Como seria a Cacareco dos Sonhos? Um time repleto de jogadores da Seleção

Cacareco dos Sonhos, "titular" e "reserva". Arte: Joelson Né da Silva/divulgação

Cacareco foi o apelido dado pela imprensa do Sudeste à seleção pernambucana formada em 1959 para representar o país na Copa América, então chamada de “Campeonato Sul-Americano Extra”. Com o bom desempenho no torneio, terminando em 3º lugar, os pernambucanos adotaram o outrora pejorativo apelido. A partir disso, qual seria a escalação da “Cacareco dos Sonhos”?

Se antes a regra era escalar um time com jogadores presentes nos elencos de Náutico, Santa e Sport, a pergunta agora é baseada na origem de cada atleta. O designer Joelson Né da Silva criou (escalou e desenho) duas seleções (a titular, de azul, e a reserva, de branco, as cores da FPF) com este critério. Ideia iniciada a partir de um debate em São Paulo, onde mora, tratando o atacante Terto como o “melhor jogador produzido pelo futebol pernambucano”. Numa terra com Rivaldo, Ademir e Vavá, obviamente não foi, mas está na lista.

Confira os times, na formação 4-3-3, tendo Gentil Cardoso como técnico. São 22 escolhas possíveis a partir de 1940, o período da pesquisa sobre o futebol local. Apenas cinco não defenderam o Brasil, apesar do sucesso entre clubes.

Titular
Manga; Gena, Ricardo Rocha, Zequinha e Rildo; Givanildo Oliveira, Juninho Pernambucano e Rivaldo; Almir Pernambuquinho, Vavá e Ademir Menezes.

Reserva
Bosco; Carlos Alberto Barbosa, Lula Pereira, Zé do Carmo e Lúcio; Hernanes, Josué e Lula; Terto, Nado e Bita

Confira as equipes em uma resolução melhor aqui.

O blog discorda de algumas escolhas. Com fartura no meio campo, acabou havendo improvisações em outros setores. Zequinha, campeão mundial em 1962, era volante, mas acabou escalado como zagueiro. Idem com Zé do Carmo no segundo quadro. Entre os nomes que não poderiam ter sido esquecidos, o do recifense Tará, o maior artilheiro coral, com 207 gols. Jogou de 1931 a 1942 e depois em 1948. Logo, estaria no contexto.

Aprova a formação? Quais mudanças seriam necessárias?

Para apresentar a Cacareco, Joelson fez um vídeo na Arena Pernambuco.

Colorizando a era de ouro do Náutico

Final do Pernambucano de 1954: Náutico 1x1 Sport (Timbu campeão). Foto de arquivo colorizada por Clayton Borges (@_Diiu)

A era de ouro da história futebolística do Náutico, a década de 1960, é baseada em fotografias em preto e branco e pouquíssimos vídeos, com a mesma textura. Imagens coloridas são raras, o que traz à tona o trabalho feito por Clayton Borges, um alvirrubro que colorizou da história timbu. Na verdade, ele começou antes mesmo do hexa, com a final do Estadual de 1954, entre Náutico e Sport.

O Alvirrubro com seu uniforme tradicional e o Leão com uma versão bem antiga do padrão reserva, inspirado na faixa do Vasco. Na imagem, os capitães Ivanildo (o “Espingardinha”) e Zé Maria, antes de a bola rolar, recebendo as últimas orientações do árbitro Mário Vianna, da federação paulista e então apontado como um dos melhores do país. O jogo na Ilha terminou 1 x 1, com o Náutico ficando com a taça após a melhor de três (veja a imagem original aqui).

Na sequência, Clayton – que compartilhou as fotos num grupo de torcedores nas redes sociais – usou a técnica via Photoshop e Lightroom nos destaques do hexa, ainda exclusivo. Uniformes, faixa de campeão, Aflitos… Tudo com o vermelho vivo, com o Náutico em cores. Eis a transformação visual do passado.

Qual foto histórica do seu clube você gostaria de ver colorida?

Confira o trabalho do ColoredHistory com a Seleção de 1958 clicando aqui.

