Atlético escapa de W.O. como mandante e vence aos 49/2T. Série D raiz em Carpina

Série D 2017, 1ª rodada: Atlético-PE 4 x 2 Campinense. Foto: Ednaldo Tavares/Nova Carpina FM/Voz de Pernambuco

Nada de jogos televisionados no Premiere, campos padronizados ou públicos numerosos. A Série D, mambembe desde sempre, é o verdadeiro retrato da maioria dos 766 clubes em atividade no país, num âmbito de superação e improviso. Na largada deste ano, foram 32 jogos no domingo, incluindo as derrotas de América e Central, ambos como visitante. E a maior história do dia ocorreu com o terceiro representante local. Mais precisamente em Carpina.

O Atlético Pernambuco conquistou a vaga de última hora, após a desistência do Serra Talhada, sem condições financeiras. Na estreia, o Tatu enfrentaria a principal força do grupo 8, o Campinense, que manteve a base da equipe que disputou o Nordestão, indo até as quartas de final. Jogo marcado para as 16h. Hino nacional, arbitragem e equipe do visitante perfiladas e um vazio ao lado… Nada do mandante. O ônibus quebrou a caminho do estádio Paulo Petribu. W.O. em casa? Acredite, passou perto. O árbitro Leo Simão teria que esperar meia hora. Correndo num ônibus escolar, numa carona encontrada às pressas, o time chegou às 16h25. Até a bola rolar, ainda teve três minutos para aquecimento e “oração”, como destaca a súmula oficial.

Em campo, George até abriu o placar para o dono da casa, mas a Raposa virou para 1 x 3 no primeiro tempo. Fatura quase liquidada, compreensível num dia tão atribulado. Porém, logo na retomada, Cesar diminuiu, com o 2 x 3 seguindo até o finzinho. Foi quando o camisa 9, Wellington, apareceu. O atacante marcou os gols do empate, aos 38, e da virada, aos 49 do segundo tempo. 4 x 3! Pena que nenhum torcedor pôde assistir na arquibancada, com o jogo de portões fechados por falta de laudos. Mais Série D, impossível. Raiz.

Abaixo, o registro do site Voz de Pernambuco, desde já uma raridade…

Podcast – Análise da vitória do Santa, do empate do Sport e da derrota do Náutico

O segundo fim de semana pelo Campeonato Brasileiro de 2017 foi distinto em relação aos grandes clubes pernambucanos. No sábado, pela Série B, o tricolor alcançou a vice-liderança, enquanto o alvirrubro caiu para a vice-lanterna. No domingo, pela Série A, o rubro-negro deu sequência à má fase, agora com 1 vitória em 10 jogos, contabilizando as cinco competições simultâneas. O 45 minutos analisou as três partidas em gravações exclusivas, tanto na questão técnica quanto tática. Participei dos três debates. Ouça!

20/05 – Figueirense 3 x 0 Náutico (26 min)

20/05 – Santa Cruz 2 x 1 Guarani (34 min)

21/05 – Sport 1 x 1 Cruzeiro (31 min)

Jogando mal outra vez, o Sport fica no empate com o Cruzeiro. E saiu no lucro

Série A 2017, 2ª rodada: Sport 1 x 1 Cruzeiro. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

O primeiro tempo foi até equilibrado, com o leão criando três boas chances. No segundo, o Cruzeiro dominou o jogo na Ilha. Enquanto o goleiro mineiro, Fábio, foi quase um espectador no período, Magrão comprovou a ótima forma na temporada, salvando o Sport de mais uma derrota no Brasileirão. O empate em 1 x 1 acabou de bom tamanho para o time pernambucano, ainda desorganizado e, nesta partida especificamente, dando sinais de cansaço.

Fragilizado pela má sequência – agora, 1 vitória em 10 jogos -, o Sport entrou em campo quase como franco atirador. Embora tenha contado com Rithely, que dá outra cara à equipe, melhorando a marcação e dando escape na criação, acabou poupando os cabeças de área, com Ronaldo utilizado no primeiro tempo e Fabrício no segundo. A interseção entre eles foi Neto Moura, cuja escalação destoou. Pouco participativo, o volante já havia ido mal em Campinas. No Recife foi quase nulo, sobrecarregando os companheiros na recomposição. Por sinal, a sua titularidade nos dois jogos da Série A é um sinal claro de fadiga no time. Ney Franco só “corrigiu” isso aos 9 da segunda etapa, justamente quando a equipe começava a pregar. Rogério (mal) e Osvaldo (arisco) desaceleraram e Diego Souza foi de centroavante a armador, ficando mais recuado a cada minuto. André? Nem no banco, poupado.

Àquela altura, já com o 1 x 1 (Alisson na primeira chegada celeste e DS87 de pênalti), coube ao Sport suportar a pressão. Trocando passes e explorando as laterais (Prata e Evandro, este numa fogueira), o visitante chegou incontáveis vezes à meta de Magrão, pois o mandante não prendia a bola um segundo sequer à frente. Na partida que reuniu os campeões de 87 para o novo uniforme, mas com apenas 4.459 espectadores, a vaia no fim foi inevitável. Direcionada sobretudo ao treinador, que deverá ter na quarta-feira, na decisão regional em Salvador, o divisor de águas em seu trabalho no rubro-negro.

Série A 2017, 2ª rodada: Sport 1 x 1 Cruzeiro. Foto: Léo Caldas/Cruzeiro

Sport reúne onze campeões brasileiros de 1987 para a estreia do uniforme de 2017

Reunião do time campeão brasileiro de 1987 em 21 de maio de 2017. Foto: Anderson Freire/Sport Club do Recife

Betão, Neco, Ismael, Cláudio e Flávio; Marco Antônio, Zico, Robertinho, Rogério, Ribamar e Euzébio.

Onze jogadores que fizeram parte do Sport durante a campanha do título brasileiro de 1987 se reuniram na Ilha do Retiro, a convite do clube, para as homenagens pelos trinta anos da conquista. Dois deles radicados em Pernambuco, Rogério e Neco, e os demais acompanhando o leão de longe, de norte a sul. No encontro, saudosismo puro. A data marca também a estreia do uniforme principal desta temporada, inspirado no histórico modelo.

Curiosamente, há dez anos, na comemoração pelos vinte anos da conquista, o domingo também foi marcado por um confronto contra o Cruzeiro, pelo Brasileirão – na ocasião, 1 x 0, gol de Gabiru. Em relação àquela festa, a ausência desta vez foi o capitão Estevam, o hoje técnico “Estevam Soares”.

Além da reunião, incluindo o craque do time, o meia Ribamar, e o autor do gol do título, o zagueiro Marco Antônio, o rubro-negro fez uma exposição na Ilha sobre a história do título e lançou um vídeo de apresentação da camisa produzida pela Adidas. O slogan é o seguinte: “É melhor aceitar”.