Jogando mal, de novo, Santa Cruz empata com o Boa Esporte e segue no Z4

Série B 2015, 7ª rodada: Santa Cruz x Boa Esporte. Foto: Rafael Martins/Esp. DP/D.A Press

Era um confronto direto contra o rebaixamento, segundo aponta a classificação. Uma partida na qual apenas a vitória tiraria o Santa Cruz da zona de descenso da Série B. Dando sequência ao desempenho pífio, nesta sétima rodada, o Tricolor ficou no 0 x 0 com o Boa Esporte, um adversário pobre tecnicamente, mas que se defendeu com muita garra no Arruda. Pior para o atual campeão pernambucano, com apenas 5 ganhos dos 21 disputados (23%).

No primeiro tempo, algumas boas oportunidades foram criadas pelos corais, a partir das articulações dos meias João Paulo e Daniel Costa. Faltou, mais uma vez, qualidade nas definições – bola no travessão à parte. Essa conhecida limitação vem custando pontos importantes, sobretudo em casa. Na etapa complementar, o ritmo do jogo caiu bastante, beneficiando, claro, o visitante, satisfeitíssimo com o resultado. Recuado estava, recuado ficou. Enquanto isso, um apático Bruno Mineiro foi novamente substituído. Contratado para ser o “matador” tricolor, o centroavante é uma decepção até aqui.

No fim, com cinco minutos de acréscimo, nem o abafa trouxe perigo real à meta mineira, com vaias no Mundão. A pressão sobre Ricardinho só não foi maior porque o público foi diminuto, com o Mundão vazio. Apenas 3.985 tricolores deixaram a má fase de lado e ignoraram o péssimo horário, 21h50 de uma sexta. Agora, o Tricolor vai ao Castelão para outro confronto direto no Z4, contra o Ceará. Continuar relembrando essa situação o tempo todo só atrapalha…

Série B 2015, 7ª rodada: Santa Cruz x Boa Esporte. Foto: Rafael Martins/Esp. DP/D.A Press

As marcas de Santa Cruz, Náutico e Sport valem R$ 156,7 milhões no mercado

Poder econômico de Santa Cruz, Náutico e Sport. Arte: DP/D.A Press

As centenárias marcas de Sport, Náutico e Santa Cruz valem R$ 156,7 milhões.

Para se chegar ao valor absoluto das marcas dos clubes, em 2015, a consultoria BDO RCS Auditores Independentes fez um cálculo com 21 variáveis em três frentes: dados financeiros (marketing, estádio, sócios e mídia, à parte das transferências de atletas), torcida (tamanho, faixa etária, nível de renda e distribuição geográfica) e mercado local (informações econômicas e sociais sobre a região em que os clubes atuam).

A projeção local aumentou em 30,5 milhões de reais sobre 2014 (que era de R$ 126,2 millhões), correspondendo a um acréscimo de 24%, curiosamente o mesmo percentual anterior. Produzido anualmente desde 2009, o levantamento é feito pelo braço brasileiro da companhia britânica de mesmo nome.

Ao se manter na primeira divisão sem sustos, aumentando as suas receitas (e a visibilidade), o Sport registrou a sua maior marca no quadro, com 87 milhões de reais, num aumento de quase 40% sobre o dado anterior, seu recorde até então. Porém, o Leão (16º) segue atrás do Bahia (15º) entre os nordestinos. Quem também cresceu foi o Santa, de volta à Série B. Com isso, elevou em 7,6 milhões a sua marca, passando pela primeira vez da casa dos R$ 30 milhões. Enquanto isso, o Náutico regrediu, após três anos de evolução. A baixa de quase 5% também derrubou o clube na ranking, passando do 20ª para o 23º lugar.

Apesar do aumento geral no quadro local, o valor ainda é baixo no cenário nacional. Só o Atlético-PR, em 13º lugar no ranking, foi avaliado em R$ 146 milhões. Pendeu a favor do Furacão o poder econômico do estado do Paraná.