Lula Monstrinho, goleiro (com a faixa de campeão em 1964)

Foto colorizada do Náutico, via Clayton Borges (@_Diiu): Lula Monstrinho

Lala, atacante (com a faixa de tetracampeão em 1966)

Foto colorizada do Náutico, via Clayton Borges (@_Diiu): Lala

Nado, ponta-direita (convocado à Seleção Brasileira em 1966)

Foto colorizada do Náutico, via Clayton Borges (@_Diiu): Nado

Bita, centroavante (hexacampeão e maior artilheiro do clube, com 223 gols)

Foto colorizada do Náutico, via Clayton Borges (@_Diiu): Bita

Ivan Brodi, meia (hexacampeão com mais jogos no período: 128 partidas)

Foto colorizada do Náutico, via Clayton Borges (@_Diiu): Ivan Brondi

Acervo de Carlos Celso: a história do Náutico em números desde 1909

Números do Náutico. Arte: Maria Eugênia Nunes/DP

Do remo aos gramados, oito anos depois de sua fundação e já ganhando um clássico na primeira apresentação, o Náutico se faz presente no futebol há mais de cem anos, com nomes de muita técnica e garra, como os irmãos Carvalheira, Bita, Nado, Ivan Brondi, Jorge Mendonça, Bizu e Kuki. No bairro dos Aflitos, ficou raízes em 1918, adquirindo o terreno de sua sede, já tombada. Lá, obteve seus maiores resultados. Mergulhando no acervo de Carlos Celso Cordeiro, vamos a um apanhado de números dão consistência à história do Timbu, com o retrospecto geral do clube no Campeonato Pernambucano, no Brasileirão e na Copa do Brasil, o rendimento timbu atuando nos Aflitos, os maiores artilheiros, quem mais vestiu a camisa vermelha e branca e os maiores públicos.

Primeiro jogo: Náutico 3 x 1 Sport, em 25/07/1909, no British Club.

Confira também as estatísticas de Santa Cruz e Sport.

Dados atualizados até 25 de janeiro de 2016

Estadual 1915-2015 (ranking: 3º)
2.206 jogos (4.766 GP, 2.368 GC, +2.398)
1.271 vitórias (57,61%)
430 empates (19,49%)
505 derrotas (22,89%)
100 participações
21 títulos (entre 1934 e 2004)

Série A 1971-2015 (ranking: 23º)
612 jogos (703 GP, 859 GC, -156)
192 vitórias (31,37%)
144 empates (23,52%)
276 derrotas (45,09%)
27 participações
6º lugar em 1984

Copa do Brasil 1989-2015
87 jogos (134 GP e 110 GC, +24)
40 vitórias (45,97%)
18 empates (20,68%)
29 derrotas (33,33%)
20 participações
Semifinal em 1990

Histórico em decisões no Estadual
Náutico 9 x 7 Santa Cruz
Náutico 6 x 11 Sport

Náutico nos Aflitos (1917/2015)
1.768 jogos
1.138 vitórias (64,37%)
336 empates (19,00%)
294 derrotas (16,62%)

Maiores artilheiros
224 gols – Bita
185 gols – Fernando Carvalheira
181 gols – Baiano
179 gols – Kuki 
118 gols- Ivson

Quem mais atuou
Kuki – 387 jogos

Clássico dos Clássicos*
542 jogos
179 vitórias do Náutico
154 empates
208 vitórias do Sport
*O jogo ocorrido em 29 de março de 1931, durante a final do Torneio Abrigo Terezinha de Jesus, possui resultado desconhecido.

Clássico das Emoções*
507 jogos
163 vitórias do Náutico
146 empates
197 vitórias do Santa
*O jogo ocorrido em 29 de março de 1931, durante a final do Torneio Abrigo Terezinha de Jesus, possui resultado desconhecido.

Maiores públicos
Clássico
80.203 – Náutico 0 x 2 Sport, no Arruda (Estadual, 15/03/1998)

Outros adversários (torcida única)
44.424 – Náutico 3 x 0 Palmeiras, no Arruda (Série A, 17/04/1983)

Pesquisa amplia a lista dos cinco maiores artilheiros de Náutico, Santa e Sport

Bita (Náutico), Traçaia (Santa Cruz) e Traçaia (Sport). Fotos: Aquivo DP/D.A. Press

Bita, Tará e Traçaia são os maiores artilheiros da história de Náutico, Santa e Sport. Num trabalho incessante de pesquisa, desde 2010, seus dados vêm sendo atualizados. Até então, eram 221 gols do alvirrubro, 198 do tricolor e 201 do rubro-negro. Porém, Carlos Celso Cordeiro revisou seus arquivos, colhendo novas informações no acervo público e contando com a ajuda de colaboradores.

