Férias para 99,23%

Santa Cruz vence o Confiança por 2x0, no Nordestão 2010, com apenas 395 torcedores no Arruda. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

Não há amor que resista. Não há.

Onze dias após o público espetacular na 4ª divisão nacional, com 50.879 torcedores no Arruda, o Santa Cruz voltou a jogar no Mundão.

A impressão é de que o estádio estava ainda maior…

Na noite desta quinta-feira foram apenas 395 pessoas, na sádica vitória por 2 x 0 sobre o Confiança de Aracaju, em jogo válido pelo Nordestão.

O número de tricolores corresponde a apenas 0,77% do jogo anterior.

Os outros 99,23% que foram àquela partida não “amam” mais a Cobra Coral?

É claro que amam. Mas não há sentimento que resista a um período de “férias”.

Eles precisavam de um pouco de paz.

Que ninguém se ache “menos torcedor” porque não foi.

Abaixo, os outros 99,23% em momento mais oportuno.

Série D-2010: Santa Cruz 4 x 3 Guarany/CE. Foto: Bernardo Dantas/Diario de Pernambuco

1,46%

Torcida do Santa Cruz. Foto: Diario de Pernambuco

Entre as duas partidas, onze dias.

Em 5 de setembro, o início da fase decisiva da Série D, diante do Guarany/CE.

Com uma carga de 50 mil ingressos. O público foi de 50.879 tricolores…

Em 16 de setembro, a volta ao Nordestão, em situação delicada. Tanto na tabela do regional quando no momento do clube, já eliminado daquela mesma Série D.

Confronto contra o Confiança, às 20h.

Com uma carga de 730 bilhetes (veja AQUI). Você leu certo: 730. Em onze dias, o número de entradas para a torcida coral ficou reduzido a 1,46% do jogo anterior.

O Santa Cruz vai entrar em campo em um momento de reconstrução (ou seria desconstrução?), com o campo político tendo bem mais audiência que o gramado.

Se nas quatro linhas do Arruda o time será bem distinto daquele da 4ª divisão, fora poderá ser ainda mais, valendo o destino em 2011/2012.

Nomes desconhecidos, os de sempre, rejeitados, aprovados. A cada dois anos, ferve o caldeirão político. Que aqueles 50.879 torcedores fiquem atentos a este momento.

Terá um peso tão importante quanto um jogo de fato.

Saravá!

Série D-2010: Santa Cruz 2 x 0 Potiguar. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Foi uma verdadeira sessão de descarrego. Sal grosso para todos os lados. Começando com a estreia da camisa azul… Era o primeiro sinal de mudança.

Fim do primeiro tempo no Arruda. No martírio, um empate sem gols entre Santa Cruz e Potiguar, que ainda não havia somado um ponto sequer nesta Série D.

O Tricolor perdeu pênalti (Brasão), mandou bola na trave (Paulo César) e perdeu gol feito (Jackson). E ainda cricou outras boas oportunidades. Mas a bola não entrou.

Um desespero que já durava dois anos. Eram três derrotas e seis empates jogando no Mundão pelo campeonato brasileiro, em suas várias divisões.

Para piorar, Cristiano Alagoano deixara o Confiança em vantagem diante do já classificado CSA, em outro jogo decisivo pelo grupo 4. O time sergipano subia para 8 pontos, deixando a Cobra Coral, a uma rodada do fim da primeira fase, com 6.

Situação complicadíssima. Os 25 mil torcedores já estavam numa tensão sem limite. Difícil entender como sempre dava errado. Uma profusão de “Por que?”

Será que existe mesmo um sapo enterrado aqui!?

Veio o segundo o tempo e o melhor domingo do Santa nos últimos tempos. Aos 23, Joelson mandou para as redes. Começava a festa tricolor. Aos 45 minutos, Élvis completou a vitória, por 2 x 0. De pênalti, para exorcizar de vez a quizila coral.

Em Aracaju, Alisson virou o jogo para o líder CSA. Aquele cenário pessimista de uma hora antes já era. O Santa chegou a 8 pontos, três a mais que o Confiança. Basta um empate em Maceió, no próximo domingo. Certamente com invasão coral…

Antes desta tarde, a última vitória em casa pelo Brasileiro havia sido em 20 de julho de 2008, diante do mesmo Potiguar. O placar? O mesmo 2 x 0.

Não é por acaso que, enfim, acharam os sapos do Arruda…

A vitória não chega

Brasileiro da Série D: Santa Cruz 0 x 0 Confiança. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

Incrível… Está faltando sal grosso.

Mais uma vez, um excelente público foi registrado no Arruda, com quase 27 mil pessos neste domingo. Mas o favoritismo não adianta para o Santa Cruz.