Lá no topo, dois times brasileiros já ultrapassaram a barreira de R$ 1 bilhão. Sem surpresa, Flamengo (R$ 1,243 bi) e Corinthians (R$ 1,241 bi). Por sinal, o time carioca tomou a ponta após cinco anos de liderança do Timão.

Confira a evolução dos recifenses, tanto nos valores quanto no ranking nacional.

Sport
2015 (16º) – 87,4 mi (Série A), +39.6%
2014 (17º) – 62,6 mi (Série A), +50.8%
2013 (19º) – 41,5 mi (Série B), -0.9%
2012 (17º) – 41,9 mi (Série A), +6.6%
2011 (16º) – 39,3 mi (Série B), +5.3%
2010 (15º) – 37,3 mi (Série B)

Náutico
2015 (23º) – 36,4 mi (Série B), -4.9%
2014 (20º) – 38,3 mi (Série B), +0.7%
2013 (20º) – 38,0 mi (Série A), +23.3%
2012 (20º) – 30,8 mi (Série A), +16.2%
2011 (21º) – 26,5 mi (Série B), -1.8%
2010 (19º) – 27,0 mi (Série B)

Santa Cruz
2015 (25º) – 32,9 mi (Série B), +30.0%
2014 (25º) – 25,3 mi (Série B), +16.5%
2013 (25º) – 21,7 mi (Série C), +0.9%
2012 (24º) – 21,5 mi (Série C), +10.8%
2011 (23º) – 19,4 mi (Série D), +4.3%
2010 (23º) – 18,6 mi (Série D)

Desde o primeiro dado, em 2010, o trio, então com 82,9 milhões, valorizou 89%.

As capas dos games Fifa Football e Pro Evolution Soccer 2016

Capas dos games Fifa 2014 e 2016 e Pro Evolution Soccer 2014 e 2015. Crédito: Arte de Cassio Zirpoli sobre imagens de divulgação

Neymar é a grande estrela da capa do Pro Evolution Soccer 2016, a nova versão da franquia produzida pela Konami, completando 20 anos de história. O craque já havia aparecido na capa de 2012, apenas para o mercado brasileiro, como coadjuvante de Cristiano Ronaldo. Agora, não. Em vez da camisa do Santos, o atacante aparece com o uniforme da Seleção Brasileira, até para não competir com o Fifa Football, da EA Sports, que deve ter Lionel Messi como astro pela quarta vez seguida e cuja capa em preto e branco é apenas a versão inicial, divulgada na pre-order, a compra antecipada pela web (60 dólares + frete).

A última vez em que jogadores de um mesmo time estamparam as capas dos games de futebol mais tradicionais do mundo foi em 2012, com CR7 no PES e Kaká ao lado de Rooney, do Manchester United, no Fifa. Na ocasião, ambos apareceram com o padrão branco do Real Madrid. Em relação às licenças oficiais, a Champions League e a Europa League seguem no PES, após o contrato renovado, de três anos. Já os clubes brasileiros, das Séries A e B, seguem em negociação com as produtoras, devido à indefinição causada pelos nomes dos atletas, segundo a legislação nacional. Nos games de 2015, apenas a Konami conseguiu firmar contratos com times nacionais (21 ao todo).

A ferrenha rivalidade Fifa x PES existe há duas décadas nos videogames, dos consoles de 16 bits (Mega Drive e Super Nintendo) aos modelos mais modernos (PS4 e Xbox One). Abaixo, as capas internacionais desde 2007, lembrando que alguns anos contaram com capas regionalizadas, inclusive no Brasil.

O post será atualizado quando a capa definitiva do Fifa for apresentada.

