Ranking Conmebol da Libertadores 2017 lista Sport em 108º e o Náutico em 178º

O ranking oficial da Conmebol para a Libertadores até 19/12/2017. Crédito: Conmebol/reprodução

Conmebol atualizou o seu ranking de clubes, que considera apenas as campanhas na Taça Libertadores, sendo utilizado justamente para definir os cabeças-de-chave do torneio seguinte – no caso, a edição de 2018. Ao contrário dos dois primeiros anos da lista oficial, apresentando apenas os cem primeiros, agora foram enumerados todos os 208 clubes que já se classificaram ao menos uma vez para o maior torneio sul-americano. O ranking vigente contempla histórico e performance recente, na Liberta e em títulos dos campeonatos nacionais (que funcionam como bônus).

O ranking de 2017 obedece três fatores em ordem de importância:
1) Performance nos últimos dez anos da Liberta (de 2008 a 2017)
2) Coeficiente histórico (com a pontuação de 1960 a 2007)
3) Títulos do campeonato nacional (de 2007 a 2016)*
* Apenas um por país, sem contar as copas nacionais. Em caso dois campeonatos nacionais por ano, vale metade da pontuação. 

A tabela de campanhas da última década na Libertadores é a base da lista, que vai conferindo 100% da pontuação ao primeiro ano, 90% ao segundo e assim sucessivamente, até 10% ao ano mais antigo. Caso ultrapasse os dez anos, a campanha passa ser mensurada no segundo quesito do regulamento, o “coeficiente histórico”, sem mais depreciações. É um pouco complicado, mas impõe uma certa justiça entre feitos recentes e a história escrita.

Sobre a atualização, o River Plate tomou a liderança o rival Boca Juniors, tirando uma diferença de 1.364 pontos! Atual campeão continental, o Grêmio saltou do 12º para o 3º lugar, assumindo, consequentemente, a liderança entre os brazucas. Ao todo, 28 times do país já participaram da copa, sendo três nordestinos: Bahia (1960, 1964 e 1989), Sport (1988 e 2009) e Náutico (1968). Melhor colocado, o leão pernambucano era também o único que havia sido listado anteriormente: 80º em 2015, 100º em 2016 e 108º em 2017. Sobre o timbu, a situação poderia ser melhor, com a 163ª posição em vez da 178ª. O clube poderia ter 24 pontos, mas perdeu os pontos de uma vitória (que correspondem a 8 neste ranking) por causa de uma escalação irregular.

Brasileiros no Ranking 1960-2017 (entre parênteses, a posição geral):
1º) Grêmio (3º) – 5.312 pontos (3 títulos, 17 participações)
2º) Atlético-MG (7º) – 3.930 pontos (1 título, 9 participações)
3º) São Paulo (8º) – 3.687 pontos (3 títulos, 18 participações)
4º) Santos (11º) – 3.496 pontos (3 títulos, 13 participações)
5º) Corinthians (12º) – 3.340 pontos (1 título, 13 participações)
6º) Cruzeiro (13º) – 3.229 pontos (2 títulos, 15 participações)
7º) Internacional (16º) – 2.880 pontos (2 títulos, 11 participações)
8º) Palmeiras (22º) – 2.481 pontos (1 título, 17 participações)
9º) Flamengo (35º) – 1.608 pontos (1 título, 13 participações)
10º) Fluminense (26º) – 1.480 pontos (1 vice, 6 participações)
11º) Botafogo (41º) – 1.299 pontos (1 semifinal, 5 participações)
12º) Atlético-PR (50º) – 934 pontos (1 vice, 5 participações)
13º) Vasco (54º) – 810 pontos (1 título, 8 participações)
14º) Chapecoense (89º) – 300 pontos (1 participação)
15º) São Caetano (95º) – 228 pontos (1 vice, 3 participações)
16º) Sport (108º) – 148 pontos (2 participações)
17º) Guarani (110º) – 138 pontos (1 semifinal, 3 participações)
18º) Bahia (127º) – 68 pontos (3 participações)
19º) Criciúma (137º) – 56 pontos (1 participação)
20º) Coritiba (138º) – 52 pontos (2 participações)
21º) Paysandu (142º) – 48 pontos (1 participação)
22º) Goiás (145º) – 40 pontos (1 participação)
23º) Paraná (158º) – 28 pontos (1 participação)
24º) Santo André (163º) – 24 pontos (1 participação)
25º) Paulista (170º) – 20 pontos (1 participação)
25º) Juventude (171º) – 20 pontos (1 participação)
27º) Náutico (178º) – 16 pontos (1 participação)
28º) Bangu (192º) – 8 pontos (1 participação)

CBF antecipa data e Náutico começa o mata-mata de R$ 500 mil em 8 de janeiro

Datas de Náutico x Itabaiana, pela Copa do Nordeste 2018. Crédito: Náutico/twitter (@nauticope)

O confronto contra a Itabaiana é considerado fundamental para a organização financeira do Náutico no primeiro semestre de 2018. O duelo em ida e volta, pela preliminar do Nordestão, vale um adicional de R$ 500 mil ao classificado – que já larga com R$ 250 mil pela participação na fase. E a estreia será já em 8 de janeiro, numa segunda à noite. Enquanto centenas de clubes brasileiros realizam a pré-temporada, já curta devido à Copa do Mundo, o timbu entra em campo à vera, por um lugar no grupo C, com Bahia, Botafogo-PB e Altos-PI.

