Santa Cruz goleia o Paraná e se recupera rápido no Brasileiro, com autoridade

Série B 2015, 2ª rodada: Santa Cruz x Paraná. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O Santa Cruz voltou ao palco do título estadual para se recuperar no Brasileiro. Na Série B, com equipes niveladas, o perde/ganha é bem comum. Porém, é preciso sempre fazer a sua parte em casa, podendo, assim, aproveitar as brechas como visitante. Derrotado no Rio de Janeiro, na estreia, os corais precisavam vencer no Arruda para manter o time nos eixos na competição.

E o resultado foi construído com autoridade, goleando o Paraná por 4 x 1, com destaques individuais (fato preponderante na Segundona), de João Paulo e Anderson Aquino. O time paranaense expôs a sua fragilidade logo cedo, num gol contra de Rodrigo, aos dois minutos. Acaso, claro, mas emblemático em um time com muita dificuldade para sair jogando. Na bola parada, assustou empatando ainda no primeiro tempo, na redenção de Rodrigo.

As vaias no intervalo, justas, acordaram o time – assim como as broncas de Ricardinho, vazadas durante a transmissão na tevê. Com um gol de Nathan (que entrou no lugar do ainda apagado Bruno Mineiro) e dois de Aquino, os corais somaram seus primeiros pontos. Ainda houve tempo para uma substituição “moral”, com João Paulo saindo só para ser aplaudido, fazendo jus ao status de jogador mais técnico da equipe. Nesta sexta, misturou raça e categoria.

Os 8.172 torcedores – na sequência dos públicos reduzidos na capital este ano, finais à parte – deixaram o Mundão satisfeitos. A expectativa agora é quebrar o paradigma do perde/ganha e pontuar fora, contra o América em BH.

Série B 2015, 2ª rodada: Santa Cruz x Paraná. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Com cinco gols de ex-rubro-negros, Lusa goleia o Sport

Série A 2012: Portuguesa x Sport. Foto: LÉO BARRILARI/FRAME/ESTADÃO

No Canindé, esperava-se uma postura distinta do Sport em relação ao papelão da rodada passada, quando foi atropelado por um Corinthians que sequer acelerou.

O primeiro tempo nesta quinta mostrou a equipe mais uma vez acuada, sem ímpeto. Em dez minutos de bola rolando o time paulista finalizou quatro vezes com perigo.

Duas bolas acertaram o travessão. Sufoco da Lusa.

Aos 14 minutos, em uma cobrança de escanteio, enfim os visitantes assusturam, num incrível gol perdido pelo meia Hugo, de cabeça.

Pois um minutinho depois, num baita cruzamento de Cicinho, o mesmo Hugo marcou. De cabeça. Apesar da vantagem, o futebol leonino não evoluiu nesta noite.

Não demorou muito para a Portuguesa empatar. Surpreende saber que foi através de Bruno Mineiro? Não mesmo, pois o ex-atacante do Sport chegou a doze gols na Série A.

Aquele mesmo, dispensado após o gol de acesso rubro-negro no ano passado.

Pois com três minutos na etapa final Bruno Mineiro pegou uma sobra na área, num lance pra lá de esquisito, com falha de Magrão, e virou o jogo.

Com treze gols, ele assumia ali a tabela de artilheiros da competição, ao lado de Fred.

No entanto, a conta em São Paulo não estava encerrada. Numa falha de atenção da zaga do Sport, outra, a bola sobrou para jogador marcar de novo.

Bruno, autor de 14 gols em 14 jogos no Brasileirão. De dispensado a goleador.

A farra da Lusa continuou, diante de uma equipe sem força ofensiva. Aos 36, Moisés, outro com passagem na Ilha, ainda fez um golaço numa bola entregue pela defesa.

Nos descontos, com requintes de crueldade, Rodriguinho fez o 5 x 1. Outro ex-Sport.

Liberar o atacante Bruno Mineiro, artilheiro do Sport na Segundona, parece não ter sido a melhor atitude da diretoria leonina neste ano. Foi apenas uma de tantas.

O drama segue na Ilha do Retiro. Esta noite foi mais um triste capítulo.

