Islândia, um país menos populoso que Olinda, destrona a Inglaterra. Acredite

Torcida da Islândia. Foto: Eurocopa 2016/twitter (UEFAEURO_

O território da Islândia é quase do mesmo tamanho de Pernambuco, com 103.001 km² x 98.149 km². Demograficamente, contudo, há uma enorme diferença, com 9,4 milhões de habitantes no estado e apenas 331 mil no país insular, espalhados em cidades pequenas no litoral, bem afastadas da Europa. Lá, num cenário quase deserto, o futebol vive. Apesar da população menor em relação a cinco municípios locais (Olinda, para se ter ideia, tem 57 mil a mais!), é capaz de formar uma seleção competitiva, que já faz história na Euro 2016.

Começou nas eliminatórias, num rendimento já irreal para o padrão da equipe. Seguiu contra a lógica na fase de grupos e alcançou uma impressionante classificação às quartas, vencendo a Inglaterra por 2 x 1, de virada. Superou o inventor do esporte, o país da liga mais rica, de um nível de profissionalismo superior a oito divisões. Na Islândia, segundo a federação nacional de futebol (KSI), existem apenas 3 mil adultos jogando bola, com 100 profissionais!

Fazendo uma relação entre a população masculina (167 mil islandeses) e os 23 convocados da seleção, 1 em cada 7 mil foi chamado para o torneio continental. No estado, essa conta ficaria 1 em 198 mil. Tudo, absolutamente tudo, sobre a Islândia parece ficção, como a sua torcida, com 5% do país presente nos jogos na França. Uma torcida fiel, que segue a sua história, agora contra os donos da casa, os franceses. Mundialmente, a torcida já está maior…

1.617.183 – Recife (IBGE, estimativa de 2015)
686.122 – Jaboatão
389.494 – Olinda
347.088 – Caruaru
331.951 – Petrolina

331.811 – Islândia

322.730 – Paulista
200.546 – Cabo
154.054 – Camaragibe
136.949 – Garanhuns
135.805 – Vitória

Islândia comemora a classificação às quartas da Euro 2016. Foto: Eurocopa 2016/twitter (@UEFAEURO)

No Sport, Diego Souza emplaca o golaço da rodada do Brasileiro pela segunda vez

O gol de voleio de Diego Souza, o quarto da goleada do Sport sobre a Chape por 5 x 1, foi eleito pela CBF como o mais bonito da 11ª rodada da Série A. Foi a segunda vez que o camisa 87 venceu a votação, repetindo o resultado da 9ª rodada, quando arrancou do meio-campo para decidir o jogo contra o Flu.

O gol de DS87 teve 69% dos votos no FaceGol, a enquete promovida na página oficial da confederação no facebook. Superou Lucas Lima (28%), do Santos, e Camilo (3%), do Botafogo. Em onze rodadas, esta foi a 4ª vez que um jogador atuando em Pernambuco ganhou a enquete, com dois golaços do meia rubro-negro e dois de Grafite. O tricolor levou a melhor na 1ª e 3ª rodadas.

Podcast – A análise da goleada do Sport e das derrotas de Náutico e Santa Cruz

O 45 minutos analisou as apresentações do Trio de Ferro no fim semana. Apenas uma vitória, com o Leão, no jogo que encerrou a 11ª rodada do Campeonato Brasileirão. Aliás, foi a melhor atuação do time até aqui, com um papel fundamental de Oswaldo de Oliveira. Destacamos as principais mudanças. Também comentamos, em gravações exclusivas, as derrotas de alvirrubros (no Castelão, num confronto direto pelo G4 da Série B) e tricolores (num resultado considerado normal, na arena corintiana). Ao todo, 66 minutos.

25/06 – Ceará 2 x 1 Náutico

25/06 – Corinthians 2 x 1 Santa Cruz

26/06 – Sport 5 x 1 Chapecoense

Mark González, o primeiro jogador do Sport campeão da Copa América

Mark González, campeão da Copa América de 2016. Foto: instagram (markgonzalez11)

O meia Mark González volta ao Recife com a medalha dourada no peito. Convocado às pressas para substituir o lesionado Matías Fernández, o jogador acabou ganhando espaço na delegação chilena durante a vitoriosa campanha na Copa América Centenário, entrando em campo nas quartas e na semifinal. Na primeira apresentação, no antológico 7 x 0 da La Roja sobre os mexicanos, ainda participou diretamente, com uma assistência. A foto com a taça, num registro do instagram do atleta, comprova que a viagem aos EUA valeu a pena.

