Após 8 edições, o Central volta a ser o campeão do interior. Na história, a 37ª vez

Pernambucano 2018, semifinal: Central 1 x 0 Sport. Foto: Central/facebook (@centralsportclub)

Após a classificação inédita à final do Estadual, o Central viu o Náutico eliminar o Salgueiro e formar a decisão de 2018. Com o resultado das semifinais, o alvinegro também obteve outra garantia. Independentemente da colocação final, campeão ou vice, o clube terá a melhor campanha do interior nesta edição, o que não acontecia desde 2010 – foi o maior ‘jejum’ desde que o clube tornou-se um participante regular, igualando o hiato entre 1993 e 2001. Com uma campanha excelente na competição (7V, 4E e 1D), a patativa terminou o turno classificatório na vice-liderança e em seguida eliminou América (quartas) e Sport (semi). Portanto, o status é pra lá de justo.

Na história, 28 clubes do interior já participaram do Pernambucano, a partir do próprio Central, pioneiro em 1937. Após aquela breve passagem, a patativa voltou em 1961, com a presença fora do Grande Recife se mantendo até hoje. Dominante neste contexto nos anos 60, 70 e 80, o alvinegro caruaruense já foi o melhor do interior em 62% das 59 edições com ao menos um representante – ao todo, nove clubes diferentes conseguiram. O Central chegou a cravar uma série impressionante de 17 anos seguidos, de 1961 a 1977. Ainda que o título simbólico não seja tão celebrado no futebol local como em outros centros, gaúcho e paulista por exemplo, o blog detalhou os ‘campeões do interior’. O critério é simples: a melhor colocação do clube interiorano no ano.

Sobre a tabela final, nenhum título. No máximo, cinco vices.

A campanha do Central segue aberta em 2018…

Central (37 vezes) – 1937 (5º), 61 (4º), 62 (4º), 63 (4º), 64 (3º), 65 (5º), 66 (4º), 67 (4º), 68 (4º) 69 (4º), 70 (4º), 71 (4º), 72 (4º), 73 (6º), 74 (6º), 75 (4º), 76 (4º), 77 (4º), 79 (4º), 80 (4º), 81 (4º), 82 (4º), 83 (4º) 84 (4º), 85 (4º), 86 (3º), 87 (4º), 88 (5º), 89 (4º), 90 (4º), 93 (4º), 2001 (4º), 02 (4º), 07 (vice), 08 (3º), 10 (4º) e 18 (a definir)

Porto (6 vezes) – 1994 (4º), 95 (4º), 97 (vice), 98 (vice), 2000 (4º) e 11 (4º)

Salgueiro (6 vezes) – 2009 (4º), 12 (3º), 14 (3º), 15 (vice), 16 (4º) e 17 (vice)

Vitória (4 vezes) – 1991 (3º), 1992 (4º), 1996 (4º) e 1999 (4º)

Ypiranga (2 vezes) – 2006 (3º) e 2013 (4º)

Serrano (1 vez) – 2005 (4º)

Itacuruba (1 vez) – 2004 (4º)

AGA (1 vez) – 2003 (4º)

Atlético Caruaru ( 1 vez) – 1978 (6º)

Pernambucano 2018, semifinal: Central 1 x 0 Sport. Foto: Central/facebook (@centralsportclub)

Náutico é derrotado pelo ABC em Caruaru e permanência na B fica quase impossível

Série B 2017, 31ª rodada: Náutico 1 x 2 ABC. Foto: Léo Lemos/Náutico

Numa caminhada árdua, há meses, o Náutico vem lutando contra uma história completamente desfavorável na era dos pontos corridos na Série B. A oito rodadas do fim, estava a oito pontos de distância do 16º lugar. Em qualquer conta minimamente aceitável, vencer os quatro jogos restantes como mandante seria o ponto de partida. Começando pelo ABC, o lanterninha.

