Classificação da Série A 2016 – 13ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 13 rodadas. Crédito: Superesportes

O Brasileirão já passou de 1/3 dos jogos, com os dirigentes dos times pernambucanos mantendo o discurso de “contratações de Série A” em breve. Nem que seja para 2/3. A verdade é que o estrago já está feito, com ambos na zona de rebaixamento. Então, desde já é bom calcular as chances de recuperação, em busca da “16ª colocação”. Na 13ª rodada, o Santa Cruz perdeu do Botafogo e o Sport perdeu do Palmeiras. A partir de agora, os corais precisam ter um aproveitamento de 46%, o que corresponde, na tabela atual, ao 10º colocado. Os leoninos estão quase na mesma faixa, com 45%. Essa projeção visa 46 pontos, a margem mínima de segurança, uma vez que nenhum clube – nos pontos corridos com vinte clubes – caiu com essa campanha.

As projeções dos rivais das multidões para escapar do descenso em 2016…

Santa Cruz – 11 pontos
Precisa de 35 pontos em 25 rodadas
…ou 46,6% de aproveitamento
Simulações: 10v-5e-10d, 9v-8e-8d, 8v-11e-6d

Sport – 12 pontos
Precisa de 34 pontos em 25 rodadas
…ou 45,3% de aproveitamento
Simulações: 10v-4e-11d, 9v-7e-9d, 8v-10e-7d

Claro, é possível escapar com menos pontos (aliás, vale a torcida). Eis as campanhas finais do 16º colocado nos últimos dez anos, variando de 40 a 46.

2015 – 43 (Figueirense)
2014 – 40 (Palmeiras)
2013 – 45 (Flamengo)
2012 – 45 (Portuguesa)
2011 – 43 (Cruzeiro)
2010 – 42 (Atlético-GO)
2009 – 46 (Fluminense)
2008 – 44 (Náutico)
2007 – 45 (Goiás)
2006 – 44 (Palmeiras)

A missão da dupla recifense já começa neste fim de semana, com jogos complicados. Os tricolores não vencem o Colorado pelo Brasileiro desde 1985. Desde então, sete jogos e sete derrotas. Já os rubro-negros só ganharam uma vez da Macaca em Campinas, justamente no ano passado.

A 14ª rodadas dos representantes pernambucanos: 

09/07 (21h00) – Ponte Preto x Sport (Moisés Lucarelli)
Histórico em Campinas na elite: 1 vitória leonina, 2 empates e 5 derrotas 

10/07 (16h00) – Santa Cruz x Inter (Arruda)
Histórico no Recife pela elite: 3 vitórias corais, 2 empates e 5 derrotas

Sport perde do líder Palmeiras, na Ilha, e emperra no Z4, em 11 das 13 rodadas

Série A 2016, 13ª rodada: Sport 1 x 3 Palmeiras. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Uma vitória simples alçaria o Sport ao 14º lugar, o que corresponderia ao melhor momento do time na tabela. A bronca era ter neste contexto justamente o líder, o Palmeiras. Ainda que os paulistas tivessem vencido apenas uma vez como visitante – os outros oito triunfos foram em casa -, o conjunto do time bancava o favoritismo, somado a destaques individuais como Gabriel Jesus, já cobiçado pelo Barcelona e atual artilheiro do Brasileirão. Empurrado por 26 mil torcedores, na noite do 79º aniversário da Ilha do Retiro, o time se doou em campo. Lutou, demais mas esbarrou na disparidade técnica do confronto.

Quando ganhou moral na partida, no empate com Gabriel Xavier, aos 13 minutos do segundo tempo, acabou sofrendo um duro revés numa falha clara de Rithely. O volante, que já não havia acompanhado Erik no primeiro gol, perdeu a bola que resultou no 10º gol de Gabriel. Pulmão do time, Rithely destrava o jogo Sport no meio-campo. Tanto na marcação quanto na busca por espaço no ataque, sendo peça-chave. O próprio jogador reconheceu a má atuação, determinante. Passa. Pior é ter o recorrente desempenho de Serginho, trotando na segundo etapa, marcando à distância e errando passe de dois metros.

Ao perder o meio, a derrota por 3 x 1 se torna compreensível, tendo outros desempenhos abaixo, como Agenor (inseguro) e Edmílson, que já faz o que se esperava (à parte do “Edmito” no início). Ou seja, quase nada. Não finalizou, saindo bastante da área e de suas características. Já Diego Souza, marcado além da conta, pouco conduziu a bola, se limitando a toques de prima (alguns, eficientes). No apito final, o 18º lugar foi mantido, com 12 pontos em 13 rodadas, a mesma pontuação de 2009, quando foi lanterna. Apesar da “reação”, a realidade mostra que a equipe só saiu do Z4 duas vezes. Hoje, segue lá…

Série A 2016, 13ª rodada: Sport 1 x 3 Palmeiras. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Cada vez mais presentes, torcedoras pernambucanas lutam contra o machismo

Torcedoras de Náutico, Santa e Sport comentam o machismo no futebol. Crédito: Flores do Estádio?/documentário (youtube/reprodução)

A presença feminina nas torcidas de futebol é cada vez maior, mais atuante. No Recife, são 622 mil torcedoras, segundo o estudo mais recente, o que corresponde basicamente à metade dos aficionados pelo Trio Ferro. Ainda assim, a sua participação ainda é tratada, em partes, como casualidade. Um machismo velado, analisado frontalmente pelo minidocumentário Flores do Estádio?, produzido por Manuela Andrade e Catarina Santos, alunas do curso de jornalismo da UFPE.

Lançado em julho de 2016, o vídeo aborda a opinião de torcedoras de Náutico, Santa e Sport e também de clubes de outros estados, São Paulo e Atlético-MG. A premissa é simples: a participação feminina muito além do batido “embelezamento” das arquibancadas, sendo determinante como parte da massa, sem distinção. O vídeo de 10 minutos foi produzido para a disciplina “redação para os meios de comunicação”. Tema válido demais.

A torcida feminina no Recife*
Sport – 330.067 (52% do clube na cidade)
Santa Cruz – 214.438 (48%)
Náutico – 78.251 (49%)

A divisão das 622.756 torcedoras: Sport 53%, Santa 34% e Náutico 12%.

* Dados do levantamento da Plural Pesquisa, em setembro de 2015.