Nos pênaltis, Sport vence o The Strongest e conquista o tri da Taça Ariano Suassuna

Taça Ariano Suassuna 2017: Sport 1 (4) x (2) 1 The Strongest. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Em seu terceiro ano, a Taça Ariano Suassuna foi decidida nos pênaltis pela primeira vez. No tempo regulamentar, 1 x 1, com o Sport segurando o The Strongest durante 64 minutos, depois da expulsão de Ronaldo Alves. No desempate, o time teve batedores reservas e o goleiro reserva. Com a mudança integral da equipe que começou a peleja na Arena Pernambuco, o tri veio com nomes improváveis. Matheus Ferraz, Lenis, Paulo Henrique e Marquinhos converteram e Agenor defendeu uma cobrança, com a série encerrada em 4 x 2.

Sobre o único teste leonino na pré-temporada, os cerca de oito mil espectadores viram um começo empolgante. Mas só durou 26 minutos, até o zagueiro puxar um adversário sendo o último leonino. Rigor do árbitro num amistoso? Não. Até ali, o Sport sobrava, criando seguidas oportunidades, com o campeão boliviano quase não passando do meio-campo. Diego Souza, convocado à Seleção, fez a primeira grande jogada. Na sequência, após escanteio, Rithely desviou um cruzamento de Everton Felipe e marcou o primeiro gol rubro-negro em 2017.

Taça Ariano Suassuna 2017: Sport x The Strongest. Foto: João de Andrade Neto/DP

Com dez (Leandro Pereira foi sacrificado na recomposição da defesa), o Leão se perdeu. Abusando de jogadas (bem) ensaiadas em escanteios, o Strongest passou a exigir Magrão. De contrato renovado, o goleiro fez três ótimas defesas. Só não evitou a última finalização da primeira etapa, de Bejarano.

Apesar da tarde complicada, Daniel Paulista pensou à frente, poupando os titulares. Na retomada, uma nova formação, com contratado (Marquinhos), gente sem espaço (Agenor, Mansur e Lenis) e garotos da base (Thallyson e Fábio). Sem entrosamento, ainda mais com Fábio de organizador, errando tudo. Entrou afobado e logo foi substituído, na última troca, com Paulo Henrique. Melhorou o time, dando mais força e tranquilidade, embora tenha desperdiçado duas chances. No fim, num jogo mais nervoso do que se imaginava, o empate ficou de bom tamanho. E nas penalidades, a primeira alegria leonina no ano.

Taça Ariano Suassuna 2017: Sport x The Strongest. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

As compras milionárias dos clubes de futebol do Nordeste no Plano Real

As compras milionárias do futebol nordestino no Plano Real. Arte: Cassio Zirpoli/DP

O perfil exportador do futebol nordestino é bem antigo, com craques negociados desde o início do profissionalismo no país, como Ademir Menezes, do Sport para o Vasco em 1942. E do clube carioca para a Copa do Mundo. Caminhos para o Sul-Sudeste e também para o exterior. Ainda bem, há o caminho inverso. Mais recente e numa rotação menor, o clubes da região também vêm contratando jogadores com cifras milionárias. O blog reuniu as negociações (divulgadas) no Plano Real, em circulação desde 1º de julho de 1994 – considerando ao menos R$ 1 milhão independentemente do percentual adquirido sobre os direitos.

À parte da década atual, surpreende o Vitória em 1997, com quatro compras seguidas, no embalo da parceria com o Banco Excel, que bancou R$ 10,8 milhões nos reforços, além de mediar o empréstimo de Túlio Maravilha, então no Corinthians, também patrocinado pelo banco. Na temporada seguinte, também respaldado por um banco (o Opportunity), o Bahia entrou na estatística. A partir de 2012, no início da era das supercotas da televisão, no Brasileirão, quatro clubes da região conseguiram realizar transações neste porte, até o Náutico, o único ‘não cotista’, mas presente na elite no ano da vinda de Kieza.

Número de jogadores comprados (20 nomes até 11/01/2018*)
8 – Sport
7 – Vitória
4 – Bahia*
1 – Náutico
* O Bahia também comprou 55% de Hernane Brocador e 50% de Edgar Junio, mas com valores desconhecidos

Número de jogadores comprados por estado:
11 – Bahia
9 – Pernambuco

O ranking é apresentado tanto em reais quanto em dólares. Isso porque, em mais de duas décadas, o valor da moeda nacional já flutuou bastante. Se no início chegou a valer mais que o dólar, em determinado momento caiu para 1/4 da moeda americana. Por sinal, apesar de o euro ser a versão mais utilizada, hoje, no futebol internacional, o blog opta pelo dólar uma vez que a moeda europeia só foi criada em 1999, sendo impossível calcular valores anteriores.

A pesquisa engloba valores oficiais e extraoficiais, esses divulgados na imprensa (jornais e sites), uma vez que os clubes raramente revelam os números oficiais – nem em seus balanços financeiros. Na maioria dos casos, cada compra foi informada em um valor (real, dólar ou euro), com o blog convertendo nas duas colunas abaixo de acordo com o câmbio de cada época, precisamente no dia da notícia.

Ah, existe a possibilidade de alguns nomes terem sido esquecidos. Por isso, caso lembre, pode deixar o seu comentário no post, que a lista será atualizada.