O time coral não saiu de um 0 x 0 com o Confiança e segue em situação apertada no Brasileiro da Série D. A anestesia na torcida acaba mais uma vez.

“No fim, a bola tocou na minha mão sim. Mas o árbitro estava mal colocado e não marcou. Então, não foi pênalti. Mas ele fez uma arbitragem ruim o jogo todo.”

Declaração com absoluta sinceridade do zagueiro Váldson, do Confiança.

Já são dois anos sem vitória do Tricolor no Arruda em jogos pelo Campeonato Brasileiro. O blog trouxe esse levantamento em 18 de julho (veja AQUI).

Retrospecto de três derrotas e seis empates.

Ao todo, o clube levou 237.267 pessoas nesses nove jogos. Média excelente de 26.363 torcedores. É muita gente vendo de perto resultados tão ruin.

2008 (Série C) – Santa Cruz 1 x 1 Campinense
2008 (Série C) – Santa Cruz 2 x 2 Salgueiro
2008 (Série C) – Santa Cruz 0 x 1 Icasa
2008 (Série C) – Santa Cruz 1 x 1 Campinense
2009 (Série D) – Santa Cruz 2 x 2 Central
2009 (Série D) – Santa Cruz 1 x 2 Sergipe
2009 (Série D) – Santa Cruz 2 x 2 CSA
2010 (Série D) – Santa Cruz 0 x 1 CSA
2010 (Série D) – Santa Cruz 0 x 0 Confiança

Nem Freud explica

Torcida do Santa Cruz no ArrudaDuas vitórias seguidas. O desempenho tricolor nesta semana acordou a torcida do Santa Cruz. Ou, no mínimo, sacudiu a diretoria coral, que liberou uma carga incrível de 60 mil ingressos para o jogo contra o Confiança, neste domingo.

São 23 mil bilhetes do Todos com a Nota e 37 mil para a arquibancada (com preço único de R$ 10). Esse número de ingressos corresponde à carga máxima do estádio do Arruda.

Na estreia da Série D, contra o CSA, o público foi acima de 19 mil pessoas. A derrota foi frustrante, mas a recuperação em Mossoró e a vitória sobre o Treze (essa pelo Nordestão) reanimaram um povo que realmente sabe dar a volta por cima. Há anos.

Colocar 60 mil ingressos na 2ª rodada da Série D: exagero, confiança ou paixão?

Acho que nem a psicanálise de Sigmund Freud vai desvendar essa…

Qual caminho…

O Pensador

A colocação é bem modesta. Um 9º lugar após nove partidas. Doze pontos.

Nesta quarta-feira, um confronto contra o líder e a chance de tentar encostar no G4.

Jogo em casa, às 20h30.

“Que raio de campeonato é esse…?!”

Trata-se do Campeonato do Nordeste, com as suas rodadas intermitentes. A última delas, por exemplo, foi há 18 dias, sempre numa brechinha do calendário.

O jogo descrito acima é o do Santa Cruz, contra o Treze, no Arruda.

Logo após a dramática vitória sobre o Potiguar, no domingo, o técnico Givanildo Oliveira mandou o recado, ainda em Mossoró:

“O próximo passo é o Confiança no domingo que vem. Eu sei que tem um jogo no meio da semana contra o Treze (pelo Nordestão). Mas hoje estamos falando de Série D.”

Decisão correta? Sem dúvida alguma. Sair do buraco da 4ª divisão é questão de sobrevivênvia. Ainda mais com dois jogos seguidos contra o time sergipado pelo Brasileiro, que podem definir a classificação tricolor à segunda fase.

Quanto ao jogo desta quarta, cabe ao fiel torcedor coral decidir se ainda vale sonhar com o título regional neste ano. Faz ideia do time que vai jogar? Veja AQUI.

Veja a classificação atualizada do Nordestão AQUI.

Qual caminho…? Em direção à luz no fim do túnel, na Série D.

Volta Nordestão! Em 2011…

Placar de 2001 sobre o NordestãoUm campeonato com 16 times.

Com semifinal e final, em jogos de ida e volta.

Total: 19 datas.

A ideia proposta pela Liga dos Clubes de Futebol do Nordeste é excelente. Mas emperra em algo lógico em 2010: a falta de datas.

Caso seja confirmado o acordo com a CBF (que ficaria livre de pagar uma indenização de R$ 15,2 milhões), o regional voltaria ainda nesta temporada (leia a matéria do DP AQUI).

Seriam utilizadas as 10 datas da Copa Sul-Americana (entre 11 de agosto e 8 de dezembro) e outras 9 a partir de maio, entrando até no período da Copa do Mundo.