O atacante coral subiu para 207 tentos, enquanto o leonino teve um gol achado em um amistoso na Espanha, em 1957. Já o “Homem do Rifle” dos Aflitos ampliou a sua marca em dois momentos. Primeiro com dois gols checados em 2012 e mais um em 2015, num amistoso contra o A. A. Serviço Gráfico, em 2 de outubro de 1971, no revés timbu por 2 x 1. Em contato com o historiador José Ricardo Caldas, de Brasília, com o envio da ficha técnica, a regra adotada por Carlos Celso, o artilheiro chegou a 224 gols em 339 jogos pelo clube.

Os três goleadores são os únicos com duas centenas de bolas nas redes pelos grandes clubes do Recife. Considerando os cinco principais artilheiros de cada um, são 887 gols alvirrubros, 795 gols tricolores e 712 gols rubro-negros. O nome mais recente é o de Kuki, que atuou de 2001 a 2009 no Náutico, artilheiro três vezes do Estadual. O baixinho soma 179 gols, mas poderiam ser 184, pois fez cinco na Copa Pernambuco, jogando no time “B”. No critério do pesquisador, entram os gols em amistosos e competições, mas no time principal.

Em comunicado enviado à imprensa, o próprio Carlos Celso Cordeiro deixa claro que o trabalho segue: “Pode ser que ainda existam gols escondidos.”

Os 5 maiores artilheiros de Náutico, Santa Cruz e Sport. Crédito: Carlos Celso Cordeiro/divulgação

15 goleadores que marcaram época em Pernambuco reunidos em um livro

Livro "Goleadores", da série Reis do Futebol em Pernambuco. Crédito: divulgação

Com 248 páginas, o livro Goleadores traz um histórico de 15 dos maiores goleadores que já brilharam no futebol pernambucano, entre clubes e seleção estadual. São atacantes que marcaram seus nomes em campeonatos, amistosos, clássicos e finais. É o segundo da série “Reis do Futebol em Pernambuco”, escrita pelos pesquisadores Carlos Celso Cordeiro, Roberto Vieira e Lucídio Oliveira. O primeiro foi sobre os maiores técnicos do estado.

Nesta publicação, cada capítulo traz textos com história e análise e também a lista de todos os gols dos craques, com passagens no Náutico, Santa Cruz e Sport e até nos times intermediários, como Central e América.

Os 15 nomes presentes no livro não correspondem necessariamente aos 15 maiores artilheiros. Onze deles figuram no ranking, inclusive o primeiro, Tará, com 207 gols pelo Tricolor, 61 pelo Alvirrubro e 26 por outros times. Outros quatro (Fernando Santana, Dario, Roberto Coração de Leão e Bizu) entraram através do contexto adotado pelos autores. Eis o critério adotado no livro:

“(…) nos apoiamos em critérios objetivos como: Títulos conquistados, Façanhas individuais e Número de gols marcados jogando por equipes pernambucanas. Dentro do universo assim estabelecido, adotamos o critério subjetivo, onde consideramos o nosso sentimento, para definir a lista final.”

Portanto, saíram Betinho (8º, 184 gols), Carlinhos Bala (9º, 166 gols), Djalma Freitas (10º, 161 gols) e Marcelo Rocha (12º, 148 gols).

Os 15 goleadores presentes no livro:
1º) Tará (1931-1949) – 294 gols
2º) Baiano (1980-1988) – 243 gols
3º) Bita (1962-1972) – 226 gols
4º) Fernando Carvalheira (1932-1942) – 218 gols
5º) Luciano Veloso (1968-1982) – 213 gols
6º) Traçaia (1955-1962) – 202 gols
7º) Kuki (2001-2009) – 185 gols
11º) Ramon (1969-1983) 153 gols
13º) Leonardo (1994-2010) – 140 gols
14º) Hamilton (1951-1956) – 135 gols
15º) Ivson (1952-1962) – 133 gols
17º) Dario (1975-1981) – 127 gols
18º) Fernando Santana (1967-1976) – 125 gols
19º) Roberto Coração de Leão (1976-1985) – 120 gols
21º) Bizu (1988-1994) – 114 gols

Confira um post com outros 40 livros dedicados ao futebol pernambucano aqui.

