Camisa de campeão produzida na véspera? Errado seria não fazer

Supostas de camisas do título da Copa do Nordeste de 2016. Crédito: twitter/reprodução

Na véspera da decisão do Nordestão, entre Santa e Campinense, a polêmica da vez foi o compartilhamento nas redes sociais de imagens de supostas camisas comemorativas, relacionadas ao título de 2016. Produzidas pelos clubes? Encomendadas por torcedores? Confeccionadas pelos próprios rivais, como contrainformação? Francamente, pouco importa. Faz parte do jogo e há algum tempo os campeões vestem camisas de título após o apito final. É claro que o material é criado com antecedência e a ideia é que a camisa não seja vazada.

Indo além, é preciso destacar que se ganha dinheiro com isso. Nos esportes americanos os campeões da NFL e NBA comercializam produtos (camisas, bonés, chaveiros, copos etc) em seus sites no instante seguinte aos títulos. Na pilha de uma decisão, há quem ache a divulgação prévia determinante para o resultado, motivando o adversário. Na prática, só um time desconcentrado reage a tal influência. O que não parece ser o caso de corais e raposeiros.

Em caso de título, uma dessas camisas aparecerá no gramado? Talvez. De fato, os modelos oficiais podem ser outros. O que importa é o pensamento do clube com esse viés de marketing. Como provocação, Corinthians (Copa do Brasil 2008), Sport (Estadual 2011) e Náutico (fase internacional da Sul-Americana) já tiveram versões encalhadas, feitas pelos clubes e por torcedores. Acontece.

As cidades das finais do Nordestão, com Campina Grande recebendo a 13ª edição

Divisão das torcidas de Campinense e Santa Cruz, na final do Nordestão, no Amigão. Crédito: Campinense/twitter

A cidade de Campina Grande é a única do interior a receber uma decisão da Copa do Nordeste. Em 2016, o populoso município no agreste paraibano chega à segunda finalíssima, com Campinense e Santa Cruz na disputa pela cobiçada taça dourada. Para se ter uma ideia, o Recife, um dos principais centros futebolísticos da região, até hoje só recebeu uma final, numa lista de seis cidades que tem uma folgada liderança de Salvador, com cinco aparições.

Com a capacidade liberada para 20 mil torcedores, a mesma carga em 2013, o Amigão será ocupado em 1º de maio por 17 mil raposeiros e 3 mil corais, com a disposição das torcidas já estabelecida pelo mandante – além disso, os dois estados poderão ver o jogo na tevê aberta. De 1994 a 2015, os mandantes ganharam sete títulos, enquanto os visitantes levaram a melhor em cinco.

As sedes das 13 decisões do Nordestão
1994 – Rei Pelé, Maceió-AL (CRB (2) 0 x 0 (3) Sport*)
1997 – Fonte Nova, Salvador-BA (Vitória* 1 x 2 Bahia)
1998 – Machadão, Natal-RN (América* 3 x 1 Vitória)
1999 – Fonte Nova, Salvador-BA (Bahia 1 x 0 Vitória*)
2000 – Ilha do Retiro, Recife-PE (Sport* 2 x 2 Vitória)
2001 – Fonte Nova, Salvador-BA (Bahia* 3 x 1 Sport)
2002 – Barradão, Salvador-BA (Vitória 2 x 2 Bahia*)
2003 – Barradão, Salvador-BA (Vitória* 0 x 0 Fluminense)
2010 – Frasqueirão, Natal-RN (ABC 1 x 2 Vitória*)
2013 – Amigão, Campina Grande-PB (Campinense* 2 x 0 ASA)
2014 – Castelão, Fortaleza-CE (Ceará 1 x 1 Sport*)
2015 – Castelão, Fortaleza-CE (Ceará* 2 x 1 Bahia)
2016 – Amigão, Campina Grande-PB (Campinense x Santa Cruz)
* Os clubes campeões

Ranking de cidades
5 – Salvador
2 – Natal, Fortaleza e Campina Grande
1 – Maceió e Recife

Ranking de estádios
3 – Fonte Nova
2 – Barradão, Castelão e Amigão
1 – Rei Pelé, Machadão, Ilha do Retiro e Frasqueirão