A real Copa Verde, com troca de garrafa pet por ingresso e árvore como troféu

Copa Verde 2016, com carbono zero. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A Copa Verde foi criada em 2014 como uma alternativa ao futebol profissional nas regiões Norte e Centro-Oeste a partir do sucesso do Nordestão. Tendo como principais personagens Paysandu e Remo, apesar das surpreendentes conquistas de Brasília e Cuiabá, o mata-mata interregional ainda não deslanchou junto à torcida. Somente o Re-Pa corresponde a 29% do público registrado até hoje, com 84 mil espectadores em quatro clássicos no Mangueirão.

Em uma tentativa de movimentar a disputa, a organização resolveu dar sentido ao “Verde” do nome, com a óbvia necessidade de caracterização. Nos jogos no Amapá, Acre e Mato Grosso do Sul, a princípio, haverá a troca de garrafas pets por ingressos, incentivando a reciclagem do lixo. Até 500 entradas por jogo. Em campo, haverá o “cartão verde”, para o melhor lance de fair play.

Por fim, o campeão receberá a partir de 2016, além do troféu dourado, uma árvore da flora brasileira para ser plantada no CT ou na sede. Sem dúvida, uma das premiações mais inusitadas do futebol. Com as medidas, a CBF reconheceu a Copa Verde como a “primeira competição carbono zero” do país.

Média de público
2015 – 4.351
2014 – 5.429 

Participantes*
2016 – 18 clubes**
2015 – 16 clubes
2014 – 16 clubes
* O Espírito Santo também integra o torneio
** Os clubes de Goiás enfim demonstraram interesse.

O que é carbono zero?
Com o desmatamento e o aumento da poluição, o planeta sofre uma contínua e perigosa alteração climática. A responsabilidade humana é total. Carbono Zero é a campanha para neutralizar (ou reduzir) a emissão de gases do efeito estufa. Com reflorestamento, controle da energia, veículos e resíduos.

Copa Verde, com árvore como prêmio em 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP

One Reply to “A real Copa Verde, com troca de garrafa pet por ingresso e árvore como troféu”

  1. É um blog pra Pernambuco, mas tem caráter nacional! Você é muito qualificado Cássio, parabéns! Lhe acompanho desde 2008 (cansado kkk), não sei o que você ainda faz aqui, já devia ta com um blog em SP há tempos.

    Sobre a copa Verde, é uma competição bem deficitária… Na verdade pra mim o que falta mesmo pra atrair Goiás e Atlético/GO ao campeonato é uma Boa e velha FASE DE GRUPOS, só que não seria fase de grupos na primeira fase! Acho que o bom seria quando a competição tivesse apenas com 8 clubes, ao invés de ter quartas de final, teria dois grupos de 4 equipes. Pra mim essa competição não vai pegar só com mata-mata, são muito poucos jogos, a maioria sem emoções, só as finais e as semis são boas… Se tiver uma fase de grupos com os oito melhores do torneio aí sim são seis jogos, mais jogos na TV, mais possibilidades, mais dinheiro mesmo, e até mais torcida. Só como exemplo, mesmo sem o Goiás e Atlético/GO essa temporada, imaginemos que os seguintes times fiquem entre os 8 melhores:
    Vila Nova, Rio Branco/AC, Nacional/AM, Luverdense, Cuiabá, Remo, Paysandu e Gama.
    Dividindo eles em dois grupos:
    Grupo A
    Vila Nova
    Remo
    Cuiabá
    Rio Branco/AC
    Grupo B
    Paysandu
    Luverdense
    Nacional/AM
    Gama
    Seria muito mais interessante assim, pros clubes e estados do AC, DF e AM por exemplo receberem 3 jogos com visibilidade, algum dinheiro, adversários grandes e técnicos jogarem lá e ainda ter a oportunidade de utilizar as arenas da Copa em Cuiabá,Manaus e Brasília pelo menos 3 vezes. A competição cresceria muito em investimento e torcida com uma fase de grupos com times mais seletos como esses e aí sim atrairia Goiás e Atlético/GO, não é com garrafas pet que vão ganhar esse jogo, apesar de que as duas ações são muito louváveis! Mas estão LOOOOONGE da Copa do NE.

    Nota do blog

    Júnior, obrigado pela atenção, sobretudo ao dizer que acompanha o blog desde 2008! De fato, o blog tá “cansado”… kkk (“entendedores entenderão”, dizem). Sobre a Copa Verde, realmente é deficitária. Um torneio 100% mata-mata com média de 5 mil, mesmo com Re-Pa? Precisa de mais interesse da torcida. E acho até um torneio válido, ainda mais porque o campeão vai à Sul-Americana – mas, neste caso, ao torneio internacional do ano seguinte. Abraço.

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