Lições da Série A ao Alvirrubro pelo suposto domínio

Série A 2012: Náutico 0x2 Fluminense. Foto: Yanna Cavalcanti/Photocamera

Um campeonato que não permite erros. Assim é a Série A, sem injustiças.

Seja no ataque, com as inúmeras oportunidades criadas, sem que alguém competente consiga arrematar para o gol. Vai fazer falta.

Seja na defesa, onde um falha de posicionamento, com uma ação com um segundo de atraso pode ser tarde demais. Provavelmente, será mesmo.

Contra o técnico time do Fluminense, o Náutico foi um ótimo exemplo disso.

O time comandado por Gallo fez uma boa partida na tarde deste sábado. Empurrado por 14.401 torcedores nos Aflitos, o Alvirrubro foi absoluto no primeiro tempo.

A bola cansou de passar rente à meta do goleiro Diego Cavalieri.

Quando alguém não chutava, o camisa 1 do Flu fazia ótimas defesas, duas delas em finalizações do meia Souza, livre. Lances que reforçaram a confiança do adversário.

Na defesa, a marcação pernambucana estava apertada. Reclamando bastante do gramado, os cariocas mal conseguiam trocar três passes consecutivos.

Até uma falta bem marcada próxima à àrea timbu, aos 30 minutos.

Deco cobrou, a zaga não acompanhou, o goleiro não saiu e Samuel, completamente desmarcado, marcou de cabeça o gol do tricolor do Rio de Janeiro.

Aquela foi a única chance do time visitante, que desceu para o vestiário em vantagem.

No segundo o tempo, o Alvirrubro seguiu criando, porém, mais aberto. Kim, substituto de Araújo, fora da partida devido a uma cláusula contratual, não agradou.

Kim teve três chances, perdeu as três. Isso é venal no campeonato brasileiro. Como mostrou Samuel, aproveitando um rebote após jogada iniciada novamente por Deco.

Mesmo pressionando, o Náutico foi derrotado pela primeira vez em casa, 0 x 2.

Mais uma aula de Série A. Aprendizado mesmo. De que um time pode ser dominado durante 90 minutos e ainda assim vencer, sem que isso seja uma zebra.

Simplesmente porque foi eficiente no papel bem designado. Como o Flu.

Série A 2012: Náutico 0x2 Fluminense. Foto: Yanna Cavalcanti/Photocamera

Fluzão quer atravessar a Antártida

Taça Antártida, título do Fluminense em 1923, numa disputa de tiroO Fluminense montou um timaço.

Fred, Conca, Deco, Belletti, Emerson Sheik… Além de Muricy Ramalho comandando a equipe no Brasileirão.

A arrancada na Série A já está acontecendo. Após 14 rodadas, o Flu soma 32 pontos e lidera com quatro de vantagem. Vai ganhando e empolgando.

A receita é clara: dinheiro, cash, faz-me rir. A origem é mais conhecida ainda: Celso Barros, presidente da Unimed e fanático pelo Tricolor Carioca.

Desde 1998, quando a Unimed começou a patrocinar o clube, o Fluminense já recebeu cerca de R$ 200 milhões, segundo o jornal carioca Extra (veja AQUI).

Na média, sem considerar a correção monetária e o aumento da cota, o número chega a incríveis R$ 15,3 milhões em 13 temporadas.

Finalmente, os reforços de peso estão dando resultado ao clube, que sonha em repetir o feito de 1984, quando conquistou o seu único título brasileiro. O troféu se juntaria à galeria que conta com a inacreditável Taça Antártida. Já a identificou na foto?

É isso mesmo, um pinguim! Vitória numa competição de tiro em 1923. Bizarro, não?