A definição das 14 vagas internacionais do Brasil a uma rodada do fim da Série A

Libertadores e Sul-Americana, os principais torneios da Conmebol

Com a oficialização do título da Chapecoense na Copa Sul-Americana e do pentacampeonato do Grêmio na Copa do Brasil, a definição das vagas internacionais do Brasil, para a temporada 2017, ficou restrita à rodada final do Brasileirão, em 11 de dezembro. Ao todo, o país será representado por 14 times nos dois principais torneios da Conmebol, sendo 8 na Libertadores e 6 na Sul-Americana. Após a classificação da Série A na 37ª rodada, ainda estão em jogo 2 vagas na Liberta e 3 na Sula. Vamos às chances de cada um.

Clubes classificados ou que ainda disputam vagas em 2017
1º) Palmeiras (Libertadores)
2º) Flamengo (Libertadores)
3º) Santos (Libertadores)
4º) Atlético-MG (Libertadores)
5º) Atlético-PR (Pré-Libertadores a confirmar ou Sul-Americana)
6º) Botafogo (Pré-Libertadores a confirmar ou Sul-Americana)
7º) Corinthians (Sul-Americana a confirmar ou Pré-Libertadores)
8º) Grêmio (Libertadores)
9º) Chapecoense (Libertadores)
10º) Ponte Preta (Sul-Americana)
11º) São Paulo (Sul-Americana)
12º) Fluminense (Sul-Americana)
13º) Cruzeiro (Sul-Americana a confirmar)
14º) Coritiba (Sul-Americana a confirmar)
15º) Vitória (Sul-Americana em disputa)
16º) Sport (Sul-Americana em disputa)

Jogos que podem decidir as vagas internacionais
Vitória x Palmeiras (Barradão, Salvador)
Cruzeiro x Corinthians (Mineirão, Belo Horizonte)
Grêmio x Botafogo (Arena do Grêmio, Porto Alegre)
Atlético-PR x Flamengo (Arena da Baixada, Curitiba)
Ponte Preta x Coritiba (Moisés Lucarelli, Campinas)
Sport x Figueirense (Ilha do Retiro, Recife)

TAÇA LIBERTADORES

Fase de grupos (6 times)
Todas as vagas já estão preenchidas. O Brasil tem direito a cinco vagas diretas, com o G4 da Série A (Palmeiras, Fla, Santos e Galo já definidos a uma rodada do fim) e pelo campeão da Copa do Brasil (Grêmio). Já o sexto time é a Chape, que conquistou o seu lugar através do inédito título da Sula. 

Fase preliminar (2 times)
Após os classificados à fase de grupos, mais duas vagas, para o 5º e o 6º colocados, na etapa preliminar (mata-mata). Três clubes brigam por duas vagas.

Possibilidades para a Pré-Libertadores
Atlético-PR (56 pts) – vitória, empate (com tropeço do Botafogo ou derrota do Corinthians) ou derrota (com derrota do Botafogo ou tropeço do Corinthians)
Botafogo (56 pts) – vitória, empate (com derrota do Atlético-PR ou tropeço do Corinthians) ou derrota (com tropeço do Corinthians)
Corinthians (55 pts) – vitória (com tropeço de Atlético-PR ou Botafogo)

COPA SUL-AMERICANA

1ª fase (6 times)
Inicialmente seriam oito vagas, seis no Brasileiro. Já em dezembro, as duas vagas nos regionais (Nordestão e Copa Verde) foram cortadas pela Conmebol, que manteve a classificação via Série A. Três clubes já estão garantidos na Sula (Ponte, São Paulo e Flu). Mais acima na tabela, três podem ganhar a vaga como consolação após a perda da Pré-Liberta. Abaixo, além da fuga do descenso (caso do Leão da Ilha, naturalmente), a classificação internacional como bônus, com a lista de classificados aos torneios da Conmebol indo até o 14º lugar! Ao todo, sete clubes postulam as três vagas restantes.

Possibilidades para a Sul-Americana
Atlético-PR (56 pts) – empate (com vitórias de Botafogo e Corinthians) ou derrota (com empate/vitória do Botafogo e vitória do Corinthians)
Botafogo (56 pts) – empate (com empate/vitória do Atlético-PR e vitória do Corinthians) ou derrota (com empate ou derrota do Corinthians)
Corinthians (55 pts) – vitória (com vitórias de Atlético-PR e Botafogo), empate ou derrota
Cruzeiro (48 pts) – vitória, empate ou derrota (caso Coritiba e Vitória tropecem)
Coritiba (46 pts) – vitória, empate (caso Vitória e Sport tropecem) ou derrota (caso Vitória perca e Sport tropece)
Vitória* (45 pts) – vitória (com empate de Coritiba) ou empate (com derrota do Coritiba e tropeço do Sport)
Sport* (44 pts) – vitória (com tropeços de Coritiba e Vitória)
* Vitória (derrota) e Sport (empate ou derrota) ainda podem ser rebaixados

