Everton Felipe marca duas vezes no fim e Sport empata com o River em Teresina

Nordestão 2016, 3ª rodada: River 2x2 Sport. Foto: BENONIAS CARDOSO/FUTURA PRESS

O Sport atuou com uma equipe mista em Teresina, visando a sequência no Recife, com clássicos contra o Náutico e partidas pelo Nordestão. Claro, as duas vitórias no regional ajudaram neste planejamento. Em campo, sem entrosamento e recheado pela base, como o atacante Juninho, de 16 anos, o futebol não teve qualquer inspiração. Até os 38 minutos do segundo tempo a derrota era certa, com dois gols de Vanderlei, em falhas de Christianno, cujo drible poderia resultar em devolução ao Bangu, e Luís Gustavo, cuja farrapada deixou o atacante cara a cara com Magrão, que merecia uma chance melhor.

Àquela altura, o time tinha os apagados Fábio e Wallace, oriundos da Copa São Paulo, e Neto Moura, pouco acionado no ano (de forma incompreensível), mas que ajudou nesta noite. O outro jovem nome, Everton Felipe, vinha tendo uma atuação discreta. Até que resolveu arriscar de longe contra a meta de Naylson, pouco pressionado. No primeiro chute, após bola trabalhada na esquerda, acertou o cantinho esquerdo. Um gol para levantar o banco de reservas do Sport, num incentivo pela busca do empate. Organização tática seria difícil.

Quatro minutos depois, o meia de 19 anos – tratado como joia na Ilha – pegou a bola e mandou de canhota, também de fora da área. Também no canto esquerdo, também no fundo das redes, 2 x 2. E a liderança do grupo D, quase perdida para o River, foi mantida, com o Leão numa situação confortável rumo às quartas da Lampions. Volta ao Recife com o planejamento traçado. Agora, com os titulares, terá um clássico sem espaços para invenções.

Nordestão 2016, 3ª rodada: River 2x2 Sport. Foto: BENONIAS CARDOSO/FUTURA PRESS

Santa fica no empate com Juazeirense, no Arruda, e se complica no Nordestão

Nordestão 2016, 3ª rodada: Santa Cruz x Juazeirense. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Em termos de classificação no Nordestão, vencer o Juazeirense no Arruda era uma obrigação semelhante a uma conta de luz, sem possibilidade de atraso. Tudo para não correr riscos caso fique em segundo lugar no grupo C. Apesar da importância técnica da partida, o contexto coral conspirou ao contrário. Fora de campo, apenas 3.115 torcedores, num público que não condiz com o torneio, muito menos com o histórico de presença tricolor. Em campo, um time com três zagueiros, num fato inédito no ano e sem necessidade, e pregado no meio.

O jogo começou amarrado, e olhe que o time baiano, que já não é um primor, estava bem desfalcado. Ainda assim, as oportunidades surgiram ao favor do Santa. Num lance de bola parada, aos 23, o time perdeu a confiança. Após cobrança de falta na ponta de direita, Alemão pulou a altura de uma gilete e Ricardo Braz marcou de cabeça para o Juazeirense. Desestabilizado – segundo os próprios jogadores no intervalo -, alguns lances foram incompreensíveis, como Wallyson buscando Renatinho em cruzamentos na área. Nos descontos, o Juazeirense ainda teve tudo para ampliar.

Não marcou e sofreu o empate aos 18 minutos, num pênalti em Keno. Grafite chamou a responsabilidade, 1 x 1. Poderia ter virado, mas o árbitro assinalou impedimento num lance legal. Com o visitante travando o jogo – o empate já era ótimo -, a torcida foi perdendo a paciência, focando em Martelotte. Um reflexo do desempenho em jogos oficiais em 2016: 2 vitórias em 7 jogos. A irritação é justa.

Nordestão 2016, 3ª rodada: Santa Cruz x Juazeirense. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Estadual precisou de 54 jogos para chegar a R$ 1 milhão. FPF já recolheu R$ 103 mil

Pernambucano 2016, 4ª rodada: Sport 2x1 Santa Cruz. Foto: João de Andrade Neto/DP

Após 58% dos 92 jogos previstos, finalmente o campeonato estadual de 2016 ultrapassou R$ 1 milhão em arrecadação bruta. Muito? A média por jogo é de R$ 24 mil, quase insuficiente para pagar a operação. Com direito a uma taxa de 8% sobre as bilheterias, a federação pernambucana já recolheu R$ 103.779.

