Santa pressiona até o último lance, mas perde do Bahia no Arruda pela Lampions

Copa do Nordeste 2016, 1ª rodada: Santa Cruz 0x1 Bahia. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

Aos 47 minutos do segundo tempo, na última investida coral, Alemão acertou a trave. Minutos antes o zagueiro já havia mandado no travessão. Era o Santa todo lançado ao ataque tentando reverter o placar a favor dos baianos, firmes em campo. A derrota por 1 x 0, no Arruda, terminou com aplausos de boa parte dos torcedores presentes – não muitos, pois o borderô foi abaixo do esperado, com 10.492 pessoas. Um reconhecimento justo, pois o time lutou. O jogo inteiro.

Já era de se esperar uma equipe mais instigada, até porque a Copa do Nordeste é apontada como prioridade no primeiro semestre coral. Se nos últimos cinco anos faturou quatro estaduais, no regional ainda não conseguiu ir longe. Logo cedo, a Taça do Nordeste esteve no Mundão para um tour junto aos torcedores. Para o troféu voltar ao estádio será preciso superar a fase de grupos com o tradicionalíssimo rival na disputa. Atual vice-campeão, o Bahia veio ao Recife reforçado por Hernane Brocador (ex-Sport) e Luisinho (ex-Santa). E pegou um time pernambucano mais coeso, com dois volantes. Martelotte se mostrou mais precavido que no Estadual, numa prudência esperada também para a Série A

O Santa dominou as ações, exigindo bastante do goleiro Lomba, sobretudo nos chutes de João Paulo e Wallyson. Mas bastou dar um tiquinho de espaço para o pior. O camisa 10 do Tricolor de Aço recebeu aos 21, deu três passos e mandou de fora área. A vantagem seria definitiva. É verdade que o Brocador teve duas chances claras para ampliar, mas no geral o visitante limitou-se a ocupar os espaços. E ainda houve um pênalti não marcado, com o árbitro assinalando falta em Allan Vieira fora da área. Foi em cima da linha. Num domingo para esquecer, Alemão até desviou para as redes. Centímetros à frente, impedido.

Copa do Nordeste 2016, 1ª rodada: Santa Cruz 0x1 Bahia. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

Mesmo jogando mal, Sport vira o placar em João Pessoa na estreia do Nordestão

Copa do Nordeste 2016, 1ª rodada: Botafogo-PB 1x2 Sport. Foto: Pedro Henrique/Esp. DP

Falcão teve que quebrar a cabeça para escalar o Sport, improvisando um lateral no ataque e com volantes na criação. Reflexo de uma irresponsável montagem de elenco até o momento, sem um meia de ofício com dois torneios em andamento. Em João Pessoa seria mesmo preciso superar obstáculos. A começar pela torcida, que aguardou até o último instante para para saber se entraria, após a recomendação do Ministério Público da Paraíba por causa das obras de um viaduto no entorno do Almeidão. Se não havia condições, então o veto deveria ser duplo, pois o Estatuto do Torcedor regulamenta a torcida visitante. Acabaram liberando torcedores sem uniformes. Decisão tosca.

Em campo, o rubro-negro também não se fazia presente. Tanto pelo padrão azul quanto pelo rendimento. Apesar da posse de bola, em 60%, o Sport não criou nada no primeiro tempo, numa atuação lamentável, em desvantagem desde os 11 minutos após mais uma falha de Matheus Ferraz nesta temporada. A bola sobrou limpa para Müller Fernandes, na cara do gol. Quanta diferença em relação ao time que terminou o Brasileirão. A falta de um pensador na equipe acabou gerando um estilo completamente distinto, basicamente uma busca incessante pela linha de fundo e bolas alçadas para Túlio de Melo.

Com tantos desfalques, a base foi lançada outra vez de maneira forçada. Ao menos um nome funcionou, Fábio. Deu um mínimo de mobilidade a um meio-campo marcador, porém acéfalo, mesmo diante de um adversário frágil. Ainda assim, os gols saíram, sem surpresa, em cruzamentos. Com Túlio de Melo pegando a sobra de um escanteio e com Rithely, a dez minutos do fim, se antecipando entre os marcadores, 2 x 1. Uma vitória na camisa, essencial nesta primeira fase do Nordestão. Sobretudo se o futebol continuar assim, pobre.

Copa do Nordeste 2016, 1ª rodada: Botafogo-PB 1x2 Sport. Foto: Pedro Henrique/Esp. DP

O último uniforme da Penalty para o Santa Cruz, já com o patch da Copa do Nordeste

Terceiro uniforme do Santa Cruz, produzido pela Penalty em 2016. Crédito: Santa Cruz/facebook

Apesar do fim do contrato já anunciado, até o início da Série A, a Penalty deu sequência à linha de uniformes do Santa Cruz, com a inspiração “Time de Guerreiros”, e lançou o terceiro padrão de 2016, tricolor com listras verticais. A estreia da camisa, já com o patch da Copa do Nordeste no peito, foi agendada para o jogo contra o Bahia, no Recife, na primeira rodada do regional. Por sinal, o estoque da Loja Cobra Coral, no Arruda, já havia sido abastecido na véspera.

O contrato com a fabricante paulista iria até 2019, mas a rescisão deve ocorrer para a entrada da Dry World, empresa canadense com negociações adiantadas com o clube pernambucano, aumentando a receita. Assim, os três uniformes produzidos pela Penalty só serão utilizados no Estadual e no Nordestão.

Tricolor, o que você achou do novo terceiro uniforme? 

Veja as duas primeiras camisas tricolores da temporada aqui.

Confira uma postagem com projeções de uniformes corais via Dry World aqui.