Sport joga mal, fica só no empate com o Bahia e aumenta a pressão na Fonte Nova

Copa do Nordeste 2017, final: Sport 1 x 1 Bahia. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Em uma final repleta de desfalques, o Sport acabou sentindo mais. Embora tenha jogado sem Régis, artilheiro do torneio, entre outras ausências, o Bahia mostrou muita organização na Ilha do Retiro, no primeiro jogo da final da Copa do Nordeste. Com os três volantes marcando bem e Juninho conseguindo distribuir o jogo, o tricolor de aço ganhou a disputa no setor, onde o leão não teve Rithely, peça essencial para o desenvolvimento do time. Por sinal, um desfalque também para o segundo jogo, consequência de uma dupla suspensão – terceiro amarelo e vermelho direto no Arruda.

Diante de 26 mil torcedores, numa trégua após as goleadas sofridas na última semana, o Sport foi só transpiração. Passou longe de se impor como mandante. No primeiro tempo, até chegou com perigo, com Matheus Ferraz cabeceando na trave e em duas finalizações de Rogério. Entretanto, a falta de combate fez com que o rival, com marcação alta, levasse perigo nas pontas. Sobretudo com a zaga descoberta – ao menos a dupla Durval/Matheus foi bem. No primeiro tempo, o Baêa ainda saiu reclamando bastante de uma penalidade não assinalada, de Magrão em Allione, e de um gol anulado de Zé Rafael. Na visão do blog, o árbitro só acertou no segundo lance.

Copa do Nordeste 2017, final: Sport 1 x 1 Bahia. Felipe Oliveira/Foto: Bahia/twitter (@ECBahia)

No segundo tempo, Ney Franco foi o primeiro mexer, logo no começo. Tirou Everton Felipe e colocou Juninho na ponta direita. Uma troca arriscada demais, perdendo toda a recomposição, além de colocar um atacante sem diálogo com os demais – falha gritante no sistema ofensivo do Sport. O castigo veio no minuto seguinte, com o Bahia avançando justamente naquele setor modificado, se aproveitando ainda da má partida de Samuel Xavier. Num chutaço, Juninho abriu o placar. Àquela altura, vantagem justíssima.

A falta de repertório na criação de jogadas do Sport assustou, com Diego Souza, de volta após três partidas, sem aproximação com o ataque. Atuação apenas regular. Já na casa dos 35, num escanteio cobrado por Fabrício, Juninho limpou a barra do treinador, mostrando estrela mais uma vez. O 1 x 1 levantou a Ilha, com 14 minutos de pressão, na base do abafa, até o apito final. Depois, vaia merecida. Pelo futebol apresentado, o empate acabou sendo lucro para o leão, que agora precisa marcar pelo menos um gol na Fonte Nova, dentro de uma semana, para tentar o tetra do Nordestão. Precisará da mesma frieza vista no Bahia.

Copa do Nordeste 2017, final: Sport 1 x 1 Bahia. Foto: Felipe Oliveira/Bahia/site oficial

Podcast – Entrevista com o presidente do Bahia, Marcelo Sant’Ana. Reestruturação

Marcelo Sant'Ana, presidente do Bahia, em entrevista ao podcast 45 minutos. Foto: Cassio Zirpoli/DP

O presidente do Bahia, Marcelo Sant’Ana, tem apenas 35 anos. Era repórter quando se candidatou e venceu a eleição no tricolor de aço para um mandato de três anos. Claro, largou a função e assumiu o clube de maior orçamento na região (R$ 129,8 milhões no último ano). Encerrando o mandato e ainda sem falar sobre reeleição, o dirigente foi entrevistado pelo 45 minutos.

No hotel onde o clube se hospedou no Recife, visando o jogo de ida da final da Lampions, Marcelo falou por mais de uma hora sobre a reestruturação física e financeira do Baêa, respondeu a questionamentos sobre problemas vistos nos clubes pernambucanos e ainda deu detalhes sobre a reforma da Copa do Nordeste, a partir de seguidas reuniões da Liga do Nordeste.

Estou neste podcast, voltado também para o Trio de Ferro, com Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça!