Por segurança e cuidado com a marca, Sport exclui sócios ligados à organizada

Torcida Jovem no jogo Sport 2x4 Sport, pelo Brasileiro de 2012

“É indispensável, para permanecer associado ao Sport, que a pessoa se desfilie da Torcida Jovem. As duas associações são incompatíveis, porque enquanto o Sport prega a paz e a solidariedade, a Torcida Jovem é apologista da violência, do vandalismo, da desordem”.

A dura declaração do presidente do Sport, João Humberto Martorelli, não deixou dúvidas sobre a postura do clube em relação à Torcida Jovem. O dirigente já havia rompido relações com a maior uniformizada no início da gestão, mas havia um grau de tolerância. A cada novo episódio de violência, mesmo com “supostos” integrantes da facção, a situação foi se tornando irreversível. Com uma modelagem voltada para a captação de novos sócios, sobretudo na diferenciação nos preços dos ingressos (até altos para os não sócios, diga-se), o Leão anunciou a exclusão de associados que também sejam adeptos da Jovem. Neste primeiro momento, solicitou vinte nomes. Há amparo legal?

Segundo o mandatário, a atitude segue o artigo 47 do estatuto do clube, com o “dever do sócio em portar-se com a maior decência e urbanidade no recinto social, nos campos de esportes e em qualquer outra dependência do clube.”

A decisão é a mais drástica já tomada, neste contexto, por um clube do estado. Dá sequência ao movimento iniciado pelo Cruzeiro, que em 2013 proibiu o uso de sua marca nos materiais das uniformizadas, e já adotado pelos recifenses. E há mesmo o cuidado com a imagem. No caso rubro-negro, a consultoria BDO avaliou a marca em R$ 87 milhões. Logo, não pode haver espaço para erros institucionais. Em abril de 2015, por exemplo, o goleiro Magrão tirou uma foto com uma camisa amarela da Jovem, numa ação repreendida pela direção.

Nunca é demais lembrar que o Ministério Público divulgou, em 2012, um balanço com 800 crimes cometidos por vândalos de organizadas em cinco anos.

8 Replies to “Por segurança e cuidado com a marca, Sport exclui sócios ligados à organizada”

  1. Se usam o argumento de “transformar o estádio em teatro”, que assim seja. É uma pena que tenhamos chegado a esse ponto, mas que bom que ainda temos um ponto pra chegar.

    Quanto à história de que “generalizar é ruim”, “tem gente de bem ali”. Difícil de aceitar, se fosse de bem, já teria saído na primeira arruaça. É muito cômodo se falar que “não posso ser culpado por um erro que outro cometeu”, “é difícil de se fiscalizar todos os membros”. A Facção já teve várias chances pra que não precisasse chegar a isso, mas desde a primeira vez, só usaram de falácias.

    Atitude extremamente correta por parte da Presidência. E, se houver um simbolismo nisso, digo que terão o prejuízo só de 19 ex-sócios. Me associei hoje por conta disso.

  2. Decisão da diretoria não tem embasamento jurídico. Cabe processo por parte de integrantes da Torcida Jovem que forem excluídos do quadro de sócios quando não comprovado a incompatibilidade com o artigo 47 do estatuto do clube e dado o direito à defesa.

  3. Não defendo a baderna realizada por integrantes das organizadas, agora acho que não se pode generalizar, na Jovem assim como nas outras torcidas tem muita gente de bem, uma grande maioria na verdade, se é pra afastar marginais do quadro de sócios do clube que se solicite a apresentação dos antecedentes criminais de cada cidadão no ato de ingresso ao quadro de sócios, fica a dica! Não sou da Jovem e de nenhuma organizada, agora admiro o espetáculo que eles proporcionam nas arquibancadas. PST

  4. sou torcedor coral e parabenizo a diretoria do coisento. queria que a minha tivesse a mesma coragem de enfrentamento de marginais travestidos de torcedores que só ano passado deram um prejuízo de 8 jogos sem público no arruda fora o que sujaram a imagem do Santa Cruz com mais um episódio de briga de torcidas com morte. sou a favor de medidas como esta e quero distancia de torcidas organizadas. parabéns mais uma vez a diretoria do coisento!

  5. Demorou a tomar essa atitude, a Jovem é uma vergonha para o Sport, assim como qualquer outra facção uniformizada é para seu time. Não estão ali para torcer, e sim para vandalizar.
    Deveriam proibir a entrada de qualquer elemento com camisa alusiva à essas gangues e que a polícia hostilidades os que insistirem em se vestir de tal forma, mesmo em dias sem jogos.
    Queremos à volta à paz nos estádios, ao direito de poder transitar com segurança nos ônibus, metros e ruas para poder aplaudir nossos times!
    FORA UNIFORMIZADAS!

  6. Cássio,

    Vi muitos jornalista comemorando essa notícia. Mas fica aqui uma pergunta… todo mundo bate palmas e ficou babando quando a torcida do River Plate fez uma bonita festa na final da Libertadores
    Todo mundo fala e diz que a torcida do Boca é de uma beleza nas arquibancadas. Todo mundo comentou a festa da torcida do Atlético Nacional… E todos comentam isso dizendo no Brasil não se vê uma festa assim. Torcida de verdade é na Argentina.

    Vocês sabem que quem faz essa festa é a Lá Doce, Borrachos del tablon e tantas outras barra bravas Argentinas.
    Eu me pergunto nesse momento: habemus hipocrisia?

    P.S: não sou da Jovem.

    Abraço, a massa é foda!

  7. Parabéns a direção do clube!! Esses marginais apenas querem brigar e ainda se dizem os verdadeiros torcedores. Verdadeiro torcedor é quem paga ingresso, compra produto oficial ou é sócio do clube.

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