Projeção de cotas da Série A via Premier League, com base, colocação e audiência

Projeção das cotas do Brasileirão 2014 segundo o modelo inglês de divisão. Crédito: Christiano Candian (twitter.com/candian)

O sistema de divisão de cotas de televisivas do futebol inglês, em vigor desde 1992, é apontado como o mais justo da atualidade. A tal ponto que na Espanha, o contraponto máximo ao modelo, o governo encaminhou um projeto de lei para tornar mais igualitária a distribuição de receitas da tevê, após dois anos de negociação com Real Madrid e Barcelona, ícones mundiais da disparidade.

Ou seja, nem na terra da “Espanholização” a situação é ignorada. No Brasil, ainda é. Em 2015, estamos no último ano do contrato iniciado em 2012, com as chamadas supercotas da Série A, de R$ 18 milhões/ano, para times que não integravam o Clube dos 13 a R$ 110 milhões no topo da pirâmide, com Flamengo e Corinthians, cuja distância aumentará no contrato de 2016 a 2019.

Pois bem. Um torcedor do Cruzeiro, Christiano Candian, projetou a divisão do Brasileirão 2015 caso o formato fosse o da Premier League. Ele dividiu o bolo de R$ 916 milhões da seguinte forma: 50% igualmente entre os vinte clubes, 25% pela classificação de 2014 e 25% pela representatividade de audiência de cada um. Assim, o hiato ficou de R$ 28 milhões (Criciúma) a R$ 68 milhões (Timão).

Em relação à intervenção do governo brasileiro neste processo – possível, pois a emissora de televisão, mesmo privada, opera numa concessão pública -, dois projetos de lei já foram criados, ambos por deputados federais pernambucanos.

Em 2011, o Projeto de Lei 2019/2011 de Mendonça Filho.

50% de forma igualitária entre os 20 participantes
50% numa composição entre classificação e audiência (sem especificação)

Em 2014, o Projeto de Lei 7681/2014, do Raul Henry.

50% da receita serão divididos igualmente entre os 20 participantes
25% da receita serão divididos conforme a classificação na última temporada
25% da receita serão divididos proporcionalmente ao nº de jogos transmitidos

Ambos engavetados na Câmara.

De toda forma, a projeção mostra como ficaria um Brasileirão mais equilibrado.

Podcast 45 (130º) – Entrevista com Raul Henry sobre Arena, TCN e cotas de TV

Edição especial do 45 minutos com o vice-governador de Pernambuco, Raul Henry. Foto: Rafael Brasileiro/DP/D.A Press

O 45 minutos realizou uma edição especial com o vice-governador do estado, Raul Henry. Futebol e política? Neste caso, o contexto era claríssimo, uma vez que ele é o responsável pela revisão da parceria público-privada da Arena Pernambuco, além de uma voz oficial sobre os problemas de mobilidade.

Na pauta da 130ª edição, também foi discutida a transição do Todos com a Nota, pois o estado estuda reduzir (ou acabar) o programa de subsídio ao futebol. Por fim, detalhes da proposta de divisão de cotas de televisão no Brasileirão, já que o próprio Raul Henry, enquanto deputado federal, foi o autor do projeto de lei.

No podcast, estou ao lado de Fred Figueiroa, Celso Ishigami, Rafael Brasileiro e os convidados Kauê Diniz e Emanuel Leite. Ouça agora ou quando quiser!