Série A 2012: Portuguesa x Sport. Foto: MIGUEL SCHINCARIOL/ESTADÃO

Quando um bom jogo resulta em nada

Série B 2011: Criciúma 1 x 0 Sport. Foto: Ulisses Job/Futura Press

Foram inúmeras chances, durante toda a partida.

O ataque rubro-negro produziu, mas até o limite da linha do gol. Ali, não atravessou.

Bruno Mineiro esteve perto, cabeceando, chutando cruzado, batendo colocado…

Além de articular, Marcelinho Paraíba, finalizando com efeito, arriscou várias vezes. Teve a última bola do jogo, já nos descontos.

O meia Maylson, peça surpresa na etapa final, também teve duas grandes chances. Na primeira, livre, bateu fraquinho. Depois, num contra-ataque, chutou pra fora.

O Sport dominou boa parte do confronto contra o Criciúma, adversário fortíssimo em seu estádio, o Heriberto Hulse.

O Sport chegou bem nas laterais do campo, com Saci e Thiaguinho. Os cruzamentos não estava calibrados, mas a intensidade dos ataques sufucou o Tigre.

A zaga leonina, é verdade, esteve confusa. Na verdade, estava esfacelada. César, lesionado, e Montoya, suspenso, desfalcaram a defesa.

Na falta de reposição, vaga para o jovem paraense Raul, de 21 anos. Nervoso, o jogador não se encontrou. O volante Josias, outra novidade forçada, também não atuou bem.

Ainda assim, isso não foi o fator vital na noite desta terça-feira.

Apesar de uma noite marcada pelo bom futebol do time pernambucano, o resultado foi exatamente o contrário. Em contragolpe, uma vez que o Sport pressionava, o Criciúma se aproveitou de uma falha de posicionamento na área e fez 1 x 0.

Derrota, fim da série invicta de oito jogos e saída do G4.

Não dá pra dizer que o ataque não sabe finalizar, uma vez que o Leão tem o segundo melhor ataque da Série B, com 44 gols, mas faltou pontaria… Faltou capricho.

Série B 2011: Criciúma 1 x 0 Sport. Foto: Ulisses Job/Futura Press

Competitivo, no G4 e de liga leve

BMW

Esqueça o G4, por um instante, claro.

Esqueça qualquer tabela de classificação, sequência de resultados, projeções etc.

Deixe isso tudo de lado por exatos 90 minutos.

Concentre-se apenas num jogo de futebol como esporte bem jogado, contundente, com uma superioridade técnica massiva diante de um adversário bem qualificado.

Pois o Sport foi exatamente isso diante do Vitória, na Ilha do Retiro.

Não sei se as outras 26.230 pessoas presentes no estádio neste sábado vão concordar, mas o Leão – pernambucano – fez a sua melhor apresentação na Série B.

Envolveu o rubro-negro baiano durante toda a partida, principalmente com a linha ofensiva formada por Bruno Mineiro, Marcelinho Paraíba e Willians.

Toques rápidos, inversões de jogada, velocidade. Entrosamento. O Sport conseguiu impor um ritmo forte, bastante competitivo. Ou seja, animador para a torcida.

Foi uma vitória? Não, pois o Vitória volta cabisbaixo à Salvador. O que aconteceu foi uma goleada, 4 x 0. Aos 35 minutos do segundo tempo já não havia mais partida.

Somente o “olé”, com mais de um minuto de duração. Mas onde estava esse Sport?

Aliás… Será que esse “Sport” vai permanecer afiado até o fim da Segundona?

Depende da regularidade. Atualmente, a equipe tem a maior invencibilidade da competição, há oito rodadas. Após a análise do “jogo”, vamos ao contexto do resultado.

Antes da 25ª rodada, o trio “BMW” tinha 23 gols, ou 57,5% dos 40 tentos leoninos.

Pois os três balançaram as redes contra o Vitória, reforçando a estatística, agora com 26 gols num total de 44 (59,0%). São 10 de Bruno, 9 de Marcelinho e 7 de Willians.

Saci marcou de pênalti, fechando o chocolate. Enfim, poder de fogo = G4.

Esta é a projeção mais simples possível. Acelera qualquer time ao sucesso.

Nesta etapa do Brasileiro, a campanha rubro-negra já poderia ser mais confortável. Paciência, não é. Porém, o time parece ter se formado para subir… Lembrou do G4?