Após sete anos, Santa rescinde com a Penalty e anuncia nova marca: Penalty

Camisas da Penalty para a temporada 2016 do Santa Cruz. Crédito: Santa Cruz/divulgação

A linha de uniformes corais para 2016 foi apresentada no aniversário do clube, em 3 de fevereiro. Na ocasião, o próprio Santa esvaziou o lançamento, ao anunciar o fim do contrato com a Penalty, que tinha validade até 2019.

“O uniforme será o último produzido pela Penalty, encerrando parceria que começou em 2009, e terá edição limitada. O Santa Cruz negocia com os outros fornecedores de material esportivo para o Campeonato Brasileiro da Série A.” 

Na ocasião, foram dois modelos, o coral horizontal e o branco, utilizados nas vitoriosas campanhas no estadual e no regional. Enquanto isso, a direção aguardava os trâmites burocráticos para anunciar uma nova fornecedora. Com a Dry World, o clube projetava o “maior contrato do Nordeste”. Nos bastidores, o triplo da Penalty, com direito a um “jogador midiático”. Passados quatro meses, com a marca canadense enfrentando problemas de entrega de produtos (a Galo e Flu) e de pagamento de luvas (ao próprio Santa), o clube recuou. 

A Umbro, que acabara de sair da capital após a rescisão do Náutico, surgiu como opção aceitável junto à torcida. Também não andou. E numa reviravolta daquelas, o Santa anunciou a nova marca: a própria Penalty. Agora até 2018, com o compromisso da empresa – cujo presidente, César Ferreira, veio ao Recife para a reativação – para otimizar a distribuição (a maior queixa). Além disso, a reformulação livrou o clube da multa pela rescisão. E se financeiramente foi a melhor proposta, com o tricolor precisando de grana, não havia outra saída. 

Tricolor, o que você achou da nova parceria entre Santa e Penalty?

Os fornecedores de material esportivo dos 40 clubes das Séries A e B de 2016

Ranking das fornecedoras de uniforme na Série A 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP, via Infogram

Somando as duas principais divisões, a Umbro é a marca mais presente no Campeonato Brasileiro de 2016, com seis clubes. O número poderia ser maior caso o Náutico não tivesse rescindido o contrato na véspera da competição, fechando com a Topper, de volta ao mercado. Os 40 times inscritos nas Séries A (gráfico acima) e B (abaixo) estão divididos entre 18 fornecedoras, cinco a mais que 2015. Uma delas pertence ao próprio “patrocinado”. No caso, a Lobo, do Paysandu – na Itália, a Roma já fez o mesmo.

De volta ao Brasileirão, o Santa Cruz já irá mexer com tabuleiro, na ferrenha disputa de mercados. O clube estreia o padrão produzido pela Dry World, substituindo a Penalty. Com isso, a marca canadense sobe para a 3ª colocação no ranking de fornecedoras. A Adidas, que veste o Sport, se mantém à frente na elite, agora de forma isolada. Na última edição, com os mesmos cinco clubes (mas com o Flu no lugar do Coxa), a empresa alemã dividia o posto com a Umbro, que sofreu com as quedas de Vasco e Joinville.

Em relação aos contratos (ao menos aqueles divulgados), o Flamengo segue firme com acordo mais rentável. São R$ 35 milhões anuais, com mais sete temporadas pela frente, expondo o status atual dessas parcerias. Quanto à exposição, as 760 partidas das duas divisões estão na grade da televisão, incluindo o pay-per-view. Logo, o alcance das marcas depende da audiência de cada clube firmado…

As fornecedoras na Série A
Adidas – Coritiba, Flamengo, Palmeiras, Ponte Preta e Sport
Umbro – Atlético-PR, Chapecoense, Grêmio e Cruzeiro
Dry World – Atlético-MG, Fluminense e Santa Cruz
Nike – Corinthians e Internacional
Lupo – América-MG e Figueirense
Kappa – Santos
Puma – Vitória
Topper – Botafogo
Under Armour – São Paulo

As fornecedoras na Série B
Kanxa – Bragantino, Luverdense e Oeste
Kappa – Brasil-RS e Criciúma
Numer – Atlético-GO e Sampaio Corrêa
Penalty – Bahia* e Ceará*
Umbro – Joinville e Vasco
Rinat – CRB e Vila Nova
Fila – Avaí
Dry World – Goiás
Karilu – Londrina
Topper – Náutico
Lobo – Paysandu
Errea – Paraná*
Gsport – Tupi

* Bahia (Umbro), Ceará (Topper) e Paraná (Topper) podem mudar no Brasileiro.