Apesar de ainda não ter deslanchado no Sport, Mark já estabeleceu um marco em 2016. Tornou-se o primeiro jogador de um clube pernambucano a conquistar a Copa América. Até hoje, a única participação local havia sido 1959, com Pernambuco representando o Brasil e ficando em 3º lugar. Em outros torneios com seleções adultas, este é o segundo título, 40 anos após Givanildo Oliveira, então no Santa Cruz, vencer o Torneio Bicentenário dos Estados Unidos. Relembrando outras participações, o volante Leomar parou na semi da Copa das Confederações em 2001, enquanto o alvirrubro Nado (1966) e o tricolor Nunes (1978) acabaram cortados do Mundial. À parte disso, apenas amistosos.

Quis o destino que o primeiro fosse justamente de outra bandeira…

Sobre Mark González…

No Chile (2003-2016)
55 partidas, 6 gols

No Sport (2016)
12 jogos, nenhum gol

Mark González durante a viagem na Copa América 2016, nos EUA. Foto: instagram (markgonzalez11)

Chile supera a Argentina de novo e é bi da Copa América em menos de um ano

Copa América Centenário 2016, final: Argentina (2) 0 x 0 (4) Chile. Foto: Conmebol/site oficial

Faz nem um ano que o Chile ganhou o seu primeiro título da Copa América. Aconteceu em 4 de julho de 2015. Passados 359 dias, o bi. Novamente diante da Argentina, outra vez numa final sem gols, decidida nos pênaltis. Sob olhares de 82 mil torcedores no Metlife Stadium, nos States, os chilenos mantiveram a aura de sua melhor geração futebolística. Time copeiro, de um senso coletivo de altíssimo nível. La Roja mereceu, passando o mata-mata da Copa América Centenário sem sofrer gols, contra mexicanos, colombianos e argentinos. Após um século de mãos vazias, duas taças em menos de uma temporada?

A proeza, acredite, não é inédita. O Uruguai foi o primeiro a levantar a taça sul-americana duas vezes em menos de um ano, em 02/12/1923 e 02/11/1924. Duas décadas depois, o bi dos argentinos, em 25/02/1945 e 10/02/1946. Falando em Argentina, o país mantém a seca de títulos desde 1993. E ainda viu o seu principal jogador, o melhor do mundo, Lionel Messi, isolar a sua cobrança.

Copa América Centenário 2016, final: Argentina (2) 0 x 0 (4) Chile. Foto: Conmebol/twitter (@conmebol)

Na véspera da final, houve uma confusão sobre o peso da Copa América Centenário, mas a situação foi esclarecida pela Conmebol, contabilizando o torneio como a 45ª edição. Contudo, o caráter especial do torneio em conjunto com a Concacaf fez com que a antecessora, a Copa América de 2015, presente no calendário regular, fosse o classificatório à Copa das Confederações de 2017, mantendo o status de “campeão vigente” até 2019, no Brasil – com os dois títulos chilenos, francamente, a resolução tornou-se indiferente.

Em 2019 o Brasil organizará o torneio pela quinta vez, após um hiato de três décadas. Até lá, o jejum das maiores potências do continente vai aumentando…

Ano do último título sul-americano e o tempo de jejum (total de títulos)
2016 – Chile, atual campeão (2)
2011 – Uruguai, 5 anos (15)
2007 – Brasil, 9 anos (8)
2001 – Colômbia, 15 anos (1)
1993 – Argentina, 23 anos (14)
1979 – Paraguai, 37 anos (2)
1975 – Peru, 41 anos (2)
1963 – Bolívia, 53 anos (1)

Copa América Centenário 2016, final: Argentina (2) 0 x 0 (4) Chile. Foto: Conmebol/site oficial

Classificação da Série A 2016 – 11ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 11 rodadas. Crédito: Superesportes

Na 4ª rodada do Brasileirão, o Santa abriu 7 pontos diferença sobre Sport (8 x 1), afundado na lanterna. Sete rodadas depois, com os corais perdendo seis jogos e os leoninos somando onze pontos, o cenário se inverteu, com o rubro-negro à frente (12 x 11). Custou o lugar fora da zona de rebaixamento. Na noite de sábado, o Santa Cruz perdeu do Corinthians, passando mais uma rodada sem pontuar. Encerrando a rodada, na noite de domingo, o Sport goleou a Chapecoense, fazendo o resultado necessário para deixar o Z4.

