Sport vence a Ponte e termina em 6º, a sua quarta melhor campanha na Série A

Série A 2015, 38ª rodada: Ponte Preta 0x1 Sport. Foto: MANOEL MESSIAS

A sensação é de que o Sport poderia ter ido mais longe, pois mostrou futebol para isso. Foi competitivo durante boa parte do Brasileirão, vencendo os cinco primeiros colocados. Entre tantas explicações para não ter alcançado a vaga na Libertadores, o jejum de dez jogos, o desempenho como como visitante, com apenas duas vitórias, o excesso de empates, catorze, e, também, os erros crassos de arbitragem. Ainda assim, a campanha rubro-negra em 2015 foi histórica. Ao vencer a Ponte Preta em Campinas pela primeira vez, o Leão chegou a 59 pontos e encerrou a Série A em 6º lugar.

Mais do que a melhor campanha nos pontos corridos, essa foi a quarta melhor campanha do clube em toda a competição. Não é pouca coisa. Desde 1971, essa é a 11ª vez que o Sport termina entre os dez primeiros colocados, um recorde no Nordeste, à frente de Vitória (9), Bahia (7), Santa Cruz (3), Náutico (1) e Ceará (1). E no Moisés Lucarelli vimos uma espécie de despedida deste time, montado durante o Brasileirão e dito há tempos como um dos mais qualificados já montados pela direção.

Melhores colocações do Sport na Série A
1978 – 8º
1981 – 10º
1982 – 9º
1983 – 8º
1985 – 5º
1987 – 1º
1988 – 7º
1996 – 10º
1998 – 7º
2000 – 5º
2015 – 6º

Nomes como Diego Souza, André e Marlone (suspenso nesta rodada) talvez não sigam na equipe, mas justificaram as suas contratações. O camisa 87 que o diga. Definido por parte da imprensa e da própria torcida (talvez influenciada por isso) como “caro”, terminou o campeonato como 9 gols e 10 assistências em 34 partidas, apontado como um dos melhores de sua posição. Caro é jogador ruim. Foi dele o gol que definiu a vitória leonina por 1 x 0. Numa tarde sonolenta e num estádio quase vazio, mas ainda assim com objetivos em jogo.

Aos 16 minutos da segunda etapa, Diego Souza foi lançado e, com muita categoria, dominou a bola, saiu da marcação e tocou no cantinho do goleiro. Na sequência, André quase ampliou – perdeu a chance de se igualar a Luís Carlos como maior artilheiro do Sport em um Brasileiro, com 14 gols em 1985. Com o desfecho dos dez jogos simultâneos, o Leão faturou um prêmio de R$ 1,4 milhão e a pré-vaga na Sul-Americana. Caso confirme a participação em 2016 – depende do bizarro critério atrelado à Copa do Brasil -, o Leão disputaria a Sula pela quarta vez seguida. Uma nova história. Possivelmente, um novo time.

Série A 2015, 38ª rodada: Ponte Preta x Sport. Foto: Alan Morici

Sport carimba a faixa do Corinthians e faz a sua a melhor campanha em 15 anos

Série A 2015, 37ª rodada: Sport 2x0 Corinthians. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

A Libertadores infelizmente não veio, mas a campanha do Sport em 2015 já é histórica. Pela primeira vez neste século, o Rubro-negro encerra um Brasileirão entre os dez primeiros colocados – a última havia sido em 2000, em 5º lugar. A garantia veio a uma rodada do fim. Variando do 5º ao 8º, o time é quase um intruso, tamanha a dificuldade encontrada no ano, com excesso de viagens e limitação financeira. Mas ao ousar nas contratações e encontrar uma cara, o Leão encarou todos os times do campeonato, sem exceção, de igual para igual.

Nesta leitura, vale destacar que, como mandante, o Sport já havia vencido Atlético-MG, Grêmio, São Paulo e Inter. No topo da classificação, só faltava o líder. Ainda que tenha sido um misto do Corinthians, mais encorpado que aquele que goleou o São Paulo por 6 x 1, o time pernambucano viu no adversário a motivação para fazer valer o domingo, na despedida da torcida em “casa”.

Possíveis colocações, premiações e vagas do Sport na 38ª rodada
5º lugar – R$ 2,2 milhões (Copa do Brasil, oitavas de final)
6º lugar – R$ 1,4 milhão (Sul-Americana, pote 1)
7º lugar – R$ 1,3 milhão (Sul-Americana, pote 1)
8º lugar – R$ 1,2 milhão (Sul-Americana, pote 1) 

Compacto, variando as jogadas e com vontade, como tem que ser, o Sport jogou melhor, vencendo o campeão brasileiro por 2 x 0. O visitante até teve apoio na arquibancada, mas a concentração, convenhamos, não é a mesma. O Sport, que não tinha nada a ver com isso, impediu a articulação da equipe de Tite e merecia um placar até maior (a bola na trave de Marlone foi um pecado).