Marcas das Séries A e B
6 Umbro, 5 Adidas, 4 Dry World, 3 Kappa, 3 Kanxa, 2 Nike, 2 Lupo, 2 Numer, 2 Penalty, 2 Rinat, 2 Topper, 1 Puma, 1 Under Armour, 1 Fila, 1 Karilu, 1 Lobo, 1 Errea e 1 Gsport

Maiores contratos
R$ 35 milhões/ano – Flamengo (10 anos, até 2022)
R$ 30 milhões/ano – Corinthians (10 anos, até 2025)
R$ 27 milhões/ano – São Paulo (5 anos, até 2019)
R$ 20 milhões/ano – Atlético-MG (5 anos, até 2021)
R$ 19 milhões/ano – Palmeiras (2 anos, até 2016) 

Ranking das fornecedoras de uniforme na Série B 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP, via Infogram

Projeções não oficiais de uniformes do Santa via Dry World, já com a marca MRV

Mockups do futuro uniforme do Santa via Dry World. Arte: Arthur Nog/divulgação

Em maio, no início do Brasileirão, o Santa Cruz irá estrear um novo uniforme, produzido pela canadense Dry World, num contrato de 2016 a 2019. Substituirá a Penalty, cujo acordo está em processo de rescisão movido pelo clube. Na época da divulgação da nova marca, torcedores tricolores criaram alguns mockups, termo usado para modelos de demonstração para projetos de design.

A “antecipação” aconteceu mesmo com poucos padrões da empresa no mercado, que seriam a base para as projeções. De lá pra cá, contudo, Fluminense e Atlético Mineiro lançaram camisas com a mesma fornecedora. Assim, mais opções de mockups aos corais – nem sempre seguidos, diga-se.

Mockups do futuro uniforme do Santa via Dry World. Arte: Arthur Nog/divulgação

Para deixar o mockup ainda mais verossímil, surgiu um novo detalhe. Finalmente o Tricolor encontrou um patrocinador-master, a MRV Engenharia. E o anúncio foi feito pelo presidente do conselho de administração da própria empresa, Rubens Menin – que já havia feito o mesmo, em seu twitter, com o Bahia no ano passado. Era mais do que esperado que novos mockups se espalhassem nas redes sociais. Dito e feito. Doze horas depois, oito modelos já haviam sido produzidos, todos por Arthur Nog.

Entre os modelos apresentados, sendo três brancos, dois alternativos (pretos) e três corais (dois horizontais e um vertical), qual ficou melhor?

Mockups do futuro uniforme do Santa via Dry World. Arte: Arthur Nog/divulgação

O último uniforme da Penalty para o Santa Cruz, já com o patch da Copa do Nordeste

Terceiro uniforme do Santa Cruz, produzido pela Penalty em 2016. Crédito: Santa Cruz/facebook

Apesar do fim do contrato já anunciado, até o início da Série A, a Penalty deu sequência à linha de uniformes do Santa Cruz, com a inspiração “Time de Guerreiros”, e lançou o terceiro padrão de 2016, tricolor com listras verticais. A estreia da camisa, já com o patch da Copa do Nordeste no peito, foi agendada para o jogo contra o Bahia, no Recife, na primeira rodada do regional. Por sinal, o estoque da Loja Cobra Coral, no Arruda, já havia sido abastecido na véspera.

O contrato com a fabricante paulista iria até 2019, mas a rescisão deve ocorrer para a entrada da Dry World, empresa canadense com negociações adiantadas com o clube pernambucano, aumentando a receita. Assim, os três uniformes produzidos pela Penalty só serão utilizados no Estadual e no Nordestão.

Tricolor, o que você achou do novo terceiro uniforme? 

Veja as duas primeiras camisas tricolores da temporada aqui.

Confira uma postagem com projeções de uniformes corais via Dry World aqui.

As projeções não oficiais para uniformes da Dry World no Santa Cruz

As projeções de uniformes do Santa Cruz na web

O Santa Cruz anunciou oficialmente que terá um novo fornecedor de material esportivo a partir do Brasileirão, em maio. Os padrões lançados pela Penalty serão utilizados apenas no Estadual e no Nordestão. Esse rompimento com a empresa paulista vinha sendo costurado há tempos, com queixas sobre a distribuição de produtos. Assim, o contrato assinado até 2019 será rescindido.

Há cinco meses, o nome mais forte era o da Puma, mas a canadense Dry World entrou na jogada. Teria triplicado o contrato vigente. Mas, pagaria até rescisão, segundo o repórter Daniel Lima, da CoralNet. Fundada em 2010 e presente em 15 países, a companhia vem adotando um marketing agressivo para angariar novos parceiros. No Brasil, já fechou com Atlético-MG, Fluminense e Goiás. No Galo, segundo o portal Uol, serão R$ 20 milhões anuais.

No Tricolor, o acordo iria de 2016 a 2019. Como sempre, a torcida se antecipou, projetando uniformes da marca. Designers não ligados à Dry World criaram vários mockups, termo usado para modelos de demonstração para projetos de design. Utilizando traços das linhas da fabricante às cores e características do clube coral, as projeções podem dar uma ideia do que vem por aí.

Até o momento, cinco modelos na web. Curtiu algum?

Relembre os mockups não oficiais da Puma para o Santa Cruz clicando aqui.

As projeções de uniformes do Santa Cruz na web

As projeções de uniformes do Santa Cruz na web