Encerrando o giro em Caruaru, programado em quatro apresentações, o timbu sofreu um duro revés, 1 x 2. A vitória potiguar e os resultados da própria sexta-feira deixaram o time pernambucano com um pé na terceira divisão, onde esteve uma vez, em 1999. Num Lacerdão vazio, cujo horário seria ruim até com o jogo na capital, o time voltou com mais peças em relação ao jogo de Maceió, onde atuou esfacelado. Na zaga, Breno Calixto. No ataque, William. Porém, a aplicação tática deu lugar a uma equipe extremamente afobada, com jogadores querendo decidir sozinho, como Rafinha, insistindo sempre na mesma jogada, afunilando, ficando na marcação. Como exceção, Bruno Mota, que procurou recuar ao meio-campo para tentar trabalhar a bola.

Série B 2017, 31ª rodada: Náutico 1 x 2 ABC. Foto: ABC/instagram (@abcfc)

Tomar um gol aos 22 minutos dificultou qualquer reestruturação. No lance, o zagueiro Tonhão concluiu um cruzamento de Vítor Junior, aquele mesmo, eleito o craque do Estadual em 2007, numa rápida passagem pelo Sport. Sem conseguir mudar o panorama, o Náutico acabou vaiado no intervalo, embora a relação time/torcida tenha acalmado no segundo minuto da retomada, numa penalidade convertida por William. Dali, foram dez minutos intensos, com Bruno acertando o travessão e com o goleiro Edson aparecendo muito bem. Sem a virada, o jogo esfriou, com Roberto Fernandes adotando a postura (correta) de buscar a vitória. Àquela altura, o empate em casa não adiantaria.

Com este risco obrigatório, era preciso atenção máxima, mas Mirando acabou falhando, resultando num contragolpe aos 38 minutos, com Lucas Coelho pegando de prima, fatal. Na revolta da torcida, houve até invasão, com dois ‘torcedores’ passando da conta. Detidos, claro. Quanto ao Náutico, projetando o número mágico de 45 pontos, será preciso vencer 6 dos últimos 7 jogos…

Timbu como mandante com Roberto Fernandes (5V, 0E e 2D, com 71%)
04/08 (19ª) – Náutico 1 x 0 Luverdense (Arena PE)
15/08 (21ª) – Náutico 2 x 0 Figueirense (Arena PE)
06/09 (23ª) – Náutico 1 x 0 Brasil (Arena PE)
23/09 (25ª) – Náutico 0 x 1 Internacional (Lacerdão)
30/09 (27ª) – Náutico 2 x 0 Boa Esporte (Lacerdão)
14/10 (29ª) – Náutico 2 x 0 Guarani (Lacerdão)
20/10 (31ª) – Náutico 1 x 2 ABC (Lacerdão)

Série B 2017, 31ª rodada: Náutico 1 x 2 ABC. Foto: Léo Lemos/Náutico

O Náutico como mandante em Caruaru, com e sem mobilização da torcida

O Internacional é a principal atração da Série B de 2017. À parte do clássico local, os maiores públicos de Santa (25 mil) e Náutico (13 mil) foram diante do colorado. Por isso, somando ao embalo da primeira partida do alvirrubro em Caruaru, com grande mobilização, a presença alvirrubra foi representativa. Entretanto, com mais três jogos por disputar na cidade, ficou a expectativa sobre o desempenho seguinte. E aí entra, no futebol, o importante fator psicológico. Com as derrotas para Inter e Paraná, no meio de semana, o jogo seguinte, contra o Boa, acabou minado. E os números mostram isso. Abaixo, cenários semelhantes em fotos dos repórteres João de Andrade e Luís Prates.

Há um meio termo entre os jogos, considerando um rival de menor apelo?

Náutico 0 x 1 Internacional (23/09)
Público: 13.409 pessoas
Renda: R$ 264.765

Náutico 2 x 0 Boa Esporte (30/09)
Público: 2.144 (-84%)
Renda: R$ 23.880 (-90%)

Próximos jogos no Lacerdão
Náutico x Guarani (14/10)
Náutico x ABC (21/10)

Ordem das fotos: vs Boa (acima) e vs Inter (abaixo)

Movimentação no entorno do Lacerdão antes da partida. Contra o Inter, 9 mil bilhetes vendidos antecipadamente. Contra o Boa, procura baixa até no dia.