As datas da seletiva foram, enfim, detalhadas pela CBF, que antecipou em um dia o jogo de ida, no interior sergipano, e adiou em um dia a volta, confirmada para um sábado à tarde na Arena Pernambuco – embora a vontade do timbu, insatisfeito com a gestão estádio, fosse atuar no Gileno de Carli, no Cabo.

Os ajustes atenderam ao pedido do Esporte Interativo, que vai exibir os jogos.

Desta forma, eis o novo calendário do Náutico em 2018…

De 31 a 66 partidas oficiais em 4 torneios
Copa do Nordeste (08/01 a 10/07) – de 2 a 14 jogos (até 5 fases)
Estadual (19/01 a 08/04) – de 10 a 14 jogos (até 4 fases)
Série C (15/04 a 23/09) – de 18 a 24 jogos (até 4 fases)
Copa do Brasil (31/01 a 17/10) – de 1 a 14 jogos (até 8 fases)

Arena PE registra 14% de ocupação em 30 partidas oficiais do Trio de Ferro em 2017

Visão interna da Arena Pernambuco, a partir do anel superior. Foto: Arena Pernambuco/twitter (@arenapernambuco)

A quinta temporada da Arena Pernambuco foi a mais esvaziada em termos de público e renda no futebol, considerando os jogos oficiais dos grandes clubes da capital. Embora tenha recebido o mesmo número de partidas que o ano anterior neste contexto, 30, o borderô contabilizou uma queda de 44 mil torcedores, ou 18% a menos. A taxa de ocupação dos assentos vermelhos expõe de forma clara o cenário, com apenas 14%, reflexo da média de 6.690 – e olhe que o recorde de público, entre clubes, foi batido.

Pela primeira vez o empreendimento foi administrado do começo ao fim do ano pela Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco, que buscou soluções alternativas no entorno para o movimentá-lo (Domingo na Arena, Som na Arena e Arena games), além de eventos religiosos (um deles com 50 mil pessoas). No futebol propriamente dito, no entanto, a conta ficou difícil de fechar. Basta dizer que em 2014, com o Todos com a Nota ainda em execução, o faturamento do estádio foi de 14 milhões de reais, contando apenas o Trio de Ferro, enquanto em 2017 não chegou sequer a 3 milhões,

Nos quatro primeiros anos de operação do estádio em São Lourenço, nas gestões da Odebrecht e do governo, o resultado financeiro foi sempre negativo, com déficit de R$ 29,7 milhões em 2013, de R$ 24,4 milhões em 2014, de R$ 19,0 milhões em 2015 e de R$ 7,0 milhões em 2016. Improvável um quadro diferente no próximo balanço, a ser divulgado em junho.

Neste ano, a Arena Pernambuco registrou o pior público total, a pior média de público, a pior taxa de ocupação, a pior arrecadação, a pior média de renda e o pior tíquete médio. Apenas um dado escapou: número de jogos.

Balanço de público e renda do Trio de Ferro mandando seus jogos na Arena Pernambuco de 2013 a 2017. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

A conturbada relação entre Náutico e Arena, mesmo com a gestão pública, resultou no menor calendário anual – desconsiderando 2013, com a operação iniciando em junho. Tanto que o alvirrubro chegou a jogar quadro vezes no Lacerdão, em Caruaru. Se em 2016 o time brigou pelo acesso, com jogos acima de 20 mil pessoas, desta vez a lanterna na Série B derrubou a presença da torcida, pela primeira vez abaixo de 10% de ocupação.

O balanço de público e renda do Náutico mandando seus jogos na Arena PE de 2013 a 2017. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Em junho, o governo do estado anunciou um pacote de 5 jogos com o Santa Cruz, numa sequência disputada na Série B. Foi o maior número de apresentações do clube desde 2014, mas a média de 6.374 torcedores ficou abaixo do dado até então registrado no Arruda – com 10.331 pessoas nos quatro jogos anteriores da competição. O tricolor não quis estender a parceria.

O balanço de público e renda do Santa Cruz mandando seus jogos na Arena PE de 2013 a 2017. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Assim como o rival coral, o Sport também teria firmado um acordo de cinco jogos na arena, mas acabou jogando apenas duas vezes – desconsiderando a Taça Ariano Suassuna, amistosa. Num desses jogos, no revés diante do Palmeiras, em 23 de julho, foi estabelecido o maior público entre clubes: 42.025. Embora a arrecadação tenha sido boa (maior que a soma dos 23 jogos do Náutico), o leão optou por voltar à Ilha por questão técnica.

O balanço de público e renda do Sport mandando seus jogos na Arena PE de 2013 a 2017. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

A abaixo, a quantidade de jogos no Recife com mando do Trio de Ferro – os jogos de América, na Ilha (2x) e no Arruda (1x), e Belo Jardim, na Arena (1x), não estão computados. Vale destacar que em 2013 houve o clássico carioca entre Botafogo e Fluminense, com 9.669 pessoas e R$ 368 mil de renda. Por fim, a observação de que em 2015 e 2016 ocorreram jogos de portões fechados na Ilha (1x) e na Arena (1x), também desconsiderados.

Número de jogos oficiais do Trio de Ferro no Recife. Quadro: Cassio Zirpoli/DP