64 segundos de diferença entre os pit stops da Fórmula 1 de 1950 e 2013

Pit Stop na Fórmula 1 em 1950 e 2013. Crédito: youtube/reprodução

O piloto norte-americano Bill Holland era uma das estrelas do automobilismo quando a Fórmula 1 foi criada, em 1950. Na primeira temporada da categoria, o já tradicional circuito de Indianápolis foi a terceira das sete corridas planejadas.

Holland havia vencido a Indianapolis 500 de 1949. Não por acaso, as câmeras focaram nele no ano seguinte. Uma gravação em cores, de 30 de maio de 1950, registrou o seu pit stop na corrida. Numa mecânica bem diferente da atualidade, foram necessários 67 segundos para trocar os pneus e abastecer o carro.

Uma parada excessivamente lenta? Nada disso, o trabalho foi excelente. Holland largou em 10º e terminou a prova em 2º lugar. Com mais de dois milhões de visualizações, um vídeo no youtube compara com os pitstops modernos da F1.

O exemplo selecionado foi o GP de Melbourne, em 17 de março de 2013. A bordo de uma Ferrari, o espanhol Fernando Alonso, também estrela, esperou menos de 3 segundos para que os mecânicos terminassem o trabalho. Alonso largou em 5º e também chegou em 2º lugar. Ambos com ajuda dos boxes…

Em tempo: o recorde de pitstop mais rápido foi estabelecido no GP dos Estados Unidos, também em 2013, com a Red Bull trocando os pneus do carro de Mark Webber em 1s923, com o tempo sendo corrigido através da telemetria.

Duas décadas imaginando o “e se”

Pintura de Ayrton Senna. Imagem: Oleg Konin/divulgação

Impossível não pensar na hipótese…

E se Ayrton Senna tivesse saído do carro da Williams após o acidente na curva Tamburello, no circuito de San Marino, em 1994, há exatamente 20 anos?

A imagem do artista lituano Oleg Konin é de arrepiar qualquer fã de Fórmula 1.

Dói na alma, na verdade.

A pintura foi feita em 2010, ano em que o piloto brasileiro teria completado 50 anos. Eterno tricampeão mundial da Fórmula 1, um dos maiores ídolos do esporte nacional.

A resposta estaria nas manhãs de domingo.

Senna mudou o domingo

Ayrton Senna

Dos 7 aos 13 anos de idade, morando no Janga, em Paulista, e no Bairro Novo, em Olinda, havia um costume na minha família em quase todas as manhãs de domingo. Eu, meus pais e meu irmão mais novo diante da televisão. Ansiosos.

Almoço na casa da avó? Só depois. Antes, eram duas horas de Fórmula 1.

Naquela época, o futebol, claro, já era a paixão nacional, mas a F1 era o grande orgulho nacional, com nome e sobrenome: Ayrton Senna, tricampeão mundial em 1988, 1990 e 1991.

Em 1º de maio de 1994, ele disputou o seu 162° Grande Prêmio, em San Marino.

Já era um mito, com 41 vitórias, 80 pódios, 65 pole positions, 19 voltas mais rápidas nas corridas, 2.987 voltas na liderança, 37.934 quilômetros percorridos, 13 poles em uma só temporada, entre outras marcas. Carisma e talento.

Com aquele capacete amarelo com uma listra azul e outra verde, Senna dirigiu os carros da Toleman, Lotus, McLaren e Williams. Tão tradicional quanto o capacete era vê-lo no alto do pódio, abrindo um champanhe, com a bandeira do país.

Mas se o orgulho nacional tinha nome, a tristeza também teve.

Tamburello, a curva fatal de Ímola. Onde Senna não conseguiu fazer parar o carro. Ainda chegou a reduzir de 300 km/h para 200 km/h. Insuficiente para evitar o pior.

Sem querer acreditar no que Galvão Bueno dizia, chorei muito naquele dia, ainda criança. Silêncio em casa, luto na vizinhança da Rua Cândido Pessoa. Um país inteiro, certamente.

Outros grandes pilotos surgiram nesse tempo todo, inclusive o maior campeão da história, mas é diferente pra mim. Não se trata de ufanismo. Se trata de um ídolo que realmente transformou o esporte, impondo a vibração como fator essencial num grande prêmio, sempre no limite.

Ainda assisto à Fórmula 1 pela televisão, aos domingos, mas com bem menos intensidade. Quase que por acaso. Ainda existem  belas ultrapassagens, mas não são mais as mesmas. É algo difícil de explicar, mas fácil sentir.

E assim, a corrida já não é mais um programa de família, ao menos da minha.

Deixou de ser há 20 anos.

