Schin e Itaipava na disputa pelo mercado de cerveja do Campeonato Pernambucano

Cerveja Schin e Itaipava

A Brasil Kirin e o Grupo Petrópolis, donos das cervejarias Schin e Itaipava, respectivamente, contam com fábricas em Pernambuco. Ambas ao norte do Recife, em Igarassu e Itapissuma. As duas disputam, junto à FPF, o mercado do Campeonato Pernambucano, cuja edição de 2016 marca a volta da venda e do consumo de bebidas alcoólicas nos estádios locais após sete temporadas. A competição terá 92 jogos, com estimativa de público entre 5 mil e 8 mil espectadores. Logo, existe um público consumidor, fora a exposição da marca.

Segundo o presidente da federação, Evandro Carvalho, o contato com as duas empresas está sendo feito em dois blocos. Num deles, uma negociação com os nove times intermediários. Em outro, com o Trio de Ferro, cada um pode negociar separadamente, comparando a proposta à receita obtida pela FPF.

No caso de Santa e Náutico, a Itaipaiva larga na frente. A empresa já opera os bares do Arruda e na Arena Pernambuco, onde joga o Timbu, há um contrato de naming rights de R$ 10 milhões anuais. Já o presidente leonino ainda discutirá a autorização na Ilha com o conselho deliberativo. Além do contato direto com as marcas, ainda houve uma sondagem da Ambev ao governo do estado. Em copos plásticos de 500 ml, o público dará a resposta sobre a qualidade…

Em 2009, a Ambev iria pagar R$ 800 mil pelo Estadual, mas desistiu por causa da lei proibindo o consumo de bebidas alcoólicas, sancionada naquele ano.

As exigências para o licenciamento dos clubes da Série A a partir de 2017

Taça de campeão brasileiro da Série A. Crédito: CBF

A partir de 1º de janeiro de 2017, os vinte clubes da Série A deverão cumprir um caderno de encargos técnicos para poder confirmar a presença na competição, à parte da classificação nos gramados. A CBF vem produzindo o documento, uma espécie de licenciamento, para atender às mudanças recentes na legislação, tanto no Estatuto do Torcedor quanto no Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut).

Entre as demandas mínimas de infraestrutura para os clubes, com o objetivo “fortalecer” o campeonato e cumprir metas sociais, estão estádios e centros de treinamento, além da ativação da categoria de base para a disputa de torneios nacionais. O licenciamento terá que ser renovado anualmente, mesmo que a agremiação já tenha regularidade na elite. O presidente da FPF, Evandro Carvalho, já recebeu o calhamaço com a primeira versão da norma – ainda em discussão – e adiantou ao blog os principais tópicos: 

1) Estádio próprio ou contrato de pelo menos três anos com algum estádio. Em ambos os casos, uma capacidade mínima de 15 mil lugares.

2) Centro de treinamento, a partir de dois campos oficiais (105m x 68m) e com vestiários. Autorizado o aluguel de CTs.

3) Departamento médico com acompanhamento de janeiro a dezembro, incluindo médico, dentista e psicólogo. 

4) Categoria de base, com pelo menos um nível (Sub 17 ou Sub 20). 

5) Departamento de futebol feminino 

Devido ao tempo escasso do projeto, é possível a existência de uma “carência” para algumas medidas, com prazos mínimos de implantação. Além disso, o dirigente pernambucano acredita que as divisões inferiores terão especificações mínimas adequadas aos respectivos níveis. Como, por exemplo, um centro de treinamento mais modesto ou a retirada da exigência do futebol feminino. Faz sentido, uma vez que as exigências do Brasileirão tendem a ser bastante puxadas para equipes presentes nas Séries C e D.

Analisando o caderno de encargos, veja como estaria hoje a situação dos quatro clubes pernambucanos com calendário completo em relação ao Brasileirão.

Sport
Estádio – ok (32 mil lugares, particular)
CT – ok (5 campos)
DM – ok

Base – ok
Feminino – não 

Santa Cruz
Estádio – ok (60 mil lugares, particular)
CT – não
DM – ok
Base – ok
Feminino – ok

Náutico
Estádio – ok (46 mil lugares, parceria num contrato de 30 anos)
CT – ok (5 campos)
DM – ok

Base – ok
Feminino – ok

Salgueiro
Estádio – não (12 mil lugares, alugado junto à prefeitura)
CT – não
DM – ok

Base – ok
Feminino – não 

Reinaldo Lenis, do Argentinos para o Sport. A maior compra de Pernambuco

Reinaldo Lenis, ex-Argentinos Juniors, apresentado no Sport. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A press

O meia colombiano Reinaldo Lenis, de 23 anos, foi contratado pelo Sport junto ao Argentinos Juniors. À parte do chileno Mark González, também fechado, mas com uma participação na Copa do Mundo no currículo, Lenis seria mais uma aposta estrangeira na Ilha do Retiro, como outros gringos num passado recente do clube? Chumacero, Robert Flores, Meza etc. Pelas cifras, longe disso.

O clube pernambucano comprou 50% dos direitos econômicos do atleta por 790 mil dólares. Segundo a cotação atual, uma bagatela de R$ 3,16 milhões por um contrato de quatro temporadas. Simplesmente, o maior investimento já feito por um clube de Pernambuco. Superou a negociação do meia Régis, também firmado pelo Leão e oriundo da Chapecoense em 2014 por R$ 2,5 milhões.

Agora, a negociação surpreende até pela forma de pagamento. De acordo com o site oficial do Argentinos Juniors, que escancarou a engenharia financeira, foram 640 mil dólares à vista (R$ 2,56 milhões) e mais 150 mil dólares (R$ 600 mil) no dia 15 de abril – isso mesmo, a data é bem específica. Por fim, como parte do acordo, foi agendada a Taça Ariano Suassuna, em 24 de janeiro. Como profissional, sempre no Argentinos, Lenis tem 45 jogos, 6 gols e 3 assistências. No Recife, pela grana investida, chega com uma responsabilidade grande.

Obs. Segundo o vice do Sport, Arnaldo Barros, o clube adquiriu os outros 50% junto a um grupo investidor. Nos bastidores, o Sport não teria desembolsado nada, tendo a obrigação de repassar o mesmo percentual numa futura venda.

As maiores compras do futebol pernambucano:

1º) Reinaldo Lenis (2016, Sport) – R$ 3,16 milhões por 50%
2º) Régis (2014, Sport) – R$ 2,5 milhões por 50%
3º) Kieza (2012, Náutico ) – R$ 1 milhão por 30%*
* Valor pago a um grupo de investidores. 

Eis a justificativa da direção do Argentinos para divulgar as cifras:
A continuación, pasamos a describir los detalles de la operación con el fin de que el socio tenga claro los movimientos financieros de la institución”. 

Uma aula institucional aos clubes pernambucanos…

Reinaldo Lenis, ex-Argentinos Juniors. Crédito: Argentinos Juniors