Náutico vs Boa (30/09/2017) e Náutico vs Inter (23/09/2017). Fotos: João de Andrade Neto/DP

A “Avenida Alvirrubra”, com a recepção da torcida ao ônibus do time. De centenas no primeiro sábado a poucas dezenas no jogo seguinte.

Náutico vs Boa (30/09/2017) e Náutico vs Inter (23/09/2017). Fotos: João de Andrade Neto/DP

Em relação à ocupação do estádio, o enorme tobogã ficou fechado contra o Boa por contenção de gastos. As sociais bastaram para acomodar o público

Náutico vs Boa (João de Andrade Neto/DP) e Náutico vs Inter (Luís Prates/twitter)

Na estreia do Náutico em Caruaru, o 2º maior público e a maior renda na Série B

Série B 2017, 25ª rodada: Náutico 0 x 1 Internacional. Foto: Luís Prates/twitter (@luisf_prates)

O borderô oficial de Náutico 0 x 1 Inter registrou 13.409 pessoas. Em doze jogos com público nesta Série B – a estreia foi de portões fechados -, a peleja em Caruaru foi a segunda em assistência do timbu. Ficou a 41 torcedores do Clássico das Emoções no primeiro turno. No entanto, há uma observação sobre o jogo em São Lourenço que dá mais peso à partida em Caruaru.

No clássico contra o Santa, mesmo com mando timbu, a presença dos visitantes foi superior, com 6.374 alvirrubros e 7.076 tricolores. Portanto, em Caruaru, a 130 km, a presença da torcida do Náutico foi, de fato, a maior.

E se no público o comparecimento foi significativo, na arrecadação não há discussão. A renda no Lacerdão foi a maior do Náutico no Campeonato Brasileiro de 2017, com R$ 264 mil. Até então, apenas o clássico havia ultrapassado a casa de 100 mil reais (R$ 173 mil). Com o jogo no estádio do Central, o faturamento alvirrubro com a venda de ingressos chegou a R$ 691 mil, com a primeira partida longe da capital representando 38,2% do total. Que o revés não diminua (tanto) a movimentação nos jogos restantes por lá.

Os maiores públicos do Náutico na Série B*
13.450 – Náutico 0 x 0 Santa Cruz (15/07, Arena PE)
13.409 – Náutico 0 x 1 Internacional (23/09, Lacerdão
)
5.903 – Náutico 1 x 1 Juventude (11/07, Arena PE)
4.789 – Náutico 1 x 0 Luverdense (04/08, Arena PE)
4.648 – Náutico 1 x 0 Brasil de Pelotas (06/09, Arena PE)
4.289 – Náutico 0 x 1 CRB (30/06, Arena PE)
4.083 – Náutico 1 x 2 Criciúma (29/07, Arena PE)
3.682 – Náutico 2 x 0 Figueirense (15/08, Arena PE)
2.855 – Náutico 0 x 2 Ceará (27/05, Arena PE)
1.761 – Náutico 2 x 3 Goiás (20/06, Arena PE)
1.700 – Náutico 1 x 2 Paraná (13/06, Arena PE)
1.669 – Náutico 1 x 1 Oeste (06/06, Arena PE)
* O jogo Náutico 0 x 0 América, em 12/05, ocorreu de portões fechados

13 jogos disputados; 3 vitórias, 4 empates e 6 derrotas; 10 GP e 13 GC

Nos 12 jogos com borderô
62.238 pessoas (média 5.186), com 27,4% de aumento
691.430 reais (média de 57.619), com 62,0% de aumento

Próximos jogos no Lacerdão
Náutico x Boa (30/09)
Náutico x Guarani (14/10)
Náutico x ABC (21/10)

Alvirrubros enchem o Lacerdão, mas o Náutico termina derrotado pelo Inter

Série B 2017, 25ª rodada: Náutico x Internacional. Foto: Ricardo Duarte/Internacional

O apoio foi maciço nas arquibancadas do Lacerdão, com 13 mil torcedores. A timbuzada pegou a estrada, na BR-232, se juntou a uma enorme parcela já presente em Caruaru e fez o que pôde num jogo difícil contra o Internacional. O time gaúcho veio sem o meia D’Alessandro, mas ainda assim contava com um setor ofensivo forte para recuperar a liderança, com Sasha, Pottker e Damião. Embora a esperança de permanência na Série B estivesse focada nesta partida, em campo o Náutico pouco fez e acabou derrotado, 0 x 1.

