A 15ª classificação da Segundona 2015

Classificação da Série B 2015 após a 15ª rodada. Crédito: Superesportes

A terça-feira marcou mais uma rodada cheia na Série B, com oito jogos disputados às 19h30, e os dois restantes às 21h50. Por sinal, esta foi a última vez que esse horário foi utilizado, pois a CBF anunciou que a partir da 16ª rodada o horário mais tarde será às 21h30 (ainda não é o ideal). Sobre a 15ª rodada da segundona, os pernambucanos atuaram logo na abertura. No Arruda, no clássico nordestino, o Santa Cruz venceu o Bahia com autoridade, 3 x 1. Ficou a cinco pontos do G4, embora tenha continuado em 9º lugar. Em Curitiba, o Náutico atuou mal e perdeu do Paraná por 2 x 0. Beneficiado pelas derrotas de Bahia e Sampaio Corrêa, o Timbu se segurou na zona de classificação à elite.

No G4, um carioca, um baiano, um mineiro e um pernambucano.

A 16ª rodada dos representantes pernambucanos
01/08 (16h30) – Náutico x Macaé (Arena Pernambuco)
01/08 (16h30) – Oeste x Santa Cruz (José Liberatti)

Em grande noite, o Santa Cruz vence o Bahia e se aproxima do G4

Série B 2015, 15ª rodada: Santa Cruz 3x1 Bahia. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Vitória maiúscula do Santa Cruz. Em uma partida complicada, contra um adversário de peso na Série B e que não abriu mão de atacar (bastante), o tricolor pernambucano fez 3 x 1 e deu um salto na classificação. No início da rodada, a distância em relação ao G4 era de sete pontos. A noite desta terça terminou com um hiato de cinco (27 x 22), dando lastro à estreia de Grafite, em 8 de agosto, diante da torcida. No Mundão, contra o Bahia, foram 13.098 pessoas, ainda longe do ideal, mas o maior público coral na competição – subiu a média de 6.814 para 7.711. A volta gradativa do povão é o reflexo do desempenho em campo, com determinação e uma dose crescente de entrosamento, com a repetição de jogadas paralela ao acerto nas finalizações.

O time de Martelotte soube aproveitar a deficiência defensiva do Baêa, com muita exposição nos avanços. Cada desarme coral dava a impressão de que viria um contragolpe perigosíssimo. O primeiro gol não saiu assim, é verdade. Aos 37 minutos, num cenário truncado até ali, houve uma rápida troca de passes, com Anderson Aquino recebendo a bola com o gol vazio. Empurrou para as redes e chegou a 9 na segundona. Na estreante camisa azul, o nome de “Washington”, numa homenagem ao centroavante campeão estadual de 1993.

A vantagem, contudo, durou apenas dois minutos, com Thales subindo bem após cobrança de escanteio. No segundo tempo, o time soteropolitano voltou melhor, dando trabalho a Tiago Cardoso, numa ótima atuação. Em três oportunidades o jogador baiano “furou” a bola para definir. Pressão? Do lado de lá. Com o passar do tempo, o campeão pernambucano foi tendo tranquilidade, apesar do jogo encardido no gramado encharcado. Em dois contragolpes, Luisinho matou o jogo, recebendo de Aquino (19) e Renatinho (46). O resultado no clássico nordestino foi, disparado, o maior resultado obtido pelo Santa neste Brasileiro. Jogo para convencer a torcida, com ou sem Grafite.

Série B 2015, 15ª rodada: Santa Cruz 3x1 Bahia. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Náutico perde em Curitiba e mantém aproveitamento fraco como visitante

Série B 2015, 15ª rodada: Paraná Clube 2x0 Náutico. Foto: GERALDO BUBNIAK/AGB/ESTADÃO CONTEÚDO

Quando a bola começou a rolar na noite curitibana, o termômetro marcava 17 graus. Frio, mas o histórico do inverno na cidade é bem pior. Ao final dos noventa minutos, o clima já estava em 15. Para o Náutico, entretanto, a sensação era de zero grau, com o time sem criatividade, inerte. Os pernambucanos viram o Paraná Clube jogar. Um adversário em crise, técnica e administrativa, mas que foi o senhor das ações numa Vila Capanema lotada.

Em 18 minutos, a vantagam tricolor já era de dois gols, com um erro na saída de bola, como na rodada anterior (João Ananias de novo), e a defesa observando a coletividade do mandante no segundo tento. A partir daí, a reação passou longe no primeiro tempo. Uma bola raspando a trave, de William Magrão, e só. No segundo, partindo para cima, com o atacante Renato no lugar do lateral Guilherme, o Alvirrubro ainda tentou algo. Esbarrou numa defesa bem postada, segura. Efetivamente, só teve duas chances, uma cara a cara, com Gil Mineiro desperdiçando, e um pênalti não marcado em Douglas, na opinião do blog.

Após o apito final, com a derrota por 2 x 0, ao menos os jogadores constataram o óbvio, reconhecendo os erros e a superioridade do Paraná. Um cenário recorrente nesta campanha. Apesar do revés, o Náutico se manteve no G4, graças às derrotas de Bahia e Sampaio, concorrentes diretos. Para ter mais tranquilidade nesta caminhada, precisa melhorar o seu rendimento fora de casa. Em sete partidas longe do estado, quatro derrotas e apenas 5 pontos, 23,8%. Na Arena, com oito jogos disputados, o índice sobe para 91,6%, com 22 pontos. A falta de equilíbrio em Curitiba é proporcional a esses números.