O dia terminou sem lamentações. A ressaca pela vitória do São Paulo no sábado, aos 49 do segundo tempo, tirando qualquer chance de Liberta, deu vez ao reconhecimento pelo bom trabalho na Série A. Deste domingo, fica a lembrança da “carimbada” na faixa de hexacampeão do Timão, um dos dois expoentes do desequilíbrio financeiro no futebol do país. E ainda há um último detalhe sobre a boa apresentação do time de Falcão. O Sport voltou a ficar em vantagem no número de vitórias oficiais contra o Corinthians, 13 x 12. Nada mal.

Série A 2015, 37ª rodada: Sport 2x0 Corinthians. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Diego Souza e Grafite no Playstation 4? Clássico das Multidões a caminho do Fifa

Meme: a "capa" do Fifa 2017, com Diego Souza (Sport) e Grafite (Santa Cruz). Arte: Paulo Lima /divulgaçãoi (‏@cravo19)

A capa é fictícia, obviamente. Mesmo que Diego Souza e Grafite continuem atuando no Recife em 2016, esta versão, criada pelo tricolor Paulo Lima, dificilmente chegaria às lojas para Playstation 4 e Xbox One. Ainda mais se for para substituir Lionel Messi e Oscar, estrelas da capa atual.

Em relação à presença oficial de Sport e Santa Cruz, no entanto, a possibilidade é bem real. Os dois clubes devem ser chamados pela EA Sports para compor a futura edição do game Fifa Football. Na versão 2016, já nas lojas, 16 clubes do país foram licenciados. O Leão só não figurou devido à empecilhos burocráticos sobre a cessão de imagem dos atletas – problema que deve ser solucionado pelo departamento jurídico do clube. Sem dúvida, seria uma importante visibilidade, pois trata-se da franquia de futebol mais vendida no mundo.

O Tricolor não aparece no Fifa desde 2008 – único ano com o trio da capital  oficializado. Já o Rubro-negro teve seus dados oficiais (nome, escudo, uniforme e elenco) pela última vez em 2009. Depois, só de forma genérica (“S. Recife”), duas vezes. E ainda há o Pro Evolution Soccer. Arquirrival do Fifa, o game da Konami licenciou 24 brazucas na última edição, com toda a Série A. A medida deve se manter no PES 2017. Logo, Santa e Sport presentes. Diego Souza e Grafite digitalizados num Clássico das Multidões no videogame? Com chancela.

Clubes brasileiros no Fifa
2001 – 13 times
2002 – 13 times
2003 – 15 times
2004 – 16 times
2005 – 16 times
2006 – 16 times
2007 – 22 times (Santa Cruz)
2008 – 24 times (Náutico, Santa Cruz e Sport)
2009 – 26 times (Náutico e Sport)
2010 – 20 times (N. Recife e S. Recife, os genéricos de Náutico e Sport)
2011 – 20 times
2012 – 20 times
2013 – 20 times (N. Recife e S. Recife)
2014 – 21 times (Náutico)
2015 – sem times brasileiros
2016 – 16 times

Clubes brasileiros licenciados no PES
2008 – 1 time
2009 – 1 time
2010 – 1 time
2011 – 5 times
2012 – 6 times
2013 – 20 times (Náutico e Sport)
2014 – 24 times (Náutico e Sport)
2015 – 21 times (Náutico e Sport)
2016 – 24 times (Sport)

Cansando de perder gols, Sport empata com o Atlético-PR numa Ilha fechada

Série A 2015, 36ª rodada: Sport x Atlético-PR. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Em uma Ilha do Retiro silenciada pelo STJD, punindo o clube pelo vandalismo da Torcida Jovem, uma organizada proibida pela direção rubro-negra, o Sport ficou no 0 x 0 com o Atlético-PR. O time pernambucano sentiu a falta da pressão exercida no estádio, onde somou a maioria dos seus 53 pontos no Brasileirão. Ainda assim, lutou bastante, o suficiente para lamentar bastante o empate.