O ranking de títulos nacionais de elite, com 91 estrelas douradas no Brasil

Ranking de títulos nacionais de elite no Brasil de 1959 a 2015. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

O Palmeiras se consolidou como o maior campeão brasileiro, chegando ao “enea” na era unificada, enquanto o Grêmio tornou-se o primeiro pentacampeão da Copa do Brasil. O fim de 2016 é marcado pelas festas do alviverde e do tricolor gaúcho, há bastante tempo entre os maiores vencedores no futebol do país. Por sinal, é a hora de atualizar a lista de campeões nacionais, levantada há bastante tempo pelo blog. O Verdão, cada vez mais líder, abriu quatro títulos de diferença para a segunda colocação, dividida entre três clubes.

O ranking soma três torneios extintos, a Taça Brasil (1959/1968), o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967/1970) e a Copa dos Campeões (2000/2002), e as vigentes Série A (1971/2016) e Copa do Brasil (1989/2016). Além da chancela, a relevância das cinco competições está na indicação dos campeões à Libertadores (observações sobre outros torneios na lista de comentários). 

Ao todo, existem 22 campeões nas 91 disputas organizadas pela CBF e por sua precursora, a CBD. Antes de qualquer discussão sobre o Campeonato Brasileiro de 1987, vale ressaltar que a lista do blog aponta os vencedores reconhecidos pela entidade responsável e pela Justiça (até o momento), independentemente da visão de outros jornais com critérios paralelos ao objeto oficial. Naturalmente, cada torneio tem um peso distinto no cenário nacional, em história, dificuldade etc. Entretanto, em vez de definir um valor específico (o que seria subjetivo, Série A à parte), o blog optou por diferenciar os clubes com o mesmo número de títulos de acordo com último troféu, com vantagem para o mais antigo.

13 – Palmeiras (A: 1972, 1973, 1993, 1994 e 2016; R: 1967 e 1969; CB: 1998, 2012 e 2015; TB: 1960 e 1967; C: 2000)
9 – Santos (A: 2002 e 2004; R: 1968; CB: 2010; TB: 1961, 1962, 1963, 1964 e 1965)
9 – Flamengo (A: 1980, 1982, 1983, 1992 e 2009; CB: 1990, 2006 e 2013; C: 2001)
9 – Corinthians (A: 1990, 1998, 1999, 2005, 2011 e 2015; CB: 1995, 2002 e 2009)
8 – Cruzeiro (A: 2003, 2013 e 2014; CB: 1993, 1996, 2000 e 2003; TB: 1966)
7 – Grêmio (A: 1981 e 1996; CB: 1989, 1994, 1997, 2001 e 2016)
6 – São Paulo (A: 1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008)
5 – Vasco (A: 1974, 1989, 1997 e 2000; CB: 2011)
5 – Fluminense (A: 1984, 2010 e 2012; R: 1970; CB: 2007)
4 – Internacional (A: 1975, 1976 e 1979; CB: 1992)
2 – Bahia (A: 1988; TB: 1959)
2 – Botafogo (A: 1995; TB: 1968)
2 – Sport (A: 1987; CB: 2008)
2 – Atlético-MG (A: 1971; CB: 2014)
1 – Guarani (A: 1978)
1 – Coritiba (A: 1985)
1 – Criciúma (CB: 1991)
1 – Juventude (CB: 1999)
1 – Atlético-PR (A: 2001)
1 – Paysandu (C: 2002)
1 – Santo André (CB: 2004)
1 – Paulista (CB: 2005)

Legenda: Série A (A), T. Roberto Gomes Pedrosa (R), Copa do Brasil (CB), Taça Brasil (TB), Copa dos Campeões (C).

Grêmio reconquista a Copa do Brasil, sendo o 1º campeão, bi, tri, tetra e penta

Copa do Brasil 2016, final: Grêmio 1x1 Atlético-MG. Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA

Apesar do abatimento no futebol nacional, após a tragédia da Chape, a bola já voltar a rolar. O maior exemplo foi na Arena do Grêmio, com 55 mil pessoas na decisão da Copa do Brasil, num jogo adiado justamente por causa do acidente. Lá, com um minuto de silêncio respeitado à risca, o tricolor gaúcho confirmou a vantagem obtida em Belo Horizonte e empatou com o Galo em 1 x 1. Copero.

Na metade azul do Rio Grande do Sul, a comemoração de um título histórico, acabando um jejum de 15 anos considerando as principais competições. Indo além, esta foi a 5ª conquista gremista na Copa do Brasil, campeão em finais contra Sport, Ceará, Flamengo, Corinthians e, agora, Atlético-MG. É o maior vencedor, sempre com o status inédito, como primeiro campeão, primeiro bi, primeiro tri, primeiro tetra e primeiro penta. Em 2014, o Cruzeiro teve a chance de alcançar o penta de forma pioneira, mas acabou derrotado justamente pelo rival Atlético. O Grêmio não deixou escapar a sua oportunidade contra o Galo.

