)

Logotipo oficial da Copa do Brasil 2015