Vitória e Ponte, que se enfrentaram no domingo, num empate em Salvador, são os próximos adversários, em confrontos diretos nesta luta atual contra o descenso. Em relação à liderança, o Palmeiras tem agradecer ao Botafogo. Derrotado pelo Cruzeiro no sábado, de virada, precisou torcer por uma improvável derrota do Inter no Beiro-Rio. Dito e feito.

A 12ª rodadas dos representantes pernambucanos: 

29/06 (19h30) – Vitória x Sport (Barradão)
Histórico na Bahia pela elite: 2 vitórias leoninas, 2 empates e 5 derrotas 

30/06 (19h30) – Santa Cruz x Ponte Preta (Arruda)
Histórico no Recife pela elite: nenhuma vitória coral, 4 empates e 2 derrotas

Sport aplica a maior goleada do Brasileiro sobre a Chapecoense e volta a sair do Z4

Série A 2016, 11ª rodada: Sport 5x1 Chapecoense. Foto: Paulo Paiva/DP

Coletivamente, o Sport fez a sua melhor atuação no Brasileiro de 2016 até o momento. A goleada por 5 x 1 falaria por si só, mas o domínio sobre um adversário duro, com apenas uma derrota em dez apresentações até então, evidencia o comportamento de um time que há poucas semanas não demonstrava sinais de competitividade. Quem se arriscou à Ilha do Retiro no fim do feriadão viu um jogo de apenas uma equipe.

Ainda que a Chapecoense tenha empatado no primeiro lance do segundo tempo, com o ex-rubro-negro Ananias, o jogo seguia aberto, com as jogadas leoninas fluindo, enfim com Everton Felipe. Se a sombra de Rogério fez diferença, talvez seja apenas coincidência, mas o meia (ponta direita no esquema de Oswaldo de Oliveira) foi agudo, teve um bom índice de passes e, acima de tudo, foi inteligente nas jogadas, enxergando o jogo. Viu oportunidades claras em contragolpes bem armados – e bem definidos. Do outro lado, Rodney Wallace, mantido na lateral-esquerda no lugar de Renê, após a suspensão, justificou a oportunidade recebida. E como! Marcou dois gols e foi seguro na cobertura.

Para completar, o maestro do time, Diego Souza, segue implacável na estatística do Sport, colaborando diretamente com todos os (12) pontos conquistados pelo time. Desta vez, meteu um voleio engatando a goleada, a maior da competição. Um resultado que fez a equipe pernambucana, de roupa nova, voltar a respirar, fora da zona de rebaixamento. Sim, o saldo de gols foi determinante. E sem margem para queixas desta vez.

Série A 2016, 11ª rodada: Sport 5x1 Chapecoense. Foto: Paulo Paiva/DP

A 12ª classificação da Segundona 2016

A classificação da Série B 2016 após 12 rodadas. Crédito: Superesportes

Após quatro jogos sem vitória, os alvirrubros ficaram a três pontos do G4 da segunda divisão nacional. No Castelão, o Náutico perdeu do Ceará, caindo para a 8ª colocação. A competição segue embolada, tanto que o time tem condições de voltar ao grupo de acesso já na próxima rodada, onde está obrigado a fazer valer o seu mando de campo – de volta à Arena Pernambuco, após uma turbulência na negociação que levou o clube por uma rodada ao Arruda.

Na postagem passada o blog alertou para a queda de rendimento do Bahia, então com três derrotas seguidas. Pois sofreu a quarta, levando um gol aos 47 minutos do segundo tempo. O segundo clube de maior orçamento na competição, já atrás do Timbu na classificação, engata uma crise muito cedo…

Evolução da campanha timbu
1ª rodada – 15º (0 pt)

2ª rodada – 11º (3 pts)
3ª rodada – 15º (3 pts)
4ª rodada – 8º (6 pts)
5ª rodada – 9º (7 pts)
6ª rodada – 5º (10 pts)
7ª rodada – 4º (13 pts)
8ª rodada – 4º (16 pts)
9ª rodada – 4º (16 pts)
10ª rodada – 4º (17 pts)
11ª rodada – 6º (18 pts)
12ª rodada – 8º (18 pts)

No G4, um carioca, cearense, um goiano e um catarinense.

