O Náutico vinha de uma sequência de cinco jogos sem perder, com quatro vitórias e um empate. O compromisso seguinte era, em tese, o mais difícil da segundona: encarar o Vasco em São Januário. Líder e favorito absoluto ao título, o time carioca havia perdido uma longa invencibilidade no sábado (34 jogos), e, mordido, tentaria dar logo uma resposta à torcida. E o time cruz-maltino ainda teria a volta de seu principal jogador, Nenê, artilheiro do torneio com oito gols e vindo de suspensão. Ao alvirrubro, um empate já era mais do que aceitável.
Pode-se dizer que o Náutico lutou bastante, com um bom primeiro tempo, num empate em 1 x 1. O time estava escalado por Gallo com quatro atacantes de ofício. Jefferson Nem na esquerda, Taiberson centralizado e Rony, de volta após o atraso da CBF na divulgação de um cartão amarelo, na direita. Bergson entrou no meio, com Renan Oliveira iniciando no banco. O objetivo era contragolpear, numa postura diferente em relação ao estilo como mandante, mais propositivo. Contudo, a trama acabou desfeita na segunda etapa em duas falhas clamorosas. De Júlio César, numa saída de gol, e da zaga, mal posicionada. Nos descontos, Renan Oliveira diminuiu de falta, 3 x 2.
O resultado impôs o terceiro revés pernambucanos em jogo jogos, com a lamentação pelo terceiro gol sofrido, aos 32 minutos, no lance seguinte à melhor chance de empate, com Marcelo Mattos salvando em cima da linha. Sem diminuir o ritmo, o time volta ao Recife para encarar o Bragantino no Arruda – em vez da Arena, cuja proposta, agora feita pelo governo, não agradou. Tratar o resultado no Rio como natural é o primeiro passo para seguir em alta.