Após um primeiro tempo equilibrado, com o Leão reclamando um pênalti em Marlone, o time sufocou o Furacão na retomada do jogo. Foram inúmeras oportunidades. Brocador (no lugar do suspenso André, um baita desfalque), Régis, Diego Souza… Quase sempre parando no goleiro Weverton, fazendo por merecer os 200 jogos com a camisa paranaense. Quando a bola passou por ele, a trave também ajudou o visitante. A partida tensa, mesmo numa noite vazia, se estendeu até os 49 minutos, com o Sport todo no ataque.

No último lance, Durval recebeu na ponta da área e chutou, com a bola batendo no braço do defensor atleticano, que visivelmente tentou proteger o rosto. Em situações normais, sem polêmica. Bola na mão. Porém, nessa orientação da CBF aos árbitros desta Série A, vários lances bem parecidos foram marcados. Na última rodada, por exemplo, a favor do Cruzeiro contra o Sport. De nada adiantou reclamar. Apesar de alguns torcedores terem assistido ao jogo num telão do lado de fora, o clima de fim de feira imperou na Ilha. O time está a três pontos do G4 a duas rodadas do fim. Matematicamente, possível. Na prática, o que já era bem difícil pode ter ficado para uma próxima…

Série A 2015, 36ª rodada: Sport x Atlético-PR. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Sport é atropelado pelo Cruzeiro e terá que ser 100% para ir à Libertadores

Série A 2015, 35ª rodada: Cruzeiro 3x0 Sport. Foto: Gladyston Rodrigues/EM D.A Press

A postura combativa e competitiva no primeiro tempo parecia indicar um bom resultado do Sport no Mineirão. Por muito pouco  não foi para o intervalo em vantagem. Na retomada do jogo, contudo, o ainda atual campeão brasileiro matou o jogo num intervalo de oito minutos, dos 12 aos 20. Antes disso, Danilo Fernandes até fez duas grandes defesas, mas depois não teve chance. Primeiro no pênalti cometido por Ronaldo, com a bola batendo em seu braço colado ao corpo, uma marcação exclusiva da orientação da CBF, num lance semelhante ao da primeira etapa, com as camisas invertidas. Seguiu no gol contra de Durval, num desvio cruel, e por fim com Marcus Vinícius, ex-Náutico, avançando sozinho e driblando o goleiro para definir a goleada por 3 x 0.

Àquela altura o time pernambucano já estava totalmente aberto, desorganizado diante de uma imposição do Cruzeiro, agora há onze partidas sem derrota sob o comando de Mano Menezes. Ao Sport, reclamações de arbitragem à parte, não resta outra alternativa para sustentar o sonho de retornar à Libertadores (G4 ou G5): três vitórias nas últimas três rodadas, chegando a 61 pontos e torcendo por tropeços de Santos, São Paulo e Inter. Antes de pensar nos adversários na tabela, é preciso enxergar os rivais no campo, tendo na reta final da Série A Atlético-PR (casa), Corinthians (casa) e Ponte Preta (fora).

Já era difícil, ficou ainda mais. Ao menos, para a volta no Recife, o time de Falcão será recomposto por Samuel Xavier e Elber, desfalques importantes em Belo Horizonte por causa de suspensão do lateral e pelo fato de os direitos econômicos do atacante pertencerem ao Cruzeiro. Esse equilíbrio técnico precisa ser somado ao mental, ainda mais com o time goleado duas vezes seguidas como visitante. Manter a confiança é vital.

Série A 2015, 35ª rodada: Cruzeiro 3x0 Sport. Foto: Gladyston Rodrigues/EM D.A Press

Com muita garra, o Sport vence o Grêmio na Ilha e sonha com a Libertadores

Série A 2015, 34ª rodada: Sport 1x0 Grêmio. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Cinco vitórias nos últimos sete jogos no Brasileirão. Sob o comando de Falcão, o Sport voltou a jogar bem, organizado ofensivamente, e deixou de lado a sina de empates. Inclusive diante de adversários duríssimos. Foi assim contra Atlético-MG, Palmeiras e agora o Grêmio. Num confronto diante de um histórico algoz, o time rubro-negro se impôs. Foi uma boa partida para se assistir, com poucas faltas e incessante busca pelo ataque dos dois lados, deixando o duelo bem franco. E a vitória por 1 x 0 teve vários personagens.