A 13ª rodada do representante pernambucano
28/06 (20h30) – Náutico x Luverdense (Arena Pernambuco)

Santa Cruz desperdiça chances e perde do Corinthians, no 6º revés em 7 partidas

Série A 2016, 11ª rodada: Corinthians 2x1 Santa Cruz, com Romero comemorando o segundo gol. Foto: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

Dois sábados seguidos atuando na capital paulista, com derrotas diante de Palmeiras e Corinthians e roteiros semelhantes para o Santa. No primeiro tempo, uma enorme pressão dos mandantes, abrindo dois gols de vantagem. No comecinho da segunda etapa, Grafite mandando para as redes, ensaiando a reação. No Allianz Parque, o time pernambucano acabou sofrendo outro gol, que matou o jogo, apesar da bola na trave e das defesas de Fernando Prass. Na arena do Timão, o 2 x 1 se manteve até o fim, deixando um gosto mais amargo no povão, que viu o time equilibrar o jogo e criar oportunidades claras.

Em vez de Prass, a insegurança de Cássio, que entregou o gol coral, que deixou o Grafa na artilharia isolada do Brasileiro, com 8 gols, a 7 de sua meta para a competição. Jogando de forma mais veloz, já sem o meia Daniel Costa, substituído, o tricolor voltou a ter a seu favor a velocidade de Keno pela ponta esquerda. Por lá, a grande chance da noite, aos 32 minutos. Num cruzamento, Wallyson recebeu livre, mas cabeceou pra fora. A diferença na qualidade para definir foi clara no jogo, uma vez que o primeiro gol corintiano foi parecidíssimo, mas com Luciano não dando qualquer chance a Tiago Cardoso.

Com a derrota, o Santa chegou a 6 derrotas nas últimas 7 rodadas, com o pior desempenho neste recorte, que marca o fim de sua invencibilidade. Não por acaso, o Z4 nunca esteve tão próximo. Contra Ponte Preta (casa) e Botafogo (fora), tem a chance de recuperação, até pelo perfil dos adversários, agora concorrentes diretos. E sem mais espaço para tanto desperdício, Grafite à parte.

Série A 2016, 11ª rodada: Corinthians 2x1 Santa Cruz. Foto: Rodrigo Gazzanel/Futura Press/Estadão conteúdo

Náutico perde do Ceará e chega a quatro jogos sem vitória, se afastando do G4

Série B 2016, 12ª rodada: Ceará 2x1 Náutico. Foto: Christian Alekson/CearaSC.com

A série de quatro jogos sem vitória afastou o Náutico no G4. Na 8ª rodada, quando o time apresentava um embalado aproveitamento de 66%, entre os quatro melhores, havia uma vantagem de dois pontos sobre o 5º colocado. Após a derrota no Castelão, na 12ª rodada, o rendimento do time caiu para 50%. A campanha foi junto, agora em 8º lugar, com 18 pontos, a três do último integrante do grupo de acesso, o Criciúma. Somou 2 pontos em 12 possíveis, num recorte com três jogos como visitante e apenas um no Recife.

A vitória do Ceará por 2 x 1, que deixou o alvinegro alencarino na vice-liderança, não é o ponto fora de curva nesta Série B. O clássico regional ocorreu na sequência de uma viagem à Caxias do Sul, incluindo uma para de um dia (de treinamento) em São Paulo. Uma logística complicada para qualquer visitante, somada à drástica mudança climática dos jogos, do frio de 8 graus ao calor de 30. Pior. Indo para o intervalo com dois gols de desvantagem, ao Timbu restava o tudo ou nada. Nem o gol de Rony, no comecinho, adiantou. 

Na Segundona, a oscilação é absolutamente natural, mesmo para quem briga lá em cima. O que não pode ocorrer é perder o foco plenamente, como o Bahia, com quatro derrotas consecutivas (discussão de jogadores, queda de técnico etc). Para o Náutico, (ainda) basta retomar o mando de campo, com dois jogos na Arena nas três próximas rodadas. Um novo recorte para mudar a gangorra.

Série B 2016, 12ª rodada: Ceará 2x1 Náutico. Foto: LC Moreira/Estadão conteúdo