Os cinco maiores artilheiros da história de Náutico, Santa Cruz e Sport

Bita (Náutico), Traçaia (Santa Cruz) e Traçaia (Sport)

Silvio Tasso Lasalvia, Humberto de Azevedo Viana e José Roque Paes. Esses nomes podem até passar despercebidos entre a maioria dos torcedores pernambucanos, mas os seus apelidos não. Bita, Tará e Traçaia são os maiores artilheiros de Náutico, Santa e Sport, com 223, 207 e 202 gols, respectivamente.

São os únicos com duas centenas de bolas nas redes. Além de seus ilustres goleadores, o trio da capital conta com outros artilheiros tarimbados na história. O pesquisador Carlos Celso Cordeiro enumerou os cinco principais goleadores de cada clube. Como curiosidade, somando o quinteto de cada time, são 886 gols alvirrubros, 795 gols tricolores e 712 gols rubro-negros.

O nome mais recente da lista é o de Kuki, que atuou de 2001 a 2009 no Náutico, sendo três vezes artilheiro do Estadual. O baixinho soma 179 gols, mas poderiam ser 184, pois anotou cinco tentos na Copa Pernambuco, jogando no time “B” do Timbu. No critério de Carlos Celso, entrararam todos os gols em amistosos e jogos oficiais, mas somente no time principal de cada clube.

No Tricolor, há a curiosidade de quatro dos cinco principais artilheiros os jogando nadécada de 1970, a mais vitoriosa do clube. Já no Leão, Leonardo passou dos cem gols e se tornou o maior campeão do clube, com nove taças.

Os 5 maiores artilheiros de Náutico, Santa Cruz e Sport. Crédito: Carlos Celso Cordeiro/divulgação

A seleção histórica do Náutico, versão Aflitos

Seleção histórica dos Aflitos. Crédito: Náutico

Os torcedores alvirrubros votaram no site oficial do clube e escolheram a seleção histórica do Náutico que atuou nos Aflitos, a casa timbu de 1917 a 2013.

Os votos foram computados durante cinco dias.

Nesta segunda, foi anunciada a equipe oficial de estrelas de Rosa e Silva.

Lula; Gena, Beliato, Sidcley e Salomão; Clovis e Ivan Brondi; Nado, Bita, Bizu e Kuki.

Os onze serão homenageados pelo clube no evento “Revivendo os Aflitos”, como se tornou a partida contra o Avaí, válida pela Série B do Brasileiro.

Você votou em quantos nomes desta seleção, alvirrubro?

Da seleção histórica votada pelo blog apenas um nome não entrou: o zagueiro Lula (substituído por Beliato na formação oficial).

Montando a seleção alvirrubra dos Aflitos. Critério aberto ao público

Revivendo os Aflitos

O Náutico mandou os seus jogos nos Aflitos entre 1917 e 2013.

Lá, foram 1.764 partidas, com 1.138 vitórias, 334 empates e 292 derrotas, segundo o pesquisador Carlos Celso Cordeiro.

Em 2014, de forma extraordiária, o clube voltará à sua velha casa, devido ao uso da Arena Pernambuco na Copa do Mundo. A direção timbu aproveitou a chance para promover um saudosismo na torcida, no projeto “Revivendo os Aflitos”.

Em uma das ações, o torcedor pode escolher no site oficial a seleção histórica do estádio Eládio de Barros Carvalho. O time abaixo teve como critério os melhores jogadores – entre as opções possíveis  – que o blog viu em ação. Não se trata da seleção alvirrubra, que contaria com nomes como Nado e Bita.

Monte a sua seleção do estádio alvirrubro clicando aqui.

Os craques mais votados na enquete serão homenageados em 27 de maio, no jogo Náutico x Avaí, pela Série B. Nos Aflitos…

Considerando a “seleção histórica”, a votação do blog seria esta aqui.

