Classificação da Série A 2015 – 28ª rodada

A classificação da Série A 2015 após 28 rodadas. Crédito: Superesportes

Na briga pelo título brasileiro de 2015, o Corinthians abriu sete pontos de vantagem sobre o vice-líder, pavimentando o caminho para o hexa. Na parte de cima, parece haver briga apenas pela 4ª vaga à Libertadores, com Galo e Grêmio fincados no G4. Enquanto isso,São Paulo, Palmeiras e Flamengo vão se revezando no ligar da última vaga ao torneio continental.

Tão embolada  quanto no fundo da tabela, com o Vasco numa recuperação impressionante (13 pontos nos últimos 15 disputados). Pressiona ainda mais a turma logo acima do Z4. Na marola, a 5 pontos do G4 e a 9 do Z4, o Sport, em 10º lugar após a vitória sobre a Chape. Com a possibilidade de ter um fim de ano tranquilo na competição, o time da Ilha do Retiro pode mirar a Copa Sul-Americana. Lá, um brasileiro campeão faria o G4 da Série A virar G3.

A 29ª rodada do representante pernambucano
03/10 (18h30) – Internacional x Sport (Beira-Rio)

Histórico em Porto Alegre pela elite: 2 vitórias rubro-negras, 6 empates e 7 derrotas

Sport goleia a Chape e ganha fôlego para ir com tudo na Sula, contra o Huracán

Série A 2015, 28ª rodada: Sport 3x0 Chapecoense. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Para tranquilizar a campanha no Brasileirão, a vitória sobre a Chapecoense era essencial ao Sport, que poderia abrir nove pontos sobre o 17º colocado, a dez rodadas do fim. Por mais que tivesse uma cara de decisão, a irregularidade da equipe afastou a torcida. Sem tanto apoio na Ilha, no encerramento da rodada, o time dirigido por Falcão – agora com quatro treinos até a peleja – conseguiu confirmar a expectativa e ganhou fôlego para ir a Buenos Aires com tudo.

É verdade que começou num ritmo lento. O Sport só finalizou uma vez no primeiro tempo, com Diego Souza aproveitando a sobra de um escanteio batido por Marlone. Bastou para ficar em vantagem, mas não sem tomar sufoco. Usando bastante o lado esquerdo rubro-negro, com a marcação de Renê e Danilo desordenada, a Chape levou perigo à meta de Danilo, que fez duas grandes defesas, em chutes de Bruno Rangel (livre) e Ananias (de fora da área).

A conversa no vestiário surtiu efeito, pois o Sport abriu mais o jogo, aumentando o aproveitamento no passe, finalizando mais. André perdeu três chances seguidas, no detalhe. E parecia ter sido dele o gol aos 33 minutos. De volta após as más atuações de Ferrugem, Samuel Xavier cruzou e André chegou para cabecear, mas Apodi deu uma ‘voadora’ e fez contra. No fim, Régis, ex-Chape e que acabara de entrar, fez boa jogada individual e cravou o 3 x 0. A goleada dá a tranquilidade necessária ao Leão, que na quarta enfrentará o Huracán precisando reverter o 1 x 1 em casa. É o jogo para manter “2015” ainda à vera..

Série A 2015, 28ª rodada: Sport 3x0 Chapecoense. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Aflitos, Arruda e Ilha Retiro no mapa de 1875, antes do futebol no Recife

Planta do Recife em 1875. Crédito: Biblioteca Nacional

Em 2015, a população do Recife chegou a 1,6 milhão de habitantes, segundo o IBGE. Há 140 anos, a população da capital pernambucana era de 116 mil pessoas. Era o primeiro dado demográfico da história do país, através do censo da Diretoria Geral de Estatística (DGE), ainda na época imperial. A partir deste Recife, então, imagine como seria a cidade naquele tempo. Há registros cartográficos, naturalmente. Na Biblioteca Nacional é possível ver a íntegra da Planta da cidade do Recife e seus arrabaldes. A última palavra, pouco usada hoje em dia, tem como sinônimos arredores ou cercanias. Ou seja, um esboço do que nós conhecemos atualmente como “Grande Recife”.

Em março de 1875, a Repartição de Obras Públicas elaborou um novo mapa cartográfico para a capital, pois a planta de 1855 estava ‘esgotada’. Foi um pedido do então presidente da província, o desembargador Henrique Pereira de Lucena. Ao blog, a indicação coube a João Guilherme da Silva, estudante de geografia na UFPE, justamente pelas localizações dos Aflitos, Arruda e Ilha do Retiro, ainda sem aterros, com veias abertas nos rios, ruas (“estradas”) com outros nomes, poucas pontes e quase nenhuma edificação, até porque a concentração urbana era no Bairro do Recife e na Boa Vista. Poucos pontos se mantêm, como o Hospital Português e a Igreja Nossa Senhora dos Aflitos.

O football só chegaria ao estado no século seguinte. E os próprios grandes clubes surgiram em outros lugares, perambulando até fincar raízes nos bairros tradicionais, em 1918 (Náutico), 1936 (Sport) e 1943 (Santa Cruz). O intenso crescimento urbano pode ser medido numa comparação com os mapas atuais, totalmente digitalizados, através do Google Maps: Aflitos, Arruda e Ilha do Retiro.

Aflitos (O terreno ficava no limite da estrada no bairro que sequer tinha nome)

Planta do Recife em 1875 (Aflitos). Crédito: Biblioteca Nacional

Arruda (Os dois canais próximos ao estádio, hoje, eram córregos do rio)

Planta do Recife em 1875 (Arruda). Crédito: Biblioteca Nacional

Ilha do Retiro (Era uma ilha de fato, que passaria por seguidos aterros)

Planta do Recife em 1875 (Ilha do Retico). Crédito: Biblioteca Nacional