No gol, em um segundo tempo já nervoso, Diego Souza e André mostraram outra vez a qualidade diferenciada. No lançamento, o camisa 87 foi inteligente, dando uma assistência de cabeça para André. O matador se antecipou e chegou a 12 gols. Para segurar a vantagem, uma dupla de volantes em 220 voltz. Rithely, o mais técnico, jogou sem displicência. Ao seu lado, Ronaldo, que também entrara contra Galo e Verdão. No lugar de Wendel, vetado pelo DM, ele foi afobado em alguns lances (natural), mas preciso nos desarmes. Para completar, embaixo da trave, Danilo Fernandes, que faz um baita campeonato. Neste domingo foram dois milagres. Por sinal, são mais de dez defesas nais quais você poderia contar o “gol” do adversário.

Vivo em busca de uma terceira participação na Libertadores, com 52 pontos, o Sport terá agora outro senhor adversário, o Cruzeiro. O jogo pela 35ª rodada foi antecipado para o próximo domingo, com certeza de casa cheia no Mineirão. Os pernambucanos jogaram com a possibilidade de entrar no G4, em caso de vitória. Isso forçaria Santos (54), São Paulo (53) e Inter (53), que jogarão somente no dia 19. Portanto, cabe à torcida acreditar no objetivo tanto quanto o time. Contra o tricolor gaúcho foram apenas 11.091 torcedores, que apoiaram bastante. Mas a Ilha pode ferver bem mais até o fim do ano.

Série A 2015, 34ª rodada: Sport 1x0 Grêmio. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Sport goleia a Chape e ganha fôlego para ir com tudo na Sula, contra o Huracán

Série A 2015, 28ª rodada: Sport 3x0 Chapecoense. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Para tranquilizar a campanha no Brasileirão, a vitória sobre a Chapecoense era essencial ao Sport, que poderia abrir nove pontos sobre o 17º colocado, a dez rodadas do fim. Por mais que tivesse uma cara de decisão, a irregularidade da equipe afastou a torcida. Sem tanto apoio na Ilha, no encerramento da rodada, o time dirigido por Falcão – agora com quatro treinos até a peleja – conseguiu confirmar a expectativa e ganhou fôlego para ir a Buenos Aires com tudo.

É verdade que começou num ritmo lento. O Sport só finalizou uma vez no primeiro tempo, com Diego Souza aproveitando a sobra de um escanteio batido por Marlone. Bastou para ficar em vantagem, mas não sem tomar sufoco. Usando bastante o lado esquerdo rubro-negro, com a marcação de Renê e Danilo desordenada, a Chape levou perigo à meta de Danilo, que fez duas grandes defesas, em chutes de Bruno Rangel (livre) e Ananias (de fora da área).

A conversa no vestiário surtiu efeito, pois o Sport abriu mais o jogo, aumentando o aproveitamento no passe, finalizando mais. André perdeu três chances seguidas, no detalhe. E parecia ter sido dele o gol aos 33 minutos. De volta após as más atuações de Ferrugem, Samuel Xavier cruzou e André chegou para cabecear, mas Apodi deu uma ‘voadora’ e fez contra. No fim, Régis, ex-Chape e que acabara de entrar, fez boa jogada individual e cravou o 3 x 0. A goleada dá a tranquilidade necessária ao Leão, que na quarta enfrentará o Huracán precisando reverter o 1 x 1 em casa. É o jogo para manter “2015” ainda à vera..

Série A 2015, 28ª rodada: Sport 3x0 Chapecoense. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Na estreia de Falcão, Sport empata com o Huracán e se complica na Sul-Americana

Copa Sul-Americana 2015, oitavas de final: Sport 1 x 1 Huracán. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Em Buenos Aires, o Sport começará o jogo em desvantagem. Está obrigado a buscar ao menos um gol. Uma vitória no El Palacio, algo que não aconteceu no Brasileirão após 14 tentativas? Bronca. Outra alternativa, à parte dos pênaltis, é um empate, especialidade rubro-negra, a partir de dois gols. Eis o rescaldo de uma atuação tecnicamente fraca na Ilha do Retiro. Invicto há sete jogos, o Huracán também apresentou um futebol pobre no Recife, mas foi didático na copeira escola argentina, com muita catimba, gastando o tempo em absolutamente todos os lances. Empurra aqui, para ali, discute acolá, faz parte.

Quando o Globo resolveu jogar bola, começou na base do chutão. Parecia um cenário propício para a ofensiva escalação proposta pelo estreante Falcão. Com Diego Souza de segundo volante e Marlone (bem) na criação, o time pernambucano empacou na inércia de Régis e nos sucessivos erros de Maikon Leite. Este saiu de campo com a assistência para o gol, e só (mérito de André, de cabeça). Para ganhar força na marcação, cabia Wendel, na vaga de Régis.