Sou 100% a favor do Nordestão (fiz até um post em dezembro), mas atropelar um calendário só para emplacar a competição não parece a melhor saída. Se o acordo judicial sair (garantindo 3 edições), a LCFN poderia esperar até 2011. Sem Copa do Mundo, com tempo para captar patrocinadores, acordos vantajosos com a TV…

Tudo bem que a empresa TopSports já está no páreo para encontrar esses investidores. É provável que encontre, mas a toque de caixa.

Além disso, o Vitória está inscrito na Copa Sul-Americana, pois acabou em 13º lugar na última Série A do Brasileiro. 😯

Uma sugestão: Por que não realizar um torneio enxuto neste ano? Ou nos moldes de 1997, com mata-mata durante toda a competição (8 datas), ou como em 2000, com 4 grupos de 4 times e mata-mata a partir das quartas de final (12 datas).

Abaixo, alguns números das edições de 2001 (capa da revista Placar) e 2002, as mais bem sucedidas, e com o formato proposto pela liga para uma reedição. Veja mais sobre todas as edições do Nordestão, entre 1994 e 2003, AQUI.

Média de público
2001 – 8 mil (Série A: 11.401)
2002 – 11 mil (Série A: 12.866)

Faturamento
2001 – R$ 11 milhões
2002 – R$ 15 milhões

Cota de TV (média) por clube
2001 – R$ 600 mil
2002 – R$ 750 mil

Interior desarticula Sergipe

Bandeira de SergipeTambém foi a estreia do Central na Série D.

Um time que teve apenas 2 semanas de preparação, com o técnico Adelmo Soares dizendo que bons resultados seriam um milagre.

Com a chuva adiando os poucos coletivos da equipe. Mas o time jogaria no Lacerdão, diante de sua mais do que fiel torcida. Foram quase 9 mil torcedores! Parou Caruaru.

A Patativa recebeu o Sergipe, vice-campeão estadual e que vinha atuando em outra competição no estado, e estreou muito bem.

De maneira surpreendente. Mesmo em casa. 😈

Vitória por 1 x 0, gol de Vágner Rosa, um dos inúmeros atletas cedidos pelo rival Porto (que cedeu até a vaga, inclusive).

Outro time do interior pernambucano enfrentou um time sergipano neste domingo. Um adversário mais qualificado. Afinal, o Confiança era o atual campeão estadual. Mas a divisão também era superior, a C.

E o Salgueiro precisava da vitória, em Aracaju, para seguir sonhando com a classificação à segunda fase da Terceirona.

Vitória por 2 x 1, de virada. E aos 40 minutos do 2º tempo! Gols de Eridon e do atacante Paulo Rangel, que deixou o Sertão tão feliz quanto o Agreste. 😀

Série C “brasileira”

Na abertura, em 6 de julho, eram 63 times. Hoje, restam apenas 8 na Série C. Quatro vagas estão em disputa na última etapa da competição. Após três fases regionalizadas, finalmente a competição irá reunir equipes de todos os cantos do Brasil. Entre os participantes do octogonal final da Terceirona estão o tradicional Guarani, campeão da Série A de 1978, o gaúcho Brasil de Pelotas, 3º lugar no Brasileirão de 1985, além de times com tradição em seus estados, como Atlético-GO, Confiança/SE e Campinense/PB.

Como não custa nada “chutar”… Gostaria que se classificassem para a Série B de 2009 os seguintes clubes: Guarani, Confiança, Campinense e Rio Branco. A presença deste último tem o objetivo de colocar o estado do Acre no mapa da bola. Já a torcida pelos nordestinos também visa acabar com o tabu de 10 anos sem título para a região. O primeiro, e único por sinal, campeão foi o Sampaio Corrêa, de São Luís, em 1997 (foto abaixo).

Sampaio Corrêa, o último clube nordestino campeão da Série C (1997)Octogonal final (ranking da CBF)
Águia (PA) – 278º (2)
Atlético (GO) – 57º (303)
Brasil (RS) – 86º (131)
Confiança (SE) – 82º (151)
Campinense (PB) – 89º (123)
Duque de Caxias (RJ) – 390º (0)
Guarani (SP) – 13º (1409)
Rio Branco (AC) – 91º (111)

Por regiões:
Norte – 2
Nordeste – 2
Sudeste – 2
Centro-Oeste – 1
Sul – 1

Troféu irá apenas para o primeiro lugar, mas os 4 times classificados irão festejar do mesmo jeito.1ª rodada (sábado, 04/10)
Águia x Guarani
Brasil x Rio Branco
Campinense x Átletico-GO
Duque de Caxias x Confiança