A quarta rodada do hexagonal do título teve dois jogos na Ilha do Retiro, o Clássico das Multidões (o maior público até o momento, 14 mil) e a disputa entre América e Náutico, transferido do Ademir Cunha por causa do gramado. Mas não adiantou muito para melhorar os números do campeonato, pois o outro hexagonal, o da permanência, segue às moscas.

Desta forma, a média geral foi de 1.392 para 1.587 torcedores – que, hoje, ainda seria o menor índice desde que a FPF começou a contabilizar o público oficial, em 1990. No Sertão, um alento. O Salgueiro estabeleceu o maior público em partidas envolvendo interioranos no ano, com 4.214 espectadores, num reflexo da promoção de ingresso a R$ 2. É o clube buscando uma saída, ao menos com ganho “técnico”, devido à maior pressão no estádio.

Dados atualizados até 24 de fevereiro, com a 4ª rodada do hexagonal do título e a 6ª rodada do hexagonal da permanência.

1º) Sport (2 jogos como mandante, na Ilha do Retiro)
Público: 17.395 torcedores
Média de 8.697
Taxa de ocupação: 31,70%
Renda: R$ 369.226
Média: R$ 184.613
Presença contra intermediários (1 jogo): T: 2.786 / M: 2.786

2º) Náutico (2 jogos como mandante, na Arena)
Público: 12.189 torcedores
Média de 6.094
Taxa de ocupação: 13,29%
Renda: R$ 305.385
Média de R$ 152.692
Presença contra intermediários (1 jogo): T: 2.893 / M: 2.893

3º) Santa Cruz (2 jogos como mandante, no Arruda)
Público: 11.625 torcedores
Média de 5.812
Taxa de ocupação: 11,49%
Renda: R$ 116.800
Média de R$ 58.400
Presença contra intermediários (2 jogos): T: 11.625 / M: 5.812

4º) Salgueiro (2 jogos como mandante, no Cornélio de Barros)
Público: 7.295 torcedores
Média de 3.647
Taxa de ocupação: 30,21%
Renda: R$ 27.537
Média: R$ 13.768

5º) Central (5 jogos como mandante, no Lacerdão)
Público: 14.840 torcedores
Média de 2.968
Taxa de ocupação: 14,84%
Renda: R$ 286.655
Média de R$ 57.331

6º) América (4 jogos como mandante, sendo 3 no Ademir Cunha e 1 na Ilha*)
Público: 4.319 torcedores
Média de 1.079 

Taxa de ocupação: 6,65%
Renda: R$ 78.830 
Média de R$ 19.707 
* Ainda houve mais um jogo de portões fechados

Geral – 53 jogos (1ª fase, hexagonais do título e da permanência e mata-mata)*
Público total: 84.122
Média: 1.587 pessoas
Arrecadação: R$ 1.297.248
Média: R$ 24.476
* Foram realizadas 54 partidas, mas 1 jogo ocorreu de portões fechados.

Fase principal – 12 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 60.172
Média: 5.014 pessoas
Arrecadação: R$ 1.085.943
Média: R$ 90.495

As médias das fases principais anteriores (hexagonal do título e mata-mata):
2015 – 10.122 pessoas (38 jogos)
2014 – 11.859 pessoas (38 jogos)

Pernambucano 2016, 4ª rodada: América 0x1 Náutico. Foto: João de Andrade/DP

Ingressos de R$ 50 a R$ 300 para Brasil x Uruguai na Arena Pernambuco

Projeto da Arena Pernambuco. Crédito: Odebrecht/divulgação

Serão 38 mil ingressos à disposição do público geral para o jogo entre Brasil e Uruguai, no dia 25 de março, às 21h45, na Arena Pernambuco. Apesar da capacidade oficial para 46 mil espectadores, o contingente foi reduzido para 43 mil por questão de segurança, como na Copa do Mundo de 2014, cuja norma também se aplica nas Eliminatórias. Além da bilheteria regular, ainda há mais cinco mil entradas, englobando gratuidades e ingressos promocionais aos parceiros da CBF, prática comum nos jogos da Seleção no país.

