Sport e River empatam outra vez. Desta vez, coube ao piauiense o gol no finzinho

Nordestão 2016, 4ª rodada: Sport 2x2 River. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Em dois jogos contra o River, o Sport somou apenas dois pontos. Em Teresina, o Sport atuou com uma equipe recheada de reservas e marcou dois gols no finzinho. Moralmente, até voltou ao Recife satisfeito. Na Ilha, uma vitória contra o mesmo rival teria encaminhado tranquilamente a vaga às quartas do Nordestão, inclusive no pote 1 do sorteio. E o Leão vencia até os descontos, quando o time piauiense teve a sua última tentativa, numa bola levantada. Àquela altura, o mandante havia recuado, com três zagueiros e três volantes atrás da linha.

Uma retranca excessiva num contexto tão a favor tecnicamente. Voltando ao lance, Renê não acompanhou e Danilo Fernandes afastou mal a bola, acertando Paulo Paraíba. Empate em 2 x 2, como na última semana. Até então, a noite com quase sete mil torcedores parecia uma celebração a Leonardo, ídolo do clube, falecido aos 41 anos. Do minuto de silêncio, substituído por uma salva de palmas, aos vídeos com alguns de seus 136 gols exibidos no telão. Para completar, a virada havia saído através da camisa 7, eternizada pelo atacante. Lenis converteu um pênalti na “regra brasileira”, após a bola bater no braço do zagueiro num carrinho. Na comemoração, gritos de “Ah, é Leonardo!”.

O River, oriundo da terra natal do craque, não tinha qualquer comprometimento com o clima e buscou empate. Ainda que o Sport tenha jogado melhor, apesar dos quatro desfalques (Gabriel Xavier, Túlio de Melo, Mark González e Rithely), não teve tanta intensidade. E no final também faltou atenção, com um castigo num dia de homenagens. Afinal, o jogo ainda era à vera.

Nordestão 2016, 4ª rodada: Sport 2x2 River. Foto: Ricardo Fernandes/DP

“A maior prova de que preço tem pouca influência no público de uma partida de futebol”. A lição da Seleção ao Sport?

Print do facebook, na página do Superesportes, em 03/03/2016

O jogo entre Brasil e Uruguai, na Arena Pernambuco, em 25 de março, irá registrar o recorde de público do estádio, com 44.739 ingressos já garantidos, sendo 38 mil para o público geral e o restante repassado aos parceiros comerciais da CBF. Considerando apenas o bilhete mais barato, de R$ 57,50 (lembrando que chegou a ter entrada vendida a R$ 287), a projeção mínima de bilheteria aponta R$ 2,18 milhões. A tendência é que ultrapasse os R$ 4 milhões. Sem dúvida, um sucesso comercial. Esperado, diga-se.

Possivelmente a partir disso, o CEO do Sport, Leonardo Estevam, comentou na página do Superesportes no facebook:

“A maior prova de que preço tem pouca influência no público de uma partida de futebol”.

A frase foi sumariamente rebatida por torcedores, não só rubro-negros. Como sou um dos administradores da página, resolvi comentar também (assinando o meu nome, claro). Na minha visão, o contexto do jogo da Canarinha é completamente descaracterizado para justificar ingressos de R$ 60 numa arquibancada da Ilha do Retiro contra América-PE ou River-PI, prática recente no clube. Com clara distinção na qualidade, estrutura, oferta e demanda.

Em seguida, o dirigente treplicou:

“Inelasticidade do preço demanda. Esse conceito você precisa entender, antes de fazer uma análise qq acerca de ocupação em jogos de futebol. Sugiro o livro Fundamentos de Economia do colega professor Marco Antônio Vasconcelos. Será muito útil para você entender e evoluir nas suas análises. Aliás, todos os argumentos acima, comprovam exatamente o conceito de que no jogo de futebol é inelástica a demanda.”

Vale destacar que originalmente a sua primeira frase dizia que o preço “não tem influência”, mudando depois para “pouca influência”.