Além da vaga na fase de grupos da Libertadores, um prêmio de R$ 9 milhões…

A saga gremista no penta da Copa do Brasil
1989 – Após um empate sem gols na Ilha, o Grêmio venceu por 2 x 1 no Olímpico.
O gol do título foi de Cuca, hoje técnico, campeão brasileiro em 2016. 

1994 – Outra final contra um nordestino e mais um empate sem gols na ida. Após segurar o Vozão no Castelão, o Grêmio de Felipão fez 1 x 0 na volta. 

1997 – Mais um 0 x 0 na ida, desta vez em Porto Alegre. Porém, o Grêmio buscou o 2 x 2 no Maracanã, com Carlos Miguel marcando aos 34 do 2º tempo. 

2001 – No Olímpico, o Corinthians chegou a fazer 2 x 0. Cedeu o empate e, no Morumbi, foi totalmente dominado pelo Grêmio de Marcelinho Paraíba, 3 x 1. 

2016 – Pela primeira vez, o Grêmio venceu o primeiro jogo. No Mineirão, num show de bola, fez 3 x 1, festejando mais uma Copa do Brasil em sua nova casa.

Os 15 campeões da Copa do Brasil
5 – Grêmio (1989, 1994, 1997, 2001 e 2016)
4 – Cruzeiro (1993, 1996, 2000 e 2003)
3 – Corinthians (1995, 2002 e 2009)
3 – Flamengo (1990, 2006 e 2013)
3 – Palmeiras (1998, 2012 e 2015)
1 – Criciúma (1991)
1 – Internacional (1992)

1 – Juventude (1999)
1 – Santo André (2004)
1 – Paulista (2005)
1 – Fluminense (2007)

1 – Sport (2008)
1 – Santos (2010)
1 – Vasco (2011)
1 – Atlético-MG (2014)

Copa do Brasil 2016, final: Grêmio 1x1 Atlético-MG. Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA

Podcast – Entrevista com Grafite

Gravação do podcast "45 minutos" com Grafite, no Arruda

Foi quase uma hora de gravação. Numa conversa franca, no Arruda, o atacante Grafite conversou com o podcast 45 minutos. Fez um balanço completo da temporada do Santa Cruz, sob sua ótica, claro. Avaliação inclusive sobre a sua queda de rendimento, tanto na questão física quanto técnica. Falou sobre a (má) preparação do clube para a Série A de 2016 – contratações, estrutura e finanças -, a indefinição sobre a prioridade na Sula, entre outros temas. Vale o play…

Nesta gravação, estou com Cabral Neto, Celso Ishigami e Fred Figueiroa.

Santa e Paysandu abrem a temporada 2017 com o duelo da Taça Asa Branca

A Taça Asa Branca de 2016. Foto: Ceará Sporting/divulgação

Os atuais campeões da Copa do Nordeste e da Copa Verde, Santa Cruz e Paysandu, se enfrentam na segunda edição da Taça Asa Branca, a disputa amistosa que abre oficialmente a temporada futebolística na região. Organizada pela Liga do Nordeste, em parceria com o canal Esporte Interativo, o jogo ocorre necessariamente com mando de campo do atual campeão da Lampions. Ou seja, o Arruda receberá o confronto em 21 de janeiro de 2017, um sábado. 

Curiosamente, os dois clubes foram prejudicados na decisão da Conmebol (e já comunicada pela CBF) de tirar as vagas da Copa Sul-Americana conquistadas nos regionais. Logo, a partida pode ser válida, também, como protesto.

A presença do Papão soa como um aperfeiçoamento do convite, englobando um critério técnico. Inicialmente, o duelo seria “entre o último campeão da Copa do Nordeste e um grande clube brasileiro”. Uma leitura vaga, cuja polêmica rendeu bastante no blog, após a definição de Ceará x Flamengo. Para não cair no provincianismo, a ideia é chamar campeões vigentes (e tradicionais) a partir de agora – ou adversários estrangeiros, como exceção. Naturalmente, por problemas de agenda na pré-temporada, a presença de campeões nacionais tende a ser mais difícil – com amistosos no exterior e outros convites.

Obs. Com a Asa Branca, a direção cancelou, a princípio, a realização da 3ª edição do Troféu Chico Science, a copa particular dos corais na pré-temporada.

Sugestões de confrontos contra o campeão nordestino
1) Campeão Brasileiro
2) Campeão da Copa do Brasil
3) Campeão da Primeira Liga
4) Campeão da Copa Verde
5) Adversário estrangeiro

Taça Asa Branca 2016
Ceará (4) 3 x 3 (3) Flamengo
Local: Castelão (Fortaleza)
Público: 35.498 pessoas
Renda: R$ 718.495

Na sua opinião, qual deveria ser o critério de convite da Taça Asa Branca?