O colorado foi superior durante toda o sábado, criando as melhores chances. Nos primeiros minutos houve uma verdadeira blitz, com uma boa defesa de Jefferson (disparado, o melhor em campo), Breno Calixto salvando e uma bola na trave. Uma pressão difícil de segurar, cujo gramado irregular, apesar de verdinho, não parecia equilibrar o desnível técnico. O Inter se adaptou mais rapidamente e controlou o meio campo, chegando em bolas esticadas.

Série B 2017, 25ª rodada: Náutico x Internacional. Foto: João de Andrade Neto/DP

Quanto ao Náutico, com a bola “queimando”, a irritação de Roberto Fernandes à beira do campo era um sinal do futebol pouco produtivo. Apesar disso, o placar em branco seguiu até o intervalo. Na retomada, o Inter marcou logo aos 5, com o grandalhão Damião, que subiu entre os zagueiros num cruzamento e cabeceou para as redes. Mesmo em desvantagem, o mandante de ocasião chegou pouco – e mal. Dificilmente o Náutico encontrou a defesa adversária desorganizada, limitando-se a duas chances, uma num cruzamento de Manoel (substituto de Ávila), com Danilo Fernandes interceptando muito bem.

Na outra, faltou perna ao estreante Rafael Oliveira após ganhando a disputa com zagueiro na área, com a bola escapando cara a cara. Enquanto isso, o jovem goleiro timbu ia garantindo a margem mínima, que ainda mantinha o time no jogo, com ótimas intervenções – chute cruzado de Pottker e até bike de Damião. Consciente da disparidade, a torcida poupou o time no apito final.

Timbu como mandante com Roberto Fernandes (3v-0e-1d)
19ª) Náutico 1 x 0 Luverdense (Arena PE)
21ª) Náutico 2 x 0 Figueirense (Arena PE)
23ª) Náutico 1 x 0 Brasil de Pelotas (Arena PE)
25ª) Náutico 0 x 1 Internacional (Lacerdão)

Série B 2017, 25ª rodada: Náutico x Internacional. Foto: Ricardo Duarte/Internacional

O Náutico abraçou Caruaru e Caruaru abraçou o Náutico para o Brasileiro

Campanha de marketing do Náutico para a "estreia" em Caruaru. Crédito: Náutico/instagram (@nauticope)

A saída da Arena Pernambuco foi forçada. A administração do estádio, hoje nas mãos do governo do estado, reservou o empreendimento para dois eventos religiosos, à parte do calendário do futebol. Com isso, o Náutico seria obrigado a atuar em outro local em três partidas da Série B de 2017. Com os Aflitos em reforma e os campos da Ilha do Retiro e do Arruda no limite de uso, o clube acabou deslocando até Caruaru, a 130 km de distância.

O estádio foi cedido pelo Central, com direito à seguinte mensagem:
“No ninho patativa sempre cabe mais um! Chega pra cá, Náutico! O timba é bem vindo ao nosso alçapão para seguir na Série B!” 

Com o imprevisto em São Lourenço, o alvirrubro também não deixou barato, levando o jogo com o Inter para o Lacerdão – inicialmente, a data não coincidiria com os eventos marcados na arena. E logo iniciou uma campanha de marketing puxando pelo viés regional da Capital do Agreste: “Caruaru, a nova casa do Timbu”. Durante a semana, o jogo foi apresentado como uma mudanças de ares do Náutico, cuja sequência na Série B passa por um bom desempenho em Caruaru. Aqui, uma compilação das imagens compartilhadas nos perfis oficiais, incluindo até uma escalação com bonecos de barro e a convocação para a “Avenida Alvirrubra”, na recepção do time.