De fato, teoria é algo importante em qualquer segmento (não li o livro indicado) e no esporte não é diferente. E é preciso somar isso a dados concretos de uma área de atuação específica. No futebol, entre outras coisas, o perfil da torcida, que no caso do Sport é formado em sua maioria pessoas de poder aquisitivo baixíssimo (na capital, só 26% ganham mais de dois salários mínimos). Nessa mistura, chega-se à prática. Na qual é preciso enxergar o seu público-alvo.

Atualização: após a repercussão negativa, Estevam apagou o comentário.

A 207ª delegação nos Jogos do Rio, com os Atletas Refugiados Olímpicos

Refugiados no mundo

Com tratamento igual às 206 nações filiadas, o Comitê Olímpico Internacional (COI) criou uma equipe de refugiados, dando chance a pessoas que estão sem poder representar os seus países no Jogos do Rio de Janeiro. Em decisão já aprovada pelo executivo, o COI já fez uma seleção prévia com 43 possíveis candidatos, com a delegação final, a ser definida em junho, tendo entre 5 e 10 atletas, devidamente espalhados entre os 11 mil competidores. Eis os principais pontos do projeto para a edição de 2016.

1) O nome oficial será Team Refugee Olympic Athletes (Team ROA).
2) A delegação receberá as boas vindas na cerimônia de abertura como qualquer outra.
3) A delegação ficará alojada na Vila Olímpica.
4) A equipe receberá suporte técnico para o treinamento, incluindo técnicos e preparadores físicos.
5) O uniforme será fornecido pelo COI.
6) Em qualquer representação do time (incluindo algum pódio), a bandeira e o hino serão os temas olímpicos oficiais.
7) Os atletas irão marchar na cerimônia atrás da bandeira olímpica, antes dos brasileiros.
8) A organização assistencialista Olympic Solidarity irá prover todos os custos da equipe, mantendo o suporte após os Jogos.

“Ao acolher a equipe de atletas refugiados para os Jogos Olímpicos do Rio, queremos enviar uma mensagem de esperança para todos os refugiados em nosso mundo. Não tendo país, bandeira ou hino nacional para abraçar, esses atletas serão bem vindos aos Jogos.” 

Palavras do presidente do COI, Thomas Bach.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 60 milhões de pessoas fugiram de seus países, em 2015, devido às guerras e perseguições, sendo a maior crise migratória desde a Segunda Guerra Mundial.

Os 23 atletas convocados por Dunga para Brasil x Uruguai na Arena Pernambuco

Jogadores convocados para Brasil x Uruguai, na Arena Pernambuco, em 25/03/2016. Crédito: CBF/twitter

Atualizado em 06/03: Firmino foi chamado para o lugar de Kaká, lesionado.

O técnico Dunga convocou os 23 jogadores que irão compor a Seleção Brasileira no confronto contra o Uruguai, na Arena Pernambuco. O jogo em 25 de março, às 21h45, marca a volta de Neymar à Canarinha após uma suspensão. Na lista, revelada na sede da CBF, no Rio, o treinador manteve atletas do mercado chinês – surpreendendo, uma vez que já havia dado declarações que tal fato poderia ser um problema técnico – e voltou a chamar nomes experientes como Kaká (33 anos) e Ricardo Oliveira (35 anos).

Outra curiosidade é o número de volantes relacionados, apenas três. E olhe que um deles é Renato Augusto, que no Corinthians atuou mais avançado. Em relação à preparação do jogo válido pelas Eliminatórias da Copa 2018, os treinos devem ocorrer na Granja Comary, com o reconhecimento da arena no dia anterior ao clássico. Lembrando que a partida registrará o recorde de público em São Lourenço, com 44.739 ingressos já vendidos. Na sequência, o mesmo time irá à Assunção enfrentar o Paraguai, pela 6ª rodada do classificatório.

Confira a lista de convocados numa resolução melhor aqui.

Você concorda com a lista de Dunga? Qual é a principal ausência?