A insólita desconvocação da Seleção Brasileira por causa de um passaporte

Passaporte brasileiro em 2016

O meia Everton Felipe, de 18 anos, é o principal nome da base do Sport em 2016. Após um breve estágio no Inter, voltou à Ilha e foi aproveitado entre os profissionais, também sendo chamado para a Seleção Brasileira Sub 20. Começou com sessões de treino na Granja Comary, tendo em maio a maior chance: o Torneio de Suwon, na Coreia do Sul. Após a decisão estadual, Everton foi ao Rio e se apresentou a Rogério Micale. Lá, na madrugada do dia 13, embarcaria com os companheiros até Seul. Viagem já marcada, pelo acaso.

A delegação brazuca viajou desfalcada, com 22 jogadores. No longo trajeto, de 27 horas em dois voos, Rio/Dubai e Dubai/Seul, um assento vazio, num visível incômodo. Everton Felipe não conseguiu embarcar devido à insólita falta de documentação. Relatou à comissão técnica o sumiço do passaporte, que, segundo a CBF, havia sido lhe entregue para operações de câmbio e check-in. Dois dias depois, ainda tinha a expectativa do embarque no Galeão, o que não aconteceu, terminando a história com um boletim de ocorrência.

Assim, sem passaporte, só com carteira de identidade no bolso, veio a desconvocação e a volta ao Recife. Num vacilo, um garoto de 18 anos perde uma grande oportunidade na carreira, com experiência internacional e a possibilidade de se firmar no último degrau da seleção de base. Sem visto…

O golaço de Grafite, o primeiro “gol da rodada” do Brasileirão de 2016

O gol que abriu a goleada coral na abertura da Série A foi uma pintura. Grafite recebeu de Uilllian Correia, driblou um marcador, colocou entre as pernas do zagueiro Victor Ramos e finalizou com calma. Golaço, com o Santa fazendo 4 x 1 no Vitória. Na segunda-feira, no resumo da rodada, a CBF elegeu o lance como o mais bonito da abertura, através do FaceGol. Escolha justa.

O gol do Grafa teve 62% dos votos, segundo a enquete promovida na página oficial da confederação no facebook, numa disputa com Cazares (13%), do Atlético-MG, e Lucas Fernandes (25%), do São Paulo.

Podcast 45 – Análise das estreias de Santa, Sport e Náutico no Brasileiro

Começou o Campeonato Brasileiro de 2016. Para o Trio de Ferro, a estreia valeu apenas para quem atuou em casa. De volta à elite, o Santa goleou o Vitória. O quanto Grafite poderá ajudar na competição? O sistema tático da estreia vale para os jogos fora de casa? Pauta presente no 45 minutos. Na sequência, a análise do revés do Sport no Rio. Um time sem ataque na Série A, na conta do ex-treinador e do atual presidente. Como melhorar antes dos reforços? Aliás, é possível?! Por fim, o Náutico, derrotado em Criciúma, com um gol impedido e chances perdidas. Na segunda-feira, para completar, o presidente Marcos Freitas pediu licença da função por questão de saúde.

Neste podcast, de 1h39, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

As milionárias receitas e dívidas de Sport, Santa Cruz e Náutico de 2011 a 2015

Finanças de Sport, Santa Cruz e Náutico. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Direitos de transmissão, bilheteria, premiações, patrocinadores, quadro de sócios, venda de jogadores, parcelamentos, empréstimos etc. Somando todas as receitas possíveis em 2015, os três grandes clubes do Recife registraram um faturamento de R$ 121 milhões, de acordo com os balanços financeiros apresentados por Náutico, Santa Cruz e Sport em 29 de abril de 2016. Numa primeira análise, um volume considerável de grana. No entanto, a dívida segue aumentando numa velocidade incrível, subindo pelo terceiro ano seguido.

Por uma questão de padronização, o blog usa a expressão “passivo”, somando o circulante e o não circulante – dados presentes em todos os balanços. O passivo não é um “sinônimo” de dívida, pois na questão contábil alguns números entram como receitas futuras, que não podem ser contabilizadas no último balanço. Aconteceu com o Sport em 2015, com R$ 18 milhões da cota de tevê, numa bonificação pela temporada de 2019, já paga pela Globo.

Receita operacional agregada
2011 – R$ 83.296.759
2012 – R$ 134.030.496 (+50.733.737, ou +60%)
2013 – R$ 116.488.865 (-17.541.631, ou -13%)
2014 – R$ 93.257.832 (-23.231.033, ou -19%)
2015 – R$ 121.173.612 (+27.915.780, ou +29%)

Passivo (soma dos passivos circulante e não circulante)
2011 – R$ 177.496.391
2012 – R$ 170.898.306 (-6.598.085, ou -3%)
2013 – R$ 182.045.072 (+11.146.766, ou +6%)
2014 – R$ 283.488.245 (+101.443.173, ou +55%)
2015 – R$ 348.163.829 (+64.675.584, ou +22%)

Curiosidade: caso a receita tivesse sido dividida de forma igualitária, cada um teria recebido no ano passado exatamente R$ 40.391.204.

Confira a íntegra dos balanços financeiros: SportSanta Cruz e Náutico.

Abaixo, um gráfico com a variação das cifras de cada um, de 2011 a 2015.