A resposta foi ótima, com 9 mil ingressos vendidos antecipadamente, sendo 60% (5.400) em Caruaru e 40% (3.600) no Recife. Por sinal, de acordo com a última pesquisa de torcida no município, o timbu teria ao menos 17.806 torcedores lá, fora as cidades vizinhas. Ou seja, há público. E há demanda…

Os mandos de campo do Timbu no Lacerdão pela Série B
25ª) Náutico x Internacional (23/09)
27ª) Náutico x Boa (30/09)
29ª) Náutico x Guarani (14/10)
31ª) Náutico x ABC (21/10)

Permanência do Náutico na Série B passa pelo desempenho do mando no Lacerdão

Série A de 2009, Náutico 2 x 1 Santo André, no Lacerdão

Em 8 de agosto de 2009, o Náutico precisou mandar o seu jogo contra o Santo André em Caruaru. A campanha na Série A era péssima, mas uma vitória tiraria o time da zona de rebaixamento na ocasião. Apoiada na esperança, e ainda na época do Todos com a Nota, a timbuzada encheu o Lacerdão, com 13.434 torcedores. A pressão deu resultado, com o triunfo por 2 x 1, com dois gols de Bala. Oito anos depois, o clube se vê novamente obrigado a pegar a BR-232 para atuar como mandante no Brasileiro.

Agora na Série B, também querendo evitar o Z4, o timbu jogará quatro vezes na Capital do Forró devido à impossibilidade de uso da Arena Pernambuco, alugada para dois eventos religiosos (!). A o primeiro compromisso é contra o líder do campeonato, o Inter, com a campanha de divulgação já iniciada pelo clube, por meio de vídeos em suas redes sociais – relembrando, claro, a atmosfera de 2009. Em tese, o time volta à arena para os últimos três jogos “em casa”. Dependendo do desempenho no Agreste, talvez fique por lá…

Qual a expectativa de público para o primeiro jogo, num sábado à tarde?

Os mandos de campo do Timbu no Lacerdão pela Série B
25ª) Náutico x Internacional (23/09)
27ª) Náutico x Boa (30/09)
29ª) Náutico x Guarani (14/10)
31ª) Náutico x ABC (21/10)

Roteiro da tocha olímpica passa em 15 municípios pernambucanos e Noronha

Agenda da Tocha Olímpica em Pernambuco. Crédito: rio2016.com

Quando a tocha olímpica dos Jogos do Rio de Janeiro foi revelada, em julho de 2015 também foi apresentada a lista de localidades que receberiam o tour do revezamento no país, sendo quatro em Pernambuco. A lista, entretanto, ficou bem maior, com o comitê organizador selecionando 15 municípios e mais o Arquipélago de Fernando de Noronha, entre os dias 26 de maio de 5 de junho. Na verdade, o desfile do símbolo, de 63,5 cm e 1,5 kg, será intercalado com cidades dos estados vizinhos. Será assim em toda a região.

O ponto alto será no Marco Zero, com 175 pessoas participando do revezamento na capital, incluindo 13 atletas e ex-atletas pernambucanos, cada um percorrendo 200 metros – lembrando que algumas cidades irão ver apenas o comboio com a tocha. No Recife, o percurso será de 36 quilômetros, com previsão de largada no bairro do Arruda, às 13h, e chegada no Recife Antigo às 20h – o roteiro completo deve sair em maio. Lá haverá um cenário especial, de cidade-celebração dos Jogos, acendendo uma pira olímpica.

Em relação à Noronha, o esquema será especial. Tanto que a data reservada para a ilha sequer está presente no site oficial do evento. A tocha será enviada de Natal, passando uma tarde pelos sete quilômetros da BR-363 e nos principais pontos turísticos. Ao todo, durante 95 dias, o revezamento passará em 329 cidades brasileiras, com 20 mil quilômetros de percurso. O evento faz parte da tradição dos Jogos desde a edição de Berlim, em 1936.