O volante acabou entrando, mas no lugar de Diego, cansado. Infelizmente, entrou mal demais. Tirou qualquer lampejo de ofensividade e ainda deixou o time vulnerável. Mais vulnerável, na verdade, pois os laterais falharam demais, sobretudo Renê. Nas suas costas começou a jogada que resultou no pênalti aos argentinos. Com o empate em 1 x 1, o mandante seguiu desordenado. Tanto que mereceu os aplausos pelo esforço no primeiro tempo e as vaias no apito final, após uma queda de rendimento. Falcão terá uma semana para injetar ânimo nesta equipe – algo que se esperava já na estreia. Até porque na Argentina precisará ter mais garra para sobreviver na Sula.

Copa Sul-Americana 2015, oitavas de final: Sport 1 x 1 Huracán. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Apesar da fraca atuação, Sport arranca empate em Joinville no finzinho

Série A 2015, 26ª rodada: Joinville 1x1 Sport. Foto: Joinville (facebook.com/JECoficial)

Durante a transmissão no Premiere, o comentarista Paulinho Criciúma disse: “É o pior Sport que eu vi esse ano”. Se havia alguém que poderia dizer isso, era mesmo o ex-jogador, pois ele comentou as quatro partidas do Leão em Santa Catarina. E nas anteriores, o clube conseguiu render em campo, mesmo com empates contra Chapecoense e Avaí e a derrota, de virada, para o Figueirense.

Diante do Joinville de Marcelinho Paraíba, um visitante estático, numa cadência difícil de compreender. Para completar, os corriqueiros erros ofensivos, com Maikon Leite pecando na cara do gol e Régis, que entrou no intervalo, desperdiçando duas oportunidades claríssimas. Na Série A faz falta. Em desvantagem desde os 39 do primeiro tempo, quando Edigar Junio ficou sozinho para marcar após uma sucessão de erros (Durval, Ferrugem e Renê), o time pernambucano manteve a busca por espaço até o limite do jogo, apesar da fragilidade técnica do adversário, afundado na zona de rebaixamento.

Chegou a irritar a passividade para tentar uma bola enfiada, uma jogada mais ousada. Seguiu assim até os 45 minutos, quando Marlone, com muito preciosismo na noite, resolveu jogar para frente, num belo passe para André. O atacante dominou e teve calma para mandar no cantinho direito de Agenor, herói até então. O gol para cravar o 1 x 1, o 13º empate do Sport no Brasileirão, ainda sem vitórias fora de casa. Com o futebol visto de norte a sul, fica mesmo difícil.

Série A 2015, 26ª rodada: Joinville 1x1 Sport. Foto: Carlos Jr./Futura Press

Sport volta a vencer no Brasileirão 56 dias depois, derrubando o Fluminense

Série A 2015, 25ª rodada: Sport x Fluminense. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O confronto entre Sport e Fluminense era um legítimo “crise x crise”, com o time pernambucano há 56 dias sem uma vitória no Brasileirão e o Flu também em queda livre, num jejum de 28 dias. Na Arena Pernambuco, o vencedor amenizaria a situação, já no meio da tabela, flertando com a parte de baixo. Tratando do lado pernambucano da história, era preciso retomar a pegada, fato marcante na grande fase da equipe no início do campeonato.

Pressionado, Eduardo Batista saiu da zona de conforto e escalou André e Brocador juntos e Diego Souza de segundo volante, no lugar de Wendel. No comecinho, a formação quase ficou com dez, pois Durval escapou de ser expulso. Depois, aos 17 minutos, em um estádio morno, o único gol da noite, através de outra novidade. Com Renê suspenso, Danilo ganhou mais uma chance. Atuou na sua função específica na lateral, esporadicamente se apresentando no ataque. Numa dessas investidas, após bela triangulação, André deixou de calcanhar para o contestado jogador acertar um belo chute, 1 x 0.

Após a vantagem, recuaria de novo? Em tese, sim, pois o Sport não fez uma grande partida. Tentou trocar passes, gastando o tempo, mas pouco atacou. O Flu também não finalizou muito, mesmo com Fred, mas teve várias cobranças de falta próximas à área, assustando a torcida “azul”. No segundo tempo, Eduardo mexeu na estrutura. Adotou um 4-4-2 clássico, com Régis no lugar de Maikon Leite. Depois, entraram Elber e Wendel, saindo André e Marlone, com DS87 avançando. Uma coisa não mudou: a garra desde o início. Bastou.

Série A 2015, 25ª rodada: Sport x Fluminense. Foto: FOTO NELSON PEREZ/FLUMINENSE F.C.