A venda online, a partir de 25 de fevereiro, será no site da CBF. Os pontos físicos só abrem em 14 de março, nas bilheterias dos Aflitos, Arruda e Ilha.

Os bilhetes, espalhados em cinco setores diferentes, vão custar entre R$ 50 e R$ 300, numa realidade próxima ao Mundial em São Lourenço da Mata, de R$ 60 a R$ 350. Comparando com o último jogo da Canarinha pela Eliminatórias, na Fonte Nova, com 45.558 pessoas e renda de R$ 4.186.790, os ingressos ficaram mais caros para o público geral, nas arquibancadas superior e inferior, mas com os mesmos preços nos camarotes e lounges. Efeito da disputa entre Neymar e Suárez? Estavam suspensos na rodada passada. 

Esta será 18ª apresentação da seleção principal em Pernambuco, sendo a primeira na arena. Confira o retrospecto aqui.

Os valores dos ingressos na Arena e uma comparação com outras partidas…

Ingressos para Brasil x Uruguai na Arena Pernambuco (25/03/2016)
Arquibancada superior: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia)
Arquibancada inferior: R$ 160 (inteira) e R$ 80 (meia)
Lounge (oeste inferior): R$ 200
Deck premium (leste): R$ 200
Camarote: R$ 300 (por pessoa)
Setor Villa Mix: R$ 250

Última jogo pelas Eliminatórias: Brasil 3 x 0 Peru, na Fonte Nova (17/11/2015)
Arquibancada superior: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia)
Arquibancada inferior: R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia)

Lounge: R$ 200 (inteira)
Camarote: R$ 300 (por pessoa)  

Último jogo no Recife: Brasil 8 x 0 China, no Arruda (10/09/2012)
Arquibancada superior: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia)
Arquibancada inferior: R$ 80 (inteira) e 40 (meia)
Cadeira: R$ 250 (inteira) e R$ 125 (meia)

Obs. Infelizmente, a imagem da arena é uma mera ilustração do projeto para jogos da Seleção, pois o sistema de iluminação de LED, prometido na proposta, jamais foi instalado, apesar do valor da obra, estimado em R$ 743 milhões.

Ranking dos pênaltis e das expulsões (4)

Pernambucano 2016, 4ª rodada: América 0x1 Náutico. Foto: Paulo Paiva/DP

Em quatro rodadas do hexagonal do título já foram marcados dois pênaltis contra o América, ambos a favor dos grandes. E o goleiro Delone – que já havia defendido uma penalidade na primeira fase, contra o Vitória, no Carneirão – espalmou os chutes de Tiago Costa (Santa) e Daniel Morais (Náutico). Afirmou, ao Superesportes, que antes dos jogos assiste às cobranças dos atacantes no youtube. Esta segunda, na Ilha, marcou a atualização do levantamento do blog sobre penalidades e expulsões na fase principal do Estadual 2016. O outro registro foi a expulsão de Ewerton Bala, também do América. 

Confira a atualização apos a 4ª rodada:

Pênaltis a favor (4)
2 pênaltis – Náutico
1 pênalti – Salgueiro e Santa Cruz

Sem penalidade – Sport, Central e América

Salgueiro desperdiçou um pênalti
Santa Cruz desperdiçou um pênalti

Náutico evitou uma penalidade e desperdiçou outra
América evitou duas penalidades

Pênaltis cometidos (4)
2 pênaltis – América
1 pênalti – Santa Cruz e Náutico

Sem penalidade – Salgueiro, Sport, Central e América

Cartões vermelhos
1º) Náutico – 1 adversário expulso, nenhum vermelho
2º) Santa Cruz – 1 adversário expulso, 1 cartão vermelho
3º) Sport, Salgueiro e Central – sem registro
6º) América – 1 adversário expulso, 2 cartões vermelhos