A agenda da tocha olímpica em Pernambuco (pela ordem da passagem):

26/05
Jaguarari (BA), Juazeiro (BA), Sobradinho (BA) e Petrolina

27/05
Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista, Orocó, Cabrobó e Paulo Afonso (BA)

30/05
Murici (AL), União dos Palmares (AL), Garanhuns, Lajedo e Caruaru

31/05
Gravatá, Jaboatão dos Guararapes e Recife

01/06
Ipojuca

02/06
Olinda, Igarassu, Goiana, Pedras de Fogo (PB), Itabaiana (PB) e Campina Grande (PB)

05/06
Fernando de Noronha

Tocha Olímpica de 2016 passará em Petrolina, Caruaru, Noronha e Recife

Tocha olímpica dos Jogos de 2016, no Rio de Janeiro. Crédito: Rio 2016/youtube

A tocha olímpica dos Jogos de 2016 foi revelada. O objeto levará a chama olímpica acesa na Grécia, em maio, até a abertura do evento em 5 de agosto, no Maracanã, passando por 500 cidades brasileiras. Porém, o revezamento da tocha acontecerá em 83 municípios, com as demais assistindo à passagem do comboio. Entre os locais escolhidos para a condução, pelas principais avenidas, três estão em Pernambuco. Ainda não há data, mas Petrolina, Caruaru e Recife, nesta ordem, receberão o evento. Além da capital, as duas maiores cidades do interior do estado, justo. Fernando de Noronha também deve entrar no trajeto.

Apresentada pela presidente da república, Dilma Rousseff, e pelo presidente do comitê orgaizador, Carlos Arthur Nuzman, a tocha tem 63,5 cm, pesando 1,5 kg. A sua descrição aponta “elementos de brasilidade, com incluindo diversidade harmônica, energia contagiante e natureza exuberante, com o solo, o mar, as montanhas, o céu e o sol representados nas cores da bandeira do Brasil”.

No desfile, percorrendo 20 mil quilômetros em todas as regiões do país, 12 mil pessoas poderão correr com a tocha por até 300 metros. Haverá um cadastro para condutores da tocha, além dos vários convidados, entre atletas e personalidades. Essa tradição é bem antiga. Remete ao século VIII A.C., na antiguidade grega, considerada um elemento divino. Nos jogos modernos, a primeira edição a contar com o fogo olímpico foi a de 1928, em Amsterdã. Porém, o revezamento da tocha só aconteceria a partir de 1936, em Berlim.

Abaixo, confira a evolução das tochas. Gostou da versão carioca?

As tochas olímpicas de 1936 a 2016

Clássico da Metrópole

Caruaru

Recife? Não… Caruaru!

A cidade acaba de chegar à expressiva marca de 300 mil habitantes.

Começa a ganhar um ar de metrópole.

Edifícios de 20 andares, shoppings, parque industrial aquecido… Desenvolvimento.

A 130 quilômetros do Recife, a Capital do Agreste foi “aproximada” pela duplicação da rodovia BR-232, há uma década.

Porém, o seu futebol se desenvolveu de forma modesta no período. Até agora.

Além do Porto, que já havia sido vice-campeão estadual em 1997 e 1998, somente mais um vice, com o Central, em 2007.

O Alvinegro e a sua torcida cada vez mais fiel, com uma média acima de 8 mil pessoas no Lacerdão. Uma fidelização mesmo sem grandes conquistas.

O Tricolor e a sua estrutura impressionante, com um centro de treinamento que é candidato a campo oficial de treino da Copa do Mundo de 2014.

Em 2011, uma reviravolta incrível na cidade. No gramado.

Em 12 jogos disputados pelos times locais no Campeonato Pernambucano, são 10 vitórias, 1 empate e apenas 1 derrota, com 18 gols marcados e apenas 7 sofridos.

A Patativa é vice-líder com 88% de aproveitamento, enquanto o Gavião está logo atrás, em 3º lugar, com outro ótimo índice, 83%.

Rivais que crescem juntos. Ambos treinam no CT do Porto e jogam no estádio do Central. Surreal, caso único no país. O acordo de três anos deverá ser prorrogado.

Neste domingo, a hora do choque, com o Clássico Matuto, no Lacerdão, às 16h.

São quase 17 anos de história e 37  confrontos entre os pássaros no Estadual.

Retrospecto: 15 vitórias do Porto, 12 vitórias do Central e 10 empates.

Seja lá qual for o resultado, a dupla continuará no G4 até o fim da rodada. Caruaru continuará crescendo… Quem sabe até o dia em que um deles conquiste o título.