Ferrari redesenhada no limite das regras da F1

Modelos da Ferrari para a Fórmula 1 em 2013 e 2014. Crédito: twitter.com/RealSteRumbelow

Sempre no limite das regras impostas pela Fórmula 1, as escuderias apresentam novidades ano a ano. Para o circuito de 2014, a Ferrari inovou bastante no bico do carro. Em vez do formato “tomada”, agora é o “degrau”.

No instante seguinte ao anúncio oficial surgiram os comparativos entre os modelos de 2013 (F138) e 2014 (F14 T). O novo carro será pilotado pelo espanhol Fernando Alonso e pelo finlandês Kimi Raikkonen.

A famosa escuderia italiana não conquista os títulos mundiais de construtores e pilotos desde 2008 e 2007, respectivamente. Pelo visto, quer vencer por nariz…

Modelos da Ferrari para a Fórmula 1 em 2013 e 2014. Crédito: twitter.com/piusgasso

O pit stop mais rápido da história em câmera lenta

Pit stop da RBR. Crédito: Youtube

Na corrida foram míseros dois segundos.

Ou 2,05 para ser mais exato, como preza a Fórmula 1.

No GP da Malésia deste ano foi estabelecido o pit stop mais rápido da história.

Foi na 19ª volta que a Red Bull trocou os pneus do carro de Mark Webber com esse tempo ínfimo. A marca anterior era de 2s31.

Com a marca confirmada, a RBR passou a explorar o feito. Basta ver o novo vídeo da escuderia, com a supertroca de pneus em câmera lenta.

Com dois segundos virando dois minutos…

A Fórmula 1 mais sortida da história

Em sua 63ª temporada, a Fórmula 1 acaba de registrar um recorde incrível.

Nada Senna, Prost ou Schumacher dominando o cenário de forma absoluta…

Nas sete primeiras corridas de 2012, sete vencedores diferentes.

Antes deste ano, o recorde pertencia à edição de 1983, com cinco vencedores diferentes nos cinco primeiros circuitos. A marca foi pulverizada. Confira abaixo.

Como curiosidade, o desempenho de Michael Schumacher em 2004, quando o heptacampeão mundial ganhou 13 das 18 corridas, ou 72,2% dos grandes prêmios!

O campeonato de 2012 está realmente competitivo ou nivelado por baixo?

A mudança no regulamento da F1, equilibrando um pouco os orçamentos, está algum resultado, além da limitação tecnológica.

Falando em nível técnico, qual é a sua expectativa para ver novamente a vitoria de um piloto brasileiro na maior categoria do automobilismo?

GP da Austrália: Jenson Button, inglês da McLaren

GP da Malásia: Fernando Alonso, espanhol da Ferrari

GP da China: Nico Rosberg, alemão da Mercedes

GP do Bahrein: Sebastian Vettel, alemão da Red Bull

GP da Espanha: Pastor Maldonado, venezuelano da Williams

GP de Mônaco: Mark Webber, australiano da Red Bull

GP do Canadá: Lewis Hamilton, inglês da McLaren

Mercedes com os irmãos Schumacher

Os irmãos Michael e Ralf Schumacher participaram do vídeo da Mercedes Benz para divulgar os carros da montadora nesta temporada.

Michael, obviamente, pilotando o modelo da Fórmula 1, enquanto o irmão menos famoso, Ralf, atua a bordo de um DTM, uma categoria especial da Alemanha, com uma disputa particular entre Mercedes e Audi.

E se…

Pintura de Ayrton Senna. Imagem: Oleg Konin/divulgação

Impossível não pensar na hipótese…

E se Ayrton Senna tivesse saído do carro da Williams após o acidente na curva Taburello, no circuito de San Marino, em 1994, há exatamente 18 anos?

A imagem do artista lituano Oleg Konin é de arrepiar qualquer fã de Fórmula 1.

A pintura foi feita em 2010, ano em que o piloto brasileiro teria completado 50 anos. Eterno tricampeão mundial da Fórmula 1, um dos maiores ídolos do esporte nacional.

799 curvas perfeitas no centenário de Indianápolis

Cem anos. Haja história para contar nas pistas…

Pois é. A famosa corrida 500 milhas de Indianápolis chegou a um século neste domingo.

Foram 200 voltas no mais esperado Grande Prêmio da Fórmula Indy.

Líder, JR Hildebrand fazia uma corrida exemplar, no limite. Após 799 curvas, ele bateu na última. Desfecho incrível para o circuito, vencido pelo inglês Dan Wheldon.

A reta de chegada deixou 250 mil pessoas atônitas nas arquibancadas.

A corrida realmente está na história…E Hildebrand? Mesmo com o impacto, foi o 2º.