As capas dos games Fifa Football e Pro Evolution Soccer de 2007 a 2013

O cinturão mundial do futebol, desde 1872

"Campeonato Mundial Oficioso de Futebol"

No boxe, a disputa pelo título mundial parte de uma premissa simples e tradicional. Há um campeão, detentor do cinturão de uma associação, que coloca o status em jogo a cada luta. Ganhando ou empatando, segue como campeão. Em caso de derrota, o cinturão passa a ter um novo dono, e assim sucessivamente. Vamos então a um exercício de ficção. E se o futebol adotasse a ideia? Oficialmente, a Fifa jamais cogitou. Desde 2003, porém, existe um levantamento do tipo. Tudo começou, na verdade, em 1967, quando a Escócia venceu a Inglaterra em Wembley por 3 x 2. No mesmo palco, um ano antes, o English Team havia conquistado a sua única Copa do Mundo. Provocando, os vizinhos (e rivais) alegaram tomada de posse do título mundial. A partir dessa polêmica, o jornalista Paul Brown resolveu colocar a ideia no papel, na revista Four Four Two, mas voltando ainda mais no tempo. Para produzir o banco de dados, ele levou em conta como “disputa de título” o primeiro jogo internacional oficial, coincidentemente, um amistoso entre Inglaterra e Escócia no distante 30 de novembro de 1872.

Considerando aquela partida no Scotland Cricket Ground, em Glasgow, assistida por quatro mil espectadores, o título mundial oficioso entre seleções ficou em jogo nada menos que 898 vezes até o início da Copa América de 2015, incluindo três jogos em Pernambuco. Acredite, o Brasil chegou à disputa no Chile como “atual campeão”. Durante o Mundial de 2014, o Uruguai chegou com a marca, mas acabou perdendo o “cinturão” para a surpreendente Costa Rica, no Castelão. Os costa-riquenhos mantiveram o título contra Itália (1 x 0, na Arena Pernambuco), Inglaterra (0 x 0) e Grécia (1 x 1, também em São Lourenço da Mata), até cair diante da Holanda, nos pênaltis. A Laranja Mecânica ficou pouquíssimo tempo, passando a vez já na fase seguinte, ao ser eliminada pela Argentina na semifinal.

E os hermanos, como se sabe, foram superados pela Alemanha. Assim, os germânicos conseguiram um feito raro neste contexto, ao ganhar a Copa do Mundo e a Copa Alcock. Sim, o troféu do “UFWC” tem nome, em homenagem ao inglês que instigou o primeiro amistoso internacional da história. Entretanto, passado o Mundial, a Alemanha perdeu da própria Argentina na “revanche” em Dusseldorf. E o Brasil? Pois é. O time de Dunga ganhou o Superclássico das Américas por 2 x 0, em Beijing, vencendo mais sete vezes até o campeonato sul-americano. Até hoje, 50 países se revezaram no Unofficial Football World Championship, incluindo zebraças como Antilhas Holandesas (1963), Zimbábue (2005) e Coreia do Norte (14 jogos entre 2011 e 2013!).

O maior campeão mundial não oficial da história é a Escócia, com 86 vitórias. Explica-se. Até a Copa do Mundo de 1950, os quatro países que integram a Grã-Bretanha só jogavam entre si, na Home International Championship. Tropeços contra seleções “forasteiras” ocorreram poucas vezes, com o cinturão voltando rapidamente para o quarteto. A situação só mudou em Belo Horizonte, no estádio Independência, com uma das maiores surpresas da história do Mundial, com o time amador dos Estados Unidos vencendo a Inglaterra por 1 x 0. Curiosamente, os norte-americanos perderam o título não oficial no Recife, na partida seguinte da Copa de 1950. Numa Ilha do Retiro com 8 mil pessoas, incluindo o então presidente da Fifa, Jules Rimet, o Chile fez 5 x 2, mantendo a série durante dois anos, até perder da Canarinha em Santiago (no “primeiro título” verde e amarelo). Pentacampeão mundial oficial, o Brasil figura apenas em 6º no ranking oficioso, atrás de Escócia, Inglaterra, Argentina, Holanda e Rússia, incluindo os dados da extinta União Soviética.

Ranking mundial "não oficial" de Seleções até 12/06/2015