Votação do blog na seleção histórica dos Aflitos

Recorde de gols com cara retrô de Messi

Messi com a camisa retrô do Barça e o padrão oficial de 2014

Lionel Messi, o maior artilheiro da história do Barcelona.

Aos 26 anos, o agentino chegou a 371 gols pelo Barça, superando uma marca que vigorava desde 1927, com os 369 gols anotados por Paulino Alcántara.

Após o recorde – mais um em sua brilhante carreira -, Messi posou para uma foto com a camisa retrô do clube catalão. Quanta diferença para o padrão atual.

Confira a repercussão do recorde na imprensa internacional aqui.

Em tempo, eis os maiores artilheiros dos três grandes clubes pernambucanos, todos eles com camisas “retrô”, como Alcántara (veja aqui).

Bita (Náutico) – 223 gols aos 26 anos (1962/1968)
Tará (Santa Cruz) – 207 gols aos 34 anos (1931/1948)
Traçaia (Sport) – 202 gols aos 29 anos (1955/1962)

No dinâmico futebol atual, há chance de algum jogador quebrar a marca nos Aflitos, Arruda ou Ilha do Retiro? Comente.

Atualizando os gols dos maiores artilheiros de Náutico, Santa Cruz e Sport

Bita (Náutico), Traçaia (Santa Cruz) e Traçaia (Sport)

Os maiores artilheiros dos grandes clubes pernambucanos atuaram em épocas com pelo menos quatro atacantes nas formações. Eternizados nas imagens em preto e branco, Bita, Tará e Traçaia ostentam recordes quase inalcançáveis no futebol hoje em dia. Os três, nascidos em agosto, passaram dos 200 gols em seus clubes. Junto, o trio marcou 632 gols por Náutico, Santa e Sport. Números do passado, atualizados décadas depois.

Curiosamente, os dados dos três centroavantes foram corrigidos nos últimos cinco anos. Revisando os seus arquivos, colhendo novas informações no acervo público e contando com a ajuda de colaboradores, o pesquisador Carlos Celso Cordeiro encontrou fichas de jogos perdidos, adicionando 9 gols a Tará, 2 a Bita e 1 a Traçaia – este, aliás, foi o último registro encontrado, em 2012, em um amistoso do Leão contra o Osasuna, na Espanha, em 1957.

Segundo os dados de Carlos Celso, Bita é disparado o recordista vestindo apenas uma camisa no estado. No Náutico, o “Homem do Rifle” balançou as redes em 223 oportunidades, presente em todos os títulos do hexacampeonato estadual, no mais forte esquadrão já formado em Rosa e Silva.

No Arruda, Tará, ou “Mestre Tará”, foi o primeiro grande ídolo do Santa Cruz. Foi com ele em campo, rompendo as defesas adversárias, que o Tricolor ganhou os seus primeiros quatro títulos pernambucanos, na década de 1930. Em uma longa história coral, anotou 207 tentos.

Oriundo do Mato Grosso, Traçaia passou oito temporadas seguidas na Ilha do Retiro, com direito a cinco taças estaduais, excursão à Europa e até passagem na Seleção Brasileira. Pelo Sport foram 202 gols. Nota-se um perfil semelhante nos três famosos apelidos. Todos duraram vários anos nos Aflitos, Arruda e Ilha do Retiro, marcando centenas de gols e empilhando taças. Histórias assim, só mesmo em preto e branco…

Bita (Náutico) – 223 gols
Silvio Tasso Lasalvia
Nasceu em 11/08/1942 (Olinda-PE)
Morreu em 27/10/1992 (50 anos)

Náutico – 1962/1966 e 1967/1968
Títulos: campeão pernambucano em 1963, 1964, 1965, 1966, 1967 e 1968

Tará (Santa Cruz) – 207 gols
Humberto de Azevedo Viana
Nasceu em 29/08/1914 (Recife-PE)
Morreu em 07/11/2000 (86 anos)

Santa Cruz – 1931/1942 e 1948
Títulos: campeão pernambucano em 1931, 1932, 1933, 1935 e 1940

Traçaia (Sport) – 202 gols
José Roque Paes
Nasceu em 16/08/1933 (Cuiabá-MT)
Morreu em 21/06/1971 (38 anos)

Sport – 1955 a 1962
Títulos: campeão pernambucano em 1955, 1956, 1958, 1961 e 1962